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MicroResumo_JéssicaDantasdeAndrade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
DISCIPLINA: ANÁLISE MICROECONÔMICA 
PROF. ​FRANCISCO 
 
 
 
 
Jéssica Dantas de Andrade 
 
 
 
 
 
RESUMO TÉCNICO- CIENTÍFICO DAS UNIDADES V e VI- 
2ª AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
 
Fortaleza- CE 
2020 
http://www.si3.ufc.br/site/i.frota
CAPÍTULO 5- CUSTOS DE PRODUÇÃO 
A ​teoria dos custos de produção é essencial para compreendermos as relações entre produção e custos 
dos fatores de produção, dado a tecnologia existente na organização e seus processos, aspectos já abordados nos 
capítulos anteriores. Tanto a produção quanto os custos nos ajudarão a entender a formação de preços de produtos e 
serviços. Em suma, podemos afirmar que a teoria da produção, analisa a relação tecnológica entre os outputs (saída 
de produtos) e os inputs (entrada de fatores de produção). Recapitulando o que já fora abordado no resumo anterior: 
tratando-se de produção, faz-se necessário enfatizar os ​conceitos iniciais​, a saber: 
1. Fatores de produção: corresponde ao conjunto de recursos escassos e passíveis de uso alternativo, empregados 
na produção de um bem ou serviço. São eles: RN, RH, K, Tl. 
2. Empresa: sob o conceito econômico, diz respeito a uma organização econômica- financeira responsável por 
gerir o uso dos fatores de produção, dada a tecnologia, objetivando produzir outputs com eficiência e eficácia 
(influenciarão os lucros da empresa). 
3. Produção: corresponde ao processo de transformação, realizado pela empresa, dos fatores de produção e das 
matérias-primas em bens e serviços, a partir da tecnologia existente na organização. O processo produtivo será 
simples quando for gerado apenas um output (produto/ serviço). Caso contrário, teremos um processo de 
produção múltiplo. A eficiência da empresa determinará o processo ideal. 
 
No tocante a eficiência, iremos dividi-la em: ​eficiência tecnológica e eficiência econômica​, onde ambas se 
inter relacionam afetando o lucro empresarial . A ​eficiência tecnológica indica ​produtividade e depende 
primordialmente da ​qualificação da mão de obra​; pode ser analisada como: (I) a empresa A é mais eficiente 
tecnologicamente que B se produzir maiores quantidades dos seus produtos com a mesma quantidade dos fatores de 
produção consumidos por B, ou, (II) se A produzir as mesmas quantidades de produtos do que B só que utilizando 
menores quantias de fatores de produção. Exige alta qualificação da mão de obra. Já a ​eficiência econômica indica 
otimização dos custos​, note: a empresa A é tecnologicamente mais eficiente que B se (I) produzir maiores 
quantidades de seus produtos com os mesmos custos de produção de B, ou (II) produzir as mesmas quantias de seus 
produtos com menores custos de produção de B. 
 
Toda empresa tem seu funcionamento ou elaboração pautados em prazos​: seja curto e longo prazo: 
Uma vez que minha empresa já está funcionando (​curto prazo​), sua situação é “​ex-post”​, ou seja, seu 
funcionamento já se concretizou. Tanto incorpora fatores de produção fixos - componentes de sua estrutura e 
processos e outras variáveis. E a ​longo prazo​, nós apenas supomos que a empresa esteja funcionando, por se tratar 
de uma situação ​"ex ante"​, tudo está apenas em planejamento, sem concretização, por isso, todos os fatores de 
produção são variáveis. 
Existe ainda a ​classificação microeconômica dos fatores de produção, ​o primeiro passo que devemos nos 
atentar ao ​examinar a produção da empresa​. Em concordância com que o fora dito a respeito do curto prazo da 
empresa, analisaremos os fatores de produção fixos e os variáveis: 
I. Fatores de produção fixos: ​são recursos que não possuem suas quantidades alteradas a curto prazo em relação 
aos níveis produtivos da empresa e delimitam a capacidade máxima de produção da empresa. Ex: mão de obra 
qualificada. 
II. Fatores de produção variáveis: são recursos que se alteram quando há variação no volume da produção, 
possibilitando a adequação da oferta frente à demanda do mercado. Ex: mais insumos dado o aumento da produção. 
O gestor da empresa necessita compreender, ainda, a relação entre quantidade física máxima do produto 
"y" possível à empresa de produzir e as quantidades físicas dos fatores de produção utilizadas em determinado 
período de tempo, mediante sua tecnologia. Nomeamos essa relação como sendo a ​função de produção de uma 
empresa para produzir um produto “Y”​, capaz de interferir os custos e receitas da empresa. O objetivo da 
empresa é utilizar os recursos da forma mais eficiente possível, a depender de sua tecnologia, menos recursos, 
maiores produtos produzidos. Podemos expressá-la por: ​Yt= F(Nt; Kt, Tr)​, suponhamos que nosso ​produto Y 
seja arroz​ onde: 
❖ Yt​: quantidade produzida de arroz/ ano; 
❖ Nt​: mão de obra utilizada; 
❖ Kt​: quantidade utilizada de tratores; 
❖ Tr​: quantidade de terra utilizada; 
Se a empresa já estiver operando, o número de ​máquinas (Kt) e a quantidade de ​terra (Tt) ​são fatores 
fixos​. O fator que será ​variável na produção do bem Yt será a mão de obra (Nt) ​, caracterizando assim a empresa 
em curto prazo : ​Yt= F (Nt) >> Kt e TRt ​. 
A fim de compreendermos melhor, o que fora explicado por ​função de produção, ​abordarei a explicação 
informatizada, disposta pelo professor Ivan. De acordo o conceito de função de produção, consideremos as 
seguintes hipóteses (H): temos uma (H1) empresa agrícola produtora de arroz em toneladas por ano; onde (H1) na 
produção de arroz (Y) utiliza mão de obra (Nt) e terra (Tt) igual a 20 hectares; (H3) dada a tecnologia na produção 
de arroz; 
Para organizarmos, sob forma de gráfico a função de produção, nos ateremos ao conceito de ​escala de 
produção​: em forma de tabela, demonstra a relação entre a quantidade física de Yt produzida, em dado tempo, e a 
quantidade de mão de obra (Nt), mantendo o fator terra fixo, frente a tecnologia. Note: 
 
