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Marx 1 - 4

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Marx inicia sua investigação a partir de uma análise sobre a mercadoria, 
primeiramente o autor identifica que a mercadoria possui dois aspectos; a sua forma 
qualitativa e a sua forma quantitativa. Marx irá dizer que o aspecto qualitativo da 
mercadoria está relacionado a satisfação da necessidade inerente as suas propriedades do 
objeto, ou a forma útil que o tal objeto por meio das suas propriedades físicas consegue 
satisfazer as necessidades humanas, no qual o autor irá atribuir essa forma como valor de 
uso do objeto. 
Assim, toda mercadoria possui valor de uso inerente as suas propriedades físicas, 
porém, ao equiparar as mercadorias, seria impossível identificar o “denominador” comum 
no qual seria possível estabelecer a troca entre as mercadorias, que por suas propriedades 
são distintas entre si, assim, Marx vai mais à fundo em sua investigação e vai tentar 
entender o aspecto que existe por trás, de como mercadorias com propriedades tão 
distintas possam ser equiparadas e trocadas. Assim, toda mercadoria tem intrínseco o 
valor de uso, mas nem todo valor de uso se transforma em mercadoria, pois para que esse 
processo seja realizado, é necessário que o produto final seja levado ao mercado para ser 
trocado, assim adquirindo a forma de mercadoria, quando existe um valor de troca no 
objeto que foi produzido, assim sendo, sua forma qualitativa. Por meio da relação de 
troca, o objeto externo com propriedades materiais que satisfazem as necessidades 
humanas se transforma em mercadoria, que possui valor de uso e valor de troca em suas 
propriedades. 
Assim, o valor de troca se expressa na forma quantitativa, ou seja, a proporção 
no qual valores de uso distintos possam ser trocados, a relação quantitativa entre duas 
mercadorias, no qual se modifica no tempo e no espaço, tendo mudanças em diferentes 
circunstâncias. 
Por meio do valor de troca, coisas distintas podem ser equiparáveis, porém, o que 
torna coisas distintas possíveis de serem trocadas o que todas as mercadorias são produto 
do trabalho humano. No qual abstraindo os elementos naturais do valor de uso distinto 
entre elas, o que resta por trás das diferenças é a realização de trabalho humano 
concreto, ou seja, atividade privada e individual de cada produtor específico na produção 
de sua mercadoria. 
 
Como atividade finalística, no qual se reúne os meios adequados para realizar o 
fim pensando anteriormente, o trabalho como tal, só existe na atividade humana, pois ao 
estabelecer uma atividade de ação e executa-la, consegue-se se transformar algo 
originalmente que não tinha determinadas propriedades anteriores. Porém o trabalho 
humano possui suas diferenças, o que torna difícil encontrar a mensurabilidade comum 
entre eles, o que leva a uma abstração das distintas atividades finalísticas para conseguir 
equiparar as mercadorias, então chega-se ao trabalho humano abstrato . O trabalho 
humano abstrato, é quando se abstrai as diferenças entre os trabalho concretos, para se 
chegar em um ponto comum se mensurabilidade entre as mercadorias, seria a atividade 
similar que existe em todos os trabalhos concretos, que se caracterizam como atividades 
conscientes humanas sobre a natureza, para fazer transformações na natureza, que 
anteriormente não existiam. 
Ao abstrair as diferenças entre os trabalhos humanos concretos, o que resta de 
comum entre todas as atividades, é o tempo necessário para a produção de determinada 
mercadoria, ou seja, a magnitude do valor irá se caracterizar pelo o tempo de trabalho 
abstrato socialmente necessário para a produção. A validade social do mercado para 
com a produção é importante, pois se caracteriza como a forma de mensurar o valor 
intrínseco de uma mercadoria, por meio da validade social média que essa mercadoria 
possui. Quanto mais se utiliza tempo de trabalho socialmente necessário para produção 
de determinado objeto e menos se extraí na produção deste objeto, mais valor social 
médio essa mercadoria irá possuir e o inverso se atribui da mesma forma. 
Assim, independentemente do tempo de trabalho gasto para a produção de uma 
mercadoria, caso aquela mercadoria não tenha uma validade social, o tempo de trabalho 
não irá fazer com que a mercadoria tenha um maior valor, assim também, caso aconteça 
algum fator de especialização técnica, que torne a produção da mercadoria de forma mais 
eficiente, o tempo de trabalho gasto para a produção da mercadoria, apenas irá fazer com 
que seu valor seja reduzido, pois será necessário menos tempo de trabalho para a 
produção, no qual anteriormente se precisava o dobro. 
 
