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Pediatria - NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA 2 ALEITAMENTO MATERNO > é a mais sábia estratégia natural de vinculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. · Apenas mãe HIV não deve amamentar. · Morbidade corresponde a taxa de internação, mortalidade infantil. · Além de alimentar a criança, o aleitamento materno protege a mãe contra algumas doenças e promove o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança e o bem-estar físico e psíquico da mãe e do filjo. · O aleitamento pode ser realizado direto da mama ou após a ordenha, independente de estar ou não recebendo outros alimentos. · A OMS e o ministério da saúde recomendam: aleitamento materno exclusivo por 6 meses e complementado até os 2 anos ou mais. · Deve ocorrer assim que possível, após o parto. · O bebe mama sob livre demanda e não respeita regularidade de horários. · Podendo mamar de 8 a 12 vezes por dia. INTRODUÇÃO PRECOCE DE OUTROS ALIMENTOS ESTÁ ASSOCIADA A: · Maior número de episódios de diarreia; · Maior número de hospitalizações por doença respiratória; · Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como por ex, quando os alimentos são muito diluídos; · Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como ferro e zinco; · Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional. > menor duração do aleitamento materno. · Superioridade da amamentação. · Redução da mortalidade infantil por causa previníveis. · Redução da incidência e gravidade da diarreia > proteção, principalmente em crianças de baixo nível socio-econômico. CLASSIFICAÇÃO · Aleitamento materno exclusivo: quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte , sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. · Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos. · Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. · Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. Deve ser iniciado a partir dos 6 meses de idade. · Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO · O leite materno é homogêneo e somente uma desnutrição grave afeta a qualidade e a quantidade do leite. · Nos primeiros dias à colostro: contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do sétimo ao décimo dia pós-parto. · A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada- leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança- a criança esvaziar bem a mama. · O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra- infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. Os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe · A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante após. · O leite do início da mamada -> leite anterior- aspecto semelhante ao da água de coco > ele é muito rico em anticorpos. · Protege de infecções, como meningite, diarreias, etc... · Já o leite do meio da mamada tende a ter uma coloração branca opaca devido ao aumento da concentração de caseína. · E o leite do final da mamada- leite posterior- é mais amarelado devido à presença de betacaroteno, pigmento lipossolúvel presente na cenoura, abóbora e vegetais de cor laranja, provenientes da dieta da mãe. · É onde há maior concentração de gordura, sendo o mais rico em energia e o que sacia melhor a criança. · Importante, então, esvaziar bem a mama. Leite de vaca não deve ser introduzido antes de 1 ano de idade!!!! · O leite de vaca não é nutricionalmente adequado e predispõe à atopias, obesidade, entre outros distúrbios, rinite alérgica, dermatite atopica, alergia a proteína do leite, síndrome metabólica, has. · O leite de vaca tem muito mais proteínas que o leite humano e essas proteínas são diferentes das do leite materno. · A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana. · Diante da impossibilidade de aleitamento materno> fórmula láctea infantil. · As fórmulas infantis -leites industrializados indicados para lactentes que não estão em aleitamento materno. · A grande maioria das fórmulas existentes no comércio é elaborada a base de leite de vaca e seguem as recomendações do “Codex Alimentárius4” · No entanto, apesar de sua adaptação com relação ao carboidrato, proteínas e vitamina, os fatores anti-infecciosos e bioativos encontrados no leite materno não são encontrados nas fórmulas infantis. ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR · Se a criança não estiver recebendo leite materno nem fórmula infantil > iniciar alimentação complementar aos 4 meses · Deve ser iniciada entre 4- 6 meses. · A alimentação complementar pode ser utilizada ANTES dos 4 meses de idade em casos que a alimentação da criança é feita exclusivamente por leite de vaca. · Deve ser iniciada de maneira gradual, respeitando o desenvolvimento da criança > Até os quatro meses de idade, a criança ainda não atingiu o desenvolvimento fisiológico necessário . > A criança ainda não senta sem apoio e não obtém o controle neuromuscular da cabeça e do pescoço para mostrar desinteresse ou saciedade, afastando a cabeça ou jogando-a para trás. · Os alimentos em conserva, tais como palmito e picles, e os alimentos embutidos, tais como salsichas, salames, presuntos e patês, também constituem fontes potenciais de contaminação por esporos de C. botulinum e devem ser evitados, já que oferecem maior risco de transmissão de botulismo de origem alimentar. · Não usar mel no primeiro ano de vida. · Aos 6 meses de vida as crianças precisam receber alimentos bem amassados, assim que possível. · Os alimentos não precisam ser muito amassados. · Não se deve substituir a fruta amassada por suco de fruta, pois há perda do conteúdo de fibras. · Os alimentos devem ser cozidos em pouca água e amassados com o garfo, nunca liquidificados ou peneirados. · Aos 8 meses as crianças aceitam alimentos picados ou em pedaços pequenos. · Aos 12 meses a maioria das crianças já está apta a comer alimentos na consistência de adultos, desde que saudável · A consistência dos alimentos deve aumentar gradativamente e a textura deve ser apropriada à idade · O ovo cozido e as carnes devem fazer parte das refeições desde os seis meses de idade. > O óleo vegetal deve ser usado em pequena quantidade. · Os sucos naturais não são mais indicados · Nenhuma fruta é contra-indicada. · Nos intervalos é preciso oferecer água tratada, filtrada ou fervida · Os alimentos devem ser pouco temperados e pouco salgados ALIMENTOS NÃO RECOMENDADOS · Açúcar, enlatados, refrigerantes, balas, salgadinhos, biscoitos recheados e outros alimentos com grandes quantidades de açúcar, gordura e corantes –especialmente nos primeiros anos de vida -- excesso de peso e à obesidade ainda na infância, condições que podem perdurar até a idade adulta, além de provocarem dislipidemias e alteração da pressão arterial. · São também causa de anemia e alergias · Os sucos artificiais não devem ser oferecidos pelo fato de não oferecerem nada além de açúcar, essências e corantes artificiais, que são extremamente prejudiciais à saúde e podem causar alergias. · O consumo precoce de sal está associado ao aparecimento de hipertensão arterial. > Opções de ervas e temperos naturais que podem ser utilizados para temperar as refeições SUPLEMENTAÇÃO FERRO · A suplementação de ferro deve ser realizada para evitar anemias no bebê e na criança, porque a baixa oferta de oxigênio pode causar atraso no desenvolvimento cognitivo em idade escolar. · Também pode causar dificuldade de aprendizado, de concentração, QI baixo e alterações de personalidade. · A suplementação deve ser feita desde os três meses de vida até os 2 anos de idade! SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D · Vitamina D - da manutenção da saúde óssea e da regulação do metabolismo do cálcio e fósforo, modulação do risco de doenças cardíacas, neoplasias, esclerose múltipla, obesidade, asma e diabetes tipo 1. · Sociedade Brasileira de Pediatria – recomenda suplementar inclusive para as crianças em aleitamento materno exclusivo, independentemente da região do país. - dose de 400 UI/dia a partir do nascimento até os 12 meses- 600 UI/dia dos 12 aos 24 meses · Para os recém-nascidos pré-termo- 400 UI/dia- deve ser iniciada quando o peso for superior a 1500 g e houver tolerância plena à nutrição enteral ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR Peculiaridades do Pré-Escolar · A idade pré-escolar engloba crianças que possuam entre 2 e 7 anos de idade. · Apetite do pré-escolar é irregular e variável de um dia para o outro · Neofobia alimentar: rejeição de alimentos novos ( importância de postura tranquila e entusiasmada dos pais!) · Evitar ansiedade , intervenções diagnósticas e terapêuticas desnecessárias e até prejudiciais · Importante: nessa faixa etária ocorre incorporação de novos hábitos alimentares> influencia no padrão alimentar a ser adotado pela criança Características da alimentação do pré escolar · Semelhante a dieta do adulto · Variedade com quantidade adequada de proteína animal - 10 a 15% das calorias · Gordura - 30% das calorias (sendo saturada 10%) · Carboidratos - 50 a 60% (+ amidos/ - açúcar) · Sal com moderação Pirâmide Alimentar Infantil ORIENTAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO PRÉ-ESCOLAR · Horários regulares, ambiente calmo, presença da família · Alimentação variada, colorida> pirâmide alimentar · Não substituir alimento sólido por leite · Limites para guloseimas> nunca utilizá-las como recompensa! · Respeitar preferências mas não limitar só aos alimentos preferidos · Fracionar> 4-6 refeições com intervalo de 3h · Independência para se alimentar> utensílios adequados a idade · Não estimular líquidos às refeições 2 Caroline Zanella ATM 2022/a
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