❖ Produto total (Yt)​- corresponde a ​um ponto da função de produção como sendo a quantidade do produto Yt 
produzida a partir do consumo quantitativo do fator variável (Nt), tendo como fator fixo a terra. Difere-se 
portanto, da função de produção. 
❖ Produtividade média do fator variável (Nt) - ​é o resultado do quociente entre a quantidade total produzida 
(Yt) pela quantidade utilizada do fator variável (Nt) PMeNt= Yt/ Nt. 
❖ Produtividade marginal incremental do fator de produção variável (PMgNt) ​- é a relação entre as variações 
na quantidade produzida do produto Y (ΔY) e as variações nas quantidades do fator variável (ΔNt), num 
determinado período de tempo T, podendo ser tida por dados discretos (Δyt/ ​Δ​Nt) ou contínuos (dyt/ d Nt), que 
expressa a ​contribuição marginal incremental individual de cada trabalhador na produção total da empresa, ou 
seja, ​quanto cada trabalhador incrementa a produção​. 
Outro conceito crucial para construção do nosso entendimento econômico quanto gestor diz respeito à ​lei 
dos rendimentos marginais decrescentes ​que comporta-se da seguinte forma: dado que eu tenha fator variável e 
fator fixo, supondo ainda quesou uma produtora agrícola que cultiva arroz, a medida que eu aumento a quantidade 
do fator variável (mão de obra) na produção do meu arroz, e o fator fixo (terra) permanecerá fixo por definição, 
minha produção passará por ​três estágios: a priore a ​produtividade marginal da mão de obra será crescente pelo 
aumento de trabalhadores, posteriormente consumindo certa quantia do fator produtivo variável continuará 
crescendo só que a taxas decrescentes (a partir da 4ª unidade incrementada a mão de obra) e atingirá seu ponto 
máximo e por fim, irá ​decrescer até chegar ao estágio nulo/ negativo​, porque ainda que minha mão de obra tenha 
aumentado o espaço disponível continuou fixo afetando, assim, a produtividade da mão de obra​. 
Note na tabela anterior: Não é que o 4º homem seja ineficiente, e sim que a partir da inclusão do 4º 
homem a produtividade reduzirá. Ao empregar 8 homens na produção em 10 hectares, a empresa maximiza a 
produção de seu produto Y, pois a PMG nesse ponto será 0. O valores assumidos da mão de obra a partir disso 
apresentam PMG negativa. Portanto, simulando o pensamento de um gestor de empresa, ficará claro que não fará 
sentido incrementar mais mão de obra até certo ponto pois não é aceitável PMGNt negativo. 
O gestor não permitirá chegar nessa situação, logo, ele comprará mais terra por exemplo, agora restando 
apenas fatores variáveis, com a empresa em funcionamento, passando por uma etapa de reestruturação então 
veremos agora sob a ótica do longo prazo (situação ex-ante), dado que agora todos os seus fatores serão variáveis. 
Quando ​todos os fatores de uma empresa são ​variáveis​, significa dizer que ela está sendo ​planejada​. Na 
situação anterior, a terra passou de fixa (10 hectares) para variável quando aumentei o espaço de terra (15 hectares). 
Portanto, se há o aumento de terra ou até mesmo ​implantação da tecnologia mais avançada​, a produção será mais 
eficiente​, pois melhora a produtividade da mão de obra, ​deslocando a curva de produção para cima​, similar ao 
que já vimos quanto a curva de oferta. Logo, tal ​deslocamento provocará maior produção de Yt. 
Em situação ex-ante, a capacidade máxima de produção ou o "tamanho da empresa" também é fator 
variável, originando os conceitos de economia e deseconomias de escala. As economias de escala representam o 
resultado da quantidade produzida mediante a variação da quantidade utilizada de todos os fatores de produção, 
implicando em indicadores do tamanho da empresa. Podem ser expressos da seguinte forma: 
I. Retornos crescentes de escala: é quando a variação na quantidade do produto Yt responde mais que 
proporcionalmente à variação da quantidade consumida dos fatores de produção. 
“aumento de 10% fatores de produção acarretar 20 % na quantia produzida” 
II. Retornos constantes de escala: ocorre quando a variação na quantidade do produto YT é proporcional à 
variação nas quantidades consumidas dos fatores de produção. 
“aumento de 10% fatores de produção acarretar 10 % na quantia produzida” 
III. Retornos decrescentes de escala: neste, a variação na quantidade produzida do produto Yt é menos que 
proporcional à variação nas quantidades consumidas dos fatores de produção 
“aumento de 10% fatores de produção acarretar 5 % na quantia produzida” 
Para este última forma, também chamada de ​deseconomia de escala​, pode apresentar tal comportamento 
pode ocorrer quando o ​mercado da empresa não acompanham a expansão ​do crescimento da sua produção; 
como também podendo ser um ​problema de gestão que não se adaptou ao crescimento da empresa ou os ​custos 
oriundos ao aumento da capacidade produtiva empresarial foram além da sua capacidade tornando-os custos/ 
difíceis de suportar. 
Como já mencionado, o objetivo de toda empresa é otimizar seus custos e maximizar seus lucros. Os custos 
de uma empresa representam todos os gastos/ dispêndio explícito (econômicos contábeis/ financeiros) e implícitos 
(econômicos/ custos de oportunidade/ alternativos) feitos pela empresa a fim de produzir, administrar e 
comercializar seus produtos. 
Os ​custos explícitos representam gastos efetivamente realizados, há o desembolso monetário para arcar 
com tais custos de modo a produzir, administrar e comercializar como já descrito anteriormente, pois isso, os custos 
explícitos são ​contabilizados na DRE​, sendo caracterizados como saída de dinheiro da empresa, exemplo: custo 
com matéria-prima. Já os ​custos implícitos não são contabilizados na DRE contábil, mas sim na ​DRE econômica​, 
pois trata-se de custo de oportunidade/ uso alternativo, não configurando-se como saída de caixa de fato, e sim 
como estimativas de ganho frente às alternativas disponíveis . Imagine que o prédio da sua empresa é próprio, 
então, será analisado o custo de oportunidade do seu empreendimento próprio frente ao que seria tido como gasto 
em caso do prédio ser alugado. 
A empresa, portanto, é composta por diversos gastos realizados para que se chegue até seu produto final e o 
mesmo seja de fato posto em mercado. A todos esses gastos chamamos de ​custos totais de uma empresa (CT)​. Os 
custos totais correspondem ao ​somatório dos custos fixos (indiretos) e os custos variáveis (diretos)​. A empresa 
buscará sempre a máxima eficiência ao combinar seus fatores produtivos e uso das matérias primas, de forma que 
os custos totais possam ser reduzidos, aumentando o lucro sobre o produto. 
Os ​custos fixos são também nomeados como indiretos pois não variam quando a produção varia. Por 
exemplo: o salário da mão de obra, indireta (ex: pessoal do escritório). Os custos fixos tanto podem ser contábeis, 
em caso dos custos econômicos serem excluídos e em caso contrário, econômicos. Diferentemente, os ​custos 
variáveis​ são chamados de diretos pois variam diretamente a produção quando esta varia, a curto prazo. 
Em tese: ​CT= CF+ CV​, mas se nos custos fixos forem computados os custos econômicos, então: CTe= 
CF(cc+ce)+CV​, ou, se os custos contábeis forem computados nos custos fixos: ​CTc= CFc+ CV​. 
É crucial analisarmos os custos unitários, ou seja, o custo tipo por unidade produzida do produto Y. Para 
realizarmos esse cálculos, faremos a aplicação dos ​custos médios (CMe)​, dada por: 
 
