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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DISCIPLINA: ANÁLISE MICROECONÔMICA PROF. FRANCISCO Jéssica Dantas de Andrade RESUMO TÉCNICO- CIENTÍFICO DAS UNIDADES V e VI- 2ª AVALIAÇÃO Fortaleza- CE 2020 http://www.si3.ufc.br/site/i.frota CAPÍTULO 5- CUSTOS DE PRODUÇÃO A teoria dos custos de produção é essencial para compreendermos as relações entre produção e custos dos fatores de produção, dado a tecnologia existente na organização e seus processos, aspectos já abordados nos capítulos anteriores. Tanto a produção quanto os custos nos ajudarão a entender a formação de preços de produtos e serviços. Em suma, podemos afirmar que a teoria da produção, analisa a relação tecnológica entre os outputs (saída de produtos) e os inputs (entrada de fatores de produção). Recapitulando o que já fora abordado no resumo anterior: tratando-se de produção, faz-se necessário enfatizar os conceitos iniciais, a saber: 1. Fatores de produção: corresponde ao conjunto de recursos escassos e passíveis de uso alternativo, empregados na produção de um bem ou serviço. São eles: RN, RH, K, Tl. 2. Empresa: sob o conceito econômico, diz respeito a uma organização econômica- financeira responsável por gerir o uso dos fatores de produção, dada a tecnologia, objetivando produzir outputs com eficiência e eficácia (influenciarão os lucros da empresa). 3. Produção: corresponde ao processo de transformação, realizado pela empresa, dos fatores de produção e das matérias-primas em bens e serviços, a partir da tecnologia existente na organização. O processo produtivo será simples quando for gerado apenas um output (produto/ serviço). Caso contrário, teremos um processo de produção múltiplo. A eficiência da empresa determinará o processo ideal. No tocante a eficiência, iremos dividi-la em: eficiência tecnológica e eficiência econômica, onde ambas se inter relacionam afetando o lucro empresarial . A eficiência tecnológica indica produtividade e depende primordialmente da qualificação da mão de obra; pode ser analisada como: (I) a empresa A é mais eficiente tecnologicamente que B se produzir maiores quantidades dos seus produtos com a mesma quantidade dos fatores de produção consumidos por B, ou, (II) se A produzir as mesmas quantidades de produtos do que B só que utilizando menores quantias de fatores de produção. Exige alta qualificação da mão de obra. Já a eficiência econômica indica otimização dos custos, note: a empresa A é tecnologicamente mais eficiente que B se (I) produzir maiores quantidades de seus produtos com os mesmos custos de produção de B, ou (II) produzir as mesmas quantias de seus produtos com menores custos de produção de B. Toda empresa tem seu funcionamento ou elaboração pautados em prazos: seja curto e longo prazo: Uma vez que minha empresa já está funcionando (curto prazo), sua situação é “ex-post”, ou seja, seu funcionamento já se concretizou. Tanto incorpora fatores de produção fixos - componentes de sua estrutura e processos e outras variáveis. E a longo prazo, nós apenas supomos que a empresa esteja funcionando, por se tratar de uma situação "ex ante", tudo está apenas em planejamento, sem concretização, por isso, todos os fatores de produção são variáveis. Existe ainda a classificação microeconômica dos fatores de produção, o primeiro passo que devemos nos atentar ao examinar a produção da empresa. Em concordância com que o fora dito a respeito do curto prazo da empresa, analisaremos os fatores de produção fixos e os variáveis: I. Fatores de produção fixos: são recursos que não possuem suas quantidades alteradas a curto prazo em relação aos níveis produtivos da empresa e delimitam a capacidade máxima de produção da empresa. Ex: mão de obra qualificada. II. Fatores de produção variáveis: são recursos que se alteram quando há variação no volume da produção, possibilitando a adequação da oferta frente à demanda do mercado. Ex: mais insumos dado o aumento da produção. O gestor da empresa necessita compreender, ainda, a relação entre quantidade física máxima do produto "y" possível à empresa de produzir e as quantidades físicas dos fatores de produção utilizadas em determinado período de tempo, mediante sua tecnologia. Nomeamos essa relação como sendo a função de produção de uma empresa para produzir um produto “Y”, capaz de interferir os custos e receitas da empresa. O objetivo da empresa é utilizar os recursos da forma mais eficiente possível, a depender de sua tecnologia, menos recursos, maiores produtos produzidos. Podemos expressá-la por: Yt= F(Nt; Kt, Tr), suponhamos que nosso produto Y seja arroz onde: ❖ Yt: quantidade produzida de arroz/ ano; ❖ Nt: mão de obra utilizada; ❖ Kt: quantidade utilizada de tratores; ❖ Tr: quantidade de terra utilizada; Se a empresa já estiver operando, o número de máquinas (Kt) e a quantidade de terra (Tt) são fatores fixos. O fator que será variável na produção do bem Yt será a mão de obra (Nt) , caracterizando assim a empresa em curto prazo : Yt= F (Nt) >> Kt e TRt . A fim de compreendermos melhor, o que fora explicado por função de produção, abordarei a explicação informatizada, disposta pelo professor Ivan. De acordo o conceito de função de produção, consideremos as seguintes hipóteses (H): temos uma (H1) empresa agrícola produtora de arroz em toneladas por ano; onde (H1) na produção de arroz (Y) utiliza mão de obra (Nt) e terra (Tt) igual a 20 hectares; (H3) dada a tecnologia na produção de arroz; Para organizarmos, sob forma de gráfico a função de produção, nos ateremos ao conceito de escala de produção: em forma de tabela, demonstra a relação entre a quantidade física de Yt produzida, em dado tempo, e a quantidade de mão de obra (Nt), mantendo o fator terra fixo, frente a tecnologia. Note: ❖ Produto total (Yt)- corresponde a um ponto da função de produção como sendo a quantidade do produto Yt produzida a partir do consumo quantitativo do fator variável (Nt), tendo como fator fixo a terra. Difere-se portanto, da função de produção. ❖ Produtividade média do fator variável (Nt) - é