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Fisiologia Respiratória

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Fisiologia 
Respiratória 
 
Respiração 
É o contato indireto do sangue com o ar 
fazendo trocas gasosas. Para que haja 
respiração é necessário mover o ar 
(ventilação),mover o sangue (perfusão) e 
de estruturas de controle (SNC).Existem 
dois tipos de respiração: 
1- Celular:​ Célula respira e produz CO2 a 
partir de O2, sendo uma reação 
intracelular. 
2- Externa:​ É a renovação do ar, onde 
retira CO2 e produz O2, sendo o 
movimento de gases entre o meio externo 
e células do corpo. 
➔ Respiração Externa 
É realizada pelo alvéolo. Possui uma 
enorme superfície de contato para trocas 
gasosa comprimidas em pequenos 
espaços. Essa superfície deve ser úmida 
e deve evitar desidratação mas não pode 
secar, resultando na internalização do 
epitélio respiratório. 
No pulmão,a taxa de renovação de ar no 
processo de respiração é de 13%,sendo 
que há 2700ml de ar no pulmão em 
repouso, sendo renovado 350ml por 
respiração e há 150 ml na via aérea para 
preencher espaço. 
➔ No tórax 
No tórax, as vias aéreas que conduzem o 
ar são menores,renovando o ar com mais 
frequência. Além disso, essas vias têm 
que perder o menos possível de umidade 
pois se haver muita perda a célula 
desidrata e morre. 
➔ Traqueia,brônquios e 
bronquíolos 
A traqueia,brônquios e bronquíolos 
possuem a função de conduzir,aquecer e 
umidificar o ar,sendo um mecanismo de 
defesa durante a respiração. Esse espaço 
da boca aos brônquios é chamado de 
espaço morto por não realizar trocas 
gasosas. 
➔ Respiração e o pH 
A respiração realiza um controle agudo do 
pH, onde ao haver um aumento de CO2 
no sangue há a liberação de H+ pela 
produção de H2CO3, o que gera acidez 
metabólica e aumento do pH do sangue. 
Esta condição é controlada pelo aumento 
do fluxo respiratório. Os cães e gatos 
também utilizam a respiração para 
controle de temperatura, usando o arfar. 
Funções 
É responsável pelas troca de gases (O2 e 
CO2),regulação do pH do corpo,proteção 
contra patógenos e substâncias irritantes 
inaladas e pela vocalização pelo ar 
através das pregas vocais. 
Estruturas 
Possui um sistema condutor do ar (vias 
aéreas), chamado de espaço morto 
anatômico.Como unidade funcional possui 
os alvéolos além dos ossos e músculos 
(tórax e abdômen). São subdivididas em: 
1- Trato superior:​ boca,cavidade 
nasal,faringe e laringe. Possui como 
mecanismo de defesa o espirro. 
2- Trato inferior: ​traqueia,brônquio, 
bronquíolos e alvéolos. Possui como 
mecanismo de defesa a tosse. 
➔ Caixa Torácica e músculos 
É um recipiente fechado, onde as laterais 
e parte superior são compostas pela 
coluna vertebral e costelas. 
Possui os músculos intercostais internos e 
externos que conectam as costelas. Além 
deles há os músculos 
esternocleidomastóideos e escalenos, 
que conectam cabeça/pescoço à 
costelas. A parte inferior é composta pelo 
diafragma. 
Músculo intercostal:​ ​O 
músculo intercostal 
interno é responsável pela 
expiração,diminuindo o 
volume da caixa torácica e 
 