Já quando desejamos analisar a variação dos custos totais em relação a variação na quantidade produzida 
desse meu produto Y, queremos saber o ​custo marginal (CMg) ou incremental​, efetuaremos a seguinte divisão: 
 
OBS: As despesas administrativas, financeiras e comerciais são registradas a parte dos Custos dos produtos 
vendidos (CPV), na DRE Contábil, diferente de como é feito na DRE econômica, em que são embutidos no CPV. 
 
Sintetizando a respeito da empresa em longo ou curto prazo: quando minha empresa está operando, ela se 
encontra em curto prazo, situação ex post, já está concretizada, e lida com fatores fixos e fatores variáveis, pois 
toda empresa opera no curto prazo e planeja no longo prazo. Já quando minha empresa ainda está sendo apenas 
projetada, todos os seus fatores são variáveis, e portanto, todos os seus custos também serão. 
Portanto, se eu desejo construir uma empresa, antes de estruturá-la fisicamente e realizar os investimentosnecessários, irei projetá-la (longo prazo), feito a análise das alternativas disponíveis e seus custos, bem como, feito 
o investimento mais viável mediante ao custo de oportunidade ideal, quando eu implemento meu projeto de 
empresa, ela passa a operar (curto prazo). 
Tratando-se no ​custo médio a longo prazo (CMeLP)​, para compreendermos melhor sua definição e 
comportamento, nos atentemos ao seu gráfico: 
 
O seu formato é em “U” devido sua correlação entre CMeL (eixo Y) e a Produção Projetada (eixo X). Cada 
ponto do eixo X representa a variação da capacidade da empresa. No gráfico temos três segmentos da curva que 
nos ajudarão a entender melhor o formato do gráfico: em ​AB a empresa terá retornos crescentes​, pois, percebe-se 
que quanto mais desloca-se para a direita no eixo X, menor é seu CMeLp. Já no trecho ​BC temos retornos 
constantes​, ainda que varie no eixo X para a direita, os retornos são os mesmos e por fim no trecho CD a empresa 
terá retornos decrescentes​, pois o aumento da projeção da produção está elevando também seu CMeLP, a partir do 
ponto C ponto, os valores representarão deseconomias de escala. E o CMeLP mínimo representa o ponto composto 
pelos valores que minimizarão os custos médios de longo prazo. 
A ​empresa está inserida em um contexto social​, ou seja, a existência da empresa influencia a sociedade 
bem como a sociedade provoca externalidades à empresa, o que resulta em custos que alteram os custos, despesas e 
receitas para a sociedade, por conta de fatores externos. Há três tipos de externalidades: 
❏ Externalidade positiva ou economias: é quando a empresa cria benefícios para outras empresas sem ser 
remunerada, exemplo: uma estrada nova ou reparo de uma via próxima à empresa. 
❏ Externalidades negativas ou deseconomias: é quando uma empresa gera custos à outra empresa sem pagar por 
isso. Exemplo: a indústria que polui o rio que é fonte de renda para pescadores. 
❏ Custos privados e custos sociais: O ​custo privado corresponde ao dispêndio arcado pelo produtor de um bem 
ou serviço e o ​custo social corresponde ao custo total de produzir um produto e suas externalidades ao estruturar 
um empreendimento, podendo ser positiva (em caso de benefício social) ou negativa (em caso contrário). 
Exemplo: a construção de um centro de distribuição, sob a ótica privada, a empresa terá custos com mão de 
obra, materiais e afins; mas sob a ótica social, a empresa estará gerando emprego e fortalecendo o comércio da 
região. 
Ainda sobre a ótica empresarial, vale ressaltar que às obras públicas do Brasil são exigidas o ​Relatório de 
Impacto Ambiental (Rima)​, com o intuito de avaliar os impactos da construção à sociedade e ambiente. Como já 
mencionado no resumo da primeira unidade da disciplina, as organizações além de objetivarem o lucro devem 
assumir a responsabilidade para com o meio ambiente, ou seja, uma gestão ambiental que reduza cada vez mais os 
impactos ao meio socioambiental. 
Entender como a eficiência e a eficácia geram resultados, é possível ver através da relação entre Custo 
Médio (CMe) e Produtividade Média (PMeNt): ​CMe é calculado pelo custo total dividido pela quantidade 
produzida e a ​PMeNt é a quantidade produzida dividida pela mão de obra. Percebendo que eu tenho a quantidade 
produzida como elemento similar para ambos, pondo em evidência, temos: 
 
 
Há uma relação inversa entre produtividade e custo: se aumenta a Produtividade Média o Custo Médio 
aumenta, e vice-versa. De forma similar, agora analisando Custo Marginal e Produtividade Marginal: Se a 
produtividade marginal aumenta o custo marginal diminui e vice-versa. 
 
