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TCC-OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS DO ENSINO REGULAR

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI MARIA BENEDITA MARTINS DOS SANTOS
OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS DO ENSINO REGULAR.
POUSO ALEGRE 2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI MARIA BENEDITA MARTINS DOS SANTOS
OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS DO ENSINO REGULAR.
POUSO ALEGRE 2020
OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS DO ENSINO REGULAR.
Autor1,Maria Benedita Martins dos santos
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- O processo da educação inclusiva ainda é um grande desafio que precisa ser levado em conta a introdução das práticas pedagógicas dos profissionais, levando em consideração a particularidade de cada aluno durante o seu processo de aprendizagem. Alunos com necessidades educacionais especiais precisam ter as mesmas oportunidades dos demais alunos para aprender, mas há uma série de obstáculos que podem dificultar o recebimento de uma educação de alta qualidade para esses alunos que precisam de mais atenção. Para que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetiva de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades, a escola precisa promover a inclusão tendo uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência . Isso Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso , o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentes de suas diferenças e necessidades.
PALAVRAS-CHAVE: Alunos. Aprendizagem. Permanência. Necessidades
1 beneemartinss@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
 Este trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, com novas perspectivas no contexto de inclusão em pesquisas de autores que proporcionam interação com o tema.
 Sabe-se que há muitos anos a educação especial vem incluindo e excluindo pessoas tanto no contexto educacional como no contexto social. Segundo a pesquisa, a exclusão ocorre por diversos motivos, formas políticas, vulnerabilidades e as precárias formas de convivência social; e a inclusão consistiria em aceitar a todos de uma forma única, com um novo olhar, respeitando a individualidade, intervindo de maneira objetiva e significativa para criar oportunidades para que a inclusão exista tanto no ambiente educacional, como também na sociedade em que essas pessoas estão inseridas. Como fazer a inclusão desses alunos em escola do ensino regular?
 A inclusão envolve um olhar para o aluno e sua formação, ou seja, requer um repensar da escola para que ela se adapte ao aluno e não o contrário. Incluir pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares implica uma grande reforma no sistema educacional. Isso significa flexibilidade ou adequação do currículo com modificações de métodos de ensino, metodologia e avaliação. O desafio é tornar a inclusão uma realidade sem perder de vista que, além das oportunidades, precisa garantir o desenvolvimento da aprendizagem como também o desenvolvimento integral da pessoa com necessidades educacionais especiais. Atualmente, estão surgindo iniciativas em todo o mundo para integrar pessoas com necessidades educacionais especiais, resultando na declaração da Salamanca, que baseia no princípio da integração e no reconhecimento da necessidade de trabalhar por uma escola para todos, ou seja, entender as diferenças e promover o aprendizado compreendendo as necessidades de cada um.
 A Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994) proclama que: 
· Toda criança tem direito fundamental à educação,e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
· Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagens únicas;
· Os sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades
· aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,capaz de satisfazer a tais necessidades,
-escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
 Na interpretação de Mantoan (2004), a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento que tem sido muito polemizado por diferentes segmentos, mas essa inserção nada mais é do que garantir o direito constitucional que todos independentes de suas necessidades, têm a uma educação de qualidade e que a inclusão vai depender da capacidade de lidarmos com a diversidade e as diferenças.
 Para que o processo de inclusão possa ser eficaz na vida escolar do aluno que apresenta necessidades educacionais especiais, os professores devem repensar em suas práticas pedagógicas para atender da melhor forma o aluno com deficiência no ambiente escolar, pensando em alternativas que possam garantir que os alunos com deficiência tenham um ensino de qualidade. Portanto, cabe aos cursos de formação oferecer aos docentes informações e conhecimentos que sirvam como reflexão para melhorar a capacidade de lidar com esses alunos e suas diversas necessidades. O conhecimento do professor é fator fundamental para que ele possa se adaptar ao meio educacional a qual a criança com deficiência está inserida, dando a devida importância para o que poderá de fato contribuir para sua vida escolar (SILVA; ARRUDA, 2014).
