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(Fig. 14. 1). 124 (a) (b) Fig. 14.1. Pipetas de inseminação de Cassou, (a) desmontada e (b) montada. o procedimento para depositar o sêmen na vaca é o seguinte: . A vaca ou novilha é adequadamente contida, preferencialmente num tronco ou baia para prevenir movimento para frente, para trás ou para os lados; um assistente para segurar a cauda é vantajoso. . A pipeta de Cassou é gentilmente segura pelos dentes do insemina- dor e, se o inseminador é destro, a mão esquerda é inserida no reto para localizar a cérvix. Se grande quantidade de fezes estiver presente no reto, a defecção deveria ser estimulada ou as fezes removidas. . A vulva é rigorosamente limpa com papel-toalha seco. . O antebraço é gentilmente pressionado para baixo e para compri- mir ligeiramente a vulva, a qual é então parcialmente dilatada. . A pipeta é cuidadosamente inserida em ângulo de 45°, com sua ponta direcionada crânio-dorsalmente dentro da vulva e ao longo 125 da parede vaginal. Às vezes, remanescentes do hímen podem impe. dir seu progresso; estender a cérvix cranialmente, às vezes, ajuda. . Uma vez que a ponta é localizada no fórnix da vagina, a cérvix é firmemente segura pela mão esquerda e o óstio externo localizado com a ponta da pipeta; isto pode usualmente ser determinado pela presença de sensação de ranger. . Uma vez que o óstio externo tenha sido localizado, a cérvix pode ser tracionada, e, usando-se uma combinação de empurrar a pipeta através do canal cervical e puxando a cérvix na pipeta, deve ser possível possibilitar sua passagem. Às vezes a ponta esbarra numa dobra cervical; nesse caso a pipeta deve ser ligeiramente retirada e então redirecionada. A técnica é mais fácil em pluríparas que em novilhas e quando a. vaca está realmente em estro. Cuidados para prevenir trauma devem ser regra. . A ponta da pipeta deve ser introduzida somente dentro do corpo uterino; isto pode ser localizado por suave pressão com a ponta do dedo indicador. . O êmbolo da pipeta deve ser firmemente pressionado para depo. sitar o sêmen bem no corpo uterino. . A pipeta deve ser cuidadosamente retirada. . Excessiva palpação do trato genital e ovários deve ser desen- corajada. e A dose de 20-30 x 106 espermatozóides está presente em cada pipeta. Momento da inseminação O momento de IA é importante' para assegurar boas taxas de gestação e depende da acurada detecção de estro (seção 1.8). A vaca vista em estro pela manhã deve ser inseminada no mesmo dia (pre- ferivlmente à tarde), já se observada à tarde ou ao anoitecer, deve ser inseminada na manhã seguinte. O tempo ótimo é próximo ao final do estro ou dentro de algumas horas depois. 14.5 Seleção e cuidados com touros em centrais de I.A. Touros que são rotineiramente usados para coleta de sêmen em central de IA devem ter boa condição física e ser exercitados. 126 Particular atenção deve ser dada ao estado do sistema locomotor, especialmente os pés. Manejo firme, mas simpático e contenção são necessários. Touros são examinados por veterinário oficial do Ministério da Agricultura, para reduzir a possibilidade de disseminação de traços genéticos 'indesejáveis e também por causa do perigo de disseminação de doenças venéreas transmissíveis e outras doenças. o exame do touro compreende avaliação de algum. defeito ana-tô- mico que possa ser transmitido à sua progênie e a avaliação do rebanho de origem e de qualquer animal que tenha sido servida por ele. Testes para a presença de agentes infecciosos específicos tais como Mycobacterium tuberculosis, Brucella abortus, Trichomo- nas fetus, Campilobacter fetus, IBR e Leucose Enzoótica bovina são conduzidos juntamente com testes para outras condições que possam afetar a saúde do touro. Somente quando um certificado veterinário de ausência de infecção é emitido, um touro pode ser removido da central autorizada de IA. Lá ele permanece em isola- mento por mais 60 dias, tempo durante o qual mais testes são realizados, antes que entre no esquema de coleta. Exame:;, regulares para saúde são realizados pelo veterinário oficial responsável pelo centro. 