Sintetizando tudo o que fora dito com relação e a eficiência, custos e produtividade a respeito do impacto 
no lucro, temos: 
 
Como diversas vezes fora mencionado neste resumo, as empresas possuem custos que afetam suas receitas/ 
faturamento. Custos acabaram de ser explicados, agora faz-se necessário expor a análise das receitas/ faturamento 
das empresas. As receitas totais ou faturamentos totais de uma empresa equivalem na DRE (fluxo) às receitas das 
vendas dos bens e serviços, ou seja, da multiplicação do preço unitário de produto Y (Py) pela quantidade vendida 
(Yv). Não são computadas nas receitas operacionais, as receitas não operacionais, pois estas não possuem relação 
com receitas advindas mediante aos produtos fabricados pela mesma. Portanto, se a empresa produz e vende apenas 
um produto Y​, ​sua receita total será dada por: ​RT/FT= Py * Yv​. Porém, se a empresa produz e ​vende N 
produtos​, sua receita total será dada por: ​RT= ​Σ (Py* Yv)​. A receita total de uma empresa corresponde a despesas 
de seus consumidores, dado que são eles que pagam pelos produtos e serviços. 
Por ​receita média (RMe) ou unitária entendemos como a divisão da Receita Total pela quantidade do 
produto Y, onde seu quociente determina a receita por unidade vendida. 
 
Quanto a variação da Receita Total dividida pela variação nas quantidades vendidas nomeados de Receita 
Marginal (RMg) ou Incremental, observe as fórmulas e suas aplicações: 
 
 
 ​ OBS:​ Receitas e despesas não operacionais são calculadas na DRE após a apuração do lucro/ prejuízo operacional. 
Dado às receitas, vendas e custos, precisamos analisar os lucros (L) de uma empresa. O lucro total (LT) 
corresponde a diferença entre receitas totais (RT) decorrentes das vendas do produto Y, menos os custos totais 
(CT), podendo ser contábil: (​LTc)= RT- CTc (CF sem CE + CV)​, onde CE= custos econômicos; ou econômico 
(LTe)= RT - CTe [(CFCcc+ CE)+CV]. ​Já seu lucro unitário ou médio corresponde a divisão entre o lucro total e a 
quantidade vendida do produto:​ LMe= (LT/Yv) - (CT/ Yv) = RMe - CMe​. 
O lucro marginal ou incremental (LMg) é igual a variação no lucro total dividido pela variação nas 
quantidades vendidas do produto Yt: 
 
Aplicando, o que acabara de ser explicado, na tabela a seguir, levando em consideração o preço igual a R$ 
5 como preço de equilíbrio, em um mercado competitivo: 
 
Tudo o que já vimos até então, influenciará o ​break-even point ou ponto de equilíbrio que consiste no 
ponto de nivelamento que iguala a receita total e o custo total levando assim o lucro total ser igual a zero. Será a 
partir desse ponto em que a empresa objetivará gerar lucro, abaixo do ponto de nivelamento a empresa estará em 
estado de prejuízo. Em outras palavras, o break-even point determina a quantidade dos produtos “Yt pn” que a 
empresa tem que vender para igualar as suas receitas totais aos seus custos totais. 
Assim como há custos contábeis e custos financeiros, analisaremos o ponto de nivelamento contábil e o 
ponto de nivelamento econômico. A diferenciação entre os dois, dá-se pela inclusão do custos de oportunidade no 
ponto de nivelamento econômico que não ocorre no ponto de nivelamento contábil, por isso, o ponto de 
nivelamento econômico é maior do que o contábil, ou seja, a quantidade que iguala as receitas totais aos custos 
totais, precisará ser maior, note: 
Seguindo a análise do ​balanço de uma empresa​: o balanço é composto por contas de uma empresa.Que 
se alocam nos dois lados os quais dividem o balanço: do lado esquerdo ou ativo, encontram-se as contas que 
compõem bens e direitos da empresa em ordem decrescente do grau de liquidez e do lado direito ou passivo é 
composto pelos recursos de terceiros em ordem decrescente de exigibilidade. ainda do lado passivo, há o 
patrimônio líquido que representa os recursos próprios (investimentos dos proprietários). ​E a ​DRE - Demonstração 
do Resultado do Exercício, demonstra o confronto das receitas, custos e despesas da empresa 
 
A primeira coisa que devemos fazer ao constituir um balanço é separar o que é variável estoque e variável 
fluxo. As ​variáveis estoque​, representam e são medidas em um ponto do tempo, ex: contas do balanço são medidas 
em 31.12. Já as ​variáveis fluxo são medidas em dois pontos do tempo, exemplo: DRE, que é medido de 01.01 a 
31.12. O lucro da DRE corresponde à receita do exercício. Para auxiliar melhor a análise a respeito da situação 
econômica financeira da empresa fazemos o uso de indicadores: 
A) Indicadores de liquidez 
- ​Liquidez corrente é a capacidade da empresa converter uma ativo em dinheiro imediatamente: ​Ativo 
circulante/ Passivo circulante = Bom ​≥ ​1,5 
- ​Liquidez Seca indica a capacidade que a empresa possui em cumprir suas obrigações a curto prazo = 
(Ativo circulante - estoque a curto prazo)/ passivo circulante; 
- ​Liquidez Imediata/ instantânea: corresponde à capacidade da empresa de em curto prazo, em imediato 
ter liquidez para arcar com seus passivos circulantes= ​Disponível/ Passivos circulantes; 
- ​Capital de Giro Financeiro é dado pela dedução entre recursos disponível em caixa e a soma das 
despesas e contas a pagar = Ativo circulante - passivo circulante; 
B) ​Índice de mobilização do capital​ é dado por= ativo permanente/ patrimônio líquido 
C) ​Índices de solvência​ refletem a situação econômica da empresa 
- ​IS1​: (Ativo circulante + RLP)/ (Passivo circulante + PELP) 
- ​IS2​: ( Ativo total)/ (Passivo circulante + PELP) 
D) ​Índices de endividamento 
- ​A curto prazo​= Passivo circulante/ patrimônio líquido 
- ​A longo prazo= ​(Passivo circulante + passivo não circulante)/ patrimônio líquido 
- ​Total= ​(passivo circulante + passivo não circulante)/ ativo total 
E) ​Índices de rentabilidade 
- ​Das vendas= ​(lucro líquido/ vendas) x 100 
- ​Rentabilidade do PL​= [lucro líquido/ (patrimônio líquido do exercício anterior - patrimônio líquido do 
exercício corrente)/ 2] x 100 
- ​Rentabilidade do capital social​= (lucro líquido/ capital social) x 100 
A partir de tudo o que fora aplicado, seguindo a ordem das etapas necessárias, para obtermos o relatório 
final, através da informatização de todos os cálculos explicados, o qual precisaremos analisá-lo e checar as 
alternativas que antecedem as conclusões que servirão de ponto de partida para as decisões a serem tomadas. 
Posteriormente , haverá a implementação/ execução, o acompanhamento/ controle e obteremos os resultados. 
QUESTÕES 
1. Defina produto, insumos e função de produção. 
O produto consiste em um output que a partir de um insumo consumido em um processo de transformação até que 
houvesse a saída deste produto que poderá ser um bem ou serviço, com o objetivo de saciar as necessidades 
variadas e ilimitadas humanas. Os insumos portanto dizem respeito a todo elemento diretamente utilizado no 
processo de produção. A função de produção mostra a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a 
partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção em determinado período de tempo, dada por: q= f 
(N,K), onde: q - quantidade, N- mão de obra e K- capital. 
2. Explique o significado da lei dos rendimentos decrescentes. 
A lei dos rendimentos marginais decrescentes corresponde ao premissa que comporta-se da seguinte forma: dado 
que eu tenha fator variável e fator fixo, a medida que eu aumento a quantidade do fator variável na produção do 
produto Y, e o fator fixo permanecerá fixo por definição, minha produção passará por três estágios: a priore a 
produtividade marginal da mão de obra será crescente pelo aumento do meu fator variável, posteriormente 
consumindo certa quantia do fator produtivo variável continuará crescendo só que a taxas decrescentes e atingirá 
seu ponto máximo e por fim, irá decrescer até chegar ao estágio nulo/ negativo, porque ainda o fator variável tenha 
aumentado o fator fixo continuou fixo afetando, assim, a produtividade do fator variável. 
3. Defina produto total, produto marginal e produto médio. Mostre as principais relações entre esses 
conceitos. 
O Produto total (Yt) corresponde a um ponto da função de produção como sendo a quantidade do produto Yt 
produzida a partir do consumo quantitativo do fator variável (Nt), tendo como fator fixo a terra. A ​Produtividade 
média do fator variável (Nt) é o resultado do quociente entre a quantidade total produzida (Yt) pela quantidade 
utilizada do fator variável (Nt) PMeNt= Yt/ Nt. A ​Produtividade marginal incremental do fator de produção 
variável (PMgNt) - é a relação entre as variações na quantidade produzida do produto Y (delta Y) e as variações 
nas quantidades do fator variável (delta Nt), num determinado período de tempo T, podendo ser tida por dados 
discretos (Δ yt/ Δ Nt) ou contínuos (d yt/ d Nt). A PMgN expressa a contribuição marginal incremental individual 
de cada trabalhador na produção total da empresa. Como esses conceitos se relacionam, observe através dos 
gráficos: 
 