Assim, o que importa para identificar o valor de determinada mercadoria, é o 
tempo de trabalho médio socialmente necessário para a produção do mesmo, e não 
somente o tempo de trabalho gasto para a produção, pois como no exemplo do da 
proporção de 8 alqueiresc para 4 alqueiresc, a mesma quantidade de trabalho foi 
empregada, porém o valor do trigo continuou o mesmo, o que foi o valor da força de 
trabalho empregado para a produção de 8 alqueiresc de trigo. Assim, a grandeza de valor 
de uma mercadoria varia na razão direta da quantidade de trabalho que nela é realizado e 
na razão inversa da força produtiva desse trabalho. Por último, nenhuma coisa pode ser 
valor sem ser objeto de uso. Se ela é inútil, também o é o trabalho nela contido, não conta 
como trabalho e não cria, por isso, nenhum valor. 
 
2. O duplo caráter do trabalho representado nas mercadorias 
O casaco é um valor de uso que satisfaz uma necessidade específica. Para produzi-
lo, é necessário um tipo determinado de atividade produtiva, a qual é determinada por seu 
escopo, modo de operar, objeto, meios e resultado. O trabalho, cuja utilidade se 
representa, assim, no valor de uso de seu produto, ou no fato de que seu produto é um 
valor de uso, chamaremos aqui, resumidamente, de trabalho útil. Sob esse ponto de vista, 
ele será sempre considerado em relação a seu efeito útil 
Na relação entre o casaco e o linho, possuem valores de uso distintos, assim como 
os trabalhos que produzem essa mercadoria. Assim se essas mercadorias não tivessem 
valores de uso distintos e seus trabalhos úteis (trabalho privado concreto) distintos, elas 
não poderiam ser trocadas como mercadoria entre si, ou seja, um casaco não poderia ser 
trocado por outro casaco, um valor de uso não se troca pelo o mesmo valor se uso. 
Porém a divisão do trabalho, é condição de existência das mercadorias, embora a 
mercadoria não seja condição existente da divisão do trabalho, ou seja, a mercadoria pode 
surgir por meio da divisão do trabalho, mas nem toda divisão do trabalho acaba por 
resultar uma mercadoria de maneira individual. Em uma fábrica acontece a divisão do 
trabalho, porém essa divisão não acarreta troca dos trabalhadores entre si dos seus 
produtos individuais, pois o resultado da divisão do trabalho é feito para a produção de 
apenas uma mercadoria. Apenas o produto do trabalho privado separados e 
independente interagem na relação de trocas de mercadoria. 
Assim para que um objeto com valor de uso se torne mercadoria, o objeto deve se 
produzido com a finalidade de troca, não apenas produzido com a finalidade de utilização 
para suprir as necessidades, pois o trabalho sempre esteve presente perante as condições 
de necessidade humana, de modificar a natureza por meio do trabalho para satisfazer tais 
necessidades. 
Toda atividade com um objetivo finalístico de transformação da natureza por meio 
