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Aula 3 – Farmacotécnica I Vias de administração de fármacos e classificação de formas farmacêuticas • Via de administração de fármacos A via de administração é o local do organismo por meio do qual o medicamento é administrado, ou seja, é aplicado ou onde ele ingressa na corrente sanguínea para exercer seu efeito. - Fatores que orientam a escolha da via de administração: Propriedade físicas e químicas da droga Local de ação Velocidade e extensão da absorção da droga Efeito dos sucos digestivos e do metabolismo de 1ª passagem Rapidez com que se deseja obter a resposta Estado do paciente • Tipos de vias de administração 1. Bucal 14. Intravenosa 2. Capilar 15. Intravítrea 3. Dermatológica 16. Irrigação 4. Epidural 17. Nasal 5. Inalatória 18. Oftálmica 6. Inalatória por via nasal 19. Oral 7. Inalatória por via oral 20. Otológica 8. Intra-arterial 21. Retal 9. Intra-articular 22. Subcutânea 10. Intradérmica 23. Sublingual 11. Intramuscular 24. Transdérmica 12. Intratecal 25. Uretral 13. Intrauterina 26. Vaginal • Via oral (OR) Destinada à administração pela boca, se caracterizando como a via mais comum e que acaba por apresentar vários fatores que podem interferir na absorção dos fármacos, sendo esta absorção basicamente feita pelo estômago e duodeno, em que o efeito da primeira passagem pelo fígado limita a ação de muitas drogas. As formas farmacêuticas que podem ser ingeridas por via oral, são as sólidas, representadas geralmente por comprimidos, cápsulas e pílulas, ou as líquidas, como as soluções e as suspensões medicamentosas. No primeiro caso, é fundamente que o paciente tenha condições de deglutir sem realizar grandes esforços. Outro ponto importante, é verificar a possibilidade de partição de comprimidos, porém, sabe-se que, devido aos critérios farmacotécnicos, é proibido abrir a cápsula e despejar o conteúdo em um líquido e entregar esse composto ao paciente. As soluções e suspensões administradas por via oral devem ter palatabilidade para evitar náuseas e vômitos que comprometam todo o tratamento do paciente, além de causarem uma repulsa para as próximas administrações. No caso das soluções aquosas, estas alcançam rapidamente o duodeno e logo começam a ser absorvidas, já as partículas das suspensões têm que ser, primeiro, dissolvidas nas secreções gastrointestinais antes que ocorra a absorção. Os comprimidos e cápsulas convencionais têm que se desintegrar no estômago ou no intestino delgados antes de ocorrem a dissolução e a absorção (SILVA, 2010). - Vantagens: Comodidade, esquema terapêutico facilitado, boa aceitação e adesão do paciente ao tratamento (possuindo apenas algumas poucas exceções), economia e segurança. - Desvantagens: Resposta lenta, absorção irregular, decomposição de certos fármacos nos fluídos biológicos e variabilidade da composição dos fluídos biológicos que também pode comprometer diretamente e gerar a absorção irregular. Os fármacos orais são facilmente administrados e a toxicidade e/ou a dosagem excessiva podem ser neutralizadas com antídotos de carvão ativado. As drogas administradas por via oral podem exercer um efeito local no trato gastrointestinal ou ser absorvidas pela mucosa gastrointestinal, atingindo o sangue ou a linfa e exercendo efeitos sistêmicos. • Via Bucal (BUC) Via de administração destinada à administração na cavidade bucal ou numa parte específica da cavidade bucal como a gengiva, palato, língua e dentes. • Via Sublingual (SUBL) Via de administração na qual a forma farmacêutica é destinada a ser colocada debaixo da língua onde o princípio ativo é absorvido diretamente através da mucosa oral. Ou seja, permite a retenção do fármacos por tempo prolongado, propiciando uma rápida absorção de pequenas doses de alguns fármacos, devido à vasta vascularização sanguínea e a pouca espessura da mucosa sublingual, permitindo a absorção direta na correndo sanguínea (LIMA, 2008). Contudo, é importante salientar que essa via é requerida apenas em situações que demandam tratamento de emergência, como em crises hipertensivas, destacando que o seu uso deve ser realizado somente com o paciente em estado consciente, e primeiramente, o