 
4. Explique por que a maximização dos lucros ocorre no ponto em que a receita marginal se iguala 
ao custo marginal. 
Isso ocorre porque uma vez que a receita da empresa for maior do que seu custo (RM>CMg), ela conseguirá 
maximizar seus lucros. Caso contrário, a empresa estará em prejuízo (RM<CMg). , e ao invés de aumentar sua 
produção, optará por diminuí-la pois percebe que a cada unidade produzida seu custo marginal aumenta, fazendo 
com que seus lucros marginais cheguem a zerar. Por isso, primeiro objetiva-se encontrar o ponto que equilibra a 
receita marginal aos custos e a partir disso começar a lucrar, abaixo disso a empresa está em risco. 
5. Mostre as diferenças entre a visão econômica e a contábil-financeira dos custos de produção. 
A visão econômica é mais ampla, global, visando o mercado. Já a visão contábil- financeira é específica, centrada 
em uma empresa e seus gastos. As principais diferenças estão nos seguintes conceitos: 1) Custos de Oportunidade e 
custos contábeis: a avaliação contábil financeira consiste nos custos contábeis, desembolsos e entradas monetárias 
de caixa, a análise econômica se firma nos custos de oportunidade, os custos implícitos, correspondente a 
estimativa da oportunidade de ganho dentre as oportunidades existentes; 2) Externalidades: a análise econômica se 
preocupa as externalidades: custos e benefícios para a sociedade que são advindos da empresa sem compensação 
monetária e 3) Custos versus despesas: Diferentemente da visão contábil-financeira, a teoria microeconômica não 
faz diferenciação entre custos e despesas (gastos associados ao exercício social e alocados para o resultado geral do 
período, como despesas financeiras, comerciais e administrativas).6. Explique as diferenças entre os conceitos de lucro contábil, lucro normal e lucro econômico. 
O lucro contábil é a diferença entre a receita e os custos efetivamente incorridos (custos contábeis, explícitos); já o 
lucro normal é o custo de oportunidade do capital; e por fim, o lucro econômico (ou lucro extraordinário) é a 
diferença entre a receita e o total dos custos contábeis e custos de oportunidade. 
7. Conceitue ​break-even point​ e diga qual conceito de lucro é levado em consideração. 
O break-even point ou ponto de equilíbrio que consiste no ponto de nivelamento que iguala a receita total e o custo 
total levando assim o lucro total ser igual a zero, ou seja, determina a quantidade dos produtos “Yt pn” que a 
empresa tem que vender para igualar as suas receitas totais aos seus custos totais. Como há custos contábeis e 
custos financeiros, analisamos o ponto de nivelamento contábil e o ponto de nivelamento econômico. A 
diferenciação entre os dois, dá-se pela inclusão do custos de oportunidade no ponto de nivelamento econômico que 
não ocorre no ponto de nivelamento contábil, por isso, o ponto de nivelamento econômico é maior do que o 
contábil, ou seja, a quantidade que iguala as receitas totais aos custos totais, precisará ser maior. 
Capítulo 6 - Estruturas de mercado 
Dito tudo o que fora estudado e resumido até então, faz-se necessário explicar que é essencial ao gestor 
compreender em qual mercado a empresa a qual o mesmo administra atua. É de nosso conhecimento que uma vez 
que a demanda e oferta de mercados tem seu comportamento conhecido pelo gestor, é possível determinar o preço e 
a quantidade para atingir o break even point. No entanto, o preço e a quantidade, são ainda determinados por outra 
estrutura: as estruturas de mercado. Portanto, os tipos de mercado que temos são: competitivo, monopolista (estatal 
ou tecnológico), oligopólio (homogêneo ou diferenciado) e concorrência monopolista. 
Com o intuito de proporcionar uma visão geral e resumida de cada tipo de mercado, tratei a seguir uma 
planilha baseada no material proposto pelo professor Ivan, similar ao disposto no livro texto. Ela sintetiza tudo o 
que virá posteriormente a respeito das estruturas de mercado. 
 
