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Conceitos Fundamentais da História da Arte- cap 1

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Conceitos Fundamentais da História da Arte
Capítulo 1: O linear e o pictórico
O livro escrito em 1915 nos mostra as transformações estilísticas que ocorreram durante os séculos XV e XVII na arte. As transformações dos estilos nesses dois períodos refletem no modo de ver a arte. Para isso é necessário entender como é que se estruturam esses dois modos de ver, reconhecendo em cada um deles seu valor próprio, e evitando perceber na transformação dos estilos qualquer aspecto de necessária evolução do percurso histórico das artes no Ocidente, mas a tradução do mundo visível, dados os desafios próprios a cada um desses períodos.
O historiador da arte Heinrich Wölfflin, contribui com o estudo da cor através da análise formal e estilística, focada nas diferenças entre a arte renascentista e a arte barroca. Ele definiu cinco conceitos fundamentais que também se aplicariam aos movimentos modernos, como o Impressionismo. São eles, em pares: linear e pictórico, plano e profundidade, forma fechada e forma aberta, pluralidade e unidade, clareza e obscuridade. Wölfflin explica que essas concepções da arte, podem estar presentes no desenho, na pintura, na escultura, na arquitetura.
A comparação entre o linear e o pictórico apresenta as principais características que se assemelham às disputas entre “poussinianos” e “rubenistas”. É importante ressaltar que esses fatos, peculiares à arte da pintura, também podem ser aplicados à escultura e à arquitetura.
O estilo Linear vê o mundo em linhas. O sentido do objeto é buscado primeiro no contorno dele e os olhos são conduzidos através dos limites da forma. Limites firmes, ao qual tudo se subordina. É uma visão que privilegia as linhas é aquela pela qual o sentido de beleza que é próprio à representação do mundo visual se exprime através dos contornos das formas (mesmo as formas internas), o que significa uma valorização do sentido do tato, na medida em que o percurso visual pela linha é uma assimilação do modo como exploramos as superfícies através do sentido do tato, fazendo um percurso linear pelos objetos de nosso interesse
O pictórico percebe as massas. É uma visão cuja a atenção deixa de se deter sobre as margens das coisas, na medida em que uma certa indiferença entre os domínios das formas parece imperar nesse tipo de visão. A representação começa a desvalorizar a função das linhas na configuração daquilo que interessa ser retido do mundo visual na sua representação. O jogo dos contrastes ganha certa autonomia, com respeito à forma isolada dos contornos, e a composição ganha uma espécie de dinâmica visual que, em nenhum aspecto, se deixa assimilar pelos elementos do estilo linear. 
Portanto o linear é aquele tipo de arte em que os limites formas são delineadas claramente, com linhas bem definidas. A arte pictórica, por sua vez, permite que os efeitos da luz sejam mais evidentes. É a oposição das referências táteis às referências visuais. Ou seja, são duas visões de mundo: uma, em que o mundo se encontra encerrado entre linhas limítrofes e com regras mais claras; a segunda, uma visão de que tudo no mundo se relaciona e há que se buscar ver a realidade como resultado de um conjunto de relações e que dá unidade a tudo.
Guilherme Rodrigues
Juliana Patricio
Natalia Nascimento

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