o resultado do quociente entre a quantidade total produzida (Yt) pela quantidade utilizada do fator variável (Nt) PMeNt= Yt/ Nt. ❖ Produtividade marginal incremental do fator de produção variável (PMgNt) - é a relação entre as variações na quantidade produzida do produto Y (ΔY) e as variações nas quantidades do fator variável (ΔNt), num determinado período de tempo T, podendo ser tida por dados discretos (Δyt/ ΔNt) ou contínuos (dyt/ d Nt), que expressa a contribuição marginal incremental individual de cada trabalhador na produção total da empresa, ou seja, quanto cada trabalhador incrementa a produção. Outro conceito crucial para construção do nosso entendimento econômico quanto gestor diz respeito à lei dos rendimentos marginais decrescentes que comporta-se da seguinte forma: dado que eu tenha fator variável e fator fixo, supondo ainda quesou uma produtora agrícola que cultiva arroz, a medida que eu aumento a quantidade do fator variável (mão de obra) na produção do meu arroz, e o fator fixo (terra) permanecerá fixo por definição, minha produção passará por três estágios: a priore a produtividade marginal da mão de obra será crescente pelo aumento de trabalhadores, posteriormente consumindo certa quantia do fator produtivo variável continuará crescendo só que a taxas decrescentes (a partir da 4ª unidade incrementada a mão de obra) e atingirá seu ponto máximo e por fim, irá decrescer até chegar ao estágio nulo/ negativo, porque ainda que minha mão de obra tenha aumentado o espaço disponível continuou fixo afetando, assim, a produtividade da mão de obra. Note na tabela anterior: Não é que o 4º homem seja ineficiente, e sim que a partir da inclusão do 4º homem a produtividade reduzirá. Ao empregar 8 homens na produção em 10 hectares, a empresa maximiza a produção de seu produto Y, pois a PMG nesse ponto será 0. O valores assumidos da mão de obra a partir disso apresentam PMG negativa. Portanto, simulando o pensamento de um gestor de empresa, ficará claro que não fará sentido incrementar mais mão de obra até certo ponto pois não é aceitável PMGNt negativo. O gestor não permitirá chegar nessa situação, logo, ele comprará mais terra por exemplo, agora restando apenas fatores variáveis, com a empresa em funcionamento, passando por uma etapa de reestruturação então veremos agora sob a ótica do longo prazo (situação ex-ante), dado que agora todos os seus fatores serão variáveis. Quando todos os fatores de uma empresa são variáveis, significa dizer que ela está sendo planejada. Na situação anterior, a terra passou de fixa (10 hectares) para variável quando aumentei o espaço de terra (15 hectares). Portanto, se há o aumento de terra ou até mesmo implantação da tecnologia mais avançada, a produção será mais eficiente, pois melhora a produtividade da mão de obra, deslocando a curva de produção para cima, similar ao que já vimos quanto a curva de oferta. Logo, tal deslocamento provocará maior produção de Yt. Em situação ex-ante, a capacidade máxima de produção ou o "tamanho da empresa" também é fator variável, originando os conceitos de economia e deseconomias de escala. As economias de escala representam o resultado da quantidade produzida mediante a variação da quantidade utilizada de todos os fatores de produção, implicando em indicadores do tamanho da empresa. Podem ser expressos da seguinte forma: I. Retornos crescentes de escala: é quando a variação na quantidade do produto Yt responde mais que proporcionalmente à variação da quantidade consumida dos fatores de produção. “aumento de 10% fatores de produção acarretar 20 % na quantia produzida” II. Retornos constantes de escala: ocorre quando a variação na quantidade do produto YT é proporcional à variação nas quantidades consumidas dos fatores de produção. “aumento de 10% fatores de produção acarretar 10 % na quantia produzida” III. Retornos decrescentes de escala: neste, a variação na quantidade produzida do produto Yt é menos que proporcional à variação nas quantidades consumidas dos fatores de produção “aumento de 10% fatores de produção acarretar 5 % na quantia produzida” Para este última forma, também chamada de deseconomia de escala, pode apresentar tal comportamento pode ocorrer quando o mercado da empresa não acompanham a expansão do crescimento da sua produção; como também podendo ser um problema de gestão que não se adaptou ao crescimento da empresa ou os custos oriundos ao aumento da capacidade produtiva empresarial foram além da sua capacidade tornando-os custos/ difíceis de suportar. Como já mencionado, o objetivo de toda empresa é otimizar seus custos e maximizar seus lucros. Os custos de uma empresa representam todos os gastos/ dispêndio explícito (econômicos contábeis/ financeiros) e implícitos (econômicos/ custos de oportunidade/ alternativos) feitos pela empresa a fim de produzir, administrar e comercializar seus produtos. Os custos explícitos representam gastos efetivamente realizados, há o desembolso monetário para arcar com tais custos de modo a produzir, administrar e comercializar como já descrito anteriormente, pois isso, os custos explícitos são contabilizados na DRE, sendo caracterizados como saída de dinheiro da empresa, exemplo: custo com matéria-prima. Já os custos implícitos não são contabilizados na DRE contábil, mas sim na DRE econômica, pois trata-se de custo de oportunidade/ uso alternativo, não configurando-se como saída de caixa de fato, e sim como estimativas de ganho frente às alternativas disponíveis . Imagine que o prédio da sua empresa é próprio, então, será analisado o custo de oportunidade do seu empreendimento próprio frente ao que seria tido como gasto em caso do prédio ser alugado. A empresa, portanto, é composta por diversos gastos realizados para que se chegue até seu produto final e o mesmo seja de fato posto em mercado. A todos esses gastos chamamos de custos totais de uma empresa (CT). Os custos totais correspondem ao somatório dos custos fixos (indiretos) e os custos variáveis (diretos). A empresa buscará sempre a máxima eficiência ao combinar seus fatores produtivos