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Harmonia vocal

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Curso Online:
Locução e Sonoplastia
Harmonia vocal	2
Postura de palco	4
Técnica de microfone e equalização	5
Musicalização	7
Ajustes	Vocais:	Falsete,	Whisper	Voice,	Gregorian Voice, Belting, Clamp/Curbing e Voz Mista (Speech Level Singing)	13
Acabamentos: Vibrato, Melisma, Yodel, Appoggiatura, Floreio	18
Escalas: Maiores, Menores, Hamônica, Pentatônica e Blues	25
Referências bibliográficas	30
10
HARMONIA VOCAL
Em música, a Harmonia é o campo que estuda as relações de encadeamento dos sons simultâneos (acordes). Tradicionalmente, obedece a uma série de normas que se originam nos processos composicionais efetivamente praticados pelos compositores da tradição europeia, entre o período do fim da Renascença ao fim do século XIX.
Quando falamos em harmonia, vinculando-a ao sistema tonal, não significa que não haja harmonia nas formas modais e pós-tonais — mesmo porque nessas formas musicais existem acordes, e eles se organizam com base em estruturas e relações específicas — mas, apenas que o que é descrito como harmonia, dentro da teoria musical tradicional — e que compreende as noções de acordes como sobreposição de intervalos de terça, de campo harmônico e de funções harmônicas — faz parte apenas do sistema tonal e das práticas composicionais através das quais esse sistema se desenvolveu entre os séculos XVI e XIX.
Extensões vocais como as abaixo anotadas são consideradas vozes excepcionais bem acima da voz não educada (i.e treinada) e refletem os limites máximos possíveis somente de tal voz. Este quadro também não mostra a possibilidade do uso de falsetto que iria estender a capacidade da altura da voz.
As vozes adultas masculinas estão assim divididas de acordo com a tessitura das cordas vocais – do mais grave para o mais agudo:
Baixos: do Fa1 ao Fa3 (sendo, 1 e 3, os números referentes às oitavas musicais do piano)---o C3 é o dó central, assim o F3 é o fá acima deste dó central.
Barítonos: do La1 ao La3.
Tenores: do Do2 ao Do4.
Por sua vez, as vozes adultas femininas se dividem em:
Contraltos: do Fa2 ao Fa4.
Mezzo (ou mezzo-soprano): do La2 ao La4.
Sopranos: do Do3 ao Do5.
Um arranjo para coro tem a característica fundamental de um Arranjo Musical, e o Piano serve como o instrumento chave para o acompanhamento, quando necessário, aonde as quatro vozes do coro são representadas igualmente na partitura deste instrumento musical.
As canções populares e folclóricas se adaptam muito bem ao canto coral e seus arranjadores, não raro, têm o status de coautores da canção.
O estilo "a cappella": no estilo "A cappella" (em italiano), um grupo canta sem acompanhamento de instrumentos. Cada naipe executa uma parcela da harmonia da canção: um deles pode ser responsável pela melodia de cada frase musical enquanto os outros fazem o acompanhamento; ou a linha melódica se desenvolve no próprio arranjo harmônico das quatro vozes que se intercalam ou revezam a parte da linha melódica.
O estilo antifonal: tradicionalmente, o estilo antifonal é em geral cantado durante uma missa quando dois coros cantam versos com um refrão, alternadamente, durante a leitura dos Salmos.
O estilo responsorial: no estilo responsorial erudito e tradicional, que surge na música medieval, os solistas cantam os versos e o coro canta o refrão. Comum também noutros períodos, em cantatas e noutros estilos da música barroca, principalmente quando no uso de dois corais, e também em oratórios, e mais tarde nas óperas e até outros estilos na música popular quando há um coro, assim como em outros gêneros de obras para coro. Ainda é comum se referir ao estilo responsorial através das perguntas e respostas entre o cantor solista e o grupo coral, em que, a cada frase da melodia, eles intercalam o texto.
POSTURA DE PALCO
É ter o mínimo de comprometimento em comunicar sua mensagem.
Ao invés de começar um setlist disparando uma sequência de músicas de forma ininterrupta, intercale momentos de diálogo, faça perguntas rápidas logo no início da apresentação para saber a ―vibe‖ dessa galera.
Os grandes artistas sabem o que suas plateias querem, e eles estão bem preparados para dar isso a elas.
Não se pode falar em uma técnica vocal para o canto coral. Como a maioria dos coros apresenta repertórios ecléticos (eruditos, folclóricos e populares), os especialistas apontam para a aplicação de técnicas variadas e apropriadas ao repertório que o coro executa. Referem-se à técnica vocal como o modo, a maneira de cantar.
Basicamente, a técnica respiratória para o canto se sustenta no apoio diafragmático para a emissão da voz e na respiração diafragmática-intercostal, muito embora no Oriente se apresentem técnicas respiratórias bastante diversas e de igual eficácia. Além das técnicas relativas à respiração, emissão, projeção, articulação e dicção, o canto coral também se utiliza de técnicas de relaxamento físico e psíquico.
Faça um aquecimento vocal bem gradativo e leve, ou seja, vá caminhando lentamente com os exercícios da região médio grave da voz para a aguda sem saltos muito grandes de notas, fazendo bastante alongamento da musculatura com emissões em glissandos leves e sem soprosidade. Use exercícios menos intensos como os com fonemas ―Z‖, ―J‖, ―V‖ ou ―M‖ e ―N‖. Evite fazer vibração de língua ou lábios com a garganta inflamada, eles são muito intensos e não são recomendados nestes casos.
Alongue todo o corpo, sobretudo a região do pescoço. Tendemos a tensionar ainda mais esta região quando ficamos nervosos ou disfônicos.
Concentre-se e respire fundo, controle seus pensamentos, foque no positivo. Ter pensamentos negativos nestas horas só pioram a situação. Respire muito e procure ter o comando das emoções.
TÉCNICA DE MICROFONE E EQUALIZAÇÃO
Disposição de palco = Se os amplificadores, instrumentos acústicos e microfones não estiverem colocados no lugar certo, pode acabar com um retorno ruidoso ou descompassos de nível (volume) no palco.
