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panleucopenia felina

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1 Curso Veteduka| Alícia de Souza Silva | MEDICINA VETERINÁRIA UFPA | Turma 2019 | @drabichinho 
VÍRUS 
• Vírus da Família Parvoviridae 
• Gostam de células de alta replicação → acaba indo para medula óssea e intestino 
• Dependem de receptores para entrar na célula e replicar 
• Vírus da Parvovirose canina? 
• Pode ficar 1 ano no ambiente e 5-10 meses em fezes 
• Permanece em temperaturas baixas e resiste a temperaturas de 56°C por até 30min 
• Resistente ao álcool 70%, iodo e amônia quaternária. 
• Pode ser inativado por água sanitária, formaldeído 4% e água 90°C por 10min 
 Como o vírus se dissemina? 
O gato se contamina via oronasal e o vírus dá uma volta pela orofaringe (fica cerca de 12-24hr). O sistema imune tenta 
combater o vírus e se não der certo, há multiplicação dos vírus. Os macrófagos fazem fagocitose do vírus e o 
coronavírus passeia pelo corpo, fazendo a viremia. 
Nessa fase, ainda pode ser feito o controle da infecção pelos anticorpos e pode transmitir e contaminar o ambiente. 
Se o animal não possui anticorpos o suficiente, continua a infecção. 
O vírus vai para jejuno e íleo e os sinais clínicos iniciam. A replicação do vírus causa morte dos enterócitos, gerando 
diarreia, baixa absorção de nutrientes, etc. 
Devido à perda de proteção do intestino, é comum que tenha translocação bacteriana (Clostridium e Salmonela) pro 
restante do corpo. A partir disso, o gato pode fazer endotoxemia (sepse pelas toxinas das bactérias) e muitas vezes já 
é grave. 
O que também pode acontecer é o vírus migrar para a medula óssea, causando uma panleucopenia (“tudo baixo”). 
Pode acontecer também do animal estar imunossuprimido e ter a endotoxemia, gerando uma sepse ou CID. 
 “e se minha gata estiver grávida?” 
• 1º terço da gestação: 
o Infertilidade 
o Morte fetal 
o Reabsorção 
• 2º terço: 
o Aborto 
o Mumificação fetal 
• 3º terço: 
o Hipoplasia cerebelar 
o Atrofia do nervo óptico → filhotes cegos 
o Retinopatia 
o Hidrancefalia 
o Irmãos normais, mas com vírus 
• Até 9 semanas de vida: lesão no cerebelo 
TRANSMISSÃO 
• Contaminação oronasal → tigelas, gaiolinhas 
• Eliminado pela urina e, principalmente, pelas 
fezes → caixinhas sujas! 
FATORES DE RISCO 
• Colônias → + 5 gatos 
• Pouca limpeza 
• Contato com cães 
• Gatos imunossuprimidos 
• Gatos não vacinados → muito importante! 
SINAIS CLÍNICOS 
• Doença clínica – comum que a infecção! 
o 90% de óbito na doença clínica → 
Geralmente, filhotes! 
o Morte em 12hr parecendo com 
envenenamento → cheque séptico, 
desidratação, hipotermia e coma. 
• Febre: 40 a 41,6°C 
• Depressão + anorexia por 3 ou 4 dias 
• Vômitos tingidos de sangue 
• Desidratação extrema!!! “cabeça na vasilha de 
água” 
• Diarreia → raro e quando tem, o gato já está 
morrendo. 
• Palpação abdominal dolorosa com alças 
espessadas 
• Ulceração oral, diarreia sanguinolenta ou icterícia 
como complicantes 
• Sepse + CID 
 