e uso das matérias primas, de forma que os custos totais possam ser reduzidos, aumentando o lucro sobre o produto. Os custos fixos são também nomeados como indiretos pois não variam quando a produção varia. Por exemplo: o salário da mão de obra, indireta (ex: pessoal do escritório). Os custos fixos tanto podem ser contábeis, em caso dos custos econômicos serem excluídos e em caso contrário, econômicos. Diferentemente, os custos variáveis são chamados de diretos pois variam diretamente a produção quando esta varia, a curto prazo. Em tese: CT= CF+ CV, mas se nos custos fixos forem computados os custos econômicos, então: CTe= CF(cc+ce)+CV, ou, se os custos contábeis forem computados nos custos fixos: CTc= CFc+ CV. É crucial analisarmos os custos unitários, ou seja, o custo tipo por unidade produzida do produto Y. Para realizarmos esse cálculos, faremos a aplicação dos custos médios (CMe), dada por: Já quando desejamos analisar a variação dos custos totais em relação a variação na quantidade produzida desse meu produto Y, queremos saber o custo marginal (CMg) ou incremental, efetuaremos a seguinte divisão: OBS: As despesas administrativas, financeiras e comerciais são registradas a parte dos Custos dos produtos vendidos (CPV), na DRE Contábil, diferente de como é feito na DRE econômica, em que são embutidos no CPV. Sintetizando a respeito da empresa em longo ou curto prazo: quando minha empresa está operando, ela se encontra em curto prazo, situação ex post, já está concretizada, e lida com fatores fixos e fatores variáveis, pois toda empresa opera no curto prazo e planeja no longo prazo. Já quando minha empresa ainda está sendo apenas projetada, todos os seus fatores são variáveis, e portanto, todos os seus custos também serão. Portanto, se eu desejo construir uma empresa, antes de estruturá-la fisicamente e realizar os investimentosnecessários, irei projetá-la (longo prazo), feito a análise das alternativas disponíveis e seus custos, bem como, feito o investimento mais viável mediante ao custo de oportunidade ideal, quando eu implemento meu projeto de empresa, ela passa a operar (curto prazo). Tratando-se no custo médio a longo prazo (CMeLP), para compreendermos melhor sua definição e comportamento, nos atentemos ao seu gráfico: O seu formato é em “U” devido sua correlação entre CMeL (eixo Y) e a Produção Projetada (eixo X). Cada ponto do eixo X representa a variação da capacidade da empresa. No gráfico temos três segmentos da curva que nos ajudarão a entender melhor o formato do gráfico: em AB a empresa terá retornos crescentes, pois, percebe-se que quanto mais desloca-se para a direita no eixo X, menor é seu CMeLp. Já no trecho BC temos retornos constantes, ainda que varie no eixo X para a direita, os retornos são os mesmos e por fim no trecho CD a empresa terá retornos decrescentes, pois o aumento da projeção da produção está elevando também seu CMeLP, a partir do ponto C ponto, os valores representarão deseconomias de escala. E o CMeLP mínimo representa o ponto composto pelos valores que minimizarão os custos médios de longo prazo. A empresa está inserida em um contexto social, ou seja, a existência da empresa influencia a sociedade bem como a sociedade provoca externalidades à empresa, o que resulta em custos que alteram os custos, despesas e receitas para a sociedade, por conta de fatores externos. Há três tipos de externalidades: ❏ Externalidade positiva ou economias: é quando a empresa cria benefícios para outras empresas sem ser remunerada, exemplo: uma estrada nova ou reparo de uma via próxima à empresa. ❏ Externalidades negativas ou deseconomias: é quando uma empresa gera custos à outra empresa sem pagar por isso. Exemplo: a indústria que polui o rio que é fonte de renda para pescadores. ❏ Custos privados e custos sociais: O custo privado corresponde ao dispêndio arcado pelo produtor de um bem ou serviço e o custo social corresponde ao custo total de produzir um produto e suas externalidades ao estruturar um empreendimento, podendo ser positiva (em caso de benefício social) ou negativa (em caso contrário). Exemplo: a construção de um centro de distribuição, sob a ótica privada, a empresa terá custos com mão de obra, materiais e afins; mas sob a ótica social, a empresa estará gerando emprego e fortalecendo o comércio da região. Ainda sobre a ótica empresarial, vale ressaltar que às obras públicas do Brasil são exigidas o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), com o intuito de avaliar os impactos da construção à sociedade e ambiente. Como já mencionado no resumo da primeira unidade da disciplina, as organizações além de objetivarem o lucro devem assumir a responsabilidade para com o meio ambiente, ou seja, uma gestão ambiental que reduza cada vez mais os impactos ao meio socioambiental. Entender como a eficiência e a eficácia geram resultados, é possível ver através da relação entre Custo Médio (CMe) e Produtividade Média (PMeNt): CMe é calculado pelo custo total dividido pela quantidade produzida e a PMeNt é a quantidade produzida dividida pela mão de obra. Percebendo que eu tenho a quantidade produzida como elemento similar para ambos, pondo em evidência, temos: Há uma relação inversa entre produtividade e custo: se aumenta a Produtividade Média o Custo Médio aumenta, e vice-versa. De forma similar, agora analisando Custo Marginal e Produtividade Marginal: Se a produtividade marginal aumenta o custo marginal diminui e vice-versa. Sintetizando tudo o que fora dito com relação e a eficiência, custos e produtividade a respeito do impacto no lucro, temos: Como diversas vezes fora mencionado neste resumo, as empresas possuem custos que afetam suas receitas/ faturamento. Custos acabaram de ser explicados, agora faz-se necessário expor a análise das receitas/ faturamento das empresas. As receitas totais ou faturamentos totais de uma empresa equivalem na DRE (fluxo) às receitas das vendas dos bens e serviços, ou seja, da multiplicação do preço unitário de produto Y (Py) pela quantidade vendida (Yv). Não são computadas nas receitas operacionais, as