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câncer de colo de útero

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Proliferação Celular 
 
Câncer de Colo de Útero 
 
INTRODUÇÃO 
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer 
cervical, é causado pela infecção persistente por alguns 
dos tipos do Papilomavírus Humano - HPV (os vírus do 
HPV que causam o CA de colo, são chamados de tipos 
oncogênicos). 
A infecção genital por esse vírus é muito frequente, 
entretanto, não causa doença na maioria das vezes. 
Porém em alguns casos, ocorrem alterações celulares 
que podem evoluir para o câncer. (os fatores de risco 
ajudam nessa possibilidade de evolução). 
Essas alterações são descobertas facilmente no exame 
preventivo (conhecido como Papanicolau), e são 
curáveis na quase totalidade dos casos 
 
ANATOMIA E HISTOLOGIA DO COLO UTERINO 
 
 
 
 
→ O colo uterino tem forma cilíndrica; 
→ Apresenta uma parte interna chamada de 
endocérvice ou canal cervical e uma parte externa 
chama de ectocérvice. 
 
→ Endocérvice: 
• Revestido por camada de células cilíndricas 
(epitélio colunar simples) produtoras de 
muco. 
→ Ectocérvice: 
• Revestido por várias camadas de células 
planas (epitélio escamoso e estratificado não 
queratinizado). Sem nenhuma função 
específica. 
 
→ Junção Escamocolunar (JEC): é uma linha 
imaginária ou ponto de encontro entre os dois 
epitélios. Pode ser encontrada tanto no ecto 
quanto no endocérvice. 
• É um ponto de localização variável, ou seja, 
se modifica em resposta a faixa etária, 
gravidez, menopausa e anticoncepcionais. 
• Na infância e no período pós-menopausa, 
geralmente a JEC situa-se dentro do canal 
cervical. No período da menacme (fase 
reprodutiva da mulher), a JEC situa-se no 
nível do orifício externo. 
 
 
 
CISTOS DE NABOTH 
O útero tem em sua estrutura interna alguns poros, ou 
seja, furinhos microscópicos. 
Ao longo do ciclo, os mucos vão se modificando, com 
influência do estrogênio e da progesterona. 
Proliferação Celular 
Os cistos de naboth surgem quando estes mucos 
penetram na cavidade dos poros ou glândulas de 
naboth e se endurecem. 
Ai surge o cisto de naboth. Inicialmente ele se parece 
com uma espinha no útero e é visível no colo uterino, 
entretanto, não tem significado patológico. 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
→ Segundo tipo de câncer mais frequente em 
mulheres, ficando atrás apenas do CA de mama. 
→ Responsável pelo óbito de 230 mulheres por ano, 
sendo a incidência maior em países menos 
desenvolvidos, devido a inexistência de programas 
de rastreamento organizado. 
→ A maioria das mulheres acometidas tem entre 35 a 
50 anos de idade, sendo mais comum aos 45 anos 
e lembrando que, 20% dos casos ocorrem em 
pacientes acima de 60 anos. 
→ O carcinoma epidermóide compreende 90% das 
neoplasias do colo uterino, sendo seguido pelo 
adenocarcinoma. 
→ Está associado a infeção pelo HPV (papiloma Vírus 
Humano). 
→ Entre todos os tipos de câncer, é o que apresentar 
mais alto potencial de cura, chegando próximo a 
100%, quando diagnosticado precocemente. 
 
