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Curso: DIREITO 					Data: 02/03/21
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – DIREITO DO TRABALHO 
Professor: Nelson Luiz dos Santos Garcia
Aluno(a): CRISTIANE MARIA DE SOUZA
PEÇA PROFISSIONAL
Sob a alegação de que os empregados estariam subtraindo produtos farmacêuticos de uma de suas fábricas, a diretoria da empresa Delta Indústria Farmacêutica Ltda determinou a realização de revista íntima diária em todos os empregados, inclusive das mulheres. Maria, empregada na empresa há cinco anos, recusou-se a despir-se diante a supervisora do setor, que era, naquele momento, responsável pela revista íntima das mulheres. Visando não favorecer movimento generalizado dos trabalhadores contra deliberação superior, a empresa resolveu, como medida educativa, demitir Maria por justa causa, arguindo ato de indisciplina e de insubordinação. Segundo argumentou a empresa, o procedimento de revista íntima encontraria suporte no poder diretivo e fiscalizador da empresa, além de constituir medida eficaz contra o desvio de medicamentos para consumo sem o devido controle sanitário. Maria, trabalhava em turnos ininterruptos de revezamento, alternando seus horários entre matinal e noturno, cumprindo oito horas diárias de segunda a sexta e quatro horas as sábados, sendo certo que o Sindicato da categoria nunca se pronunciou sobre esta questão. 
Ademais, Maria jamais recebeu adicional noturno mesmo quando iniciava seu labor às 18 horas.  
Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado constituído por Maria, redija a medida judicial mais apropriada para defender os interesses de sua cliente. Fundamente a peça processual com toda argumentação que entenda cabível, mas sem acrescentar dados, levando em consideração, inclusive, a informação recebida junto ao Setor de Distribuição da Justiça do Trabalho de que a empresa Delta encontra-se com falência declarada judicialmente e que não tem cumprido com os acordos firmados. 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE __
(10 LINHAS)
Maria, sobrenome..., nacionalidade..., estado civil..., inscrita no CPF de nº ..., identidade de nº..., CTPS de nº..., PIS de nº..., profissão..., desempregada, filha de (nome da mãe), cadastrada no endereço de e-mail..., residente e domiciliada à rua ..., nº..., bairro ..., CEP..., Cidade..., Estado..., vem por este ato representada por seu/sua advogado(a) (procuração anexa) propor
AÇÃO TRABALHISTA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Pelo rito ORDINÁRIO, em face de DELTA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA, inscrita no CNPJ de nº..., com sede na rua..., nº..., CEP..., bairro..., Cidade..., Estado..., endereço de e-mail..., com fundamento no artigos 5º, X da CF/88, 373A, VI da CLT e 319 do CPC/15, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I- DA JUSTIÇA GRATUITA 
A Autora encontra-se desempregada e devido a justa causa imotivada não percebeu seu pagamento e tampouco pôde solicitar seguro-desemprego, neste sentido, se encontra impossibilitada de arcar com as custas processuais. Conforme o artigo 790, §3º da CLT em que cabe ao juiz deferir a gratuidade da justiça aqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, e que se declarem não ter condições de garantir seu sustento próprio e dos familiares. Desta feita, requer que seja deferido o pleito de justiça gratuita e que seja inclusa a Ré ao pagamento das despesas processuais.
II- DOS FATOS
Alega a Autora que laborava para a Ré (Delta Indústria Farmacêutica Ltda) há 5 anos, que em um determinado dia, a Ré, sob a alegação de que os empregados estariam subtraindo produtos farmacêuticos de uma de suas fábricas, decidiu realizar revistas íntimas diárias em todos os empregados, inclusive nas mulheres. Ocorre que a Autora se recusou a se despir diante a supervisora do setor, que era, naquele momento, responsável pela revista íntima das mulheres. Após a recusa, e visando “não favorecer movimento generalizado dos trabalhadores contra deliberação superior”, a Ré resolveu, como medida educativa, demitir a Autora por justa causa, arguindo ato de indisciplina e de insubordinação. Segundo ela, o procedimento de revista íntima encontra-se suporte no poder diretivo e fiscalizador da empresa, além de constituir medida eficaz contra o desvio de medicamentos para consumo sem o devido controle sanitário. 