da ação do homem, é fruto do trabalho humano, assim, toda forma produtiva parte do 
dispêndio corpóreo humano para ser realizada. Assim, quanto mais complexo o trabalho, 
vale como trabalho simples potenciado, no qual uma quantidade menor de trabalho mais 
complexo é equivalente a uma quantidade inferior de trabalho mais simples. No qual 
mesmo uma mercadoria mais complexa ter embutido menos trabalho para ser produzida, 
seu valoré o equivale uma mercadoria mais simples, mesmo com maior tempo de trabalho 
introduzido para ser realizado. 
Assim no comparativo com o casaco e o linho, o casaco tem o dobro do valor do 
linho, pois o linho contém apenas a metade do trabalho contido no casaco, pois para 
a produção do último requer a produção do linho e a produção do casaco, assim o dobro 
de trabalho contido no primeiro. 
Assim o valor de uso, em relação ao trabalho vale apenas de forma qualitativa, e 
em relação a magnitude do valor, ele vale de forma quantitativa, depois de ter chegado ao 
ponto de abstração das diferenças dos trabalhos concretos. Assim como a magnitude do 
valor, retrata a proporção de trabalho empregado na mercadoria, as mercadorias 
expressam seu valor pela a proporção da sua magnitude. 
Assim, um aumento da massa da riqueza material, pode acarretar uma queda 
simultânea na magnitude do valor da mercadoria. Pois a força produtiva do trabalho, é 
sempre força produtiva do trabalho concreto, e determina o grau de eficiência de uma 
atividade produtiva com uma intenção finalística em um determinado período. No qual, 
esse trabalho se caracteriza de uma forma mais rica ou mais pobre em proporção ao 
aumento ou declínio produtivo, porém uma mudança na força produtiva não afeta em 
nada o trabalho que é representado no valor. Isso ocorre pois, a força produtiva 
(trabalho concreto), não pode afetar o valor do trabalho como magnitude, pois se abstrai 
a forma concreta, e apenas observa-se o trabalho abstrato, assim independentemente da 
variação produtiva, o trabalho sempre irá produzir sempre a mesma grandeza, 
porém, fornecendo no mesmo espaço de tempo distintas quantidades de valor de uso. 
Assim o trabalhador produz maior valor de uso quando a quantidade aumenta e 
menor valor de uso quando reduz, assim quanto maior valor de uso o trabalhador 
produz, menor será a grandeza(magnitude do valor) do valor produzido na massa 
total, ao reduzir a quantidade de tempo de trabalho para produção e o inverso é verídico. 
Assim dois casacos favorecem duas pessoas, enquanto um casaco apenas supre as 
necessidades de uma pessoa, porém, caso a produção de dois casacos se equivalha o 
tempo de trabalho socialmente necessário para um casaco, graças um aumento de 
eficiência produtiva, uma quantidade maior de trabalho constitui, por si mesma, uma 
maior riqueza material, ou seja, aumentou-se somente o valor de uso e não a 
magnitude do valor do casaco, esse movimento antitético resulta do duplo caráter 
do trabalho 
 