FATORES DE RISCO 
→ Atividade sexual – fator predisponente para a 
infecção pelo HPV, sendo responsável por 99% dos 
casos. 
→ Inicio precoce da atividade sexual (antes dos 16 
anos) – devido a maior chance de desenvolver 
agressões ao epitélio e instaurar um processo 
inflamatório do local. 
→ Multiparidade – quando mais filhos mais 
propensão a desenvolver câncer de colo, 
principalmente por partos realizados por parteiras. 
• Nesses casos, quando há lesão do colo, 
dificilmente será feita a colorrafia (sutura 
da lesão do colo), o que leva a uma 
cicatrização gerando uma área 
desvitalizada e sem irrigação. 
• Com isso, em partos subsequentes, os 
processos inflamatórios vão se instalar nos 
locais já alterados histologicamente, servindo 
como uma área de propensão ao câncer de 
colo uterino. 
→ Uso de contraceptivos orais por mais de 5 anos 
(estrógeno); 
→ Múltiplos parceiros; 
→ Baixa higiene genital; 
→ Exposição à radiação e agentes químicos; 
→ Fatores socioeconômicos, educacionais e 
culturais – pacientes apresentam receio na 
realização do exame ou de falar dos sangramentos 
que podem ocorrer fora do período menstrual. 
→ Coinfecção por outros agentes infecciosos ou 
pacientes com imunossupressão por diabetes e 
AIDS. 
 
ETIOLOGIA 
→ HPV – PAPILO VÍRUS HUMANOS: 
• O HPV infecta cerca de 291 milhões de 
mulheres no mundo, entretanto, mais de 
90% regridem espontaneamente. 
• Entretanto, um pequeno número persiste, 
sendo causada pelo tipo viral oncogênico, 
que vai dar seguimento as lesões 
características do CA. 
 
→ A persistência viral do HPV considera aspectos 
relacionados tanto ao próprio vírus (tipo e carga 
viral, infecção única ou múltipla), como fatores 
ligado ao indivíduo, como a imunidade, à genética 
e o comportamento sexual. 
→ A idade também é um fator importante, pois as 
infecções em mulheres com menos de 30 anos 
tendem a regredir, enquanto que acima dessa 
idade a persistência é mais frequente. 
 
→ Considerando o tipo viral, o HPV tem mais de 100 
subtipos, sendo, os subtipos 16 e 18 os mais 
importantes, com 70% de todas infecções. 
 
FISIOPATOLOGIA 
Proliferação Celular 
O câncer do colo do útero é caracterizado pela 
multiplicação desordenada do epitélio de 
revestimento do órgão, que compromete o tecido 
subjacente, e pode evoluir invadindo outras estruturas 
e órgãos. 
Essa multiplicação celular desordenada se deve à 
alteração do DNA das células da mulher após 
integração do genoma humano pelo Vírus do Papiloma 
Humano (HPV). 
Os tumores vegetantes: crescem em direção à vagina, 
podendo ocupá-la totalmente e ser visível mais 
facilmente. 
Já os tumores infiltrativos: destroem o colo e 
penetram na cavidade podendo ocupar até a região do 
istmo uterino. Muitas vezes, a paciente pode advir ao 
médico por queixa de sangramento e, ao exame, não 
se consegue observar massa tumoral. 
Metástase por contiguidade (tecido conjuntivo e ao 
redor da vagina), continuidade (vagina e corpo do 
útero), via linfática e hemática (fígado, pulmão, 
cérebro). 
QUADRO CLÍNICO 
→ Assintomático 
→ Sintomático 
o Perda sanguínea que tem aumento 
gradativo, proporcional ao crescimento da 
tumoração, podendo chegar a um quadro 
de hemorragia 
o Dispareunia (dor ao ato sexual) ou 
sinusorragia (sangramento durante o ato 
sexual). 
o Quando o tumor já é avançado apare um 
corrimento seroso e fétido devido à 
necrose do tecido do colo. 
o Também na fase avançada ocorre dor 
epigástrica e pélvica. Assim como, edema 
de MMII, devido a obstrução do fluxo 
linfático e vascular. 
 
DIAGNÓSTICO 
1. Anamnese 
a. Avaliar os sinais e sintomas descrito pela 
paciente. 
 
2. Exame físico 
a. O exame dos órgãos genitais internos pode 
apresentar desde aumento global do colo 
uterino até a presença de massas 
tumorais. 
b. A presença de necrose na superfície dessas 
lesões é comum, ocasionando facilmente 
sangramento e infecções secundárias por 
germes que exalam odor. 
c. A avaliação retal, por meio do exame 
digital, é imprescindível, pois avalia o 
comprometimento dos ligamentos 
paramétricos e mucosa retal. 
 