medicamento será dissolvido na saliva entrada nessa região sublingual para que posteriormente, possa ser absorvido, no entanto, essa via não deve ser utilizada como tratamento convencional. • Via Retal (RET) Via de administração destinada a aplicação no reto, em que o fármaco pode conter quase todas as substâncias, como as de ação adstringente, desinfetante, anti-inflamatória, anestésica e laxativa. Podendo possuir ação tópica ( dependendo do fármaco este exerce ação local como por exemplo o supositório como laxativo) ou ação sistêmica (como por exemplo o supositório para febre, mais conhecido como antitérmico). Pode substituir preparações orais (irritantes, sabor ou odor desagradáveis e com condições incapacitantes para deglutição). Quando se deseja transpor o efeito da metabolização na 1ª passagem hepática utiliza-se a veia ou plexo inferior e médio. Além disso, pode substituir injetáveis. Como 50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é minimizada com o uso desta via (WHALEN et.al., 2016). - Vantagens: pode ser utilizada para fármacos que são destruídos ou desativados no TGI, tratar pacientes que não cooperam, inconscientes ou incapazes de aceitar medicação oral, efeito de 1ª passagem pelo fígado é evitado dependendo do plexo (veias) onde o medicamento será absorvido, preferível quando a via oral está comprometida. Evita os problemas gástricos e é muito empregado em pediatria e geriatria. - Desvantagens: adesão do paciente, absorção do fármaco pode ser irregular, incompleta e difícil de prever e podem acontecer possíveis irritações da mucosa retal. Figura 1: Indicado para afecções inflamatórias em vias respiratórias, tosse e como adjuvantes nas bronquites e broncopneumonias • Via Vaginal (VAG) Destinada à aplicação na vagina, podendo ser preparações higiênicas femininas, contraceptivos ou drogas para induzir trabalho de parto. Estando nas formas farmacêuticas: óvulos, supositórios, geis, pomadas, soluções, emulsões, comprimidos. - Vantagens: ação local na vagina, podendo ser espermicida, atuar contra problemas menstruais, agindo como anti-infecciosos e cicatrizantes. - Desvantagens: adesão do paciente, absorção sistêmica do fármaco, irritações ou reações alérgicas, além da necessidade de orientação para a mulher que usará o produto. Entre os materiais utilizados durante a aplicação de medicamentos pela via vaginal, estão bandejas de inox para apoiar o medicamento, luvas de procedimento, aplicador vaginal, comadre (se necessário o uso, visando coletar urina ou fezes do paciente) e o medicamento em si. Figura 2: Comprimido vaginal indicado para tratamento de candidíase • Via Intrauterina (IU) Via de administração destinada à administração dentro do útero. Exemplo: DIU. • Via Uretral (URET) Via de administração na qual a forma farmacêutica é destinada a aplicação na uretra. Como por exemplo tratamentos contra disfunção erétil em homens, que apresentam como principal via de administração de medicamentos a uretra. Figura 3: Indicado para tratamento de disfunção erétil administrado em via intra-uretral • Via Otológica (OTO) Via destinada a aplicação no canal auditivo, sem exercer pressão prejudicial no tímpano. Medicações são administradas ao ouvido somente para tratamento local, como infecções como otite média (infecções da trompa de Eustáquio) e que requerem antibióticos e analgésicos por via oral. Neste caso, tem-se a introdução de medicamentos em gotas ou soluções diretamente no canal auditivo,visando o tratamento de infecções e inflamações, produção de anestesia local, facilitação de retirada de corpo estranho, amolecer cerume para posterior remoção e irrigação do ouvido para aliviar inflamações ou dores, além de auxiliar em doenças específicas do ouvido. Figura 4: Indicado para remoção de rolha de cerume • Via Nasal (NAS) Medicamento administrado na cavidade nasal para obtenção de efeito local ou sistêmico. A administração de medicamentos pela via nasal consiste em preparar e instilar um medicamento líquido na mucosa ou orifício nasal, com a finalidade de facilitar a drenagem de secreções nasais, aliviar a congestão nasal, promover vasoconstrição, umedecer a mucosa nasal, prevenir e tratar