Técnicas de microfone = Microfones vocais como o Shure SM58 geralmente têm um som melhor quando o cantor está a uns 5 cm de distância. Se o cantor está na distância errada do microfone, é o som que vai sofrer. Mas, se estiver cantando a 30 cm do microfone, vai ser impossível para o profissional do som aumentar seu volume a um nível audível.
Níveis, Equalização e Efeitos. Há muitos efeitos que você pode colocar no seu som, mas só de usar o nível de som (volume) certo e equalizar bem você já vai ter alcançado muito. Com a equalização certa todos os instrumentos de uma banda vão se encaixar bem, sem uma equalização você vai acabar numa guerra de volume.
Os equipamentos da casa de show—os alto-falantes, cabos etc.—estão fora do seu controle. Geralmente você aparece num show e tem de lidar com a realidade.
O equalizador altera parâmetros que por sua vez alteram a curva de resposta em frequência em kHz (quilohertz) do sinal de áudio. Quanto menor a frequência em Hertz mais grave será som e, quanto maior a frequência mais agudo. Um equalizador possui diversas faixas de equalização, isto é, controles de intensidade (amplitude) do sinal para as diversas frequências que o aparelho comportar. No caso do equalizador gráfico ele pode ser de 3 / 6 / 8 /
10 / 15 / 20 / 31 Faixas de frequências. É um item muito importante dos aparelhos de som, pois sem ele, não se pode corrigir as falhas de frequência que possam acontecer no som, já que, dependendo do ambiente o áudio sofre alterações em relação a equalização natural de cada sala.
No estúdio de gravação deve ser colocado em um ponto em que possa ser gravado pois em um ponto que serve só como monitoração pode "enganar" o técnico de som. A grande utilidade do equalizador é que a mesa de som é deficiente em agudos (não atinge o nível ideal de agudos) e o microfone e os instrumentos musicais exigem mais para chegar ao padrão universal de agudos.
O equalizador deve ser aplicado na gravação e não em pós-edição. Para gravar deve ser ajustado o mais próximo possível do ideal, para se tentar
evitar de ter-se que equalizar em pós-edição por preguiça de regravar.
Em pós-edição o equalizador tira peso (potência dos agudos) mas na gravação mantém o peso. Muitos erram e gravam plano e depois equalizam. O som pode até ficar na equalização ideal, mas sem peso. Quanto mais alteração pós- edição mais qualidade se perde.
Em aparelhos de som comuns, é utilizado para equalizar o som de acordo com a preferência do ouvinte no momento da execução. Neste caso, geralmente apresenta algumas predefinições para cada estilo musical como rock, pop, hall, música clássica, etc.
A equalização ocorre como um aumento ou diminuição da amplitude de um sinal em uma dada frequência. No entanto, as frequências vizinhas também são aumentadas ou diminuídas em menor intensidade para que não haja uma transição brusca entre o sinal não equalizado e a frequência alterada. A largura da distribuição nas frequências vizinhas é chamado de fator Q, ou fator de qualidade.
Amplificadores que possuam tal controle permitem que se regule se a alteração será agressiva (Q alto, pouca distribuição nas frequências vizinhas, criando um pico ou vale acentuado na resposta em frequência) ou se será suave (Q baixo, alta distribuição nas frequências vizinhas, cria um pico ou vale diluído na resposta em frequência).
A melodia em questão pode estar a ser dada por um cantor ou um qualquer instrumento solista. Assim, esse instrumento (ou cantor) que faz o solo melódico é, geralmente, acompanhado por um agrupamento de outros instrumentos (ou cantores) que executam várias vozes (ou notas) diferentes em simultâneo, danado desse modo a sensação de harmonia - ou também poderá ser acompanhada por um único instrumento, mas que tem características harmônicas: tem a capacidade de executar várias notas musicais diferentes em simultâneo.
Imagem: Wikipédia
MUSICALIZAÇÃO
A musicalização é o processo de construção do conhecimento musical: seu principal objetivo é despertar e desenvolver o gosto pela música, estimulando e contribuindo com a formação global do ser humano. Tendo também como uma de suas finalidades introduzir o ser humano no campo da compreensão musical, contribuindo para vivência artística por meio de brincadeiras, expressão corporal, histórias, reconto e para crianças desenvolvendo percepção auditiva, visual, tátil a inteligência artística e a sensibilidade. O lúdico funciona como elemento motivador para o desenvolvimento da expressão musical, em um processo cujos principais elementos são a imitação, a percepção e a criação.
Um acorde, na música, é qualquer conjunto harmônico de três ou mais notas que se ouve como se estivessem soando simultaneamente.
Os acordes eram montados principalmente a quatro vozes, sendo a quarta voz uma duplicação da nota de outra voz, normalmente a fundamental ou a quinta. O acréscimo de novas notas ao chamado acorde de quatro notas se fará de duas maneiras distintas.
A primeira, a quarta nota deixa de duplicar uma das vozes e passa a representar um retardo proveniente do acorde anterior, resolvendo em uma nota formativa do acorde. A outra maneira foi a inclusão de uma nota estranha ao acorde a partir do acréscimo de mais uma terça à tríade, formando o intervalo de sétima entre a fundamental e a nota acrescentada. Da primeira maneira, aparecem os acordes de 4ª e 6ª apojaturas, e da segunda, os acordes de 7ª (com destaque para o acorde formado sobre a tríade da dominante). Posteriormente, mais terças foram acrescentadas ao acorde de 7ª da dominante, formando o acorde de 9ª, com o acréscimo de uma terça, e o de 13ª, com o acréscimo de 3 terças à tríade do acorde. Posteriormente, a 6ª seria acrescentada ao acorde não na posição de 13ª, mas formando um intervalo de 2ª com a 5ª do acorde. Mais tarde, no romantismo (século XIX), novas escalas são inseridas, tirando a música do âmbito tonal e diatônico.
A utilização de acordes alterados, isto é, acordes com notas estranhas à escala em que ele está inserido, amplia ainda mais os recursos de expressão dos compositores. A inversão de acordes, propriamente dita, ocorre por várias vezes, causando uma "falsa ideia" aos ouvidos, fazendo, por vezes leigos, escreve-los erradamente, como por exemplo, em uma inversão do acorde de dó maior (dó, mi, sol), qual seja mi, sol, dó; por vezes é escrito como mi menor com sexta, ao invés de dó maior em sua primeira inversão. Ocorria também a utilização de notas comuns a vários acordes de forma sustentada, que recebia o nome de pedal, ostinado ou obstinado, assim causava-se uma certa inquietação aos ouvidos com uma impressão de notas intermináveis, como nas cadências plagais (I, IV, VI) e ainda com um efeito antiplágio de músicos limitados não conseguirem distinguir perfeitamente o tom (modus) no qual a música era executada.