o externo pela inspiração,aumentando o 
volume da caixa torácica. 
Músculo esternocleidomastoideo: 
Levanta as costelas,auxilia na inspiração. 
Diafragma:​ Respiração em 
repouso,contraindo e relaxando. 
➔ Alvéolos 
Unidade que permite as trocas gasosas 
pois é uma “bolsa” de ar com capilares, foi 
internalizado com a evolução para reduzir 
a perda de água, o que levou a 
internalização do pulmão 
também. Sua parede aumenta 
a superfície de contato entre o 
ar e o tecido (sangue) e seu 
centro é chamado de espaço 
morto alveolar.Possui dois tipos 
de células: 
1- Células alveolares tipo I 
(95%): ​Célula delgada, uma camada da 
membrana basal funde o epitélio alveolar 
ao endotélio do capilar (área de troca), 
reveste o alvéolo. 
2- Células alveolares tipo II: ​Secreta 
líquido surfactante que diminui a tensão 
superficial da água, não permitindo que o 
alvéolo cole e facilita expansão pulmonar. 
É uma das últimas células a serem 
produzidas. 
O alvéolo não possui músculos e sim 
colágeno, que confere a ele 
complacência, e elastina, que confere 
elastância. Além disso não há neurônios 
em sua estrutura,não havendo controle 
neurológico e de musculatura lisa,sendo 
que ele muda somente com a pressão do 
tórax. 
Enfisema:​ Ocorre quando os alvéolos se 
juntam formando um grande 
alvéolo,diminuindo a superfície de 
contato. Essa junção faz com que os 
macrófagos fagocitem o 
tecido,transformando em sistema 
colágeno e perdendo a elasticidade. É 
uma condição rara em animais posto que 
a maior causa é 
o tabagismo. 
 
➔ Sacos Membranosos 
1- Saco pericárdico​: Contém coração 
 2- Sacos pleurais​: cada um cercando 
um pulmão. Esôfago, nervos e vasos 
passam entre os sacos pleurais 
➔ Pleuras 
As pleuras ajudam no inflamento do 
pulmão, sendo ligadas por uma fina 
camada de líquido pleural. Além disso, 
elas mantém o pulmão aderido e permite 
o deslizamento de membranas opostas. 
Retenção de materiais 
Realizado geralmente pela traqueia e 
brônquios com auxílio dos pêlos e muco 
pegajoso. Possui também o epitélio com 
cílios e a solução salina. 
Cílios: ​ Realizam um movimento 
ascendente contínuo para faringe. Na 
faringe é expectorado ou deglutido sendo 
que a acidez gástrica neutralizam 
microrganismos 
Solução Salina:​ ​A solução salina é 
produzida pelas células epiteliais quando 
o Cl- é secretado por canais de ânions 
apicais que atraem Na+ .O movimento de 
soluto cria um gradiente osmótico assim a 
água segue os íons em direção à via 
aérea o que permite o movimento dos 
cílios. Em caso de não haver a produção 
de solução salina, não há movimento de 
cílios, não eliminando o muco, 
ocasionando infecções constantes. Essa 
condição é chamada de fibrose cística. 
 
Muco Viscoso:​ Possui imunoglobulina e 
é secretado pelas células calciformes. 
 
 
 
 
 
Ventilação Pulmonar 
A circulação pulmonar garante as trocas 
gasosas pois mantém a taxa de fluxo 
sanguíneo alta, a pressão, resistência 
vascular e pressão hidrostática baixa. 
O aumento do volume ocasiona a 
diminuição da velocidade, o que também 
facilita as trocas. 
➔ Volumes pulmonares 
O volume pulmonar é a quantidade de ar 
no pulmão em determinado momento, 
sendo que ele possui: 
1- Volume corrente:​ Determinado pelo 
diafragma. 
2- Volume de reserva expiratório: 
Determinado pelo intercostal interno e 
abdômen. 
3- Volume de reserva inspiratório: 
Determinado pelo músculo intercostal 
externo,cleido mastoideo e escaleno. 
4- Volume residual:​ Responsável por 
manter o alvéolo com o mínimo de ar para 
facilitar a expansão. 
Diante disso, temos: 
Capacidade vital = reserva insp + reserva 
exp + volume corrente. 
 Capacidade pulmonar = capacidade vital 
+ volume residual. 
Capacidade inspiratória = volume corrente 
+ reserva insp 
 Capacidade residual funcional = reserva 
exp + volume residual 
 
 
➔ Inspiração 
Como quanto maior o volume 
menor a pressão, na 
inspiração há a queda da 
pressão alveolar. O aumento 
do volume pulmonar ocorre 
pois eles estão presos à 
parede torácica, logo se ela 
cresce o pulmão cresce junto. 
Além disso, a pressão sempre 
negativa na pleura devido ao 
vácuo também ocasiona o aumento de 
volume pulmonar. 
➔ Expiração 
Posto que quanto maior a pressão menor 
o volume, temos dois tipos de expiração: 
1- Expiração passiva: ​Redução do 
volume do pulmão ocorre devido ao 
relaxamento dos músculos inspiratórios. 
2- Expiração ativa:​ Músculos intercostais 
internos e músculos abdominais. 
 