infecções locais e auxiliar no tratamento hormonal. Os medicamentos que podem ser administrados por essa via apresentam-se soba forma de gotas nasais para tratar uma região nasal específica, spray e aerossóis para difundir o medicamento pela via. Os medicamentos nasais administrados com maior frequência são vasoconstritores, que recobrem e contraem as mucosas edemaciadas. Os anestésicos locais podem ser usados durante procedimentos como a broncoscopia. Os corticoides podem reduzir a inflamação causada por alergias ou pólipos nasais, além disso, a irrigação das vias nasais remove detritos, reduz o risco de infecção e facilita a respiração. Figura 5: Indicado para tratamento de rinite • Via Inalatória (INAL) Via de administração através do sistema respiratório nasal e bucal simultaneamente para efeito local ou sistêmico. Isto porque o sistema respiratório oferece uma via de entrada no organismo para uma variedade de drogas (medicamentos) por possuir uma grande área de contato de suas superfícies que se estende por mais de 30 m² com membranas diáfanas que separam o ar pulmonar do sangue e percorrem algo em torno de 2.000 km de capilares nos pulmões. É usada para alívio rápido de condições asmáticas, onde são necessários tanto efeitos locais como sistêmicos, para terapia crônica e para administração de peptídeos e proteínas. É importante destacar que gotículas menores alcançam maior profundidade, e é no interior dos pulmões que elas são absorvidas e entram na corrente sanguínea. De fato, poucos medicamentos utilizam essa forma de via de administração, visto que a inalação deve ser controlada cuidadosamente para que o paciente receba a quantidade correta de medicamento em um determinado período. Além disso, para que o método seja utilizado, são necessárias técnicas e alguns equipamentos visto que, estes, têm ação direta no pulmão, tais como os aerossolizados medicamentos antiasmáticos em recipientes de doses controladas (inaladores), e para administrar gases para anestesia geral. - Inalatória por via nasal (INAL NAS): tem-se a administração através do sistema respiratório, exclusivamente por via nasal, para efeito local ou sistêmico. Figura 6: Indicado como descongestionante nasal e das vias aéreas superiores - Inalatória por via oral (INAL OR): tem-se a administração através do sistema respiratório, exclusivamente por via oral, para efeito local ou sistêmico. Figura 7: Indicado para tratamento de doenças respiratórias como asma brônquica crônica, rinite alérgica, rinite sazonal, rinite não- alérgica e tratamento de pólipo nasal. • Via Dermatológica (DERM) Via destinada à aplicação na pele e nos anexos cutâneos, sendo a absorção de medicamentos efetivada pela camada epidérmica, se direcionando para dentro da derme. Visto que a pele se encontra muito exposta, tal absorção se caracteriza como limitada. Tem-se como formas farmacêuticas mais usadas os cremes, as pomadas, géis, loções e pastas. É importante salientar de que maneira a permeabilidade e a área de aplicação podem se inter-relacionar, como na tabela a seguir. A presença de uma rede vascular eficiente na derme permite que as drogas que atravessam o estrato córneo e a epiderme sejam prontamente absorvidas, produzindo efeitos sistêmico, ou apresentando efeito na própria superfície da pele, no estrato córneo, na epiderme viável, na derme e seus anexos, ou seja, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas, tal como nos folículos pilosos. Local de Aplicação Permeabilidade Planta do pé 0,14 Planta da mão 0,83 Antebraço 1,00 Couro cabeludo 3,50 Axila 3,60 Face 6,00 Ângulo da mandíbula 13,0 • Via Capilar (CAPI) Destinada à aplicação no couro cabeludo, como nos casos de tratamento contra caspa e psoríase. Figura 8: Indicado para tratamento de dermatite seborreica do couro cabeludo • Via Transdérmica (TRANSD) Administração por difusão através da camada dérmica da pele para a circulação sistêmica. A velocidade de absorção da aplicação transdérmica pode variar de modo acentuado, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Essa via é usada com mais frequência para a oferta prolongada de fármacos, como o antianginoso nitroglicerina, o antiemético escopolamina