Os acordes podem ser classificados quanto à:
Posição
cerrada: não há espaço para a colocação de nenhuma nota formadora do acorde entre as vozes de soprano e contralto ou as vozes de contralto e tenor.
aberta: há espaço para a colocação de notas formadoras do acorde entre as vozes de soprano e contralto ou as vozes de contralto e tenor.
Nota do soprano: define-se a posição de oitava, de terça ou de quinta a partir do aparecimento dessas notas no soprano.
Tríade formadora:
Perfeito maior: quando é formado sobre uma tríade maior. Perfeito menor: quando é formado sobre uma tríade menor.
Imperfeito: quando é formado sobre uma tríade diminuta ou aumentada.
Inversão:
Estado fundamental: a primeira nota formadora do acorde (fundamental) aparece como base do acorde.
Primeira inversão: a segunda nota formadora do acorde (3ª) aparece como base do acorde
Segunda inversão: a terceira nota formadora do acorde (5ª) aparece como base do acorde
Modo de execução:
Simultâneo: as notas são executadas ao mesmo tempo. Arpejado: as notas são executadas uma após a outra.
Quantidade de notas: os acordes podem ter 3, 4, 5, 6 etc. notas diferentes em sua formação.
Os acordes aparecem notados com a primeira letra maiúscula quando se tratar de um acorde perfeito maior:
Dó - dó maior Ré - ré maior Mi - mi maior Fá - fá maior Sol - sol maior Lá - lá maior Si - si maior
Os acordes aparecem notados com a primeira letra minúscula quando se tratar de um acorde perfeito menor:
dó - dó menor ré - ré menor mi - mi menor fá - fá menor sol - sol menor lá - lá menor
si - si menor
Outra maneira de notar os acordes é através da cifra, ou notação anglo- saxônica. Nela, os nomes dos acordes são identificados pelas primeiras sete letras do alfabeto, a começar pelo acorde de fundamental lá, que recebeu a denominação A. Para a indicação de acordes menores, faz-se o uso da letra m minúscula após a letra denominativa.
No caso do acorde ser diminuto ou aumentado, os símbolos dim, 5° ou 5 dim, no caso dos diminutos, e +, +5 e 5 aum são empregados para os aumentados. Para novas notas acrescentadas ao acorde, coloca-se o número equivalente ao intervalo entre esta nota e a fundamental do acorde, como, por exemplo, o número 7 indicará um acorde com 7ª. Ainda, a depender do intervalo, caso ele seja menor, acrescenta-se um sinal de - antes do número (-7 é a cifra para 7ª menor) ou + para os casos de intervalos aumentados.
Lá = A
Si = B (sistema inglês)
Si = H (sistema alemão), sendo B equivalente a si bemol. Dó = C
Ré = D Mi = E Fá = F
Sol = G
Am = lá menor
G7 = Sol maior com sétima
C7M = dó maior com sétima maior
Dm5+ = ré menor com quinta aumentada
Existem vários métodos consagrados de musicalização, cada um utilizando técnicas e recursos diferentes. Os mais conhecidos são:
Método Orff
Desenvolvido pelo compositor alemão Carl Orff, o método Orff utiliza um instrumental	especialmente	desenvolvido	para		crianças, incluindo xilofones e metalofones pentatônicos e tambores de	pequenas dimensões. O aluno é levado a construir sua própria noção de música através de exercícios rítmicos, melódicos e harmônicos em conjunto.
Método Kodály
Criado pelo compositor húngaro Zoltán Kodály, é baseado
no desenvolvimento da percepção rítmica e melódica através de exercícios que utilizam o canto e atividades corporais. Os aspectos mais conhecidos deste método são as sílabas rítmicas (o solfejo rítmico é feito utilizando uma sílaba diferente para cada duração) e o solfejo manual (a utilização de gestos com as mãos para representar os intervalos ou graus da escala musical).
Método Willems
O Método Willems é um dos mais importantes métodos de educação musical em todo o mundo. Nascido na Bélgica em 1890, o professor Edgard Willems produziu, em sua vida profissional, um rico material didático para o desenvolvimento do ouvido musical aplicado em diversos países. Descobrindo a interligação existente entre a música e o ser humano, ele relacionou o triplo aspecto do homem (fisiológico, afetivo e mental) com os elementos característicos da música (ritmo, a melodia e a harmonia).
Sua metodologia propõe uma educação musical ativa e criadora, seguindo as etapas do desenvolvimento psicológico da criança.
Atualmente, o Método Willems é conhecido e reconhecido pela França, Suíça, Itália, Espanha, Noruega, Portugal, Brasil e	países da América Latina, dentre outros.
Graças ao trabalho desenvolvido pela educadora e musicista Carmem Mettig Rocha, Salvador é, hoje, o principal centro de divulgação do Método Willems no Brasil.
Método Suzuki
Método Tobin
Criado pela educadora Candida Tobin, o método Tobin se baseia principalmente na utilização de estímulos visuais para criar associações com os estímulos sonoros. Cores e formas são utilizadas para fazer a criança perceber as relações de altura e duração. A notação musical é ensinada através de símbolos simplificados e os exercícios de canto utilizam sílabas rítmicas. O método utiliza animações e programas de computador para permitir que a musicalização seja feita por professores que não tenham proficiência em instrumentos musicais.
Solo, em música, é o desempenho de um só instrumento ou cantor ou o trecho musical por este executado. A palavra "solo" vem da língua italiana e significa "sozinho", "a sós". O instrumentista ou cantor que executa um solo é chamado de "solista". O cantor solista que está à frente de uma banda de música popular é chamado de vocalista.
O cantor que canta "solos" é chamado de solista. Pode também ser praticado em grupo, como num coro em uníssono ou composto por diferentes naipes. Em muitos aspectos, o canto é uma forma de fala ―sustentada‖. Pode ser formal ou informal, arranjado ou improvisado.
A excelência no canto requer tempo, dedicação, instrução e prática regular. Nesse caso, a voz fica mais clara, forte e maleável.