 A escola na perspectiva da educação inclusiva deve oferecer uma educação de qualidade sem excluir nenhum aluno, ao mesmo tempo em que deve levar em conta a diversidade existente, valorizar a inteligência de cada aluno, buscar entender quais são as habilidades e determinar seu estilo de aprendizagem para garantir o sucesso dos alunos nas atividades escolares, não importando quais necessidades especiais esses alunos possui.
2 DESENVOLVIMENTO
 Antigamente, a educação para pessoas que apresentavam alguma necessidade especial muitas vezes eram escondida pela família e iam contra os padrões aceitos pelas escolas e pela sociedade, porque eles eram vistos como pessoas incapazes de realizar qualquer atividade por conta própria e de exercerem sua cidadania. O atendimento educacional quando realizado, os alunos eram isolados dos demais, em instituições de ensino ou mesmo em escolas regulares como conhecidas classes especiais.
 Ao longo dos anos, os avanços trouxeram a essas pessoas benefícios para sua inclusão nas instituições de ensino e no ensino regular. Com o objetivo de mudar a realidade e o conceito da exclusão da educação no Brasil, o Ministério da Educação e a Secretária de Educação Especial elaboraram a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, que propõe orientar os direitos das pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas, famílias e comunidades. A proposta vem acompanhada das lutas sociais e dos avanços do conhecimento,visando estabelecer políticas públicas que promovam uma educação de qualidades para todos. A partir desse documento, podemos observar a evolução da implantação de novas prática de educação especial baseada nos direitos humanos e na cidadania ao longo dos anos, incluindo princípios morais, políticos e filosóficos.
 É importante destacar que a escola também é afetada pela sociedade em que está inserida. Como instituição social responsável pela construção do conhecimento e da cidadania, necessita de outro apoio e de outros setores da sociedade para concretizar a implantação da inclusão nas escolas.
As mudanças no pensar, no sentir, e fazer educação para todos não ocorrem num estalar dos dedos, nem dependem da vontade de alguns, apenas. Por mais paradoxal que possa parecer, as transformações que todos almejamos levando nossas escolas a oferecerem respostas educativas de qualidade – ao mesmo tempo comuns e diversificadas, não dependem, apenas, das políticas educacionais. Estas devem estar articuladas com as demais políticas públicas, particularmente com as responsáveis pela distribuição de recursos financeiros, por programas de saúde, nutrição, bem estar familiar, trabalho e emprego, ciência e
tecnologia, transportes, desporto e lazer, para mencionar algumas. (CARVALHO, 2004, p.77)
 A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da criança e adolescentes descrito na Política de Educação Especial têm como objetivo promover o bem-estar de todas as pessoas sem preconceito, determinando a educação como um direito de todos. Hoje o papel do setor educacional precisa promover e fornecer opções alternativas para que as pessoas que estejam excluídas total ou parcialmente do sistema de ensino possam ter oportunidades de reintegrarem por meio da participação e da luta pelo resgate da cidadania e pelo direitos sociais, traçando ações harmoniosas como fazer de tudo para que a educação alcance todos os alunos em um ambiente formal e não isolado.
Educação inclusiva é o conjunto de princípios e procedimentos implementados pelos sistemas de ensino para adequar a realidade das escolas à realidade do alunado que, por sua vez, deve representar toda a diversidade humana. Nenhum tipo de aluno poderá ser rejeitado pelas escolas. As escolas passam a ser chamadas inclusivas no momento em que decidem aprender com os alunos o que deve ser eliminado, modificado, substituído ou acrescentado nas seis áreas de acessibilidade, a fim de que cada aluno possa aprender pelo seu estilo de aprendizagem e com o uso de todas as suas múltiplas inteligências (SASSAKI, 2003, p.15)
 A educação inclusiva pode ser entendida como um conceito de educação contemporânea que visa garantir o direito à educação para todos. Ela assume que todos têm as mesmas oportunidades, a partir da valorização das diferenças humanas, considerando a diversidade cultural, social, étnica, gênero, física, intelectual e sensorial do ser humano, garantindo a acessibilidade, participação e aprendizagem para todos.
 No Brasil, a educação Inclusiva tem avançado ao longo da década de 1990, que se resultou na aprovação da legislação voltada para a inclusão. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, tendo como principal objetivo para alunos com necessidades especiais. Ambas atraem atenção basicamente e estão de acordo com os princípios da Constituição Brasileira de
1988 sobre documentos internacionais como a Educação para Todos de Jomtien 1990, na Tailândia; e a Declaração de Salamanca, na Espanha, em 1994 como princípios políticas e práticas na área de necessidades educacionais especiais.