O fato de o trabalho ser dispêndio do trabalho humano, é o que faz gerar valor nas 
mercadorias, já o trabalho humano na forma específica ou concreta, é que se reflete na 
qualidade, ou no valor de uso. 
 
3. A forma de valor ou o valor de troca 
 A relação mais simples de valor é, evidentemente, a relação de valor de uma 
mercadoria com uma única mercadoria distinta dela, não importando qual seja. A relação 
de valor entre duas mercadorias fornece, assim, a mais simples expressão de valor para 
uma mercadoria. 
X Mercadoria A = Y Mercadoria B 
A- mercadoria A expressa o valor ( forma relativa) e a mercadoria B é o 
material de expressão do valor (forma equivalente). 
A forma de valor simples, individual ou ocasional x mercadorias A = 
y mercadorias B ou: x mercadorias 
A têm o valor de y mercadorias B. (20 braças de linho = 1 casaco ou: 
20 braças de linho têm o valor de 1 casaco.) 
 
1. Os dois polos da expressão do valor: forma de valor relativa e forma de 
equivalente 
 
As propriedades específicas de cada trabalho, resultam em formas diferentes de 
mercadoria, porém a forma de composição de ambos são as mesmas, no qual o 
componente em que se assemelham é fruto do trabalho humano. A troca de mercadorias, 
põem a mostra a condição de igualdade de diferentes trabalhos, senso assim, a condição 
de igual de troca de mercadorias, estabelece a igualdade de todas as formas de trabalho. 
O casaco como equivalente a 20m de linho, não conta como casaco, mas sim como 
expressão do valor do linho. Assim sendo, dentro dessa relação, o casaco está como 
expressão do linho e não como um valor de uso dada as suas propriedades físicas e 
materiais como casaco. 
Na forma de valor relativa e forma equivalente, as mercadorias estão inter-
relacionadas, porém ao mesmo tempo estão em dois extremos que se excluem, ou seja, 
são duas mercadorias que estão em dois polos da mesma expressão do valor. O valor do 
linho só pode, assim, ser expresso relativamente, isto é, por meio de outra 
mercadoria, que no caso é o casaco. Assim a forma relativa não expressa o valor de 
forma direta, apenas fornece o material de expressão do valor da forma equivalente. 
 
2. A forma de valor relativa 
 
Para determinar quantidade de valor na forma relativa, primeiro se observa 
qualquer mercadoria, cujo valor haja de ser expresso, em determinada quantidade de algo 
útil que contém uma quantidade determinada de trabalho. 
A forma valor tem que manifestar, não somente o valor geral, mas um valor de 
certa magnitude. Porém, mudanças reais na magnitude do valor não se expressam de 
forma clara, nem de forma completa na sua expressão relativa ( ou na magnitude do valor 
relativo). 
O valor relativo de uma mercadoria pode variar, embora seu valor permaneça 
constate; assim sendo, pode permanecer constate embora seu valor, varie: Assim, 
finalmente, pode-se verificar variações simultâneas da grandeza do valor e da sua 
expressão relativa sem que exista, correspondência entre elas. 
O valor da mercadoria “linho” é, assim, expresso no corpo da mercadoria casaco, 
sendo o valor de uma mercadoria expresso no valor de uso da outra. Como valor de uso, 
o linho é uma coisa fisicamente distinta do casaco; como valor, ele é “casaco-idêntico” e 
aparenta, pois, ser um casaco. 
Assim, o linho recebe uma forma de valor diferente de sua forma natural. Seu ser 
de valor aparece em sua igualdade com o casaco, assim como “a natureza de carneiro do 
cristão em sua igualdade com o Cordeiro de Deus” 
 
3. A forma de equivalente 
 
A forma equivalente possui 3 particularidades: 
A primeira particularidade: Valor de uso torna-se manifestação do seu 
contrário, o valor, comparando o carácter de valor de uma mercadoria na forma relativa, 
em relação a expressão do valor e outra mercadoria na forma equivalente, porém na forma 
equivalente se ignora os seus atributos particulares, físicos e matérias, ou seja o valor de 
uso da mercadoria. Assim, a mercadoria na forma equivalente, tem a função de 
expressão do valor. Essa forma equivalente consiste em um objeto material, uma 
mercadoria se torna expressão o valor, assim possuindo naturalmente a forma de valor 
quando comparada a outra mercadoria que se encontra na forma relativa. Nesta forma a 
mercadoria tem uma relação social embutida por trás dessa equivalência, na qual, tais 
atributos não iriam ser possíveis na forma de mercadoria, como mero valor de uso de suas 
propriedades físicas e naturais. 
Segunda peculiaridade: O trabalho concreto torna-se manifestação do seu 
contrário, trabalho humano abstrato. Na expressão de valor de uma mercadoria, o 
corpo equivalente da figura como manifestação de um trabalho abstrato, é sempre fruto 
de um trabalho particular, ou seja, trabalho dado as suas características particulares, ou 
trabalho concreto. Assim, o trabalho concreto nessa equiparação serve apenas para 
expressar o trabalho abstrato. 
Terceira peculiaridade: Trabalho privado se converte na manifestação do seu 
contrário, ou seja, trabalho socialmente válido. O trabalho concreto que produz o 
equivalente (trabalho socialmente necessário), servindo de expressão ao trabalho humano 
individual, no qual a produção da mercadoria na forma equivalente, toma a forma de uma 
produção socialmente validade por ser a expressão do valor em comparação a outra 
mercadoria. Embora seja trabalho privado, comoqualquer outro trabalho produtivo de 
mercadorias, trabalho em forma diretamente social, assim representando-se em um 
produto que é imediatamente trocável por outra mercadoria. 
 