Em seu aspecto físico, o canto tem uma técnica bem definida que depende do uso dos pulmões, que agem como uma fonte de ar; do diafragma, que age como um fole; da laringe, que atua como um instrumento de palheta ou vibrador; do tórax e cavidades da cabeça, que têm a função de um amplificador, como um tubo num instrumento de sopro; e da língua, que, juntamente	com	o palato, dentes e lábios,	articulam	e impõem consoantes e vogais ao som amplificado.
AJUSTES VOCAIS: FALSETE, WHISPER VOICE, GREGORIAN VOICE, BELTING, CLAMP/CURBING E VOZ MISTA (SPEECH LEVEL SINGING)
Primeiro passo:
Fique em uma postura adequada (pescoço alinhado e sem tensões);
Segundo passo:
Coloque as mãos sob a última costela e puxe o ar pelo nariz expandindo a barriga (não exagerar no movimento de expansão). Tente observar o movimento das costelas abrindo levemente;
Terceiro passo:
Solte o ar pela boca, calmamente. Tente observar a barriga ―Murchando‖, ou seja, diminuindo à medida que o ar vai saindo. Observe também o movimento das costelas fechando.
Falsete (do italiano falsetto = diminutivo de falso) é um registro vocal, geralmente aplicável a vozes masculinas, que ocupa uma extensão em frequência imediatamente acima do chamado registro modal, podendo coincidir com este último em quase uma oitava, porém com sons vocais de qualidades contrastantes. Neste registro - na literatura especializada chamado de registro de cabeça (head register), registro leve (light register) ou loft register - o cantor emite, de modo controlado, sons consideravelmente mais agudos que os da sua faixa de frequência acústica usual ou modal.
A voz de falsete, assim como as dos outros registros vocais, depende exclusivamente de um ajuste na musculatura intrínseca da laringe. É especialmente usada por cantores do sexo masculino para alcançar os registros de contralto (alto), meio-soprano e, eventualmente, de soprano. A voz em falsete é muito utilizada nos mais diversos gêneros, incluindo a música popular de inúmeras culturas, a sertaneja brasileira, o rock, o jazz e tantos outros. No canto lírico, é necessário um treinamento especial para que o falsete não prejudique a execução da peça musical. Bem empregada, com
conhecimento e domínio, confere efeitos especiais admiráveis e, portanto, beleza adicional ao canto.
O sussurro é um modo de fonação não verbalizado, no qual as pregas vocais (cordas vocais) são abduzidas para que não vibrem; o ar passa entre as cartilagens aritenóides para criar turbulência audível durante a fala. A articulação supralaríngea permanece a mesma da fala normal.
Há alguma confusão quanto à natureza da fonação murmurada. O IPA e autores como Peter Ladefoged equiparam sopro fonemicamente contrastivo com voz ofegante, na qual as pregas vocais são mantidas com menor tensão (e mais afastadas) do que na voz modal, com um aumento concomitante no fluxo de ar e na vibração mais lenta da glote. Nesse modelo, o sopro é um ponto em um continuum de abertura glótica entre a voz modal e a fonação da respiração (ausência de voz).
Outros, como Laver, Catford, Trask e os autores dos Voice Quality Symbols (VoQS), equiparam o murmúrio à voz sussurrante, na qual as pregas vocais ou, pelo menos, a parte anterior das pregas vocais vibram, como na voz modal, mas as cartilagens aritenóides são mantidas separadas para permitir um grande fluxo de ar turbulento entre elas. Nesse modelo, o sopro é uma fonação composta de voz aproximadamente modal mais sussurro.
É possível que a realização do sopro varie entre indivíduos ou idiomas. O IPA usa o termo "voz ofegante", mas o VoQS usa o termo "voz sussurrante". Ambos aceitam o termo "murmúrio", popularizado por Ladefoged.
À emissão de uma voz saudável damos o nome de eufonia. A uma voz doente, ou seja, com uma ou mais de suas características alterada, damos o nome de disfonia. A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica- funcional). Ela não é uma doença, mas o sintoma, uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que atuam na produção da voz.
A disfonia pode ser tratada. O profissional habilitado e responsável pela intervenção das disfonias é o fonoaudiólogo, e geralmente este profissional trabalha em conjunto (no caso da voz) com o otorrinolaringologista ou o laringologista. Pode, ainda, trabalhar com o professor de canto. A voz sofre muita influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.
A incapacidade de produzir a voz é chamada de afonia.
O timbre da voz humana depende das várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a garganta, a traqueia e os pulmões, bem como a própria laringe.
A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10.000 e 20.000 hertz, o que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é de 40 a 4.000 hertz e a da voz humana se encontra entre 50 e 3.400 hertz.
O recorde de registro (tessitura) de voz mais alta pertence a Georgia Brown, que possui o registro de exatas oito oitavas (G2 à G10), o que é mais alto do que qualquer
nota de piano.
O canto gregoriano, também chamado de cantochão, é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o órganon, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana.
O canto gregoriano é grafado em um sistema de quatro linhas - o Tetragrama - através de uma notação quadrada denominada Neuma. Os neumas passaram a ser utilizados a partir do Século XIII. O desenvolvimento da escrita pneumática se deve ao medo dos monges de perder a preciosidade melódica do canto gregoriano,que teve sua escrita inventada a partir de moldes musicais bizantinos |bizantina]].
Os neumas, basicamente, grafam um ponto (em latim, punctus) para cada sílaba do texto. Por vezes, a mesma sílaba pode ser executada com diversas notas, neste caso uma única sílaba é grafada com diversos neumas ornando a execução do cântico. Tal técnica recebe o nome de Melisma.
Para determinar a altura da notas no tetragrama, são utilizadas claves no início de cada sistema. No canto gregoriano as claves utilizadas são:
A clave de Dó (C)	e a clave de Fá (F)
A notação moderna do Canto gregoriano incorporou alguns sinais semelhantes aos encontrados numa partitura comum, como a barra de pontuação (que em muito se assemelha à barra de compasso) e um pequeno ponto (em
latim, punctum-mora) sobre o neuma para indicar sílabas mais longas (o qual guarda estreita semelhança com o ponto de aumento).