➔ Perfuração do Tórax 
Caso haja a perfuração do tórax há uma 
entrada de ar, acabando com a pressão 
negativa na pleura. Com isso, o alvéolo e 
pulmões murcham devido ao movimento 
do ar pelo orifício. Com o passar do 
tempo, se acabar o volume residual, o 
pulmão fica colabado. Para solucionar 
esse problema é necessário fechar o 
buraco e drenar o ar do local para que 
volte o vácuo e o pulmão infle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Complacência e 
Elastância Pulmonar 
A complacência é a habilidade do pulmão 
expandir, ou seja, quanto a diferença de 
pressão gerou dediferença de volume. Já 
a elastância é a resistência à deformação 
mecânica,ou seja, a capacidade de 
retornar a capacidade normal. Em vista 
disso, quando a elastância e a 
complacência estão em desequilíbrio, 
duas doenças são comuns: 
1- Enfisema: ​O ar não é expulslo devido 
ao destruimento das fibras 
elastinas,aumento da complacência e 
diminuição da elastina. 
2- Doença pulmonar restritiva: ​O ar não 
consegue entrar devido ao aumento da 
elastância e diminuição da complacência. 
Há a ocorrência de fibrose (macrófagos 
secretam fatores de crescimento 
fibroblastos). 
➔ Líquido Surfactante 
Diminui a tensão superficial,diminuindo a 
pressão, o que facilita a expansão e 
ventilação dos alvéolos menores que 
possuem menor raio. O líquido surfactante 
é produzido pelas células alveolares tipo 
II (pneumócitos tipo II), sendo 
responsáveis também pelo aumento da 
complacência. Se caso não haja 
surfactante, pode causar a Síndrome da 
angústia respiratória do recém-nascido. 
➔ Resistência ao fluxo de ar 
90% da resistência ocorre na traqueia e 
brônquios, sendo constante. Logo, como 
os bronquíolos são colapsáveis, os 
medicamentos atuam nele. 
Broncodilatadores: ​adrenalina no β2 e 
aumento CO2, são vasoconstritores. 
Broncoconstritores: ​ sistema 
parassimpático (recep M),histamina, 
substância P e leucotrienos (mastócito, 
macrófagos e eosinófilos). São 
propulsores inflamatórios 
geralmente,agindo de maneira sistêmica. 
 
➔ Diâmetro bronquíolos e 
arteríolas 
Os capilares do ápice do coração estão 
colabados devido a baixa pressão, não 
recebendo sangue mas ar sim. Quando a 
pressão aumenta á o recebimento de 
sangue, sendo que só a parte de baixo do 
pulmão está constantemente irrigada. 
As arteríolas pulmonares respondem ao 
PO2 (menos ventilação = menos O2 = 
vasoconstrição) 
O Diâmetro dos bronquíolos depende do 
CO2 (aumento do CO2 expirado = 
vasodilatador). 
 
()- menos intenso 
➔ Sons pulmonares 
É emitido pelo ar passando pelo sistema 
respiratório. O som normal são murmúrios 
uniformes, no pneumotórax, que está 
entre as pleuras, sons diminuídos ou 
ausentes. Se há a presença de líquidos 
ou secreções produz os sons de sibilos, 
crepitações, chiados e sons bolhosos. Em 
caso de doenças como asma, apnéia do 
sono, enfisema e bronquite há a presença 
de sibilos (provocado pela diminuição das 
vias aéreas). 
Perfusão 
Movimentação de O2 e CO2 entre o 
espaço aéreo alveolar e as células do 
corpo. Os gases passam por difusão pois 
eles são lipossolúveis e as membranas 
que separam são finas. 
Ela evita a hipóxia (pouco O2 nos tecidos) 
e a hipercapnia (muito CO2). É necessário 
eliminar o CO2 visto que ele forma 
H2CO3, se dissocia e libera H+, deixando 
o pH ácido e desnaturando algumas 
proteínas.Tampões neutralizam o H+. 
➔ Pressão parcial de O2 e CO2 
A PO2 arterial depende da PO2 alveolar, 
da difusão entre alvéolos e 
 
capilares e do fluxo de sangue para os 
pulmões. A PO2 diminui conforme a 
altitude, se caso houver uma queda sem 
mudança de altitude há a hiperventilação, 
ocasionada pela baixa complacência, 
aumento resistência das vias aéreas ou 
depressão do SNC 
A PCO2 alveolar depende da PO2 no ar 
inspirado e da ventilação alveolar. 
 