receitas não operacionais, pois estas não possuem relação com receitas advindas mediante aos produtos fabricados pela mesma. Portanto, se a empresa produz e vende apenas um produto Y, sua receita total será dada por: RT/FT= Py * Yv. Porém, se a empresa produz e vende N produtos, sua receita total será dada por: RT= Σ (Py* Yv). A receita total de uma empresa corresponde a despesas de seus consumidores, dado que são eles que pagam pelos produtos e serviços. Por receita média (RMe) ou unitária entendemos como a divisão da Receita Total pela quantidade do produto Y, onde seu quociente determina a receita por unidade vendida. Quanto a variação da Receita Total dividida pela variação nas quantidades vendidas nomeados de Receita Marginal (RMg) ou Incremental, observe as fórmulas e suas aplicações: OBS: Receitas e despesas não operacionais são calculadas na DRE após a apuração do lucro/ prejuízo operacional. Dado às receitas, vendas e custos, precisamos analisar os lucros (L) de uma empresa. O lucro total (LT) corresponde a diferença entre receitas totais (RT) decorrentes das vendas do produto Y, menos os custos totais (CT), podendo ser contábil: (LTc)= RT- CTc (CF sem CE + CV), onde CE= custos econômicos; ou econômico (LTe)= RT - CTe [(CFCcc+ CE)+CV]. Já seu lucro unitário ou médio corresponde a divisão entre o lucro total e a quantidade vendida do produto: LMe= (LT/Yv) - (CT/ Yv) = RMe - CMe. O lucro marginal ou incremental (LMg) é igual a variação no lucro total dividido pela variação nas quantidades vendidas do produto Yt: Aplicando, o que acabara de ser explicado, na tabela a seguir, levando em consideração o preço igual a R$ 5 como preço de equilíbrio, em um mercado competitivo: Tudo o que já vimos até então, influenciará o break-even point ou ponto de equilíbrio que consiste no ponto de nivelamento que iguala a receita total e o custo total levando assim o lucro total ser igual a zero. Será a partir desse ponto em que a empresa objetivará gerar lucro, abaixo do ponto de nivelamento a empresa estará em estado de prejuízo. Em outras palavras, o break-even point determina a quantidade dos produtos “Yt pn” que a empresa tem que vender para igualar as suas receitas totais aos seus custos totais. Assim como há custos contábeis e custos financeiros, analisaremos o ponto de nivelamento contábil e o ponto de nivelamento econômico. A diferenciação entre os dois, dá-se pela inclusão do custos de oportunidade no ponto de nivelamento econômico que não ocorre no ponto de nivelamento contábil, por isso, o ponto de nivelamento econômico é maior do que o contábil, ou seja, a quantidade que iguala as receitas totais aos custos totais, precisará ser maior, note: Seguindo a análise do balanço de uma empresa: o balanço é composto por contas de uma empresa.Que se alocam nos dois lados os quais dividem o balanço: do lado esquerdo ou ativo, encontram-se as contas que compõem bens e direitos da empresa em ordem decrescente do grau de liquidez e do lado direito ou passivo é composto pelos recursos de terceiros em ordem decrescente de exigibilidade. ainda do lado passivo, há o patrimônio líquido que representa os recursos próprios (investimentos dos proprietários). E a DRE - Demonstração do Resultado do Exercício, demonstra o confronto das receitas, custos e despesas da empresa A primeira coisa que devemos fazer ao constituir um balanço é separar o que é variável estoque e variável fluxo. As variáveis estoque, representam e são medidas em um ponto do tempo, ex: contas do balanço são medidas em 31.12. Já as variáveis fluxo são medidas em dois pontos do tempo, exemplo: DRE, que é medido de 01.01 a 31.12. O lucro da DRE corresponde à receita do exercício. Para auxiliar melhor a análise a respeito da situação econômica financeira da empresa fazemos o uso de indicadores: A) Indicadores de liquidez - Liquidez corrente é a capacidade da empresa converter uma ativo em dinheiro imediatamente: Ativo circulante/ Passivo circulante = Bom ≥ 1,5 - Liquidez Seca indica a capacidade que a empresa possui em cumprir suas obrigações a curto prazo = (Ativo circulante - estoque a curto prazo)/ passivo circulante; - Liquidez Imediata/ instantânea: corresponde à capacidade da empresa de em curto prazo, em imediato ter liquidez para arcar com seus passivos circulantes= Disponível/ Passivos circulantes; - Capital de Giro Financeiro é dado pela dedução entre recursos disponível em caixa e a soma das despesas e contas a pagar = Ativo circulante - passivo circulante; B) Índice de mobilização do capital é dado por= ativo permanente/ patrimônio líquido C) Índices de solvência refletem a situação econômica da empresa - IS1: (Ativo circulante + RLP)/ (Passivo circulante + PELP) - IS2: ( Ativo total)/ (Passivo circulante + PELP) D) Índices de endividamento - A curto prazo= Passivo circulante/ patrimônio líquido - A longo prazo= (Passivo circulante + passivo não circulante)/ patrimônio líquido - Total= (passivo circulante + passivo não circulante)/ ativo total E) Índices de rentabilidade - Das vendas= (lucro líquido/ vendas) x 100 - Rentabilidade do PL= [lucro líquido/ (patrimônio líquido do exercício anterior - patrimônio líquido do exercício corrente)/ 2] x 100 - Rentabilidade do capital social= (lucro líquido/ capital social) x 100 A partir de tudo o que fora aplicado, seguindo a ordem das etapas necessárias, para obtermos o relatório final, através da informatização de todos os cálculos explicados, o qual precisaremos analisá-lo e checar as alternativas que antecedem as conclusões que servirão de ponto de partida para as decisões a serem tomadas. Posteriormente , haverá a implementação/ execução, o acompanhamento/ controle e obteremos os resultados. QUESTÕES 1. Defina produto, insumos e função de produção. O produto consiste em um output que a partir de um insumo consumido em um processo de transformação até que houvesse a saída deste produto que poderá ser um bem ou serviço, com o objetivo de saciar as necessidades variadas e ilimitadas humanas. Os insumos portanto dizem respeito a todo elemento diretamente utilizado no processo de produção. A função de produção mostra a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção em determinado período de tempo, dada por: q= f (N,K), onde: q - quantidade, N- mão de obra e K- capital. 