Como mencionado alhures, os neumas grafam sílaba por sílaba do texto e em alguns casos, mais de um neuma para a mesma sílaba. Na notação neumática cada nota possui o mesmo pulso, independente de sua forma ou nomenclatura, que pode ser considerado similar à colcheia da notação moderna.
Veja alguns exemplos de neumas:
 Há os chamados finais de modo que são: ré, mi, fá, e sol. Também as dominantes sendo: lá fá si lá dó lá ré dó.
Fry
O Vocal Fry, ou Registro Basal, é o registro mais grave que temos, é aquele som ―craquelado‖ que emitimos (saudavelmente) quando a prega vocal está toda relaxada. Ele é utilizado normalmente como drive vocal (falaremos disso outra hora) no início de frases e é a partir dele que começamos o estudo de outros drives mais pesados.
Voz de Peito
Também conhecida como voz plena, é a nossa voz falada. Na música brasileira é comum encontrarmos músicas inteiras cantadas apenas nesse registro, é o caso da conhecida Garota de Ipanema.
Voz mista
A voz mista está entre a Voz de Peito e a Voz de Cabeça, quando conseguimos equilibrar as duas musculaturas envolvidas. Ela permite com que transitemos entre um registro e outro sem quebras e ainda possui uma sonoridade própria, muito utilizada no pop americano e em diversas técnicas de canto.
Voz de Cabeça
A voz de cabeça é um registro utilizado para notas agudas, muito confundido com o Falsete. Embora eles tenham diferenças físicas, nas vozes femininas é difícil diferenciar os dois apenas ouvindo. Nas masculinas, é um pouco mais fácil. A música Chandelier da Sia é um bom exemplo de diversos Registros vocais. Ela começa a música em Voz de peito durante todo o verso, que é mais grave. No refrão, que é mais agudo ela passa para a voz mista e no ―i‖ de
―chandelier‖ ela passa para a voz de cabeça.
Falsete
No falsete, não temos o fechamento completo das pregas vocais, o que o torna (na voz masculina) audivelmente com um aspecto um pouco sussurrado, com
―ar na voz‖. Por se tratar de músculos diferentes, não é possível transitar entre a voz de peito e o falsete sem haver quebra na voz.
Cante
ACABAMENTOS:
VIBRATO, MELISMA, YODEL, APPOGGIATURA, FLOREIO
Drives, vibratos e melismas são alguns dos diversos features que nós normalmente queremos quando cantamos.
Os drives: como esse efeito vocal, usado amplamente no rock’n roll, demanda muito cuidado, é necessário que se desenvolva um controle muito preciso do fechamento glótico.
Abusar de fechamento glótico pode até trazer uma voz distorcida, mas com o tempo o atrito entre as pregas vocais tende a trazer inchaços que podem se desenvolver para questões mais sérias, como os nódulos vocais.
Portanto para desenvolver drives bacanas e saudáveis, busque desenvolver a sua voz limpa de maneira satisfatória.
Melismas e vibratos: esses elementos estéticos são muito bem quistos em diversos estilos musicais, do rock ao gospel, passando por teatro musical e soul music. Até no sertanejo cabe.
Mas para ter melismas bem definidos e vibratos controlados é necessário que você tenha agilidade vocal e flexibilidade de pregas vocais, como mencionei anteriormente.
Portanto para desenvolver os melismas e vibratos dos seus sonhos busque, antes de qualquer coisa, garantir que você consegue transitar entre as regiões da sua voz sem que você precise se esforçar ou ―largar‖ para uma emissão mais fraca.
Use drives, melismas e vibratos, mas faça de um jeito que destaque a sua voz e quem você é. E use com o cuidado que se tem com qualquer instrumento musical de alto valor.
Trinado ou Trilo
O trinado é representado por um tr colocado sempre acima da nota (independente se ela tem a haste virada para cima ou para baixo). Quando há duas vozes na pauta, o trinado é posto sempre acima da haste (um bom exemplo dessa situação é no terceiro movimento da Sonata para Piano Nº21 em Dó maior, "Waldstein" Op.53, de Ludwig van Beethoven).
A função do trinado é acrescentar mais uma nota à nota principal, sendo que o valor do trinado é sempre igual ao valor da nota principal. Existem quatro casos de trinados.
Trinado Simples - Quando um trinado está acima de uma nota principal, ela será tocada revezadamente com a nota de um semitom ou um tom acima. Ou seja, com a nota de um intervalo de 2ª menor ou 2ª maior. Por exemplo: se há um trinado acima de um dó, então, tocaremos dó-ré-dó-ré-dó-ré-dó... Ou então, dó-ré(bemol)-dó-ré(bemol)-dó... Está dependente da tonalidade na qual a música está escrita para saber se usa-se semitom ou tom acima. Em Dó maior usaria-se o primeiro caso (pois não há alterações em Dó maior). Em Fá menor, o segundo (pois o Ré fica bemolizado).
Trinado Alterado - Quando há um sinal de alteração acompanhando o trinado, a nota acrescentada sofrerá a alteração. Por exemplo: se há um trinado acima de um dó sustenido, e junto ao trinado há um sustenido, então, tocaremos dó#- ré#-dó#-ré#-dó#... Notemos que, nesse caso, os acidentes de armaduras de claves também podem ser alterados.
Trinado Precedido de appoggiatura ou floreio - Quando a nota principal está precedida de notas como appoggiaturas e floreios, o conjunto do trinado irá começar com elas. Por exemplo: há uma appoggiatura breve em um lá, seguida pela nota principal, que é um sol. Há um trinado acima do sol. O trinado pede para tocar isso: sol-lá-sol-lá-sol... Mas como há uma appoggiatura antes, que é um lá, o trinado começará com lá: lá-sol-lá-sol-lá-sol... Pode haver várias notas antes do trinado. Se forem appoggiaturas ou floreios, o trinado começará com elas.