3. Citológico (Papanicolau): 
a. preventivo do câncer de colo do útero 
(PCCU) 
b. Deve-se realizar análise do material celular 
em todas as mulheres com vida sexual 
ativa entre 25 e 59 anos. 
c. Mulheres submetidas a Histerectomia 
total (retirada do útero) não necessitam de 
rastreamento anual. 
d. Mulheres acima de 30 anos com 3 
citológicos normais, podem aumentar o 
intervalo de rastreamento de acordo com 
orientações do seu médico. 
e. Mulheres com mais de 70 anos e 3 
citológicos normais e nenhum anormal nos 
últimos 10 anos, pode descontinuar o 
rastreamento. 
f. Situações especiais: 
i. Colher durante a gestação – janela 
de oportunidade. 
ii. Hiv positiva: devido a baixa 
imunidade, deve-se colher de 6 em 
6 meses. 
iii. Virgem: não colher, risco 
desprezível. 
 
 
 
 
4. Colposcopia: 
a. É o teste para avaliar o nível da lesão e a 
extensão das célulasneoplásicas quanto às 
camadas histológicas do colo uterino. 
b. Neste teste, aplica-se lugol com iodo em 
cortes histológicos do colo uterino e, se 
positivo para as lesões neoplásicas, não se 
Proliferação Celular 
observa coloração (Schiller Positivo). 
 
 
 
 
5. Biópsia: 
a. Deve ser utilizada para comprovação do 
tipo histológico e do grau histológico. 
b. Deve-se realizar biópsia de modo dirigido 
para aquelas regiões que refletiram em 
teste de Schiller Positivo. 
 
6. Exames de imagem: 
a. Radiografia de Tórax: este exame é válido 
para detectar possíveis disseminações 
para o pulmão. 
b. Ultrassonografia transvaginal e 
ressonância magnética. 
c. Retossigmoidoscopia e colonoscopia. 
 
 
ESTADIAMENTO 
 
 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR 
→ Indicado para lesões iniciais, principalmente lesões 
microscópicas. 
→ Realiza-se conização do colo do útero. 
 
TRATAMENTO CIRURGICO RADICAL 
→ Retirada cirúrgica de toda peça (útero, anexos, 
gânglios e dissecção pélvica). 
→ Para pacientes com lesões inicias que buscam a 
cura completa. 
 
EXENTERAÇÃO PÉLVICA PRIMÁRIA 
→ É considerada uma cirurgia ultrarradical, sendo o 
método de escolha para pacientes com estadio IV; 
→ Com o intuito de beneficiar a qualidade de vida do 
paciente (que, na maioria dos casos, experimenta 
a saída de fezes e urina pela vagina), por melhorar 
a qualidade do ponto de vista higiênico. 
→ Entretanto, a cura não é obtida. 
 
RADIOTERAPIA EXCLUSIVA 
→ Recusa do paciente em submeter-se à cirurgia. 
→ Pacientes com obesidade mórbida, de modo que a 
cirurgia seja dificultada do ponto de vista técnico. 
 
RADIOTERAPIA PALIATIVA 
→ Utilizada para casos mais avançados, de IIB em 
diante 
 
RADIOTERAPIA + QUIMIOTERAPIA 
→ Utilizado para pacientes com idade abaixo de 60 
anos, que tenha um bom estado clínico. 
 
PREVENÇÃO 
→ A principal medida para se evitar o surgimento do 
câncer do colo do útero estão relacionadas à 
prevenção no surgimento de lesões induzidas pelo 
HPV. - A vacinação, sobretudo entre as mulheres 
até os 26 anos de idade. 
 
→ Os testes de prevenção (sobretudo o Papanicolau) 
poderão detectar a presença das chamadas lesões 
pré cancerígenas ou NIC. 
 
→ É fundamental ressaltar a importância do número 
restrito de parceiros sexuais, uso de preservativo 
nas relações e visitar regularmente o médico 
ginecologista.

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