2. Explique o significado da lei dos rendimentos decrescentes. A lei dos rendimentos marginais decrescentes corresponde ao premissa que comporta-se da seguinte forma: dado que eu tenha fator variável e fator fixo, a medida que eu aumento a quantidade do fator variável na produção do produto Y, e o fator fixo permanecerá fixo por definição, minha produção passará por três estágios: a priore a produtividade marginal da mão de obra será crescente pelo aumento do meu fator variável, posteriormente consumindo certa quantia do fator produtivo variável continuará crescendo só que a taxas decrescentes e atingirá seu ponto máximo e por fim, irá decrescer até chegar ao estágio nulo/ negativo, porque ainda o fator variável tenha aumentado o fator fixo continuou fixo afetando, assim, a produtividade do fator variável. 3. Defina produto total, produto marginal e produto médio. Mostre as principais relações entre esses conceitos. O Produto total (Yt) corresponde a um ponto da função de produção como sendo a quantidade do produto Yt produzida a partir do consumo quantitativo do fator variável (Nt), tendo como fator fixo a terra. A Produtividade média do fator variável (Nt) é o resultado do quociente entre a quantidade total produzida (Yt) pela quantidade utilizada do fator variável (Nt) PMeNt= Yt/ Nt. A Produtividade marginal incremental do fator de produção variável (PMgNt) - é a relação entre as variações na quantidade produzida do produto Y (delta Y) e as variações nas quantidades do fator variável (delta Nt), num determinado período de tempo T, podendo ser tida por dados discretos (Δ yt/ Δ Nt) ou contínuos (d yt/ d Nt). A PMgN expressa a contribuição marginal incremental individual de cada trabalhador na produção total da empresa. Como esses conceitos se relacionam, observe através dos gráficos: 4. Explique por que a maximização dos lucros ocorre no ponto em que a receita marginal se iguala ao custo marginal. Isso ocorre porque uma vez que a receita da empresa for maior do que seu custo (RM>CMg), ela conseguirá maximizar seus lucros. Caso contrário, a empresa estará em prejuízo (RM<CMg). , e ao invés de aumentar sua produção, optará por diminuí-la pois percebe que a cada unidade produzida seu custo marginal aumenta, fazendo com que seus lucros marginais cheguem a zerar. Por isso, primeiro objetiva-se encontrar o ponto que equilibra a receita marginal aos custos e a partir disso começar a lucrar, abaixo disso a empresa está em risco. 5. Mostre as diferenças entre a visão econômica e a contábil-financeira dos custos de produção. A visão econômica é mais ampla, global, visando o mercado. Já a visão contábil- financeira é específica, centrada em uma empresa e seus gastos. As principais diferenças estão nos seguintes conceitos: 1) Custos de Oportunidade e custos contábeis: a avaliação contábil financeira consiste nos custos contábeis, desembolsos e entradas monetárias de caixa, a análise econômica se firma nos custos de oportunidade, os custos implícitos, correspondente a estimativa da oportunidade de ganho dentre as oportunidades existentes; 2) Externalidades: a análise econômica se preocupa as externalidades: custos e benefícios para a sociedade que são advindos da empresa sem compensação monetária e 3) Custos versus despesas: Diferentemente da visão contábil-financeira, a teoria microeconômica não faz diferenciação entre custos e despesas (gastos associados ao exercício social e alocados para o resultado geral do período, como despesas financeiras, comerciais e administrativas).6. Explique as diferenças entre os conceitos de lucro contábil, lucro normal e lucro econômico. O lucro contábil é a diferença entre a receita e os custos efetivamente incorridos (custos contábeis, explícitos); já o lucro normal é o custo de oportunidade do capital; e por fim, o lucro econômico (ou lucro extraordinário) é a diferença entre a receita e o total dos custos contábeis e custos de oportunidade. 7. Conceitue break-even point e diga qual conceito de lucro é levado em consideração. O break-even point ou ponto de equilíbrio que consiste no ponto de nivelamento que iguala a receita total e o custo total levando assim o lucro total ser igual a zero, ou seja, determina a quantidade dos produtos “Yt pn” que a empresa tem que vender para igualar as suas receitas totais aos seus custos totais. Como há custos contábeis e custos financeiros, analisamos o ponto de nivelamento contábil e o ponto de nivelamento econômico. A diferenciação entre os dois, dá-se pela inclusão do custos de oportunidade no ponto de nivelamento econômico que não ocorre no ponto de nivelamento contábil, por isso, o ponto de nivelamento econômico é maior do que o contábil, ou seja, a quantidade que iguala as receitas totais aos custos totais, precisará ser maior. Capítulo 6 - Estruturas de mercado Dito tudo o que fora estudado e resumido até então, faz-se necessário explicar que é essencial ao gestor compreender em qual mercado a empresa a qual o mesmo administra atua. É de nosso conhecimento que uma vez que a demanda e oferta de mercados tem seu comportamento conhecido pelo gestor, é possível determinar o preço e a quantidade para atingir o break even point. No entanto, o preço e a quantidade, são ainda determinados por outra estrutura: as estruturas de mercado. Portanto, os tipos de mercado que temos são: competitivo, monopolista (estatal ou tecnológico), oligopólio (homogêneo ou diferenciado) e concorrência monopolista. Com o intuito de proporcionar uma visão geral e resumida de cada tipo de mercado, tratei a seguir uma planilha baseada no material proposto pelo professor Ivan, similar ao disposto no livro texto. Ela sintetiza tudo o que virá posteriormente a respeito das estruturas de mercado. Como já abordado, o objetivo das empresas é maximizar a produção, a depender de seu orçamento; e minimizar seus