 A principal idéia é que a escola seja baseada na convivência, justiça liberdade, tolerância, respeito, democracia entre outros. Nesse sentido, os princípios norteadores da Declaração de Salamanca produzida são:
“(...) todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagens ou marginalizados... No contexto destas linhas de ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto, necessidades educativas especiais em algum momento de sua escolarização. As escolas têm que encontrar a maneira de educar com êxito todas as crianças, inclusive que têm deficiências graves.”
 É importante enfatizar que a educação inclusiva, apesar de envolver principalmente criança, diz respeito não só a elas, mas a todos jovens e adultos analfabetos ou analfabetos funcionais que precisam de oportunidades de voltar para escola. Portanto essas pessoas também requerem atenção especial, porque a maioria já estão inseridas no mercado de trabalho enquanto muito nem frequentaram a escola.
 Atualmente as escolas precisam começar a ter uma visão crítica e diversificada sobre a inclusão, porque essa é uma realidade que está cada dia mais constante e deve ser percebida não através do trabalho realizado de qualquer maneira, mas principalmente, pensando no sucesso do aluno. Como toda pessoa, a criança é um sujeito social e histórico que faz parte de uma organização familiar com uma certa herança cultural que está inserida a uma sociedade.
 O maior desafio no contexto da educação tem sido a inclusão dos alunos com necessidades especiais, o qual se argumenta constantemente o desenvolvimento de um método de ensino voltada para a criança com a função de lhes proporcionar uma educação não discriminatória e respeitando suas diferenças. É importante ressaltar que os alunos que têm dificuldades de aprendizagem ou que possui alguma determinada incapacidade, não são necessariamente deficientes, mas são considerados especiais por apresentarem certos tipos de dificuldades e exigirem respostas específicas adequadas.
Tradicionalmente, a educação especial tem sido concebida apenas ao atendimento de alunos que apresentam deficiências (mental, visual, auditiva, físico-motoras e múltiplas); condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, bem como de alunos que apresentam altas habilidades/superdotação. Hoje, com adoção do conceito de necessidades educacionais especiais, afirma-se o compromisso com uma nova abordagem, que tem como horizonte a inclusão. Dentro dessa visão, a ação da educação especial amplia-se, passando a abranger não apenas as dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções. Limitações e deficiências, mas também aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica, considerando que, por dificuldades cognitivas, psicomotoras e de comportamento, alunos são frequentemente negligenciados ou mesmo excluídos dos apoios escolares. O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de necessidades educaionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades especificas de aprendizagem, como a dislexia e disfunções correlatas; Problemas de atenção, perceptivos, emocionais, de memória cognitivos, psicolingüísticos, psicomotores, de comportamento; e ainda fatores ecológicos e socioeconômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional. ((BRASIL, 2001, p. 43-44).
 As escolas devem receber esses alunos de diferentes e saber que devem apoiar essas ações. No entanto cabe a própria escola fazer o acolhimento desses alunos portadores de deficiências quando eles chegam pela primeira vez na escola, pois precisam encontrar um ambiente que os acolha com todos os subsídios necessários à sua comodidade, desenvolvimento e aprendizagem. 
 Portanto a políticade inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no sistema regular do ensino não inclui apenas a estabilidade física desses alunos com os demais alunos, mas representa também a ousadia de rever conceitos e paradigmas, bem como desenvolver o potencial desses indivíduos no que diz respeito às suas diferenças e atendendo às suas necessidades.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não se restringe aos esforços da escola, inclui também a construção de redes de colaboração com a família e a sociedade fortalecendo o combate á intolerância ás barreiras atitudinais, bem como a compreensão da diversidade no desenvolvimento infantil. (ARRUDA; ALMEIDA, 2004,p.16)
 Para que esse processo realmente aconteça, além do amparo das políticas públicas, é imprescindível que os profissionais envolvidos nessas práticas educativas acreditem que é possível modificar uma cultura de exclusão que foi inundada ao longo do tempo, buscando eliminar as barreiras que impedem a escola de se abrir incondicionalmente às diferenças, valorizando-os entre os alunos, lutando por uma escola que não discrimina, não rejeita nenhum aluno, e que se esforça em todas as suas atitudes por uma educação verdadeiramente para todos.