 
Como já abordado, o objetivo das empresas é maximizar a produção, a depender de seu orçamento; e 
minimizar seus custos, isto referente a empresas do modelo marginalista. Visam também a produtividade expressa 
pela eficiência tecnológica e a econômica, estas possibilitam que os primeiros objetivos citados ocorram. Tudo isso 
em conjunto, com o intuito de maximizar o lucro total dentro das condições do mercado, dado por: MAX LT = RT- 
CT. 
O mercado competitivo, também conhecido como concorrência perfeita, é composto por diversas empresas 
que atuam no mercado ofertando o mesmo produto ou produtos substitutos entre si, denotando uma das 
características desse mercado: homogeneidade. Por isso, quem define seus preços é a oferta e demanda, ao invés da 
Tipos de mercado 
Competitivo 
Monopólio Oligopólio 
Concorrência 
Monopolista Características Estatal Tecnológic
o 
Homogêneo Diferenciado 
1) Número de 
empresas atuando 
no mercado 
Muito grande Uma única empresa Poucas grandes empresas Grande 
2) Produtos 
ofertados 
Homogêneos 
(iguais) 
Não há produtos substitutos Homogêneo: Iguais / 
Diferenciado 
Diferenciados 
3) Influência sobre 
os preços dos 
produtos 
Nenhuma: 
preço fixado 
pelo mercado 
(oferta e 
demanda) 
Grande poder sobre os 
preços (uma única empresa) 
Tendem a dominar os preços 
através da formação de cartéis. 
Pouca devido a 
existência de 
produtos 
substitutos 
próximos. 
4) Barreiras para 
entrar/ sair do 
mercado 
Não há 
barreiras, logo 
as empresas 
podem entrar/ 
sair facilmente 
Dificílimo entrar no 
mercado; segurança/ 
tecnológica 
Difícil (cartéis/ grandes 
investimentos) 
Fácil (basta 
capital/ 
tecnologia) 
5) Objetivos 
econômico-financei
ros e de 
sustentabilidade 
Otimizar as eficiências tecnológica e econômica (produtividade x custos) na busca da 
maximização dos resultados (lucros x market share x capitalização) e preservação. 
6) Exemplos de 
mercado 
Hortufruti, 
granjeiros, 
feiras livres 
Energia 
nuclear, 
refinaria de 
petróleo 
Coca-cola, 
petrobras 
Chapas de 
alumínio 
Transporte 
aéreo 
(LATAM, Gol, 
etc) 
Veículos (GM, 
Ford, etc), 
postos de 
combustíveis, 
clínicas 
médicas, etc 
empresa propriamente dita, portanto, os consumidores possuem inúmeras possibilidades as quais escolherão 
àquelas que melhor atender suas necessidades, à essa dinâmica intitulamos outra característica do mercado 
competitivo: a ​atomicidade​, onde a empresa individual é muito pequena frente ao mercado. Vale ressaltar que, o 
mesmo comportamento no mercado competitivo quanto aos seus produtos, aplica-se aos fatores de produção. No 
mercado competitivo, a longo prazo há os ​lucros normais (custo de oportunidade) e não os ​lucros extraordinários 
(receita>custo). 
O mercado competitivo é dotado de outras características características, a saber: há ​mobilidade na 
inserção ou saída de uma empresa no mercado ou até mesmo de consumidores, tendo em vista que seu 
funcionamento dinâmico e global não proporciona barreira para tais movimentos. Os agentes econômicos deste 
modelo de mercado agem em busca da satisfação de seus objetivos, ao passo de que as empresas procuram 
aumentar seus lucros seus consumidores objetivam aumentar sua satisfação através dos produtos ofertados por tais 
empresas, um depende do outro para atingir o que esperam. Além disso, nessa conjuntura, faz-se necessário a posse 
do conhecimento de informações importantes sobre a empresa no mercado, exemplo: preço, faturamento e etc; um 
exemplo para tal característica torna evidente quando tratamos de investimentos na bolsa de valores, os investidores 
buscam informações como essas citadas e outras mais para ter mais conhecimento sobre cada empresa e assim 
escolher em qual deseja investir. Disponibilidade de informação pode favorecer a maior confiança na empresa e 
assim, atrair mais consumidores. 
Em um mercado competitivo a demanda é dada pelo somatório das curvas de demanda dos consumidores 
individuais, da mesma forma para a oferta, nesse caso tratando das ofertas individuais das mesmas, no mercado. 
Tanto a oferta quanto a demanda definirão o preço de mercado. 
 
 
A partir desse gráfico, podemos compreender a demanda como sendo perfeitamente elástica no preço. Pois, 
seu formato horizontal quanto a demanda denota o preço máximo possível ao seu produto dentro do mercado 
competitivo, dado que quem determina preço é o mercado através da oferta e da demanda. Por isso, a empresa nem 
pode estabelecer o preço do seu produto mais alto do que o mercado permite, pois perderá consumidores que 
encontrarão o produto desejado na concorrência, como não podem vender abaixo do que o mercado estabelece 
porque ferirão a característica da racionalidade, reduzindo as receitas da empresa deixando em risco minha empresa 
que terá todos os seu produtos comprados pois estão mais baratos comparados aos disponíveis no mercado. 
As receitas totais ou faturamentos da empresa ocorrem através da comercialização dos seus produtos, sendo 
calculada a partir doproduto da quantidade vendida e do seu preço unitário, sua curva parte da origem do gráfico 
dado que o preço de venda de py é estabelecido pelo mercado: ​RT= Ry * qyv​. Já a receita média ou unitária 
estabelece a relação entre a receita total e a quantidade vendida, igualando-se ao próprio preço unitário de venda, 
sendo assim fixa, dado que py é constante: ​RMe= Py​. 
Por fim, a ​receita marginal corresponde à receita resultante da variação da receita total quando a 
quantidade vendida do produto y varia: 
 
Portanto, a receita média e a receita marginal possuem a mesma curva horizontal. 
 
