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Sistema circulatório: consiste em sangue, uma bomba circulatória (o coração), uma rede de distribuição (arterial) e coleta (venosa) de sangue, e um sistema para a troca de nutrientes e produtos da excreção entre o sangue e o tecido extravascular (a microcirculação). O coração fornece a força para a distribuição do sangue. Volumes iguais de sangue são normalmente distribuídos para a circulação pulmonar pelo lado direito do coração e a circulação sistêmica pelo lado esquerdo do coração. As artérias têm o diâmetro do lúmen relativamente maior para facilitar o rápido fluxo sanguíneo com resistência mínima. As paredes das artérias são espessas e consistem predominantemente em fibras musculares lisas para a tensão de estiramento e fibras elásticas para a elasticidade. As arteríolas são os vasos de maior resistência dentro do sistema circulatório. As arteríolas têm o lúmen relativamente estreito, seu diâmetro é controlado pelas células musculares lisas, que são os maiores componentes de suas paredes. A inervação simpática extrínseca e os estímulos intrínsecos locais regulam o grau de contração do músculo liso arteriolar, levando as arteríolas a dilatar ou contrair para distribuir seletivamente o sangue para áreas de maior necessidade. Os capilares são os locais de troca de nutrientes e produtos do metabolismo entre o sangue e os tecidos. Os capilares são os vasos mais numerosos no sistema circulatório, entretanto, eles normalmente contêm somente cerca de 5% de todo o volume de sangue. A velocidade do fluxo sanguíneo através dos capilares é muito baixa, e as células sanguíneas vermelhas geralmente se movem através de um capilar em uma fila simples para então facilitar a difusão de nutrientes e dos resíduos originados do metabolismo. Existem três tipos de capilares: contínuo, fenestrado e descontínuo. As veias são compostas principalmente de colágeno com pequena quantidade de elastina e músculo liso. As vênulas e veias proveem vias de baixa resistência para o retorno do sangue para o coração. Por causa de sua distensibilidade, elas podem armazenar grande quantidade de sangue: perto de 65% do volume total. A pressão e a velocidade do fluxo são baixas. Por esse motivo, outros fatores são necessários para ajudar o movimento do sangue venoso de volta ao coração, tais como válvulas venosas para prevenir o retorno do sangue, contração do músculo esquelético, vasoconstrição venosa e aumento no gradiente de pressão em decorrência da queda da pressão no coração durante o enchimento (efeito de sucção cardíaca). O sistema linfático é originado de capilares linfáticos de fundo cego, que permeia o tecido nos arredores da microcirculação. Os capilares linfáticos possuem células endoteliais de sobreposição e grandes lacunas interendoteliais, de forma que a pressão externa permite o movimento do fluido e das moléculas no vaso. Entretanto, a pressão linfática intravascular força essas terminações que se sobrepõem para prevenir o fluxo de linfa de volta para fora do vaso. As aberturas nos capilares linfáticos são muito maiores do que aquelas entre o endotélio dos capilares sanguíneos. Os capilares linfáticos convergem progressivamente para vasos linfáticos maiores que escoam para os linfonodos e, então, finalmente se esvaziam no sistema venoso. De modo similar aos vasos venosos, os linfáticos são vasos de baixa pressão, distensíveis, que requerem válvulas linfáticas e a contração dos músculos circundantes para facilitar o retorno do fluido para o sangue. Todos os componentes do sistema circulatório são revestidos por uma camada simples de endotélio, que forma uma interface dinâmica entre o sangue e o tecido, sendo assim um participante crítico na distribuição de fluido, inflamação, imunidade, angiogênese e hemostasia. O endotélio tem propriedades antitrombóticas e pró-fibrinolíticas, auxiliando a manter o sangue em um estado fluido, mas após uma lesão o endotélio se torna pró- trombótico e antifibrinolítico. A ativação do endotélio por estresse oxidativo, hipóxia, inflamação, agentes infecciosos, dano tecidual ou eventos similares resulta na produção e na liberação Microcirculação, interstício e células: A troca de fluidos, nutrientes e produtos do metabolismo entre o sangue e as células ocorre no interstício, o espaço entre as células e a microcirculação. O interstício é composto de componentes estruturais, adesivos e absortivos, coletivamente denominados como a matriz extracelular (ECM). O colágeno de tipo I é o componente estrutural principal da ECM e forma a estrutura onde as células residem. Complexos dissacarídicos absortivos(os glicosaminoglicanos) e complexos de polímeros de