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RESUMO CROMATOGRAFIA O QUE É CROMATOGRAFIA? A cromatografia é um processo de separação e identificação de componentes de uma mistura. Essa técnica é baseada na migração dos compostos da mistura, os quais apresentam diferentes interações através de duas fases (FASE MÓVEL E FASE ESTACIONÁRIA). • Fase móvel: fase em que os componentes a serem isolados "correm" por um solvente fluido, que pode ser líquido ou gasoso. • Fase estacionária: fase fixa em que o componente que está sendo separado ou identificado irá se fixar na superfície de outro material líquido ou sólido. Conceitos básicos: • Eluição: é a corrida cromatográfica. • Eluente: é a fase móvel, um tipo de solvente que vai interagir com as amostras e promover a separação dos componentes. O processo cromatográfico consiste na passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, dentro de uma coluna ou sobre uma placa. Assim, os componentes da mistura são separados pela diferença de afinidade através das duas fases, resultando em migrações diferentes, ou seja, os componentes da amostra têm diferentes velocidades ao passarem pela fase estacionária. Assim, cromatografia é um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura. Essa técnica se destaca devido à sua facilidade em efetuar a separação, identificação e quantificação das espécies químicas, por si mesma ou em conjunto com outras técnicas instrumentais de análise. Cada um dos componentes da mistura é seletivamente retido pela fase estacionária, resultando em migrações diferenciais destes componentes. A cromatografia serve para identificação de substâncias, purificação de compostos e separação de componentes de misturas. HPLC – HIGH PERFORMANCE LIQUID CROMATOGRAPHY 1. O QUE É? A cromatografia líquida de alta eficiência – CLEA ou também conhecida com a sigla HPLC (High Performance Liquid Cromatography) faz parte do grupo de classificação da cromatografia colunar. 2. COMO FUNCIONA? A HPLC utiliza uma fase móvel líquida para separar os componentes da amostra. Os componentes são dissolvidos em um solvente e, em seguida, forçados a passar por uma coluna de alta pressão. Os componentes então interagem com a fase estacionária e saem em diferentes momentos, da mesma forma que a cromatografia gasosa. Ao invés de introduzir o solvente na coluna e deixar que ele goteje para baixo pela influência da gravidade, a HPLC faz com que a amostra seja forçada, através da coluna sob altas pressões de quase 400 atm, ocasionando assim uma separação mais rápida e eficiente. Figura 1. Esquema HPLC Equipamento. • Sistema de reservatório da fase móvel: a fase móvel é colocada em um reservatório de vidro e é geralmente uma mistura dos líquidos polares e não-polares cuja concentrações dependem da composição da amostra. • Sistema de bombeamento de fase móvel: o solvente na fase móvel é bombeado até o reservatório, através da coluna de HPLC. • Sistema de injeção: a amostra é injetada na coluna por um injetor que que é capaz de operar com volumes de amostra na escala de 0,1 – 100 mL em altas pressões. • Sistema analítico que é constituído pela coluna cromatográfica: as colunas de HPLC são normalmente feitas de aço inoxidável e são de 50 – 300 mm com um diâmetro interno de 2 – 5 mm, com uma fase estacionária com um tamanho de partícula de 3 – 10 µm. A coluna cromatográfica é feita de um material inerte que resista a todas as pressões que ela pode ser utilizada, as colunas geralmente utilizadas são octadecil (C18, PR18, ODS), octil (C8, RP8), CN (cianopropil) e NH2 (amina). • Sistema de detecção: existem vários sistemas, os mais utilizados na HPLC são os fotométricos, baseados na absorbância no ultravioleta e no visível, devido a sua sensibilidade a substâncias que fluorescem, e a sua capacidade de detectar quantidades de ordem de picograma. • Sistema de aquisição e registro de dados: o sinal do detector é recebido e registrado por um computador que processa, armazena, e reproduz dados. 3. APLICAÇÕES Ela é útil para separação de materiais com grande peso molecular, que possuem volatilidade muito baixa e não podem ser separados por cromatografia gasosa, outra vantagem dessa técnica de cromatografia é a sua velocidade e sensibilidade mais elevada do que quando comparada com a cromatografia líquida. A HPLC é normalmente empregada em amostras de alimentos, água, solo, sangue, urina, etc. ela é utilizada para fazer análises qualitativas como separação de um produto químico termicamente instável e de compostos biológicos, como drogas (ibuprofeno), sais (cloreto de sódio), proteínas (clara de ovos), produtos químicos orgânicos (poliestirenos), entre outros. Ela também realiza análise quantitativa, determinando a contração de um composto. Realiza a preparação de substâncias puras para estudos clínicos e da toxicologia e na síntese orgânica. E a análise de traço, onde ela detecta concentrações muito baixas de uma amostra, muito utilizado o meio farmacêutico, na toxicologia, estudos biológicos entre outros. CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA 1. O QUE É? A cromatografia em camada delgada (CCD) consiste na separação dos componentes de uma mistura sólido-líquido onde a fase móvel (líquida) migra sobre uma camada delgada de ADSORVENTE retido em uma superfície plana (fase estacionária – sólida). O processo de separação está fundamentado, principalmente no fenômeno de ADSORÇÃO. Na adsorção as moléculas de um líquido (fase móvel) unem-se à superfície do adsorvente (fase estacionária – sólida). As forças que unem a molécula à superfície são as interações moleculares. 2. COMO FUNCIONA? Solventes usados: Etanol e Diclorometano Fase estacionária: Placa (sílica) Fase móvel (Eluente): Solventes usados: 1,2 – dicloroetano e ácido acético A amostra é dissolvida em um solvente volátil para a aplicação na placa, pois tais solventes podem ser facilmente eliminados após a aplicação, a evaporação do solvente ajuda a manter as manchas formadas menores e, quanto menores as manchas, melhor poderá ser a separação. Figura 2. Experimento Cromatografia de Camada Delgada. 3. APLICAÇÕES • Estabelecer a identidade de dois compostos; • Determinar o número de componentes de uma mistura; • Determinar o solvente apropriado para uma separação por cromatografia em coluna; • Monitorar uma separação realizada por cromatografia em coluna através da identificação de frações coletadas; • Checar a eficiência de uma separação; • Monitorar o andamento de uma reação. CROMATOGRAFIA DE PAPEL 1. O QUE É? A técnica de cromatografia em papel é um dos métodos da cromatografia planar. Essa técnica é usada na forma de eluição, em que se a qual usa uma fase estacionária que é o papel filtro. O mecanismo envolvido é definido como participação da fase móvel (solvente orgânico) e fase estacionária (água presente na celulose). A cromatografia em papel consiste em uma camada relativamente fina e plana e a fase móvel desloca-se por ação de capilaridade. 2. COMO FUNCIONA? Fase estacionária: Papel filtro Fase móvel (Eluente): Solventes orgânico Os componentes da mistura líquida são colocados em pequenos pontos na mesma altura no papel filtro. A parte em que são colocados os compostos é imergida no solvente líquido, que constitui a fase móvel. O solvente que constitui a fase móvel vai se deslocando de uma extremidade à outra do papel de cromatografia, arrastando os diferentes componentes da mistura e os separa pela diferença de velocidades. Figura 3. Experimento Cromatografia de Papel. 3. APLICAÇÕES A cromatografia em papel é simples. É considerada uma técnica de partição líquido-líquido e é classificada como um método qualitativo, ou seja, caracteriza os componentes, não os quantifica. O método também serve para fracionar os componentes, que podem ser analisados por outros métodos complementares. Esse método é bastanteusado na área da bioquímica na separação de compostos.
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