e os adesivos de nicotina, usados para facilitar a interrupção do hábito de fumar (WHALEN et. Al.,2016). Como vantagens, é possível citar que são evitados os inconvenientes e riscos da via intravenosa, elimina-se a variável biodisponibilidade observada após a terapia oral, as drogas que possuem índices terapêuticos estreitos ou meiasvidas curtas podem ser administradas com segurança e durante período prolongados. Além disso, os efeitos colaterais e a frequência posológica são reduzidos, a obediência ao regime terapêutico por parte do paciente é melhorada e o térmico rápido do efeito da droga é possível, simplesmente com a remoção do dispositivo de administração (emplastro). Figura 9: Indicado para interrupção do uso de drogas de abuso de base nicotínica • Via Oftálmica (OFT) Destinada à aplicação no globo ocular ou na conjuntiva. As drogas usualmente aplicadas no olho sob a forma de gotas ou pomadas, são usadas para ação local e a superfície absorvente é a córnea. Também são administradas drogas absorvidas pela conjuntiva penetram na circulação sistêmica. É importante destacar que nessa via podem ser administradas pomadas e colírios, tanto com a função terapêutica como de função diagnóstica e como principal pré-requisito para administração de formulações farmacêuticas oftálmicas, tem-se a obrigatoriedade de ser estéril. Figura 10: Indicado para lubrificação oftálmica Vias Parenterais A via parenteral é aquela realizada fora do trato gastrointestinal e é representada pelas vias endovenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmica. Para todas elas, existem agulhas especificas conforma a profundida que se deseja alcançar, além da compatibilidade das substâncias nos tecidos biológicos. - Vantagens Utilizada para fármacos que são destruídos ou que perdem a atividade no TGI, fármacos mal absorvidos por via oral, é preferível quando a absorção rápida é necessária, usada em emergências, a concentração sanguínea do fármaco é mais previsível, utiliza-se doses menores, aplicada para tratar pacientes que não cooperam, inconscientes ou incapazes de aceitar a medicação oral. - Desvantagens Não há como retroceder, risco de superdosagem, irritação, dor, necrose, sensibilização no local de administração, mais cara, exigência de profissionais treinados para administração. - Exemplos de vias parenterais 1) Via Intraperitoneal: administração na cavidade peritoneal, mais especificamente, o peritônio é uma membrana serosa que cobre os órgãos abdominais e reveste a parede abdominal e pélvica, funcionando como uma membrana semipermeável. A administração de medicamentos por essa via é mais comum para a realização de diálise ou infusão de quimioterápicos, então água, eletrólitos e produtos tóxicos do metabolismo passam do leito do capilar do peritônio para o dialisado, por osmose ou difusão. A quimioterapia intraperitonealpromove a potencialização do efeito citotóxico, pois permite contato direto das células neoplásicas com altas concentrações da droga. Os efeitos colaterais sistêmicos são leves ou tardios, em comparações com aqueles decorrentes da aplicação das mesmas drogas por via endovenosa. Figura 11: Exemplificação do funcionamento do Paclitaxel intraperitoneal em viroterapia. 2) Via Intravenosa ou endovenosa: é aquela em que o medicamento é administrado na veia do paciente ou em um acesso via diversos tipos de equipo. É indicada para situações emergenciais e aplicações de grandes volumes de substância, mas requer atenção aos sintomas do paciente. Exemplo de medicamentos compatíveis com a via endovenosa são os antibióticos e aminas vasoativas, como a adrenalina, dobutamina etc. Geralmente é aplicada com ângulo de 25°. A solução deve ser límpida, transparente, não oleosa e não deve conter cristais visíveis em suspensão. É utilizada quando há necessidade de concentrações sanguíneas elevadas e efeitos imediatos, através de uma única dose ou infusão contínua. Por essa via, evita-se o efeito de prima passagem pelo fígado e são administrados medicamentos que são prejudicados pelo suco gástrico, mal absorvidos pelo TGI ou que são dolorosos ou irritativos quando administrados pela IM (intramuscular) ou SC (subcutânea). 