O processo inclusivo pode significar uma verdadeira revolução educacional e envolve o descortinar de uma escola eficiente, diferente, aberta, comunitária, solidária e democrática onde a multiplicidade leva-nos a ultrapassar o limite da integração e alcançar a inclusão. (CARDOSO, 2006. p.24).
 Existem grandes diversidades e muitas diferenças as quais precisam ser resolvidas através de procedimentos, técnicas e metodologias de forma geral, mas que também requer uma atenção específica e individualizada. Para garantir o sucesso na aprendizagem e o desenvolvimento integral dos alunos com necessidades educacionais especiais e alcançar a inclusão é necessário que as escolas se organizem para que além de assegurar essas matrículas,
também garantam a permanência de todos os alunos sem descuidar da finalidade e da qualidade do ensino. Portanto o professor também tem o papel fundamental para a concretização de uma proposta de educação realmente inclusiva. Seja planejando seu trabalho ou atuando em sala de aula, e que suas ações são determinadas por sua visão de mundo, de sua compreensão da sociedade, da educação, de si mesmo como cidadão e de seu compromisso com seus alunos e do relacionamento com ele.
 Por isso a formação do professor precisa ser enfatizada numa prática voltada para a especialidade de cada aluno, devendo propor ferramentas flexíveis do currículo para que possa disponibilizar a esse aluno opções para criar seu conhecimento de acordo com suas habilidades. Portanto, a perspectiva de trabalho a respeito do novo olhar da inclusão, inclui um planejamento pedagógico que apoia a atender a todos da mesma forma, fazendo a intervenção individual e se necessário adaptar material de acordo com a situação real do aluno , dentro dos objetivos propostos pelas Diretrizes Curriculares. Assim, no decorrer da aprendizagem, o professor devem ter métodos e ferramentas necessárias que estimulem a aprendizagem dos alunos e promovam a aquisição do conhecimento de forma mais agradável. Seus métodos de avaliação precisam ser flexível, contribuindo para a construção de uma escola de qualidades para todos, ajudando a melhorar o sistema escolar e o acesso a educação de pessoas com necessidades educacionais especiais.
 Esse novo formato de educação estabelece aos professores o desafio de aumentar seus conhecimentos , que visem melhorar a qualidade de vida, desencadeando novas atitudes para que possa cumprir de forma responsável e satisfatória seu papel de agente transformador da educação.
Educar significa instituir a integração dos educandos como agentes em seu lugar designado num conjunto social, do qual nem eles, nem seus educadores, têm o controle. Significa assegurar ao mesmo tempo a promoção desses mesmos educandos e, portanto, de seus educadores, em atores de sua própria história individual e da história coletiva em curso (NÓVOA, 1997, p.109).
 Para ensinar os alunos com deficiência ou com dificuldades de aprendizagem, requer conhecimento por parte do professor. Para isso, ele
precisa conhecer a realidade do aluno e estar em contato constante com a família para desenvolver o planejamento do aluno de acordo com suas necessidades, partindo do princípio que todas as pessoas são diferentes uma das outras e que podem viver em harmonia com essa diversidade, levando em conta essas particularidades, cada aluno receberia um atendimento diferenciado sem que isso provocasse um processo de marginalização. Este tipo de convivência não deve ser interpretado como uma concessão de um grupo aos demais, mas deve ser entendido como um direito de todos reconhecido pela sociedade, sem nenhum preconceito.
A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender às dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e com um meio de assegurar que os alunos que apresentam alguma deficiência,tenham os mesmos direitos que os outros,ou seja, os mesmos direitos dos seus colegas escolarizados em uma escola regular. (Manntoan, 2003, p. 97)
 A inclusão educacional requer que os professores percebam que as dificuldades escolares encontradas não devem ser baseadas nos alunos como culpados, mas devem considerar as limitações nas escolas e nos sistemas de ensino. O desafio implica em uma visão nova das necessidades educacionais especiais das escolas, professores e todos os funcionários que ali trabalham. É necessário que tenha um preparo dos profissionais que irão transmitir seus conhecimentos durante o processo de aprendizagem para aquisição dos saberes e competências, devendo assumir o compromisso com a diversidade.