➔ Problemas na difusão 
Ocorre quando o O2 não vai para o 
sangue,não havendo trocas. Essa taxa é 
diretamente proporcional ao gradiente de 
concentração do gás, a superfície de 
contato,a distância de difusão e a 
permeabilidade da barreira. 
 
❏ Enfisema:​ A destruição dos 
alvéolos reduz a área de superfície 
para trocas gasosas, tendo alta 
complacência e baixa elastância, 
resultando em um “único alvéolo 
grande”. Irritações crônicas ativam 
macrófagos alveolares que liberam 
elastase que destrói as fibras 
elásticas e aumenta apoptose com 
degradação da parede alveolar. 
 
 
 
❏ Doença Pulmonar Fibrótica: ​A 
membrana alveolar fica mais 
espessa,dificultando trocas 
gasosas e comprometendo a 
complacência (entrada de ar) e a 
ventilação pulmonar. Há uma 
redução da permeabilidade da 
membrana, tornando a difusão 
mais lenta devido ao tecido 
cicatricial. 
 
❏ Edema Pulmonar:​ Há presença 
de líquido no espaço que 
separa as células alveolares e 
sanguíneas (espaço 
intersticial)., promovendo um 
aumento na distância de 
difusão e da quantidade de 
fluído. Com isso, há uma 
dificuldade na difusão de O2 
pela sua baixa solubilidade em 
água, o CO2 consegue fazer a 
difusão. As principais causas 
dessa enfermidade são o ICCE 
(pressão hidrostática maior que 
capacidade de drenagem 
linfática),sendo um problema 
de perfusão, e a síndrome de 
angústia respiratória aguda 
(SARA), que é uma 
Irritação/inflamação crônica 
quando a oxigenoterapia não 
funciona. 
❏ Asma: ​Há um aumento da 
resistência das vias 
aéreas,diminuindo a ventilação 
alveolar. Isto ocorre devido há uma 
constrição dos bronquíolos e de 
edema das vias aéreas,sendo 
muito comum em gatos. É induzida 
por exercícios, temperatura e 
 
umidade. Seu tratamento é feito 
com agonista beta 2 adrenérgico, 
anti inflamatórios e antagonistas 
dos leucotrienos, que se ligam aos 
receptores adrenérgicos. 
Solubilidade dos gases 
É a capacidade do gás em se dissolver no 
líquido.Como o O2 possui baixa 
solubilidade surgem células 
transportadoras de O2 no sangue, as 
hemácias. O CO2, no entanto, tem alta 
solubilidade, logo o O2 demora para se 
dissolver e,no no edema pulmonar a PO2 
é baixa e a PCO2 é normal. A cada litro 
de sangue é necessário haver 200mL de 
O2. 
Transporte de O2 
O O2 entra, se liga à hemoglobina, forma 
a oxihemoglobina, o O2 se separa e é 
absorvido pelo citoplasma da célula. Os 
eritrócitos são responsáveis por 
transportar 197mL de oxigênio e no 
plasma são transportados 3mL totalizando 
200mL por litro de sangue, que são o 
mínimo para o funcionamento adequado. 
No entanto, como nosso débito cardíaco é 
de 5L/min, obtemos um total de 1000 mL 
de O2, sendo utilizados como reserva. 
 
 
➔ Saturação 
É a quantidade de O2 que se liga na 
hemoglobina. Diante disso, 1Hb possui 4 
sítios de ligação com o O2, sendo que 
esta ligação depende da PO2 ao redor do 
plasma (quanto maior quantidade de O2 
mais fácil) e dos números de locais 
disponíveis para ligação. Além disso, ela 
também é influenciada pela concentração 
de hemoglobina celular média,ou seja, 
quanto uma hemácia tem de hemoglobina 
e pela sua forma. Sendo assim, se a 
saturação chega a 100% este número 
torna-se constante pois: quantidade de 
O2 ligado/max. que pode se ligar X100 = 
Saturação. 
Se há uma baixa de O2 ocorre a hipóxia 
e, uma baixa de Hb,hemácia ou ferro 
provoca anemia. 
 