Trinado Sucedido de appoggiatura ou floreio - É o mesmo do caso anterior, porém o trinado acabará com as notas da appoggiatura ou do floreio. Por exemplo: um lá com um trinado acima, após a nota principal encontramos o floreio de lá-sol-lá-dó. Tocaremos: lá-si-lá-si-lá-si-...-lá-sol-lá-dó
Notemos que os casos podem ficar mistos. Por exemplo: Há um sol sustenido com um trinado acima dele. Acompanhando o trinado há um sustenido. Antes da nota principal há um floreio de fá-fá#-sol, e depois da nota principal há uma appoggiatura dupla de sol#-si. Tocaremos: fá-fá#-sol-sol#-lá#-sol#-lá#-...-sol#- si É também muito comum o trinado vir acompanhado de uma linha horizontal, curva e contínua. Essa linha significa que o trinado não deve ser interrompido, e deve ser tocado pelo valor de toda a nota principal. Quando a linha percorre os compassos, passando por várias notas, cada nota deverá ser executada com trinado, mas apenas durante a execução.
O mordente é um ornamento
representado por uma pequena linha curva, parecida com um M. Como o trinado, o mordente engloba a nota principal e uma segunda, que pode estar a um semitom ou tom de distância. Porém, há duas diferenças: o trinado usa uma quantidade incerta de repetições nas duas notas, e o intervalo é sempre superior. Já o mordente usa, no total, apenas três notas, e pode ser superior ou inferior. O mordente é um ornamento bastante usado na música para piano, principalmente do período barroco e do romântico. Frédéric Chopin usou muito esse ornamento em seu repertório. Existem dois tipos de mordentes: o superior e o inferior (chamado também de invertido). Há três casos desse ornamento:
Mordente Simples - O superior age na nota de um semitom ou tom acima da principal, e o inferior, de um semitom ou tom abaixo. Isso dependerá da tonalidade da música. Por exemplo (em Dó maior, um mordente superior acima de um dó): dó-ré-dó. Da mesma forma, com um mordente inferior: dó-si-dó. Porém, se a tonalidade fosse Si bemol menor, a segunda nota seria modificada em ambos os casos: dó-ré(bemol)-dó e dó-si(bemol)-dó.
Mordente Alterado - Um mordente superior pode vir acompanhado por um sinal de alteração acima dele. Do mesmo modo, um mordente inferior pode vir acompanhado com um sinal de alteração abaixo dele. O sinal de alteração indica que a segunda nota do conjunto do mordente (aquela que é
acrescentada) sofrerá a alteração. Por exemplo (mordente superior com um sustenido acima, em um sol): sol-lá#-sol. Da mesma forma que os trinados, as alterações que acompanham os mordentes podem influenciar na disposição das notas de acordo com a armadura de clave da tonalidade da música.
Mordente Duplo - É representado pela mesma linha curva, mas é mais longa, parecida com dois MM. A função é a mesma, porém serão usadas, no total, cinco notas. Por exemplo (mordente superior em um si): si-dó-si-dó-si. Também pode haver um mordente inferior duplo, e ele também pode vir acompanhado de sinais de alterações.
O grupetto é um ornamento bastante comum, representado por o que se parece com um S deitado. É como uma junção de um mordente superior com um inferior, ou vice-versa. Tanto como mordentes, o grupetto possui um número determinado de notas que abrange, e pode ser superior ou inferior (ou invertido). O grupetto pode abranger 3, 4 ou 5 notas, dependendo de sua localização em relação à nota principal, e dependendo da próxima nota (após a principal). Em andamentos lentos, o grupetto é um dos ornamentos mais utilizados. Grande parte das 32 Sonatas para Piano de Beethoven possui grupettos em seus andamentos lentos. Basicamente, a execução é com as notas acima e abaixo da principal, "rodeando-a".
O grupetto que possui a primeira curva para cima é o superior. O inferior possui a primeira curva para baixo, ou então pode ser representado por um grupetto superior com uma linha o cortando. A execução do grupetto é tipicamente tocar as notas que estão ao redor da principal, sendo que o superior sempre começa com a nota de semitom ou tom a cima, e o inferior, semitom ou tom abaixo. Pode ser que o grupetto comece com a nota principal. Há quatro casos de grupettos:
Grupetto de 3 notas - Quando o grupetto está imediatamente acima de certa nota, a nota principal será a segunda a ser tocada. A primeira e a terceira serão o semitom ou o tom acima ou abaixo (ou vice-versa). Se há uma segunda nota após a principal, que seja da mesma altura da primeira, então a quarta nota do grupetto será cancelada. Por exemplo (dois rés na pauta, um grupetto superior acima do primeiro): mi-ré-dó. O primeiro ré da pauta foi rodeado pelas notas ao seu redor (mi e dó). Como era um grupetto superior, o mi veio primeiro. Após o dó, viria o segundo ré da pauta. Outro exemplo (dois lás na pauta, um grupetto
inferior acima do primeiro): sol-lá-si. Como é um grupeto inferior, o sol veio antes. A nota após o si seria o segundo lá.
Grupetto de 4 notas - O grupetto de 4 notas tem dois casos. Isso porque, dependendo da localização do grupetto e da nota seguinte, ele pode abrangir notas diferentes em cada caso.
Grupetto de 4 notas com Uníssono - Ocorre quando há duas notas de mesma altura na pauta, porém o grupetto (superior ou inferior) está entre elas, e não acima da primeira. Quando o grupetto está após uma nota, ela também será executada. Por exemplo (dois fás na pauta, um grupetto inferior entre os dois): fá-mi-fá-sol. Já que o grupetto não está acima da nota, ela pode ser executada. A próxima nota seria o segundo fá.
Grupetto de 4 notas sem Uníssono - Ocorre se há duas notas de alturas diferentes, porém com o grupetto acima da primeira. Por exemplo (um grupetto superior acima de um dó, seguido por um ré): ré-dó-si-dó. A próxima nota seria o ré. Como o grupetto está acima do dó, ele não será a primeira nota a ser tocada, e como é superior, o ré vem antes.
Grupetto de 5 notas - O grupetto só será de cinco notas se ele estiver entre duas notas de alturas diferentes. Lembrando que um dó e um dó# têm alturas diferentes, mesmo sendo um semitom cromático. Exemplo de grupetto com 5 notas (grupetto inferior entre um sol e um fá): sol-fá-sol-lá-sol. A próxima nota seria o fá que seguia o sol. Como o grupetto é inferior, a nota de um semitom ou tom abaixo veio antes (fá).