Insta salientar que a Autora trabalhava em turnos ininterruptos de revezamento, alternando seus horários entre matinal e noturno, cumprindo oito horas diárias de segunda a sexta e quatro horas as sábados, sendo certo que o Sindicato da categoria nunca se pronunciou sobre esta questão, ademais, jamais recebeu adicional noturno, ainda quando seu turno se iniciava às 18 horas.
III- DOS FUNDAMENTOS
Diante tais violações trabalhista e constitucionais, segue exposto os fatos.
 III.I- DA REVISTA INTIMA
No caso em tela, não há dúvidas de que a exposição dos empregados a revista íntima sério direito a intimidade do trabalhador, art. 5º, X, CF/88, por conseguinte, é certo que o poder de direção patronal vai de encontro a este dispositivo que esclarece que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.
Ainda nesse sentido, o artigo 373-A VI, da CLT, estabelece vedação ao proceder o empregador ou preposto, revista íntima nas empregadas ou funcionárias. Ademais, a dor, o vexame, a humilhação e a vergonha experimentada pela Reclamante, já que envolvem direitos personalíssimos, não depende de prova, surgindo a responsabilidade de reparação assim e verificado o fato que gerou a violação.
 III.II- DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA
É evidente que a Reclamante não praticou qualquer ato de insubordinação ou indisciplina, em face de seu empregador. Conforme artigo 482 alínea "h" da CLT a indisciplina e insubordinação são passiveis de justa causa, contudo, o ato de indisciplina ocorre quando o empregado desrespeitas ordens, normas, portarias, circulares, diretrizes gerais da empresa, já a insubordinação é caracterizada quando ocorre o descumprimento de ordens diretas a um empregado ou grupo determinado de empregados. Vale dizer que se a ordem do superior é imoral ou ilegal não se configura insubordinação, ficando o empregado dispensado de cumpri-la. O poder diretivo do empregado encontra limites no jus resistente e do empregado. Esta é a balança que equilibra a subordinação inerente ao contrato de emprego. No caso da reclamante foi justa sua oposição ao rejeitar o cumprimento de ordem que representava uma atitude abusiva e ilegal da reclamada. Sendo legitima atitude da autora deve a dispensa motivada ser convolada em dispensa imotivada. 
Importante ressaltar e enumerar as verbas devidas na dispensa sem justa causa, quais sejam: saldo de salário, férias integrais e proporcionais com acréscimo do terço constitucional, décimo terceiro proporcional, guias para levantamento do FGTS, acrescido da multa indenizatória de 40%, aviso prévio e ainda guias de Seguro Desemprego. Além disso, as indenizações previstas nos artigos 467 e 477, § 8º, ambos da CLT.
 III.III- DA REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS
Cediço que a reclamante em hipótese alguma poderia ter sido submetida a revistas íntimas, violando não apenas a CLT, mas também a Constituição Federal, por tratar-se de violação aos direitos personalíssimos, individuais, e a dignidade da pessoa humana. A reclamante tem direito por todo o constrangimento infligido pelo reclamado, uma indenização por dano moral, capaz de reparar a injustificável humilhação em que foi submetida, à luz das normas do artigo 186 e 927 do Código Civil de 2002, destacando ainda que, a competência é da Justiça do Trabalho, na forma do artigo 114 inciso VI da Constituição Federal e da Sumula 392 do TST. 
Desta feita, requer-se que este juízo fixe valor correspondente aos danos sofridos a títulos de indenização por danos morais, não que irrisória importância, quantifique a dor, sofrimento é humilhação percebidos pela reclamante, mas permitaser recompensada por tal sofrimento.
 III.IV- DA JORNADA INITERRUPTA E O ADICIONAL NOTURNO
Uma empresa que adota o sistema de turno ininterrupto de trabalho deverá elaborar uma escala de revezamento. Para que se possa elaborar uma escala de revezamento, será necessário ter cinco turmas de trabalho, sendo quatro turmas se revezando durante 24 horas, com seis horas cada turma, e uma turma de folguista para trabalhar nos dias de repouso das outras turmas (art. 67, parágrafo único da CLT).
