Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
S3 Medicina Alina Villela Micobacteriose não tuberculose X TB Caso clínico ▪ Identificação: 49 anos, feminino, do lar, católico, natural e procedente de Ubajara-Ce ▪ QP: tosse e perda de peso ▪ HDA: Tosse com secreção amarelada há 2 meses associada a anorexia e perda ponderal de 5 Kg. Utilizou alguns esquemas antibióticos no período, sem melhora clínica. Relata ainda febre não mensurada, principalmente no período noturno e sudorese noturna ▪ Hábitos: Tabagista de 8 m.a. Nega etilismo ▪ Ocupacional: Do lar. ▪ HPP: paciente com doença autoimune com uso crônico de corticoide. ▪ Qual a hipótese? TB. Pede Rx de tórax e PCR. ▪ Exame de escarro: BAAR positiva (++/4+). PCR para M tuberculosis (GENEXPERT) negativo ▪ AUTORIZAÇÃO PARA TRATAMENTO: 2 culturas positivas + clinica compatível + TC típica. → Bactéria “onipresente" → Maioria não patogênica → Em 90% dos casos, a manifestação é pulmonar → Transmissão direta (contágio) é infrequente (M abscessus na fibrose cística?) → M abscessus, M avium complex, M Kansasii, M malmoense, M xenopi (espécies mais frequentes) → 4 grupos acomentem os seres humanos: M tuberculosis; M leprae; NTM crescimento lento; MTN crescimento rápido → Aumento da incidência: Envelhecimento da população; Doença pulmonar crônica (DPOC, asma e bronquiectasia); Avanços na radiologia → M avium complex é a causa mais comum de doença pulmonar → Ocorrência endêmica (vs epidemia na tbc) → Geralmente não transmissível Quadro clínico ▪ Febre, adinamia, perda de peso, anorexia -> arrastado! ▪ Tosse purulenta, hemoptise, dispneia (depende da intensidade da doença) ▪ Rx tórax vs TCAR tórax. ▪ Tosse (21-100%) ▪ Escarro (12-100%) ▪ Febre (11-58%) ▪ Perda de peso (4-38%) ▪ Fadiga (M abscessus) Comparação com tuberculose: Mais hemoptise (maior mortalidade e progressão da doença); menos perda de peso e sintomas sistêmicos Importante!!! O diagnóstico da micobateriose não tuberculose a princípio não pode ser feito somente com o Raio X. Deve ser feito cultura. S3 Medicina Alina Villela TCAR tórax ▪ 2 padrões tomográficos: Doença fibrocavitária; Doença nodular- bronquiectásica ▪ Bronquiectasia e nódulos (50-80% dos casos de MAC) ▪ Lesão cavitária * Cavitação de parede espessa Seta= cavitação Seta branca= bronquiectasia Seta preta= nódulo Diagnóstico ▪ Infecção vs colonização ▪ Critérios (MAC, M.Kansasii e M abscessus): Alteração rediológica compatível com NTM; Sintomas típicos (descartar outras doenças); 2 escarros com culturas + ou 1 LBA+ ou bx pulmão +; BAAR + e PCR (+ sensível) tbc -: provável NTM; Culturas em meio sólido e líquido. ▪ Excluir outros diagnósticos ▪ Caso haja 3 escarros negativos, mas uma tomografia compatível -> acompanha. ▪ Somente 1 cultura positiva + tomografia positiva -> lavado broncoalveolar ▪ Somente 1 cultura positiva e tomografia não típica -> descarta Síndrome da Lady Windermere ▪ Repressão da tosse com acúmulo de secreção ▪ Mulheres pós menopausa, baixo IMC e cifoescoliose ▪ Sem doença pulmonar de base ▪ Bronquiectasias em língula e lobo médio (causada pela micobacteriose) Tratamento ▪ Teste de sensibilidade ▪ MAC: avaliar sensibilidade a amicacina e claritromicina ▪ M kansasii: avaliar sensibilidade a rifampicina ▪ M abcessus: avaliar sensibilidade a claritomicina, cefoxitina, amicacina ▪ O tratamento com antibiótico deve se manter até 12 meses após a negativação da cultura.
Compartilhar