Grupetto Alterado - Em todos os casos acima, o grupetto pode vir acompanhado de um sinal de alteração. Como o grupetto abrange a nota acima e abaixo da principal, há casos que dois sinais de alteração estão presentes. Quando um sinal de alteração vem acima do grupetto, a nota de cima será alterada. Do mesmo modo, quando um sinal vem abaixo do grupetto, a nota de baixo será alterada. A nota principal ou a seguinte também pode vir alterada. Por exemplo (grupetto de 5 notas, entre um fá# e um lá(bemol), com um sustenido acima e um bemol abaixo do símbolo): fá#-sol#-fá#-mi(bemol)-
fá#. A próxima nota seria lá(bemol). Claro, como nos últimos ornamentos, os intervalos dependem da tonalidade da música.
A appoggiatura é praticamente o ornamento mais usado. Sempre consiste em uma ou duas notas, que estão sempre antecedendo a principal. Quando de uma única nota, é representada por uma pequena figura, que pode estar cortada por um traço diagonal ou não. Quando de duas notas, é sempre representada por pequenas semicolcheias. Existem dois tipos de appoggiaturas: a simples e a dupla (ou sucessiva). Para as appoggiaturas simples, existem mais dois tipos: a breve e a longa. As appoggiaturas (simples breve, simples longa, dupla) podem ser superiores ou inferiores. Para as simples, será superior se a appoggiatura estiver num intervalo acima da nota principal (e inferior se estiver num intervalo abaixo). Para as duplas, será superior se a primeira nota estiver acima (e inferior se estiver abaixo). Todas as appoggiaturas sempre estão ligadas à nota principal por uma ligadura de legato.
Appoggiatura Simples - A appoggiatura simples é caracterizada por uma nota só, que sempre está a um semitom ou tom de distância da nota principal. Quando o intervalo é maior que isso, o ornamento passa a ser um floreio. Há dois tipos de appoggiaturas simples: a breve e a longa. A breve é cortada por um pequeno traço na diagonal, e a longa não.
Appoggiatura Simples Breve - A appoggiatura breve é, por muitas vezes, chamada de "acciaccatura" ou "acicatura", e sempre possui um pequeno traço a cortando. Ela retira uma mínima parte do valor da nota principal para si, geralmente no valor de uma fusa. Porém, é muito variável, pois quanto mais lento for o andamento, mais rápida será a execução. Sobretudo nos séculos XVII, XVIII e XX ela é tocada muitas vezes antes do tempo. Nesse caso a nota anterior torna-se mais curta.
Appoggiatura Simples Longa - A appoggiatura longa nunca possui o traço diagonal, e quase sempre tira da figura principal metade do seu valor. Geralmente a appoggiatura longa já está escrita com o valor que deve ser executado. Se a figura principal for pontuada, a appoggiatura
também poderá ser pontuada, ou, em alguns casos, retirar 1/3 ou 2/3 do valor (que, no caso, estará escrito).
Appoggiatura Dupla - É composta por duas notas, sendo que a primeira está sempre um intervalo de 2ª maior ou menor acima, e a segunda está sempre um intervalo de 2ª maior ou menor abaixo; ou vice-versa. Elas são representadas graficamente sempre por semicolhceias. Cada uma retira aproximadamente 1/4 do valor, mas é relativo. Quanto mais lento o andamento, mais rápida a execução. Muitos músicos preferem dizer que as appoggiaturas devem ser executadas o mais rapidamente possível.
A execução de appoggiaturas breves (acciaccaturas). Dependendo da época e do gosto poderia ser tocado também antes do tempo:
O floreio é um ornamento semelhante à appoggiatura, pois também é representado por pequenas figuras antecedendo uma nota. Podemos dividir os casos dos floreios em dois.
Floreio de 1 nota - Os floreios de apenas uma nota sempre são cortados por uma linha diagonal. A execução é a mesma da appoggiatura breve. A única diferença é que, quando uma appoggiatura passa do intervalo de um tom da nota principal, ela passa a ser um floreio. Uma appoggiatura só pode estar a, no máximo, um tom de distância da nota principal. Um floreio pode estar a três tons, seis tons, uma oitava ou até mais. A execução é a mesma das appoggiaturas.
Floreio de 2 notas ou mais - Enquanto as appoggiaturas só podem ter até duas notas, e essas não podem exceder o limite de um tom de distância da nota principal, os floreios podem ter duas notas ou mais, e não há limite de intervalo em relação à nota principal. Os floreios de duas ou mais notas podem ser representados por pequenas semicolcheias, fusas ou semifusas, dependendo da velocidade da execução.
Enfim, a única diferença entre appoggiatura e floreio é que o floreio não tem limite de notas nem de intervalos, e as appoggiaturas têm.
ESCALAS: MAIORES, MENORES, HAMÔNICA, PENTATÔNICA E BLUES
Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em solfejo, as sílabas para representar as notas, de quaisquer escalas, são: Dó, Dó sustenido, Ré, Ré sustenido, Mi, Fá, Fá sustenido, Sol, Sol sustenido, Lá, Lá sustenido, Si. As notas Dó sustenido, Ré sustenido, Fá sustenido, Sol sustenido e Lá sustenido podem também ser representadas como Ré bemol, Mi bemol, Sol bemol, Lá bemol e Si bemol, respectivamente. Os termos "sustenido" e "bemol" são utilizados para representar "meio tom acima" e "meio tom abaixo", respectivamente.
As notas musicais, no Mundo Anglo-Saxônico, são representadas pelas equivalentes seguintes letras: C, D, E, F, G, A, B, respectivamente, apesar de que, no solfejo, os anglo-saxônicos preferem usar números, substituindo as sílabas anteriormente mencionadas, por 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, embora possam também usar as sílabas em vez dos números. Similarmente, o acidente de sustenido adicionado a uma destas notas é representado pelo símbolo "♯" na nomenclatura anglo-saxônica; enquanto o "bemol", adicionado a qualquer nota é representado pelo símbolo "♭" na nomenclatura anglo-saxônica.
As escalas musicais formam a base necessária para a formação de acordes e tonalidades. Além disso, pode-se utilizar mais de uma escala para formar linhas melódicas sobre uma mesma tonalidade, partindo da sonoridade de intervalos característicos, ou ainda, explorando notas de tensão apropriadas sobre as cadências harmônicas da tonalidade.