Forma valor simples (A) 
A forma simples distingue entre o valor e o valor de uso de uma mercadoria, 
colocando-a em uma relação de troca com uma só espécie de mercadoria, diferente dela. 
Não expressa sua igualdade qualitativa entre as mercadorias, e nem sua 
proporcionalidade quantitativa com todas as outras mercadorias. Uma mercadoria 
representa a forma de equivalente simples(casaco), para ser comparada com uma outra 
mercadoria na forma relativa(linho), assim na forma de equivalente simples são 
abstraídos os seus valores de uso, as peculiaridades produtivas e seu trabalho privado, 
passando apenas a ter a função de expressão do valor, do trabalho abstrato e do 
trabalho socialmente validado como necessário, para assumir então a forma de 
equivalente simples. Nessa forma o objeto que assume a função de equivalente(casaco), 
tem sua “validade social do trabalho” já aparente nessa forma de equivalente 
simples(casaco), já o objeto na forma relativa(linho), precisa reconhecer sua validade 
social passando pelo o “crivo” do mercado, ou seja, a forma simples compara diretamente 
o linho com o casaco, utilizando o casaco como material de expressão do valor e o linho 
na forma de expressar o valor. 
 
A forma de valor total ou desdobrada (B) 
O valor de uma mercadoria (por exemplo, o tecido) encontra-se agora 
representado em inúmeros outros elementos [do mundo das mercadorias]. A matéria 
de qualquer outra mercadoria se torna o espelho do valor do tecido. Desse modo, esse 
valor aparece ele mesmo pela primeira vez realmente como trabalho humano genérico, 
indistinto. 
Desde logo, a expressão relativa de valor é incompleta, dado que a série dos seus 
termos nunca termina: a cadeia, de que cada equação de valor forma um dos elos, pode 
prolongar-se indefinidamente à medida que surgem novas espécies de mercadorias, 
fornecendo a matéria de novas expressões de valor. 
Em segundo lugar, ela constitui um mosaico variegado de expressões de valor 
diferentes e desconexas. E finalmente, se, como terá de acontecer, generalizarmos esta 
forma, aplicando-a a todas as espécies de mercadorias, obteremos tantas séries diversas, 
e intermináveis de expressões de valor, quantas forem as mercadorias. 
Assim, o “linho”, pode expressar seu valor em qualquer mercadoria, todas as 
mercadorias são “coisas de valor” e o valor delas que regulam as proporções das trocas. 
 
Na “forma geral do valor” (C ) 
Na forma de valor geral, as mercadorias exprimem agora os seus valores., sendo 
que a diferença dessa forma geral para a sua antecessora que é a forma desdobrada, são 
que, as mercadorias exprimem os seus valores uma única mercadoria, e 
unitariamente, pois exprimem os seus valores na mesma mercadoria. A sua forma-
valor é simples e comum, e, portanto, geral. 
Nesta fase o valor do “linho” expressa o valor e permite uma comparação direta 
de todas as outras mercadorias. Nesta forma, uma única mercadoria tem o papel de 
expressão do valor em comparação a todas as outras mercadorias. Assim o “linho” 
se torna equivalente a todas as outras mercadorias nesta forma. 
Assim, o equivalente geral, é uma forma de valor que pode ser comparado com 
qualquer outra mercadoria, por outro lado, uma mercadoria só pode ser equivalente geral, 
a partir do momento em que esse carácter exclusivo se fixa em uma determinada 
mercadoria, ou seja, ela ganha como valor e se torna o equivalente geral das mercadorias. 
 