Como custos de uma empresa foram abordados na unidade anterior, trarei aqui apenas tais custos com suas 
fórmulas e comportamento no gráfico: 
 
 
É pertinente a todo empresário buscar atingir a produção ótima baseada na quantidade do produto Y que 
deve ser produzida e vendida a fim de maximizar o lucro total da empresa. Logo, percebe-se a necessidade de 
métodos para encontrar a quantidade ofertada do produto que otimize o lucro total "qyv olt": 
● Método analítico: O preço de mercado (py) será um dado para nossos cálculos, pois é 
constante e determinado pelo mercado e não pela empresa, como já dito. Compreendendo que para 
maximizar o lucro total eu preciso relacionar receita total e custo total, realizando uma dedução do 
primeiro pelo segundo e que o preço de mercado é constante, teremos um máximo condicionado, 
onde sua derivada primeira será igual a zero, e ao passar o custo marginal para o outro lado da 
equação teremos que o preço de mercado é igual ao custo marginal, assim, ela realizará o primeiro 
passo para achar a quantidade que ela precisa produzir e vender a fim de otimizar seu lucro total, 
calculando a fórmula através da derivada com base na variável condicionante (Py). 
I) Derivada primeira igual a zero: 
 
II) Quanto a derivada segunda, esta deve ser positiva, de forma que o custo marginal seja crescente, contribuindo 
para encontrarmos quantidade que maximizará o lucro total. 
 
● Método do gráfico: O método do gráfico sintetiza matematicamente de forma visual (gráfica) tudo o que 
já estudamos nessa disciplina. Primeiramente definimos o ponto de nivelamento, que considera a oferta e a 
demanda, calculamos o qual demonstrará a quantidade que a empresa deve produzir e vender, dado o preço de 
mercado, tendo em vista que estamos tratando do mercado competitivo, de forma a otimizar seus resultados. 
No eixo vertical do gráfico teremos as receitas totais, custos totais e lucros totais e no eixo horizontal 
teremos suas respectivas quantidades. Tomando o ponto de nivelamento como referência, relembrando também que 
neste as receitas totais são iguais aos custos totais dado que eu encontrei a quantidade que iguala-se ambos; tudo o 
que estiver abaixo desse ponto representará prejuízo para a empresa e o que estiver acima representará lucro, ou 
seja, quanto às receitas sobrepõem os custos. O custo fixo como já abordado, representa uma reta horizontal por ser 
constante e a receita total parte do ponto zero pois há a possibilidade de não ocorrer vendas, sendo assim a receita 
total seria zero, caso contrário, aplicaria sua forma multiplicando o que fora vendido pelo seu respectivo preço. 
Observe no gráfico: 
 
● Método das escalas das receitas, custos e lucros da empresa competitiva: Esse método, sintetiza em 
forma de tabela o que fora exposto pelos métodos anteriores. Lembre-se, analisando a tabela encontramos pontos 
em que o lucro é negativo, em concordância com os gráficos anteriores, temos então que são quantidades que se 
encontram abaixo do ponto de nivelamento, caso contrário, quando o lucro está positivo, temos que são quantidades 
acima do ponto de nivelamento. 
 
Será a partir do preço de mercado que a empresa competitiva ajustará seus custos a fim de produzir e 
ofertar a quantidade do produto necessária para maximizar o lucro total, como já dito. Onde (Pm=RMe=RMg) = 
CMg, como exposto, CMg sendo crescente. Para reforçar e concretizar a relação da empresa pertencente ao 
mercado competitivo, analisaremos o seguinte gráfico que mostrará a relação da curva de oferta individual da 
empresa e o preço de mercado, onde, cada vez que o preço oscila a empresa individual oscila também sua 
quantidade vendida para se adequar ao preço de mercado sem comprometer suas receitas. 
Em suma, no mercado competitivo uma empresa individual ​não possui autonomia para mudar o preço 
dado pelo mercado, e a ​concorrência existente no mercado também impede que a empresa estabeleça os preços 
que desejar, por isso, apenas ​permanecem no mercado ​as empresas que conseguem se adequar ao preço de 
mercado ao mesmo tempo atingindo pontos que maximizam seu lucro total. 
Oposto ao mercado competitivo temos o ​mercado monopolista​, que consiste na estrutura de mercado em 
que apenas uma empresa produz o bem ou serviço, ou seja não há concorrência ou sequer produtos substitutos. 
Consequentemente, é extremamente difícil que uma empresa concorrente se insira nesse mercado, podemos 
exemplificar através do monopólio estatal, onde o Estado é o órgão central que regulará a entrada de empresa neste 
mercado, se ele possuir uma empresa produzindo um produto ou serviço, barrará empresas concorrentes para que 
ele não perca seu monopólio, é o que chamamos de barreiras legais, que pode ser estatal (é o caso das usinas de 
energia nuclear) levando em conta a segurança nacional, ou tecnológicas (é o caso da Petrobrás) importante para o 
avanço científico. Dado que a empresa estatal possui uma grande estrutura com custos de produção baixos e 
conseguem ofertar seus produtos a preços menores (barreiras de escalas), isso é mais um empecilho para que uma 
empresa privada consiga competir com a estatal. Além disso, a empresa monopolista detém ​posse das matérias 
primas básicas. 
Ainda que as condições de mercado sejam diferentes, os objetivos da empresa monopolista são os mesmos: 
maximizar o lucro total mediante a quantidade de produto produzida e vendida que satisfaça tal objetivo: ​MAX 
LT= (RT = CT), sob as condições: Py= f (qt demandada de Y em um dado t). 
A demanda total do mercado será igual a demanda da empresa monopolista, por ser a única existente, 
considerada "dona do mercado". Pela lei da demanda decrescente, para vender mais a empresa monopolista precisa 
reduzir seu preço. Em caso de ofertar menos, o preço subirá, pela sua escassez. 
 
O faturamento da empresa, varia levando em consideração seu preço conforme a elasticidade da demanda. 
A receita total da empresa monopolista é dada por: RT= Py * Qy e o preço do produto (Py) é função da quantidade 
do produto y demandada (Py= f(qdy). Quando derivar a receita total em relação a quantidade demandada, temos a 
receita marginal 
 
No mercado monopolista, a elasticidade e o comportamento da receita total em relação a quantidade 
demandada é dado por: 
 
 
Já sua receita média (RMe) é o preço que efetivamente o consumidor paga pelo produto, dado que demanda 
da empresa é a mesma do mercado. O quociente entre variação da receita totale da quantidade vendida representa a 
receita marginal (RMg). 
 