Escalas modernas, que na cultura ocidental são as mais utilizadas: Escala cromática
Escala maior Escala menor
Escala pentatônica ou chinesa
Sendo que a Escala menor se divide em 3 :
Escala Menor Natural ou Primitiva Escala Menor Harmônica
Escala Menor Melódica
Outras escalas são, entre outras:
Escalas gregas ou modos gregos, também chamados modos litúrgicos ou modos eclesiásticos, como dórico, frígio e lídio.
Escala cigana
Escala hexafônica ou Escala de tons inteiros
Escala árabe, uma escala de 17 notas com passos menores do que um semitom
Outras escalas exóticas
Outra maneira de sistematizar as escalas são a separação em
Escalas diatônicas com 5 tons e dois semitons (como as escalas maiores, menores, ciganas e modos gregos)
Escalas artificiais (como a cromática com 12 semitons) Escalas exóticas de outras culturas
Denominam-se escalas pentatônicas, em música, ao conjunto de todas as escalas formadas por cinco notas ou tons. As mais usadas são as pentatônicas maiores e menores, que podem ser ouvidas em estilos musicais como o blues, o rock e a música popular. Muitos músicos denominam-na simplesmente de penta.
A escala pentatônica maior, mais usada, é aquela derivada da escala maior (ou jônica, iônica) quando tiramos o 4º e o 7º grau. Exemplo de escala pentatônica maior em Dó (C):
C D E G A (ou Dó Ré Mi Sol La) ⇒ repare que as as notas F (Fá) e B (Si) da escala maior natural foram suprimidas
T 2 3+ 5 6 ⇒ graus da escala com os intervalos de 1+1+1,5+1+1,5
O mesmo raciocínio feito para a construção da escala pentatônica maior pode ser feito para construir a pentatônica menor que é baseada na escala menor natural, porém sem o 2º e o 6º grau. Veja o exemplo de uma escala pentatônica menor em Dó (C)e veja seus intervalos:
C Eb F G Bb (ou Dó Mib Fa Sol Sib) ⇒ repare que as as notas D (Ré) e Ab (Lá bemol) da escala menor natural foram suprimidas
T b3 4 5 b7 ⇒ graus da escala com os intervalos de 1,5+1+1+1,5+1.
(Obs: qualquer escala de 5 notas com a terça menor poderia ser considerada uma pentatônica menor porém esta é a mais usada junto a menor harmônica)
Esta é a escala preferida pelos músicos de blues, rock e metal. Nela podemos incluir, ainda, uma sexta nota, no grau b5, também chamada de blue note, formando assim uma escala típica do blues.
Podemos montar escalas pentatônicas bastando, para isto, pegar 5 notas distintas quaisquer.
Pentas menores:
C Eb F G Bb: penta menor com sonoridade próxima da escala menor de blues; C Eb F Ab Bb: penta menor com sonoridade próxima da escala frígia;
C Db F G Bb: penta menor com sonoridade japonesa; C Eb F G A: penta menor com sonoridade jazz;
C Eb F A Bb: penta menor com sonoridade alterada. Pentas maiores:
C D E G A: penta maior com sonoridade próxima da escala maior natural;
C D E G Bb: penta maior com sonoridade próxima da escala mixolídia; C D E F# A: penta maior com sonoridade jazz ou lídio.
As escalas pentatônicas maiores e menores são as escalas mais estáveis pois não possuem intervalos de semitom e por isso são facilmente reproduzidas vocalmente, podendo ser cantadas
As escalas pentatônicas são mais ambíguas do que as escalas diatônicas de 7 notas e por isso são boas opções para o improviso, assim para um mesmo acorde podemos escolher várias pentas que soarão bem com ele.
Invertendo as notas desta mesma escala pentatônica maior temos outras quatro escalas pentatônicas. Assim a escala penta maior de C começada na nota A formará a escala penta menor de A.
Na guitarra ou violão podemos memorizar facilmente os 5 padrões ou shapes formados por cada inversão da escala pentatônica e usá-los para o improviso
No blues é comum usarmos a pentatônica menor para improvisar sobre um acorde dominante maior. Por exemplo, podemos improvisar com a penta menor de Lá (A) no acorde A7 (lá maior dominante como a terça )..
Leia a partitura e cante A Paz (partitura para canto):
Referências Bibliográficas
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Wikipédia, a enciclopédia livre.Coro (música) Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coro_(m%C3%BAsica)
Vinicius Soares. 5 Dicas para Aumentar Sua Presença de Palco. Disponível em:
https://opalcodigital.com.br/site/5-dicas-para-aumentar-sua-presenca-de-palco/
ANA CASCARDO. Dicas de como lidar com os desafios de um cantor. Disponível em:
https://vozteoriaepratica.com.br/desafios-cantor/
Somos Música. Melhore seu som ao vivo com essas 6 dicas. Disponível em:
https://somosmusica.cdbaby.com/melhore-seu-som-ao-vivo-com-essas-6-dicas/
Wikipédia, a enciclopédia livre.Equalizador. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Equalizador
Wikipédia, a enciclopédia livre.Tríade. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Acorde
Wikipédia, a enciclopédia livre.Musicalização. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Musicaliza%C3%A7%C3%A3o
Wikipédia, a enciclopédia livre.Solo (música) Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo_(m%C3%BAsica)
Exercícios de respiração para canto. Disponível em:
https://www.descomplicandoamusica.com/exercicios-de-respiracao- diafragmatica-para-canto/
Wikipédia, a enciclopédia livre.Falsete. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Falsete
Wikipédia, a enciclopédia livre. Voz ofegante. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Breathy_voice
Wikipédia, a enciclopédia livre.Voz Humana.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Voz_humana
Wikipédia, a enciclopédia livre.Canto gregoriano. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_gregoriano
SONGSTERADMIN. Falsete, voz de cabeça, voz de peito… Afinal, o que são registros vocais?
Disponível em: http://blog.songster.com.br/2018/01/19/registros-vocais/
Fernando Zimmermann. Quer saber como ter a voz que você sempre sonhou? Disponível em:
https://fullvoice.com.br/melismas-drives-e-vibratos-a-parte-chata-que-ninguem- te-conta/
Wikipédia, a enciclopédia livre.Ornamento (música) Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ornamento_(m%C3%BAsica)
Wikipédia, a enciclopédia livre.Escala Musical. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_musical
Wikipédia, a enciclopédia livre.Escala pentatônica.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_pentat%C3%B4nica

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