14.6 Regulamentos relacionados ao uso de IA no Reino Unido o Ministério da Agricultura é responsável pela regulamentação da IA no Reino Unido; os leitores são estimulados a consultar os arti- gos relevantes e devem contatar os oficiais veterinários apropriados para orientação se necessário. Centrais de IA são aprovadas pelo MA. Veterinário visitará as centrais a intervalos de 3 meses para registrar a eficiência técnica de inseminações. Há requerimento estatutário para o registro deta- lhado do criador e da vaca e registro de identidade da vaca e do touro em toda a inseminação. Todo o sêmen utilizado em IA é congelado e deve ser submetido a um período de 28 dias de qua- rentena antes do uso. Existem rígidos controles na importação de sêmen para o Reino Unido e muitos países têm normas específicas na importação de sê- men do mesmo país regulamento vigente é considerado. A IA pode ser feita pelo próprio criador, e isto tem uma re- gulamentação à parte, o que permite a eles e seus empregados realizarem IA em seu próprio rebanho com sêmen estocado na fazenda e sujeito a licença pelo MAPA. 127 14.7 Métodos de avaliação da eficiência da inseminação artificial A eficiência é medida pela "taxa de não-retorno", a qual é a percentagem de vacas que não retomaram ao estro após certo período de tempo desde a inseminação - normalmente a interva- los de 30-60 ou 90-120 dias. As taxas de não-retorno são mais elevadas que as de gestação (seção 7.16), das quais a melhor medida. deve ser entre 70 e 80%. A discrepância entre taxa de gestação e de não-retorno é devido a: . Falha em se detectar retorno ao estro. . Falha em comunicar o retorno ao estro antes da escolha. . Um certo nível de morte embrionária e morte fetal (seção 7.3). precoce 14.8 Resultados insatisfatórios da inseminação artificial Estes podem ser devidos a: . Momento incorreto da IA (seção 14.4 e 5. )5. . Técnica de inseminação deficiente ou incorreta, especialmente se a IA é feita pelo próprio criador (seção 14.4). . Estocagem e manipulação de sêmen deficiente, especialmente no descongelamento (seção 14.3). . Vaginites devido a bactérias - Uma estreita bainha plástica colocada sobre a pipeta de IA pode prevenir contaminação uterina. . Variações na fertilidade do touro. 128 15 - INFERTILlDADE DO TOURO 15.1 Considerações gerais Quando a infertilidade é observada num rebanho onde é utili- zada a monta natural, o touro deve sempre ser suspeit9 e seu pos- sível envolvimento determinado. Vários exames podem ser necessá- rios antes que um diagnóstico possa ser feito (vide seção 13 .4-13.6). 15.2 Métodos de investigação Uma rotina específica e cuidadosa é necessária, como a seguinte: . Amplo histórico da ascendência, a saber: idade, reprodução, ori- gem, duração da propriedade e prova de fertilidade. . Anamnese recente, para o qual bons registros são importantes, a saber: freqüência de uso, método de uso, alojamento e alimenta- ção, manejo, prova recente de fertilidade e a observação precisa sobre falhas do touro. . Exame clínico detalhado da saúde geral, especialmente do siste- ma genital. A resposta do touro a uma vaca ou novilha em estro deve ser notada. Seu comportamento copulatório, se possível, deve ser rigorosamente observado e amostra de sêmen deve ser coletada e avaliada (vide seções 13.4 e 13.7). 15 3 Perda ou falta de libido A libido (desejo sexual) varia geralmente de raça para raça e dentro das raças. Geralmente touros de corte que são calmos, têm menor líbido que os de leite. O ambiente no qual o touro é mantido, a pessoa que maneja o touro, o método de contenção usado para o touro e local onde o serviço é realizado podem ter influência profunda na libido, em- bora freqüentemente a causa precisa para libido deficiente não possa ser determinada. O seguinte pode ser responsável: . Idade: libido declina em touros velhos. . Rufião: especialmente touros jovens são usados para rufião em grupos de vacas