proteína-dissacarídeo (os proteoglicanos) são hidrofílicos e podem ligar grande quantidade de água e outras moléculas solúveis. Hiperemia: Congestão/processo ativo -> sangue arterial. É o aumento do aporte sanguíneo de uma determinada área. A hiperemia é um ingurgitamento ativo dos leitos vasculares com um fluxo de saída normal ou diminuído. Isso ocorre por causa da atividade metabólica aumentada dos tecidos, que resulta em aumento localizado das concentrações de CO2, ácido e outros metabólitos. Isso causa um estímulo local para a vasodilatação e um aumento do fluxo (hiperemia). A hiperemia pode ocorrer como um mecanismo fisiológico na pele para dissipar o calor. Ela também ocorre em função da necessidade aumentada, tal como o fluxo sanguíneo aumentado para o trato gastrointestinal após uma refeição. A hiperemia também é uma das primeiras mudanças vasculares que ocorrem em resposta a um estímulo inflamatório. Macroscopicamente os tecidos com vasos hiperêmicos são vermelho-brilhantes e histlologicamente se observa hemácias no interior de arteríolas e capilares, presença de células inflamatórias (quando a causa é inflamatória). Congestão: Congestão/processo passivo -> sangue venoso. A congestão é o ingurgitamento passivo do leito vascular, geralmente causado por uma diminuição no fluxo de saída com um fluxo de entrada de sangue normal ou aumentado. A congestão passiva pode ocorrer agudamente (congestão aguda) ou cronicamente (congestão crônica). A congestão aguda ocorre devido a trombos ou a obstrução aguda de veias. A passiva crônica se caracteriza por lesões como tumores ou abscessos e eventualmente a compressão de veias adjacentes. A congestão generalizada ocorre por causa da redução na passagem do sangue através do coração ou dos pulmões. Isso é mais frequentemente causado pela insuficiência cardíaca ou condições que inibem o fluxo de sangue através dos pulmões. A insuficiência do lado direito (afeta fígado e pulmão) do coração causa congestão da veia porta e hepática. A insuficiência do lado esquerdo (afeta pulmão e fígado) do coração resulta em congestão pulmonar. Cronicamente, pode haver fibrose causada pela hipóxia e lesão celular que acompanha a congestão. Macroscopicamente os tecidos com congestão são de cor vermelho-escura, inchados (edema) e com aumento do volume do órgão. A microvasculatura é cheia de sangue e frequentemente existe edema e, às vezes, hemorragia causada por diapedese nas regiões vizinhas. Congestão Generalizada -> Insuficiência Cardíaca Esquerda: Ocorre uma falha do ventrículo esquerdo que o torna incapaz de bombear todo o seu conteúdo para a rede arterial periférica. Ocorre congestão Pulmonar, frequentemente causada por insuficiência cardíaca, que resulta na estagnação do sangue nos vasos pulmonares, com consequente edema e saída de eritrócitos para os espaços alveolares. Como qualquer outra partícula estranha, os eritrócitos nos espaços alveolares são rapidamente fagocitados (eritrofagocitose) por macrófagos alveolares pulmonares. Quando o extravasamento dos eritrócitos é acentuado, grande número de macrófagos com citoplasma marrom pode se acumular nos espaços broncoalveolares. O citoplasma marrom éo resultado da acumulação de quantidade considerável de hemossiderina; esses macrófagos preenchidos com pigmento de ferro (siderófagos) são referidos geralmente como células da falha cardíaca. Os pulmões dos animais com insuficiência cardíaca crônica têm geralmente aparência vermelha desigual, com focos de cor marrom devidos ao acúmulo de hemossiderina. Congestão Generalizada -> Insuficiência Cardíaca Direita: Congestão principalmente de fígado e rins. Aumento da pressão hidrostática, Edema de membros, Acúmulo de líquido nas cavidades (principalmente ascite). O fígado aumenta de volume, possui coloração vermelho-azulada e um padrão de noz- moscada. Nos rins na necrópsia, congestão hipostática renal unilateral está presente nos animais que morrem em decúbito lateral, no qual a força de gravidade atua sobre o sangue não coagulado. Microscopicamente, os vasos venosos e arteriais estão distendidos com sangue e se houve tempo suficiente para o sangue coagular, soro e células sanguíneas podem estar presentes. No Baço ocorre aumento de volume e o órgão fica tenso, Ao corte ocorre extravasamento de sangue. Congestão prolongada = fibrose (esplenomegalia fibrocongestiva). Congestão hipostática: Causada pela gravidade representada pela presença de Sangue no lado do decúbito. Ocorre em animais de grande porte em posição antinatural e é Geralmente encontrado como alteração post-mortem.de numerosas substâncias com grande participação na fisiologia e na patologia.
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