custos, isto referente a empresas do modelo marginalista. Visam também a produtividade expressa pela eficiência tecnológica e a econômica, estas possibilitam que os primeiros objetivos citados ocorram. Tudo isso em conjunto, com o intuito de maximizar o lucro total dentro das condições do mercado, dado por: MAX LT = RT- CT. O mercado competitivo, também conhecido como concorrência perfeita, é composto por diversas empresas que atuam no mercado ofertando o mesmo produto ou produtos substitutos entre si, denotando uma das características desse mercado: homogeneidade. Por isso, quem define seus preços é a oferta e demanda, ao invés da Tipos de mercado Competitivo Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolista Características Estatal Tecnológic o Homogêneo Diferenciado 1) Número de empresas atuando no mercado Muito grande Uma única empresa Poucas grandes empresas Grande 2) Produtos ofertados Homogêneos (iguais) Não há produtos substitutos Homogêneo: Iguais / Diferenciado Diferenciados 3) Influência sobre os preços dos produtos Nenhuma: preço fixado pelo mercado (oferta e demanda) Grande poder sobre os preços (uma única empresa) Tendem a dominar os preços através da formação de cartéis. Pouca devido a existência de produtos substitutos próximos. 4) Barreiras para entrar/ sair do mercado Não há barreiras, logo as empresas podem entrar/ sair facilmente Dificílimo entrar no mercado; segurança/ tecnológica Difícil (cartéis/ grandes investimentos) Fácil (basta capital/ tecnologia) 5) Objetivos econômico-financei ros e de sustentabilidade Otimizar as eficiências tecnológica e econômica (produtividade x custos) na busca da maximização dos resultados (lucros x market share x capitalização) e preservação. 6) Exemplos de mercado Hortufruti, granjeiros, feiras livres Energia nuclear, refinaria de petróleo Coca-cola, petrobras Chapas de alumínio Transporte aéreo (LATAM, Gol, etc) Veículos (GM, Ford, etc), postos de combustíveis, clínicas médicas, etc empresa propriamente dita, portanto, os consumidores possuem inúmeras possibilidades as quais escolherão àquelas que melhor atender suas necessidades, à essa dinâmica intitulamos outra característica do mercado competitivo: a atomicidade, onde a empresa individual é muito pequena frente ao mercado. Vale ressaltar que, o mesmo comportamento no mercado competitivo quanto aos seus produtos, aplica-se aos fatores de produção. No mercado competitivo, a longo prazo há os lucros normais (custo de oportunidade) e não os lucros extraordinários (receita>custo). O mercado competitivo é dotado de outras características características, a saber: há mobilidade na inserção ou saída de uma empresa no mercado ou até mesmo de consumidores, tendo em vista que seu funcionamento dinâmico e global não proporciona barreira para tais movimentos. Os agentes econômicos deste modelo de mercado agem em busca da satisfação de seus objetivos, ao passo de que as empresas procuram aumentar seus lucros seus consumidores objetivam aumentar sua satisfação através dos produtos ofertados por tais empresas, um depende do outro para atingir o que esperam. Além disso, nessa conjuntura, faz-se necessário a posse do conhecimento de informações importantes sobre a empresa no mercado, exemplo: preço, faturamento e etc; um exemplo para tal característica torna evidente quando tratamos de investimentos na bolsa de valores, os investidores buscam informações como essas citadas e outras mais para ter mais conhecimento sobre cada empresa e assim escolher em qual deseja investir. Disponibilidade de informação pode favorecer a maior confiança na empresa e assim, atrair mais consumidores. Em um mercado competitivo a demanda é dada pelo somatório das curvas de demanda dos consumidores individuais, da mesma forma para a oferta, nesse caso tratando das ofertas individuais das mesmas, no mercado. Tanto a oferta quanto a demanda definirão o preço de mercado. A partir desse gráfico, podemos compreender a demanda como sendo perfeitamente elástica no preço. Pois, seu formato horizontal quanto a demanda denota o preço máximo possível ao seu produto dentro do mercado competitivo, dado que quem determina preço é o mercado através da oferta e da demanda. Por isso, a empresa nem pode estabelecer o preço do seu produto mais alto do que o mercado permite, pois perderá consumidores que encontrarão o produto desejado na concorrência, como não podem vender abaixo do que o mercado estabelece porque ferirão a característica da racionalidade, reduzindo as receitas da empresa deixando em risco minha empresa que terá todos os seu produtos comprados pois estão mais baratos comparados aos disponíveis no mercado. As receitas totais ou faturamentos da empresa ocorrem através da comercialização dos seus produtos, sendo calculada a partir doproduto da quantidade vendida e do seu preço unitário, sua curva parte da origem do gráfico dado que o preço de venda de py é estabelecido pelo mercado: RT= Ry * qyv. Já a receita média ou unitária estabelece a relação entre a receita total e a quantidade vendida, igualando-se ao próprio preço unitário de venda, sendo assim fixa, dado que py é constante: RMe= Py. Por fim, a receita marginal corresponde à receita resultante da variação da receita total quando a quantidade vendida do produto y varia: Portanto, a receita média e a receita marginal possuem a mesma curva horizontal. Como custos de uma empresa foram abordados na unidade anterior, trarei aqui apenas tais custos com suas fórmulas e comportamento no gráfico: É pertinente a todo empresário buscar atingir a produção ótima baseada na quantidade do produto Y que deve ser produzida e vendida a fim de maximizar o lucro total da empresa. Logo, percebe-se a necessidade de métodos para encontrar a quantidade ofertada do produto que otimize o lucro total "qyv olt": ● Método analítico: O preço de mercado (py) será um dado para nossos cálculos, pois é constante e determinado pelo mercado e não pela empresa, como já dito. Compreendendo que para maximizar o lucro total eu preciso relacionar receita total e custo