 In casu, a requerente trabalhava em turnos ininterruptos de revezamento, alternando seus horários entre matinal e noturno, cumprindo oito horas diárias de segunda a sexta e quatro horas as sábados, o que está claramente violando o dispo em lei, visto que o art. 66 da CLT prevê um intervalo de descanso de 11 hortas entre as jornadas, bem como o disposto no art. 67, parágrafo único, ora citado. Ademais, momento algum houve uma convenção ou acordo coletivo fixando essa jornada de trabalho extraordinária.
Neste interim, é devido a Requerente o adicional de 50% sobre as horas compensadas em escala de revezamento, excedentes de 06 horas diárias, ou seja, 2 horas excedentes por dia, durante os últimos 05 anos, a apurar, bem como o adicional noturno da respectivo período se aplica a qualquer atividade profissional realizada entre 22h e 5h. O acréscimo deve ser de pelo menos 20% sobre a hora normal trabalhada.
 III.V- DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA18- 
A participação do advogado é indispensável para preservação do contraditório e garantia da ampla defesa em Juízo. Assim, o réu deve ser responsabilizado pelos honorários de sucumbência, ante o evidente sucesso desta demanda, sendo devido os honorários de sucumbência fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15%, a serem fixados por este juiz, conforme o art. 791A da CLT.
IV- DOS PEDIDOS
Diante de tal absurdo, não restou alternativa a reclamante a não ser procurar a presente reclamação trabalhista, com o objetivo de converter a dispensa por justa causa em dispensa imotivada, com a consequente condenação da demandada ao pagamento de todas as parcelas provenientes da dispensa sem justa, além da condenação em danos morais, por ter exposto a autora uma situação humilhante e vexatória. Desta feita, pede-se e requer-se:
a) Conversão da dispensa motivada (art. 482,”h”, CLT) por dispensa imotivada com o consequente pagamento das verbas rescisórias abaixo enumeradas;
b) Pagamento equivalente ao aviso prévio (indenizado) de 30 dias (art. 487, §4º, CLT) e seus reflexos (a calcular);
c) Pagamento do 13º salário proporcional, referente ao ano da dispensa (art. 3º, da lei 4.090/62) e seus reflexos (a calcular);
d) Pagamento das férias integrais e proporcionais, ambas acrescidas do adicional de 1/3 (arts. 146 e 147 da CLT c/c art. 7º, XVII, da Constituição da República) e seus reflexos (a calcular);
e) Recebimento do adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre as horas compensadas em escala de revezamento, excedentes de 06 horas diárias, durante os últimos 05 anos, e seus reflexos (a calcular);
f) Recebimento das diferenças de valor relativamente às horas extras prestadas e pagas com base no valor da hora em jornada de 220 horas, quando o correto seria com base no valor da hora em jornada de 180 horas, calculados durante os últimos 05 anos e seus reflexos (a calcular);
g) Entrega do TRCT para levantamento do FGTS, com todos os depósitos devidos, inclusive sobre as verbas acima pleiteadas e, na impossibilidade de adimplemento da obrigação, responsabilizando-se o Réu pelo equivalente em espécie (art. 20, I, da lei 8.036/90);
h) Indenização de 40% sobre o montante do FGTS, referido no pedido acima, em razão da dispensa imotivada (art. 18, §1º da lei 8.036/90) e seus reflexos (a calcular);
i) Entrega das guias para percepção do seguro-desemprego, sob abominação de ser responsabilizado o réu pelo pagamento dos valores correspondentes ao benefício;
j) Pagamento da multa de 01 salário da Requerente, pelo atraso no pagamento das verbas resilitórias (art. 477, § 8º, CLT);
k) Incidência da multa prevista no art. 467 da CLT sobre as verbas resilitórias acima postuladas;
l) Indenização por dano moral a ser arbitrada por este juízo;
m) Honorários advocatícios de 15% sobre o valor da condenação, na formado art. 20, § 3º do CPC. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos.
Requer a notificação da Reclamada para comparecer em Juízo e, querendo, responder aos termos da presente, sob os efeitos da revelia, passível de confissão quanto à matéria fática, sendo finalmente julgado procedente o pedido. 
Dar-se-á causa o valor de R$100.000,00 (cem mil reais).
Nestes termos,
Pede o deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/UF
Endereço para intimação.

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