 
2 Curso Veteduka| Alícia de Souza Silva | MEDICINA VETERINÁRIA UFPA | Turma 2019 | @drabichinho 
DIAGNÓSTICO 
• Diagnóstico presuntivo: 
o Alterações clínicas e laboratoriais 
o Histórico → idade, estado imune, vive com 
outros gatos?, primeira infância, etc. 
• Diagnóstico diferencial: 
o Septicemia bacteriana aguda (salmonelose) 
o Intoxicação 
o Parasitismo intestinal maciço 
o FELV 
o Linfoma 
o Corpo estranho (perfurante) 
o Toxoplasmose aguda 
• Sorologia: não diferencia da vacina ou contato 
prévio 
• PCR: antígeno tem que estar na amostra e ele 
detecta a vacina (atenuada) 
• Kit ELISA cães VPC-2 detecta VPF: vacina até 2 
semanas + avaliar teste + clínica + alters labs 
• Alterações laboratoriais: 
o Anemia: 
▪ Rara pela vida mais longa das hemácias 
▪ Hematoquezia 
▪ Persistentes = FELV associada 
o Leucócitos totais: 
▪ Grave 50 a 3000 células/mm³ 
▪ Branda 3000 a 7000 células/mm³ 
o Panleucopenia: não é patognomonica e pode 
não existir em todos os casos. 
o Neutrófilos: 
▪ Início → migração para o intestino 
▪ Depois por supressão da medula → 
neutropenia 
▪ Recuperação = neutrofilia com desvio a 
esquerda 
o Linfopenia: não está correlacionada a 
gravidade 
o Trombocitopenia: correlacionada a supressão 
grave de medula 
o ALT e AST: mostra comprometimento 
hepático geralmente de leve a moderada. 
Raramente ocorre icterícia. 
o Azotemia pré-renal = desidratação leve 
o Hipoalbuminemia: 
▪ Perdas pelo TGI 
▪ Falta de ingestão 
▪ Relacionada a pior prognóstico = redução 
de perfusão em capilares 
o Hipopotassemia: Relacionada a anorexia, 
vômitos, perda intestinal, fluido... 
TRATAMENTO 
• Suporte e emergencial 
• Isolamento! 
• Objetivos: 
o Restaurar e manter equilíbrio hídrico, 
acidobásico e eletrolítico 
▪ De acordo com a desidratação + perdas 
+ compatível com a idade 
▪ Potássio 
▪ Hipoproteinemia + anemia = transfusão 
ou plasma/coloide 
o Minimizar as perdas continuas de TGI e 
propiciar recuperação 
▪ Tratamento correto de vomito: 
✓ Metoclopramida (0,2 a 0,4mg/kg 
ou infusão continua) 
✓ Ondansetrona (0,2 a 1 mg/kg BID 
ou TID) 
✓ Maropitant (1mg/kg SID SC) 
▪ COMIDA! 
✓ Soro colorido e doce NÃOO 
alimenta!!! 
✓ Complexo B – deficiência de 
tiamina 
✓ Alta digestibilidade ou o que o gato 
quiser – sonda? 
✓ Ciproheptadina (2 a 4 mg/gato) → 
é hepatotóxico 
✓ Vomito persistente/ 
hipoproteinemia / diarreia grave = 
parenteral 
o Evitar infecções secundárias 
• Filgrastin: não apresenta resposta positiva na 
panleucopenia e, em teoria, é contraindicado 
porque estimula a medula óssea. 
• Como sei se o gato está respondendo bem? 
o Resposta medular em 24-48 horas 
o Recuperação hematológica em 1 a 6 dias do 
início do tratamento 
o Normal observar formas bizarras de 
leucócitos 
o Melhora dos sinais clínicos em 6-7 dias 
o Qualidade de vida! 
VACINAÇÃO 
• Todos os gatos devem ser vacinados! 
• Doença fatal em 90% dos casos 
• Estável no ambiente e transmissão por fômites 
• Locais com colônias e com casos são o maior risco 
• Anticorpos maternos podem inibir ação da vacina 
• Filhotes de mães que vivem em local endêmico: 
 
3 Curso Veteduka| Alícia de Souza Silva | MEDICINA VETERINÁRIA UFPA | Turma 2019 | @drabichinho 
o Títulos mais altos e mais duradouros → última 
vacina tem que ser próxima as 16 semanas (4 
meses) 
• Filhotes: 
o Sem colostro primeira dose após 4 semanas 
o Demais começar com 8 semanas e repetir com 
2 a 4 semanas 
o Se local endêmico fazer uma terceira dose 
próxima de 16 semanas 
• Abrigos: 
o Gatos com 4 a 6 semana de idade 
o Vacinação até 16 semanas de idade 
o Com intervalos de no máximo 3 semanas 
entre elas 
o Gatos com histórico desconhecido e mais de 
14 semanas = 1 a 2 doses 
o Repetir 1 ano após 
• Duração da imunidade: 
o Vírus modificado/ inativadas - 2 doses: 6 anos; 
7,5 anos 
o Recomendação: Reforço a cada 3 anos 
• Imunossuprimidos 
o Corticoide → evitar, esperar 
o Doenças crônicas → vacinar 
o Doenças agudas (fracos ou febris) → não 
vacinar 
o FeLV → vacinar, se possível vacina inativada 
o FIV → evitar, só em risco e inativada 
o Gatas prenhes ou amamentação → evitar, 
somente inativada

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