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Estudo dirigido – Introdução ao Metabolismo e à Sinalização Celular 1) O que é metabolismo? Metabolismo é o conjunto de todas as transformações químicas que ocorrem em um célula ou em um organismo, que ocorre por meio de uma série de reações catalisadas por enzimas que constituem as vias metabólicas. 2) Diferencie as rotas metabólicas do tipo anabólicas e catabólicas. As rotas anabólicas são as rotas de biossíntese, que formam macromoléculas – lipídeos, proteínas, polissacarídeos... - a partir de moléculas menores e mais simples. Essas rotas necessitam de energia, geralmente na forma de potencial de transferência do grupo fosforil do ATP e do poder redutor de NADH, NADPH e FADH2. Já no catabolismo ocorre a degradação das moléculas maiores – carboidratos, gorduras, proteínas... – em produtos mais simples. Essas rotas liberam energia, e parte dessa energia é conservada na forma de ATP e de transportadores de elétrons reduzidos (NADH, NADPH e FADH2); o restante é perdido como calor. 3) Explique por que o ciclo de Krebs é considerado anfibólico: O ciclo de Krebs serve tanto para processos anabólicos quanto para processos catabólicos. Para os primeiros, fornece precursores para muitas vias de síntese por reações que serviam a esse propósito em ancestrais anaeróbios. Já para o catabolismo, exerce papel oxidativo de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos. 4) “As rotas anabólicas e catabólicas não são uma simples reversão uma da outra”. Por que? Sim, a afirmativa está correta, pois os processos anabólicos e catabólicos são catalisados por enzimas diferentes em pelo menos uma de suas etapas. Além disso, uma das duas rotas é termodinamicamente muito mais favorecida do que a outra. 5) Qual a importância da compartimentalização celular das rotas metabólicas? A importância se dá na regulação independente das rotas anabólicas e catabólicas. Além disso, as concentrações de intermediários, enzimas e reguladores podem ser mantidas em diferentes níveis nesses compartimentos distintos. Como as vias metabólicas são cineticamente controladas pela concentração do substrato, conjuntos separados de intermediários anabólicos e catabólicos também contribuem para o controle das taxas metabólicas. 6) O que são intermediários metabólicos? Em uma via metabólica, a molécula precursora passa por uma série de modificações até o produto final. Em cada etapa, a molécula pode adquirir uma configuração distinta, denominada intermediário metabólico ou metabólitos. 7) Diferencie rotas lineares e cíclicas. Dê exemplos. As rotas lineares se diferenciam das cíclicas na medida em que a primeira converte um substrato em intermediários metabólicos que dão origem ao produto, enquanto na segunda um composto inicial da via é regenerado em uma série de reações que converte outro componente inicial em um produto. Rota linear – glicólise Cíclica – ciclo de Krebs 8) O que são enzimas marcapasso ou regulatórias? Qual a importância delas para o metabolismo celular? De que forma estas enzimas podem ser reguladas? São enzimas que têm a atividade catalítica aumentada ou diminuída em resposta a certos sinais. Sua importância se dá na medida em que a velocidade das reações catalisadas por enzimas regulatórias permitem que as células atendam às necessidades de energia e das biomoléculas de que precisam para crescer e se manter. Elas podem ser reguladas modificação covalente, efetores alostéricos, repressão gênica, entre outros. 9) As células precisam se comunicar para responderem de forma sincronizada a um determinado estado metabólico. Os sinais químicos cumprem este papel de mensageiros celulares. Comente sobre os tipos de sinalização celular e os respectivos sinais químicos. Endócrina – a molécula sinalizadora é o hormônio; a comunicação é lenta; o hormônio age na célula alvo distante do sítio de síntese. Sináptica – a molécula sinalizadora é o neurotransmissor; a comunicação é muito rápida; a ação é em uma célula alvo próxima de onde a molécula foi formada. Parácrina – as moléculas sinalizadoras são chamadas de mediadores locais e agem em múltiplas células-alvo, próximas do local de sua síntese; a comunicação é rápida. Exemplos: fatores de crescimento, citocinas, interleucinas, eicosanóides e neurotransmissores. Autócrina – as moléculas sinalizadoras seguem sendo chamadas de mediadores locais porém a célula responde a substâncias liberadas por ela mesma. ; a comunicação é rápida. É usada por embriões/neonatos para desenvolvimento e crescimento e por adultos na resposta imune e inflamatória. Justácrina – Canais protéicos de junções comunicantes ou gap junctions (ions, metabólitos); ou proteínas ligadas à membrana plasmática de uma célula podem interagir com receptores de uma célula adjacente (fator de crescimento epidérmico - EGF). 10) A transdução de sinal químico é a conversão de informação em alteração química. O sinal representa informações detectadas por receptores específicos e convertidas em resposta celular, que sempre envolve um processo químico. Logo, os mecanismos para isso são os processos pelos quais um sinal extracelular altera eventos intracelulares que participam em respostas bioquímicas e fisiológicas. 11) Quais são as propriedades da transdução de sinal? Especificidade - uma complementaridade molecular precisa entre as moléculas sinalizadoras e receptoras, mediada pelos mesmos tipos de forças fracas (não covalentes) que controlam as interações enzima-substrato e antígeno-anticorpo. Outros sinais não se encaixam. Amplificação - quando enzimas ativam enzimas, o número de moléculas afetadas aumenta geometricamente na cascata enzimática. Modularidade - Proteínas com afinidades multivalentes formam diversos complexos de sinalização a partir de partes intercambiáveis. A fosforilação fornece pontos de interação reversíveis. Dessensibilização/Adaptação - a ativação do receptor dispara um circuito de retroalimentação que desliga o receptor ou o remove da superfície celular. Integração - Quando dois sinais apresentam efeitos opostos sobre uma característica metabólica, como, por exemplo, a concentração de um segundo mensageiro X ou o potencial de membrana Vm, a regulação é consequência da ativação integrada dos dois receptores. KD ou Constante de Dissociação - É a concentração de agonista livre que permite ligação de 50% do número total de sítios de ligação do receptor (metade da ocupação máxima). A afinidade do receptor pelo ligante é inversamente relacionada à KD. EC 50 ou Metade da Concentração Máxima Efetiva - É a concentração de agonista que causa metade da resposta máxima. EC é diretamente proporcional à KD
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