Com relação aos custos, para fins didáticos de comparação, consideramos os custos das empresas 
competitivas (já explicados) e monopolistas, similares. 
Toda empresa, em qualquer estrutura de mercado buscará a maximização de seu lucro, ao alcançar seu 
equilíbrio microeconômico financeiro. Para encontrar a quantidade que nos permitirá tal alcance, faremos o uso dos 
mesmos métodos: 
● Método analítico 
I)​ ​1ª condição: derivada 1ª igual a zero : 
 
II) 2ª condição: RMg> 0, ou seja, quando a demanda é elástica no preço; 
Para a formação de preços no mercado monopolista, é utilizado um índice que incide sobre o custo 
marginal chamado de ​MarkUp​, dada por: 
 
 
Na ​estrutura de mercado de oligopólio​, temos o cenário em que poucas empresas possuem o controle da 
maior parte do mercado. Podendo ser classificado de duas formas: 1- oligopólio concentrado, consiste em um 
número pequeno de empresas em determinado setor, é o que é possível de ver quanto a indústria automobilística; e 
2- oligopólio competitivo: onde em um dado mercado com empresas produzindo algo similar a minha empresa não 
me impossibilita na minha dominância em maior parcela nesse tipo de estrutura,como exemplo podemos citar a 
Coca Cola, que possui demais refrigerantes substitutos, porém, os mesmos não superam a força de mercado que a 
Coca Cola estabeleceu com seu negócio. 
Nessa estrutura,as empresas grandes são quem fixam preço e há barreiras, similar ao que vimos no 
monopólio, para que uma empresa se insira no mercado. Além disso, há produtos que são passíveis apenas de 
serem fabricados por empresas de grande porte, por exemplo: a extração de petróleo, pelo estrutura tecnológica que 
esse processo exige, não é qualquer empresa que possa fazê-la. Então, há dois tipo de oligopólio:a) homogêneo- 
quando meu produto é similar a outro no mercado, exemplo:cimento; e b) heterogêneo: empresas com produtos 
diferenciados: exemplo: a indústria de automóveis. 
As empresas oligopolistas ou competirão entre si ou formarão cartéis com empresas pertencentes ao seu 
mesmo setor, a fim de fixar preços e cotação entre si do mercado. Para esse segundo temos: ou um cartel perfeito, 
em que todas as empresas dessa organização atuam e recebem igualmente, ou imperfeito, em que há líderes dentre 
as empresas do cartel, que recebem maior cotação. 
Reforçando, toda empresa busca maximizar seus lucros. Em concordância a isso, analisemos o modelo de 
mark up como é definido por: ​MARKUP= Receita de vendas - Custo Diretos de Produção​. O valor de markup 
precisa ser o suficiente para superar os custos, despesas e deduções de impostos exigidos à empresa e ser capaz 
ainda de gerar lucro para a empresa. 
Vale ressaltar que há estruturas de mercado particulares, como o monopsônio/ oligopólio, que consiste na 
estrutura de compra de fatores de produção de forma monopolista ou oligopolista, é o que temos por exemplo na 
companhia do metrô. E temos também o monopólio bilateral que consiste no confrontamento que ocorre entre a 
compra de um insumo frente a sua venda, ou seja, coexiste monopólio de oferta e demanda, como exemplo 
podemos pensar na fábrica interiorana, que muitas vezes é única na cidade. 
QUESTÕES 
1. Caracterize o mercado concorrencial. Que regra o empresário segue para maximizar seus lucros? 
O mercado concorrencial/ competitivo ou concorrência perfeita se caracteriza como sendo composto por diversas 
empresas que atuam no mercado ofertando o mesmo produto ou produtos substitutos entre si, onde seus preços são 
estabelecido pelo mercado através da oferta e da demanda, onde não é possível que empresas individuais, 
isoladamente impactem essa dinâmica de preço. O empresário nesse modelo de mercado tem como regra produzir 
até conseguir igualar o preço estabelecido pelo mercado a seu custo marginal. 
2. Diferencie lucro normal de lucro extraordinário. 
O lucro normal pode ser relacionando a taxa de rentabilidade média de mercado, é ele que mantém o empresário 
realizando a atividade de sua empresa. Já o lucro extraordinário é o lucro que excede ao lucro normal (receitas> 
custos). 
3. Confronte o monopólio com o oligopólio. Mostre as características de cada estrutura de mercado e o modo 
como o preço é fixado em cada uma delas. 
O monopólio é uma estrutura de mercado onde por existir apenas uma empresa ofertando um dado produto, 
caracteriza a ausência de concorrência, sendo assim, a empresa fixa o valor do produto, de forma a incrementar aos 
seus lucros. Já no mercado oligopolista, não temos apenas um fornecedor, o que temos são as fatias do mercado da 
mão de poucos, sendo assim, nessa estrutura é preciso cautela na variação de preços ou na sua fixação de forma que 
não afete os demais fornecedores. 
4. Quais as estruturas do mercado de fatores? Como elas se caracterizam? 
A) Competitivo: estrutura de mercado com grande número de empresas concorrentes em produtos similares ou 
iguais, onde cada empresa individualmente não é capaz de influenciar o preços dos produtos, pois este é 
estabelecido pelo mercado. Além disso, não há barreiras para que as empresas entrem ou saiam desse mercado. 
B) Monopólio: nessa estrutura há apenas uma empresa, não havendo concorrência, não há produtos substitutos, 
portanto, essa empresa possui grande poder sobre os preços dos produtos e é muito difícil que outra empresa 
consiga entrar nesse mercado; 
C) Oligopólio: há poucas empresas detendo o poder do mercado, pertencentes a grandes empresas, podendo ofertar 
produtos iguais ou diferenciados, como são poucas empresas, elas podem formar uma organização chamada de 
cartel para controlar os preços dos produtos e devido essa organização, é difícil entrar ou sair dessa estrutura; 
D) Concorrência monopolista: possui um grande número de empresas no mercado, onde as empresas possuem 
pouca influência sobre os preços dos produtos e entrar ou sair desse mercado é fácil. 
O objetivo de cada estrutura é o mesmo: otimizar seus lucros (através das suas eficiências) a fim de maximizar 
resultados, sem esquecer de preservar o meio ambiente. 
5. O que vem a ser o monopólio bilateral? 
O monopólio bilateral que consiste no confrontamento que ocorre entre a compra de um insumo frente a sua venda, 
ou seja, coexiste monopólio de oferta e demanda, pois só um único ofertante e um único comprador., como 
exemplo podemos pensar na fábrica interiorana, que muitas vezes é única na cidade.

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