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São considerados como os principais resultados esperados: dor, inflamação, trismo, edema e sangramento. Dentre as complicações mais comuns, temos: infecção, fratura dentária, osteíte alveolar (alvéolo seco), lesão nervosa, deslocamento dentário para regiões profundas (principalmente seio maxilar e regiões submandibular e infratemporal) e fratura mandibular. O quadro de alveolite é descrito como um retardo da cicatrização alveolar, não infecciosos, podendo causar dor intensa e que normalmente se desenvolve no terceiro ou quarto dia pós-operatório. Esta complicação pode ser decorrente do deslocamento do coágulo sanguíneo formado no interior do alvéolo, geralmente apresentando odor ruim e sendo comum o relato por parte dos pacientes de dores latejantes que irradiam para o ouvido. O tratamento consiste em: analgesia conforme intensidade da dor, irrigação local copiosa com soro fisiológico estéril e curativos de gaze embebida em eugenol e anestésico tópico também podem ser utilizados. A curetagem alveolar não deverá ser realizada, Os processos infecciosos normalmente apresentam 4 estágios, que são: inoculação, celulite, abscesso e resolução. Nos primeiros três dias dos sintomas, um edema mole, pastoso, levemente sensível, representa o estágio de inoculação (colonização do hospedeiro). Após três a cinco dias, o edema torna-se endurecido, sem limites definidos, vermelho e altamente sensível devido à resposta inflamatória intensa frente à flora mista instalada. Este é o estágio mais doloroso de todo o processo e com maior isco de disseminação. Cinco a sete dias após o inicio do edema, os anaeróbios começam a predominar. Finalmente, quando o abscesso drena espontaneamente pela pele ou mucosa, ou é cirurgicamente drenado, o estágio de resolução se inicia. Estes estágios podem ocorrer de forma sequencial ou não é fatores locais e/ou sistêmicos podem influenciar na progressão da infecção. Para que o plano de tratamento das infecções da região bucomaxilofacial seja efetivo, ele deverá identificar a origem do processo que normalmente é proveniente das regiões periapical (devido necrose pulpar) e periodontal (devido doença periodontal). A disseminação da infecção seguirá um trajeto em direção aos tecidos moles que dependerá da espessura óssea que circunda o dente, assim com a relação do local de perfuração da cortical óssea com as inserções musculares maxilares e mandibulares. Dessa forma, as infecções poderão difundir-se inicialmente para os espaços primários maxilares (infraorbitário, vestibular, bucal e infratemporal) ou mandibulares (submentoniano, bucal, submandibular e sublingual). Persistente a progressão do processo infeccioso, os espaços secundários poderão ser atingidos subsequentemente, sendo dividido da seguinte maneira: massetérico, pterigomandibular, temporal superficial e profundo, lateral da faringe, retrofaríngeo e pré-vertebral. De acordo com as informações cedidas pelos pacientes e os sinais e sintomas, o cirurgião-dentista poderá começar a definir a gravidade do processo infeccioso. Para estabelecer o diagnostico de infecção, o exame físico deverá Pós-Operatório na remoção de dentes impactados ser iniciado por meio da coleta dos sinais vitais (temperatura, FC, OS e FR). Pacientes com quadros infecciosos, a não ser que haja ansiedade e dor intensas. O tratamento das infecções da região bucomaxilofacial consiste basicamente na drenagem cirúrgica e, principalmente, na remoção da causa (normalmente tratamento endodôntico ou exodontia) associada à antibioticoterapia, se indicada. O antibiótico de primeira escolha deverá ser a amoxicilina e o tempo de uso será baseado na completa remissão dos sinais e sintomas da infecção, o que deve ocorrer dentro de cinco a sete dias após o inicio do tratamento. Em casos mais graves, com formação de grandes abscessos, adicionalmente à remoção da causa inicial, o cirurgião-dentista deverá realizar a drenagem dos locais onde houver acúmulo de secreção purulenta, instalando um dreno no local por cerca de 2 a 4 dias. Embora alguns autores defendam a drenagem de celulites para inibir a progressão da infecção para espaços anatômicos profundos, o tratamento deverá ser basicamente medicamentoso, associado à remoção da causa assim que possível, e o acompanhamento deverá ser realizado diariamente até que o quadro de celulite seja resolvido.
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