3) Via Intramuscular: é aquela em que a agulha é introduzida na região muscular das nádegas ou do músculo deltoide e é recomendada para administrar poucos volumes de medicamentos, mas é uma via com ação rápida porque o músculo é muito vascularizado e rapidamente chega à circulação sistêmica, um exemplo de medicamentos de aplicação intramuscular são alguns tipos de contraceptivos. É uma via apropriada para administração de soluções irritantes, como por exemplo, soluções aquosas ou oleosas em volumes superiores a 1,5 mL até, no máximo, 5mL. Algumas vacinas são administradas por via intramuscular, como a tríplice bacteriana (DTP), a dupla infantil e adulto (DT e dT), a vacina contra a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b, a vacina contra hepatite B, contra raiva de uso humano, contra vírus inativados, contra a poliomielite de vírus inativas, entre outras. Geralmente é aplicada com um ângulo de 90°. Figura 12: Indicado para tratar infecções causadas por microrganismos sensíveis à ceftriaxona. 4) Via Subcutânea: administrada sob a pele nas regiões hipodérmica ou subdérmica. Apresenta absorção lenta e constante, possui como exemplo o implante de Pellets, que é realizado sob a pele e a seringa deve estar em um ângulo de cerca de 45°, sendo esta, com agulha bem fina e pequena, não conseguindo alcançar o músculo. Além disso, são utilizadas substâncias não irritantes em decorrência dos terminais nervosos, isso porque tal via de administração pode causar sensibilização, podendo causar dor e necrose. É importante destacar que a administração consiste na injeção de pequeno volume, sendo este inferior à 2mL de solução ou suspensão aquosa no tecido intersticial frouxo, abaixo da pele no braço, antebraço, coxa, abdome ou região glútea. O local da injeção deve ser variado quando houver necessidade de aplicações frequentes (SILVA,2010). A injeção minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV e pode proporcionar efeitos lentos, constantes e prolongados (WHALEN et. Al., 2016). Os medicamentos geralmente administrados são voltados para tratamento da diabetes com administração de hipoglicemiantes (insulina) e vacinas como a antirrábica e anti-sarampo. Figura 13: Indicada como anticoagulante. 5) Via Intradérmica: administrada dentro da derme, possuindo fácil acesso e exercendo ações locais e sistêmicas, tal como vacinas (vacina B-HCG) e testes alérgenos. Esta é uma via muito restrita usada para pequenos volumes, sendo a solução introduzida na camada superficial da pele, chamada derme e se caracteriza como uma via de absorção lenta, sendo também utilizada para realização de prova de hipersensibilidade, como o PPD. A seringa mais apropriada para a injeção intradérmica é equivalente à de 1 mL, e a agulha deve ser fina e com bisel curto. O ângulo de aplicação de medicamentos intradérmico está entre 10 e 15°. Figura 14: Indicada para prevenção da tuberculose, uma doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch 6) Via Intra-articular: Usada para administração de formas farmacêuticas dentro de uma articulação. Como anti-inflamatórios e analgésicos, em que o medicamento administrado por essa via é liberado diretamente na cavidade sinovial de uma articulação para suprimir a inflamação, atenuar a dor, ajudar a conservar a mobilidade articular, evitar contraturas e retardar a atrofia muscular. Os medicamentos mais comumente assim administrados são corticoides, anestésicos e lubrificantes, sendo utilizados no tratamento de artrite e outras doenças articulares e para que ocorra o efeito desses medicamentos, eles precisam ser absorvidos pelos tecidos ou pelas células. A via intra-articular é utilizada com cautela pelos médicos, devido ao risco de infecção e à dificuldade associada à aplicação pela articulação sinovial. Essa via é contraindicada para pacientes com infecção articular, instabilidade ou fratura, infecção fúngica sistêmica, psoríase na região a ser injetada, bacteremia ou artroplastia total. Figura 15: Indicado em casos de dor e mobilidade limitada de distúrbios degenerativos e traumáticos da articulação do joelho e outras articulações sinoviais.
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