 
 
Forma dinheiro (D) 
Ao conquistar o monopólio dessa posição na expressão do valor do mundo 
mercantil, o ouro tornou-se mercadoria-dinheiro e, somente a partir do momento em que 
já se tornou mercadoria-dinheiro, é que a forma D se distingue da forma C, ou que a 
forma-valor geral se transforma em forma-dinheiro. 
Uma mercadoria só será de fato equivalente geral, quando ela for aceita 
socialmente como representante geral de valor, ela se transforma no dinheiro. O ouro 
se transforma em sua existência a expressão material do valor, ou forma de manifestação 
do valor, com tanta “validação social”, que o ouro torna o próprio valor. 
Quando o equivalente geral do valor, é o próprio dinheiro (ouro), ele atua tão bem 
como representante de valor, que o próprio ouro se torna o valor. Enquanto todas as 
outras mercadorias transparecem como apenas coisas “úteis”, ou seja, como valores 
de uso e não representam valor como ouro, socialmente reconhecido. 
O trabalho concreto, do minerador de ouro, já tem sua validade social aceita 
em si, pois o ouro é a expressão de valor ou equivalente geral do valor. Assim, todos 
os outros trabalhados concretos (privados), precisam passar pelo o “crivo” do mercado, 
para provar sua atividade privada como válida socialmente, e essa validação vem por 
meio da “venda da sua mercadoria”, ou da troca de mercadoria por ouro, pois o ouro 
próprio representante do valor. 
 
4. O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo 
Marx tenta investigar o carácter misterioso da mercadoria, assim irá relatar que o 
carácter misterioso da mercadoria não advém do valor de uso, pois o valor de uso é aquele 
que por suas propriedades satisfaz as necessidades humanas, por meio do trabalho. Assim 
pelo o trabalho é evidente que o homem transforma as formas da matéria da natureza 
para que se torne útil, assim o carácter misterioso não advém do valor de uso. 
O carácter misterioso também não vem por meio do conteúdo de determinação do 
valor (magnitude do valor), pois qualquer que seja atividade humana, decorre do 
dispêndio humano, assim a base da magnitude do valor é a determinação temporal 
de utilização desse dispêndio, ou seja, tempo de trabalho socialmente necessário 
para a produção de algo. 
Em todas as situações, o tempo de trabalho que a produção dos meios de vida custa 
teve de interessar os homens, embora não uniformemente, nos diversos estágios de 
desenvolvimento, logo que os homens, por qualquer modo, trabalham uns para os 
outros, o seu trabalho adquire também uma forma social. 
 
De onde surge o caráter enigmático do trabalho assim que ele assume a forma de 
mercadoria¿ 
Ele surge da sua própria forma a mercadoria. 
1. Igualdade do trabalho humano assume a forma material da igual 
objetividade do valor dos produtos do trabalho (abstração do trabalho para 
encontrar a equivalência do valor, à medida do dispêndio do trabalho 
humano por meio da sua duração, ou seja, tempo de trabalho socialmente 
necessário, assume a forma material da igual objetividade do valor dos 
trabalhos humanos ( MAGNETUDE DO VALOR ) 
2. Finalmente no qual chegar-se-á nas relações entre os produtores nos quais 
se efetivam as determinações sociais do seu trabalho assumem a forma 
de relação entre seus produtos. 
 
 O caráter misterioso das mercadorias consiste no fato de que elas refletem relações 
sociais do próprio trabalho, como caráter objetivo dos próprios produtos do trabalho, 
assim aparentam propriedades humanas( sociais) naturais a essa coisas refletindo as 
relações sociais dos produtores, com o trabalho total, assim os objetos tomam o aspecto 
de terem relações sociais existem a margem dos produtores, ou seja, as coisas tomam vida 
própria além das relações dos seus produtos. O produto do trabalho se torna mercadoria, 
e os produtores porta-voz de suas mercadorias. 
 As mercadorias assumem uma relação determinada entre os próprios homens, que 
assumem a forma de terem relações sociais por meio de suas coisas, ou seja, pelas 
mercadorias 
 Fetiche, portanto, seria o produto do cérebro humano que aparecem dotados 
de uma vida própria como figuras independente que travam relações entre si, no 
qual se apresenta no mundo das mercadorias. Ou seja, esse caráter oculto da 
mercadoria se expressa como algo que elanão possui, isso significa que as relações entre 
elas assumem papeis de relações humanas, em materiais não humanas.

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