total, realizando uma dedução do primeiro pelo segundo e que o preço de mercado é constante, teremos um máximo condicionado, onde sua derivada primeira será igual a zero, e ao passar o custo marginal para o outro lado da equação teremos que o preço de mercado é igual ao custo marginal, assim, ela realizará o primeiro passo para achar a quantidade que ela precisa produzir e vender a fim de otimizar seu lucro total, calculando a fórmula através da derivada com base na variável condicionante (Py). I) Derivada primeira igual a zero: II) Quanto a derivada segunda, esta deve ser positiva, de forma que o custo marginal seja crescente, contribuindo para encontrarmos quantidade que maximizará o lucro total. ● Método do gráfico: O método do gráfico sintetiza matematicamente de forma visual (gráfica) tudo o que já estudamos nessa disciplina. Primeiramente definimos o ponto de nivelamento, que considera a oferta e a demanda, calculamos o qual demonstrará a quantidade que a empresa deve produzir e vender, dado o preço de mercado, tendo em vista que estamos tratando do mercado competitivo, de forma a otimizar seus resultados. No eixo vertical do gráfico teremos as receitas totais, custos totais e lucros totais e no eixo horizontal teremos suas respectivas quantidades. Tomando o ponto de nivelamento como referência, relembrando também que neste as receitas totais são iguais aos custos totais dado que eu encontrei a quantidade que iguala-se ambos; tudo o que estiver abaixo desse ponto representará prejuízo para a empresa e o que estiver acima representará lucro, ou seja, quanto às receitas sobrepõem os custos. O custo fixo como já abordado, representa uma reta horizontal por ser constante e a receita total parte do ponto zero pois há a possibilidade de não ocorrer vendas, sendo assim a receita total seria zero, caso contrário, aplicaria sua forma multiplicando o que fora vendido pelo seu respectivo preço. Observe no gráfico: ● Método das escalas das receitas, custos e lucros da empresa competitiva: Esse método, sintetiza em forma de tabela o que fora exposto pelos métodos anteriores. Lembre-se, analisando a tabela encontramos pontos em que o lucro é negativo, em concordância com os gráficos anteriores, temos então que são quantidades que se encontram abaixo do ponto de nivelamento, caso contrário, quando o lucro está positivo, temos que são quantidades acima do ponto de nivelamento. Será a partir do preço de mercado que a empresa competitiva ajustará seus custos a fim de produzir e ofertar a quantidade do produto necessária para maximizar o lucro total, como já dito. Onde (Pm=RMe=RMg) = CMg, como exposto, CMg sendo crescente. Para reforçar e concretizar a relação da empresa pertencente ao mercado competitivo, analisaremos o seguinte gráfico que mostrará a relação da curva de oferta individual da empresa e o preço de mercado, onde, cada vez que o preço oscila a empresa individual oscila também sua quantidade vendida para se adequar ao preço de mercado sem comprometer suas receitas. Em suma, no mercado competitivo uma empresa individual não possui autonomia para mudar o preço dado pelo mercado, e a concorrência existente no mercado também impede que a empresa estabeleça os preços que desejar, por isso, apenas permanecem no mercado as empresas que conseguem se adequar ao preço de mercado ao mesmo tempo atingindo pontos que maximizam seu lucro total. Oposto ao mercado competitivo temos o mercado monopolista, que consiste na estrutura de mercado em que apenas uma empresa produz o bem ou serviço, ou seja não há concorrência ou sequer produtos substitutos. Consequentemente, é extremamente difícil que uma empresa concorrente se insira nesse mercado, podemos exemplificar através do monopólio estatal, onde o Estado é o órgão central que regulará a entrada de empresa neste mercado, se ele possuir uma empresa produzindo um produto ou serviço, barrará empresas concorrentes para que ele não perca seu monopólio, é o que chamamos de barreiras legais, que pode ser estatal (é o caso das usinas de energia nuclear) levando em conta a segurança nacional, ou tecnológicas (é o caso da Petrobrás) importante para o avanço científico. Dado que a empresa estatal possui uma grande estrutura com custos de produção baixos e conseguem ofertar seus produtos a preços menores (barreiras de escalas), isso é mais um empecilho para que uma empresa privada consiga competir com a estatal. Além disso, a empresa monopolista detém posse das matérias primas básicas. Ainda que as condições de mercado sejam diferentes, os objetivos da empresa monopolista são os mesmos: maximizar o lucro total mediante a quantidade de produto produzida e vendida que satisfaça tal objetivo: MAX LT= (RT = CT), sob as condições: Py= f (qt demandada de Y em um dado t). A demanda total do mercado será igual a demanda da empresa monopolista, por ser a única existente, considerada "dona do mercado". Pela lei da demanda decrescente, para vender mais a empresa monopolista precisa reduzir seu preço. Em caso de ofertar menos, o preço subirá, pela sua escassez. O faturamento da empresa, varia levando em consideração seu preço conforme a elasticidade da demanda. A receita total da empresa monopolista é dada por: RT= Py * Qy e o preço do produto (Py) é função da quantidade do produto y demandada (Py= f(qdy). Quando derivar a receita total em relação a quantidade demandada, temos a receita marginal No mercado monopolista, a elasticidade e o comportamento da receita total em relação a quantidade demandada é dado por: Já sua receita média (RMe) é o preço que efetivamente o consumidor paga pelo produto, dado que demanda da empresa é a mesma do mercado. O quociente entre variação da receita totale da quantidade vendida representa a receita marginal (RMg). Com relação aos custos, para fins didáticos de comparação, consideramos os custos das empresas competitivas (já explicados) e monopolistas, similares. Toda empresa, em qualquer estrutura de mercado buscará a maximização de seu lucro, ao alcançar seu equilíbrio microeconômico financeiro. Para encontrar a quantidade