❏ Condições que afetam a 
saturação: ​Fatores como,pH e do 
composto metabólico 2,3 BPG 
podem alterar significamente a 
saturação e também a 
hemoglobina. 
Temperatura:​ Com a baixa da 
temperatura há um aumento da taxa de 
saturação, gerando uma maior taxa de 
afinidade. 
Ex: Ao realizar um exercício físico, há o 
aumento da temperatura e as células 
necessitam de mais O2, fazendo com que 
a taxa de saturação baixe e,por 
consequência, a taxa de 
afinidade,liberando o O2 
da hemoglobina para ir 
para as células. 
 
 
 
Concentração de CO2: 
O aumento da 
 
concentração de CO2 provoca a 
diminuição da taxa de saturação e da taxa 
de afinidade. 
 
Efeito do pH: ​O aumento do pH (ficando 
mais básico) provoca o aumento da taxa 
de saturação e da taxa de afinidade. 
 
Efeito do 2,3-BPG: ​Como o 
2,3-bifosfoglicerato é um composto 
intermediário da via da glicose, o seu 
aumento nos eritrócitos gera hipóxia 
crônica, diminuindo a taxa de saturação e 
de afinidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte de CO2 
Como o CO2 é mais solúvel que o O2, 
93% é transportado pelo eritrócito, sendo 
que 70% é convertido em HCO3 e 23% 
ligado a hemoglobina, e 7% fica dissolvido 
no plasma, o que, juntamente com a 
respiração celular que produz CO2, 
permite uma alta taxa deste gás que irá 
entrar em todas as células. Ao entrar na 
hemoglobina, haverá a formação da 
carbaminoemoglobina. Comohá uma 
produção de HCO3, para deixar o pH do 
meio estável há um canal que libera 
bicarbonato,que funciona como um 
tampão. Quando este pH fica negativo, 
para a produção de bicarbonato, que vai 
para o plasma, e entra cloro em seu lugar. 
Os principais transportadores de CO2 
portanto são o eritrócito e o CO2 + H20, 
reação que é catalizada pela enzima 
anidrase carbônica. Esta enzima também 
consegue quebrar o ácido carbônico. 
 
Controle da Ventilação 
O controle da ventilação ocorre 
automaticamente contudo pode ser 
controlado voluntariamente quando a 
concentração de O2,CO2 e pH estão 
normais, utilizando de neurônios 
simpáticos para isso. Ela está 
constantemente sendo alterada por 
quimiorreceptores e possui diversos 
grupos respiratórios que realizam o 
controle além dos mecanorreceptores. O 
tronco encefálico é gerador de um padrão 
 
central desses grupos respiratórios, 
constituindo uma rede neural do tronco 
encefálico com atividade rítmica intrínseca 
(provável/e neurônios marcapasso). 
 
Diante disso, temos que: 
Neurônios resp do bulbo: ​Estão 
localizados bilateralmente em duas áreas 
do bulbo,controlam músculos inspiratórios 
e expiratórios, influenciando o grupo 
respiratório dorsal. 
Neurônios resp da ponte;​ Integram 
informações sensoriais com as 
informações dos neurônios bulbares 
obtidas do grupo respiratório dorsal, 
influenciando ventilação e mandando 
sinais para o grupo respiratório ventral. 
 ​Neurônios do tronco encefálico: 
Despolarizam automaticamente. 
 ​Reflexos dos centros encefálicos 
superiores:​ Quimio e mecanorreceptor 
modulam ventilação. 
❏ Grupos respiratórios: 
Dorsal:​ É quem dá ordem, saindo o 
estímulo e controlando a inspiração 
padrão do dia a dia (diafragmal). Os 
quimiorreceptores ajudam a decidir o que 
fazer, recebendo os estímulos. Outros 
fatores que estimulam a região dorsal é o 
complexo de Bötzinger (marca passo). 
Centro superior: ​Local que manda 
comandos, a exemplo do bocejo. 
Ventral: ​ Tudo o que não é respiração 
comum é controlada por ele, saindo 
neurônios e indo até os músculos,como 
por exemplo os 
intercostais,escalenos,cleido mastoideo, 
além das vias aéreas superiores. O 
comando para ele é mandado pela ponte 
e pelo complexo de Bötzinger. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❏ Interação da respiração 
Durante a respiração espontânea em 
repouso o marca-passo inicia cada ciclo e 
neurônios inspiratórios aumentam a 
estimulação. A inspiração é controlada por 
um mecanismo de retroalimentação 
positiva, onde mecanoreceptores avisam 
que o pulmão está cheio e há uma queda 
abrupta. Na expiração passiva ocorre 
atividade de neurônios motores provável e 
para contração de vias aéreas superiores. 
Além disso, muitos neurônios expiratórios 
permanecem inativos durante a 
respiração em repouso, sendo utilizados 
nas respirações forçadas. 
 
