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Conceito São aqueles responsáveis pela produção e/ou maturação e também pela concentração das células do sistema imune. Eles são classificados em tecido linfóides primários (2) e secundários (3). Tecidos linfóides primários • São responsáveis pela formação das células precursoras do sangue e do sistema imune e também pela maturação (2.3) dos linfócitos B e T. • Correspondem a medula óssea (2.1) e o timo (2.2). Medula óssea • Localizada no interior dos ossos longos e chatos, sendo ocupada por células pluripotentes que recebem estímulos de citocinas, se diferenciam, proliferam e originam células precursoras do sangue e do sistema imunológico, como neutrófilos, basófilos, entre outras, processo denominado como hematopoiese. • Produção e maturação dos linfócitos B. • Somente a produção dos linfócitos T, estes saem da medula como timócitos e seguem para o timo para finalizarem seu processo de maturação. • Possui tecido reticular com grande quantidade de capilares sanguíneos sinusóides com poros que permitem a saída das células maduras. • A liberação destas células para o sangue é feita por estímulos (fatores estimulatórios de liberação), onde o componente C3b do complexo, glicorticóides, androgenênios e toxinas bacterianas são os fatores mais significantes. Timo • Localizado no mediastino anterior, é um órgão pequeno, com dois lóbulos (o esquerdo e o direito) e revestido por cápsula fibrosa; • É onde ocorre a finalização do processo de maturação dos linfócitos T; • Produzem fatores de desenvolvimento e proliferação de linfócitos T, como a timosina alfa, timulina, fator timíco humoral que vão agir no próprio timíco ou nos tecidos secundários; • É possível encontrar também células como macrófagos, células dendríticas, epiteliais e algumas do tecido conectivo. Como ocorre a maturação? • Ainda na formação dos BCR (Receptores de Células B) e dos TCR (Receptores de Células T), ambos passam por um processo de recombinação gênica, afim de formar receptores de linfócitos com diferentes tipos de domínios variáveis, aumentando as chances desses reconhecerem diferentes antígenos; • Assim sendo, ao ocorrer a duplicação do material genético em uma célula precursora para originar um linfócito, sequências nucleotídicas no gene codificante do receptor são alteradas aleatoriamente, objetivando a produção de diferentes aminoácidos, os quais farão parte de distintos domínios variáveis de cada receptor; • Essa recombinação gênica vai ocorrer, com o auxílio de enzimas recombinases, em três grupos de nucleotídeos: os segmentos V (segmento gênico variável), D (segmento gênico de diversidade) e J (segmento gênico de junção); • Destaca-se, ainda, que, durante a fase de desenvolvimento, os linfócitos expressam outras enzimas que vão, também de forma aleatória, inserir ou retirar nucleotídeos entre os segmentos VDJ. Este processo aumenta, não só o número de recombinações, como, também, a variedade de receptores entre os linfócitos. • Após o fim desse processo, formam-se receptores de linfócitos com inúmeras possibilidades de encaixe, seja com antígenos - o desejado - ou com estruturas próprias do organismo. Desta forma, é imprescindível que tanto os Linfócitos B quanto os T passem por amadurecimento e maturação, de modo a serem selecionados apenas aqueles que reconheçam antígenos, e não estruturas próprias. Portanto... Continua na próxima página... Tecidos linfoides secundários • Distribuídos por diferentes regiões do corpo, como baço (3.1) e linfonodos (3.2), ocorrendo a apresentação de antígenos aos linfócitos T e o reconhecimentos de antígenos pelos linfócitos B, provocando a ativação dessas células. • Linfócitos tem contato com antígenos estranhos. • Início do desenvolvimento da resposta adaptativa. Baço • Tecido Linfóide secundário capsular presente na cavidade abdominal penetrado pela artéria esplênica que se ramifica em vasos mais finos que formam os sinusóides. • Presença de linfócitos B nas regiões foliculares e linfócitos T ao redor das arteríolas formando a polpa branca. • Região dos sinusóides (polpa vermelha) Células epiteliais mais espaçadas que permitem a passagem do sangue para o interior do órgão • Entre a polpa vermelha e a branca há uma população de linfócitos B, chamada linfócitos B2, que responde bem a antígenos de origem polissacarídica devido à quantidade de proteínas CD21. funções do baço: • Local de maturação dos linfócitos B • Devido a presença dos linfócitos B2 e suas células epiteliais serem mais espaçadas ocorrerá uma resposta mais rápida aos patógenos, principalmente de origem polissacarídica assim que caem na corrente sanguínea • O Baço é um importante sítio anatômico pra fagocitose de imunocomplexos (antígenos presos à anticorpos solúveis circulando pela corrente sanguínea e linfática). • Geração de resposta imune adaptativa contra antígenos no sangue. Linfonodos Eles fazem parte dos órgãos linfoides secundários, surgindo no trajeto dos vasos linfáticos, que se concentram, principalmente na região das axilas, região inguinal e cervical, tendo como principal função filtrar os antígenos da linfa, além de serem os locais onde ocorrerá a ativação dos linfócitos T e B por eles permitirem o contato com dos mesmos com os antígenos que entram na linfa provenientes dos tecidos. Tecidos linfoides associados à mucosa • (MALT) são tecidos mais próximos do meio externo, ou seja, funcionam como uma porta de entrada • são capazes de diferenciar as situações em que a atuação dos linfócitos é necessária ou não; • sobre a parte organizacional, são divididos em dois: Tecido Difuso (3.3.1) que é desorganizado e a Placa de Peyer (3.3.2), que é um tecido organizado. tecido difuso • nestes há a presença de linfócitos primitivos na camada epitelial, porém sem muita diversidade de receptores; • abaixo desta camada epitelial estão os linfócitos de memória, além de mastócitos, macrófagos e células dendríticos. placa de Peyer • nestas existem folículos linfoides localizados na região do íleo, estes que são protuberâncias brancas nas alças do intestino delgado; • logo acima das Placas de Peyer localizam-se as células M, que irão realizar a macropinocitose; • tudo isso é uma forma estruturada de combater antígenos no lúmen. Tecidos linfoides associados à mucosa respiratória • destacam-se as tonsilas palatinas, essas que são estruturas ricas em linfócitos e por conta de sua localização, ajudam o organismo a combater infecções virais e bacterianas que têm como porta de entrada, a boca e o nariz. Tecidos linfoides associados ao tecido cutâneo • este tecido fornece proteção através de queratinócitos, que são células bem equipadas com receptores de PAMPs e estão sitiadas na camada mais superficial da derme; • existe também, a presença de células dendríticas, chamadas células de Langerhan, e linfocitos dispersos pela derme.
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