 O professor deve pesquisar e atualizar as necessidades de aprendizagem de seus alunos para que possa planejar o currículo e desenvolver uma prática pedagógica verdadeiramente inclusivas, a fim de atender a todos, valorizando o trabalho diversificado como recurso e não como obstáculo. Para que haja um trabalho com inclusão é necessário que sejam ofertados meios de qualificações adequados, para que as ações sejam desenvolvidas com qualidade e que haja sucesso no trabalho e que os resultados sejam satisfatórios. Para isso, o professor precisa olhar para a realidade do contexto educacional em que está inserido, de forma que seu planejamento leve em consideração as limitações e habilidades dos alunos. É necessário que o professor compreenda e conheça 
seus alunos para que possa proporcionar uma aprendizagem significativa, com o objetivo de formar cidadão crítico, autônomo e participativo.
3 CONCLUSÃO
 A educação inclusiva de crianças com necessidades educacionais especiais ainda requer um olhar cuidadoso sobre sua prática e a formação de professores devendo buscar novos conhecimentos, para que tenha possibilidade de relacionar teorias e práticas, buscar novos caminhos e novas metodologias de ensino, propondo ao aluno possibilidades de novos conhecimentos para que se torne cada vez mais adequada ao processo de ensino e aprendizagem.
 A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais não significa apenas matricular-se em escolas regulares, mas prepará-los para enfrentar as situações do cotidiano, precisa que haja uma transformação no sistema de ensino que vem beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações.
 Cabe à escola uma postura pedagógica fundada no respeito às diferenças sociais, culturais econômicas e pessoais e exigindo respostas educacionais através de currículos flexíveis adaptados e emprego de recursos didáticos tecnológicos que favorecem e potencializam o aprender e, professores bem capacitados para ser mediador do processo de ensino-aprendizagem.
 Incluir não estáem a apenas em aceitar, está muito além disso, incluir é promover várias possibilidades a participação e a igualdade de deveres e direitos de todos, diminuindo diferenças e contribuindo para eliminação de preconceitos para que o aluno tenha sucesso no processo de aprendizagem e a conviver em sociedade, tendo uma participação mais afetiva no dia a dia escolar.
4 REFERÊNCIAS
ARRUDA, Marco Antônio; ALMEIDA Mauro de. Cartilha da inclusão escolar: Inclusão Baseada em Evidências Científicas. Rio Preto: ABDA, 2014.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Decreto-Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica - Parecer 17/2001. Brasília, aprovado em 03/07/2001.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
CARDOSO, M. Aspectos Históricos da Educação Especial: da exclusão à Inclusão – Uma Longa Caminhada. In: STOBÄUS, C.D.; MOSQUERA, J. J. M. (org.). Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. Porto Alegre: Edipucrs, 2006. p.15-26.
CARVALHO, R. E. Inclusão, Educação para Todos e Remoção de Barreiras para a Aprendizagem. Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, v.30, n.155, p.36-44, out./dez., 2001.
CORREIA, L. M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto: Porto Editora, 1997.
MIRALHA, J. O. A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental na perspectiva da educação de qualidade para todos. 2008. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente.
MANTOAN, Maria Tereza Egler. (Org.). 1997. A integração de pessoas com deficiência. São Paulo: Memnon. SENAC.
NÓVOA, A. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal: Dom Quixote, 1997.
Organização das Nações Unidas. UNESCO. (1994). Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: CORDE.
RORIZ, Ticiana Melo de Sá. Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas. USP, v.16, São Paulo, 2005.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 5.ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003.
SILVA, A. P. M.; ARRUDA, A. L. M. M. O papel do professor diante da inclusão escolar. Revista Eletrônica Saberes da Educação, v. 5, n. 1, n. p., 2014.
SILVA, E. G. O perfil docente para a educação inclusiva : uma análise das atitudes, habilidades sociais e o perfil escolar inclusivo. 2008. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília.
UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, Política e prática em Educação Especial. Salamanca. Espanha. 07 a 10 de junho de 1994. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por. pdf>. Acesso em: 02 setembro 2020.

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