que nos permitirá tal alcance, faremos o uso dos mesmos métodos: ● Método analítico I) 1ª condição: derivada 1ª igual a zero : II) 2ª condição: RMg> 0, ou seja, quando a demanda é elástica no preço; Para a formação de preços no mercado monopolista, é utilizado um índice que incide sobre o custo marginal chamado de MarkUp, dada por: Na estrutura de mercado de oligopólio, temos o cenário em que poucas empresas possuem o controle da maior parte do mercado. Podendo ser classificado de duas formas: 1- oligopólio concentrado, consiste em um número pequeno de empresas em determinado setor, é o que é possível de ver quanto a indústria automobilística; e 2- oligopólio competitivo: onde em um dado mercado com empresas produzindo algo similar a minha empresa não me impossibilita na minha dominância em maior parcela nesse tipo de estrutura,como exemplo podemos citar a Coca Cola, que possui demais refrigerantes substitutos, porém, os mesmos não superam a força de mercado que a Coca Cola estabeleceu com seu negócio. Nessa estrutura,as empresas grandes são quem fixam preço e há barreiras, similar ao que vimos no monopólio, para que uma empresa se insira no mercado. Além disso, há produtos que são passíveis apenas de serem fabricados por empresas de grande porte, por exemplo: a extração de petróleo, pelo estrutura tecnológica que esse processo exige, não é qualquer empresa que possa fazê-la. Então, há dois tipo de oligopólio:a) homogêneo- quando meu produto é similar a outro no mercado, exemplo:cimento; e b) heterogêneo: empresas com produtos diferenciados: exemplo: a indústria de automóveis. As empresas oligopolistas ou competirão entre si ou formarão cartéis com empresas pertencentes ao seu mesmo setor, a fim de fixar preços e cotação entre si do mercado. Para esse segundo temos: ou um cartel perfeito, em que todas as empresas dessa organização atuam e recebem igualmente, ou imperfeito, em que há líderes dentre as empresas do cartel, que recebem maior cotação. Reforçando, toda empresa busca maximizar seus lucros. Em concordância a isso, analisemos o modelo de mark up como é definido por: MARKUP= Receita de vendas - Custo Diretos de Produção. O valor de markup precisa ser o suficiente para superar os custos, despesas e deduções de impostos exigidos à empresa e ser capaz ainda de gerar lucro para a empresa. Vale ressaltar que há estruturas de mercado particulares, como o monopsônio/ oligopólio, que consiste na estrutura de compra de fatores de produção de forma monopolista ou oligopolista, é o que temos por exemplo na companhia do metrô. E temos também o monopólio bilateral que consiste no confrontamento que ocorre entre a compra de um insumo frente a sua venda, ou seja, coexiste monopólio de oferta e demanda, como exemplo podemos pensar na fábrica interiorana, que muitas vezes é única na cidade. QUESTÕES 1. Caracterize o mercado concorrencial. Que regra o empresário segue para maximizar seus lucros? O mercado concorrencial/ competitivo ou concorrência perfeita se caracteriza como sendo composto por diversas empresas que atuam no mercado ofertando o mesmo produto ou produtos substitutos entre si, onde seus preços são estabelecido pelo mercado através da oferta e da demanda, onde não é possível que empresas individuais, isoladamente impactem essa dinâmica de preço. O empresário nesse modelo de mercado tem como regra produzir até conseguir igualar o preço estabelecido pelo mercado a seu custo marginal. 2. Diferencie lucro normal de lucro extraordinário. O lucro normal pode ser relacionando a taxa de rentabilidade média de mercado, é ele que mantém o empresário realizando a atividade de sua empresa. Já o lucro extraordinário é o lucro que excede ao lucro normal (receitas> custos). 3. Confronte o monopólio com o oligopólio. Mostre as características de cada estrutura de mercado e o modo como o preço é fixado em cada uma delas. O monopólio é uma estrutura de mercado onde por existir apenas uma empresa ofertando um dado produto, caracteriza a ausência de concorrência, sendo assim, a empresa fixa o valor do produto, de forma a incrementar aos seus lucros. Já no mercado oligopolista, não temos apenas um fornecedor, o que temos são as fatias do mercado da mão de poucos, sendo assim, nessa estrutura é preciso cautela na variação de preços ou na sua fixação de forma que não afete os demais fornecedores. 4. Quais as estruturas do mercado de fatores? Como elas se caracterizam? A) Competitivo: estrutura de mercado com grande número de empresas concorrentes em produtos similares ou iguais, onde cada empresa individualmente não é capaz de influenciar o preços dos produtos, pois este é estabelecido pelo mercado. Além disso, não há barreiras para que as empresas entrem ou saiam desse mercado. B) Monopólio: nessa estrutura há apenas uma empresa, não havendo concorrência, não há produtos substitutos, portanto, essa empresa possui grande poder sobre os preços dos produtos e é muito difícil que outra empresa consiga entrar nesse mercado; C) Oligopólio: há poucas empresas detendo o poder do mercado, pertencentes a grandes empresas, podendo ofertar produtos iguais ou diferenciados, como são poucas empresas, elas podem formar uma organização chamada de cartel para controlar os preços dos produtos e devido essa organização, é difícil entrar ou sair dessa estrutura; D) Concorrência monopolista: possui um grande número de empresas no mercado, onde as empresas possuem pouca influência sobre os preços dos produtos e entrar ou sair desse mercado é fácil. O objetivo de cada estrutura é o mesmo: otimizar seus lucros (através das suas eficiências) a fim de maximizar resultados, sem esquecer de preservar o meio ambiente. 5. O que vem a ser o monopólio bilateral? O monopólio bilateral que consiste no confrontamento que ocorre entre a compra de um insumo frente a sua venda, ou seja, coexiste monopólio de oferta e demanda, pois só um único ofertante e um único comprador., como exemplo podemos pensar na fábrica interiorana, que muitas vezes é única na cidade.
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