❏ Quimiorreceptores 
É a informação mais importante, que se 
sobrepõe a todas, sendo sensível 
majoritariamente ao CO2, devido a sua 
maior diluição no sangue e capacidade de 
atravessar a barreira hematoencefálica, 
seguido pelo O2 e pH. Podem ser 
divididos em centrais e periféricos, além 
dos quimiorreceptores arteriais (exceção 
carótida e aórticos) que são sensíveis ao 
O2 e CO2. 
Quimiorreceptores Periféricos: ​São 
sensíveis ao O2,CO2 e pH, possuindo 
células glomais nos corpos carotídeos e 
na aorta que, com a queda de O2, 
permitem a entrada de cálcio e liberam 
vesículas sinápticas. Apesar de não 
serem tão sensíveis ao O2, a queda dele 
é insustentável para o corpo, realizando a 
ventilação estimulada quando há uma 
queda para menos de 60 mmHg. Quando 
há uma queda de CO2 o corpo se adapta 
por meio do aumento do HCO3, no 
entanto, qualquer alteração nele e no pH 
interferem na ventilação. 
 
Quimiorreceptores Centrais: ​ Estão 
localizados na superfície ventral do bulbo 
e são sensíveis somente às 
concentrações de CO2 no líquido 
cerebrospinal. Diante da capacidade de 
atravessar a barreira hematoencefálica, o 
CO2 proporciona uma acidose no líquido 
cerebroespinhal que estimula o bulbo. 
Esta acidose ocorre em função do H+ 
vindo da dissociação ácido carbônico 
produzido dentro do cérebro. Quando a 
acidez provém do plasma não há tanta 
interferência devido a passagem lenta 
pela barreira. A alteração de níveis de 
CO2 e de O2 por obstrução da respiração 
pode ocasionar a chamada DPOC. Em 
um estado de hipercapnia,ou seja, alta de 
CO2, ocorre uma adaptação pois a 
mensagem atravessa a membrana, 
mantendo a respiração eupneica. No caso 
da hipóxia, ou seja, baixa de O2, há uma 
respiração forçada, gerando o aumento 
da ventilação. 
❏ Mecanorreceptores 
São utilizados quando é necessário uma 
resposta em função de um agente 
agressivo. Se subdivide em adaptação 
rápida e lenta. 
Adaptação Rápida:​ Sensível a gases 
nocivos e corpos estranhos, sendo 
utilizado como resposta a tosse, quando a 
agressão é das vias aéreas inferiores, o 
espirro, quando a agressão é das vias 
aéreas superiores, e a broncoconstrição. 
Adaptação Lenta: ​Mantém o GRD 
informado constantemente, inteirando ele 
sobre a tensão na parede do pulmão, não 
permitindo a hiperinsuflação dele. Um 
exemplo de uso de tal mecanismo é 
 
quando levamos uma bolada no peito 
(comprimi tórax e pulmão, os 
tencionando), o mecanorreceptor entende 
que ele está cheio e que não pode 
inspirar mais, não conseguindo respirar. 
❏ Outros controles 
Em situações como o medo psicológico 
em que há o aumento da temperatura e 
do cortisol o cérebro muda sua 
respiração. Além disso, o controle pode 
ser feito pelo hipotálamo e pelo sistema 
límbico. 
Hipotálamo: ​Atua em condições de 
hipotensão,desidratação,hipertensão e 
luta e fuga. 
Sistema Límbico: ​ Atividades emocionais 
que afetam diretamente a respiração por 
intermédio de neurotransmissores ligados 
à emoção, como a 
ocitocina,serotonina,endorfina e 
dopamina.

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