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câncer colorretal

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Proliferação Celular 
 
Câncer Colorretal 
 
CONCEITO DE CÂNCER COLORRETAL 
 
 
→ Câncer colorretal são tumores que acometem o 
intestino grosso (cólon + reto) 
→ A maioria deles tem origem em pólipos que se 
formam na parede do cólon ou reto. 
→ Se identificados precocemente esses pólipos 
podem ser retirados antes de transformarem em 
tumores malignos. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
→ Segundo a OMS, o CCR é a terceira maior causa de 
câncer na população. 
→ No Brasil a maior incidência esta na região sul e 
sudeste. 
→ Nas últimas décadas teve um declínio na 
mortalidade, devido ao aumento do rastreamento 
e a melhora do tratamento. 
→ A incidência aumenta em maiores de 50 anos (90% 
dos diagnósticos). 
→ É dividido em três tipos: esporádico (75%), o de 
origem familiar (20%) e os demais causas 
(síndromes e doença inflamatória intestinal). 
→ O tipo histológico mais comum é o 
adenocarcinoma. 
→ Tem cura, quando detectado precocemente. 
 
FATORES DE RISCO 
DIETA: 
→ Dietas contendo alto teor de gordura. 
→ Alto consumo de carne vermelha ao longo dos 
anos. 
→ Obesidade – hiperinsulinemia leva ao aumento dos 
níveis séricos de IGF-1 (Fator de crescimento 
semelhante à insulina tipo 1), que estima o 
crescimento de células da mucosa do cólon. 
 
TABAGISMO E ÁLCOOL: 
→ Principalmente a cerveja, tende a aumenta o risco 
de CCR. 
 
FATORES GENÉTICOS: 
→ Proto-oncogenes (é um gene normal que se torna 
um oncogene devido a uma mutação), nesse caso 
temos o KRAS que tem função na regulação do 
crescimento normal. 
o Sua mutação leva a proliferação celular 
excessiva. 
→ Perda de genes supressores tumorais – gene APC. 
(outros p53). 
o Sua deleção causa alterações na 
transmissão de sinais extracelulares para o 
núcleo. 
→ Alterações genética – MMR (gene que repara erros 
de paramento de bases durante a replicação do 
RNA). 
o Alterações nesse gene, levam a erro de 
replicação e alterações genéticas que 
desenvolvem um HNPCC. 
 
PRESENÇA DE PÓLIPOS ADENOMATOSOS: 
→ A maioria dos CCR surgem a partir de pólipos 
macroscópicos que evoluem. 
→ Essa evolução pode levar até uma década. 
 
 
 
HISTÓRICO FAMILIAR: 
→ CCR em familiares de primeiro grau aumentam 1,7 
Proliferação Celular 
vezes o risco, podendo dobrar caso o individuo 
possua dois parentes de primeiro grau com o 
câncer. (câncer esporádico – 75%) 
→ Polipose adenomatosa familiar – síndrome que se 
formam milhares de pólipos no cólon e reto a partir 
de 15 a 20 anos, e caso não haja remoção evoluem 
para câncer em uma década. 
→ CCR hereditário e não polipoide – é uma desordem 
caracterizada pela mutação em genes que regulam 
o reparo do DNA, gerando um defeito chamado de 
instabilidade de microssatélites. Esses pacientes 
desenvolvem ca colorretal numa idade precoce, 
entre 35 a 45 anos. 
 
 
Polipose adenomatose familiar 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL 
→ Não é causada pela formação de pólipos, o que 
ocorre é uma displasia epitelia na parede do colon. 
→ Nesse caso, tanto a retocolite ulcerativa quanto a 
doença de Crohn são consideradas fatores de risco. 
 
FISIOPATOLOGIA 
SEQUÊNCIA ADENO-CARCINOMA 
→ Essa via corresponde a 80% dos CCR esporádicos. 
→ Nós temos duas copias do gene supressor de tumor 
- polipose adenomatosa coli (APC). O tumor, ou 
seja, o adenoma, só se instala quando ocorre 
mutação das duas cópias do gene, fazendo com 
que ele perca sua função. 
→ A função normal desse gene é promover a 
degradação da b-catenina, como o APC vai está 
inativo, ocorre o acumulo da b-cternina. 
→ Esse acumulo desloca para o núcleo da célula e 
ativa a a transcrição de genes responsáveis pela 
proliferação célular. 
 
→ Esse tipo de câncer se inicia como lesões epiteliais 
dentro da mucosa, surgindo a partir de pólipos. E 
enquanto crescem, penetram na submucosa, 
invadem os vasos linfáticos e ganham acesso aos 
linfonodos e tecidos vizinhos, assim como aos 
órgãos à distância. 
 
 
VIA DE INSTABILIDADE DE MICROSSATÉLITES 
→ Está associado ao aparecimento de câncer 
colorretal hereditário não polipose. 
→ Ocorre em pacientes que tem perdas de genes, que 
estão relacionados ao reparo do DNA, logo existem 
mutações que se acumulam dando origem ao que 
chamados de instabilidade microssatélite. 
→ Geram irregularidade em genes envolvidos na 
regulação do crescimento celular, levando ao 
crescimento celular descontrolado. 
 
 
 
DISSEMINAÇÃO 
→ Através da parede do intestino para o mesentério 
e invadindo órgão adjacentes. 
→ Através dos linfonodos para os linfonodos 
regionais. 
→ Através da veia porta para o fígado. 
→ Pode invadir diretamente a vagina, a próstata e 
bexiga, além dos ossos da pelve. 
 
QUADRO CLÍNICO 
→ No inicio da doença, a maior parte dos indivíduos 
com CCR são assintomáticos. 
→ Os sintomas gerais: 
o Sangramentos (oculto ou exteriorizado); 
o Dor abdominal (disseminação do ca pelo 
peritônio). 
o Constipação intestinal e diarreia. 
o Presença de massa abdominal palpável. 
Proliferação Celular 
o Emagrecimento 
o Raramente – obstrução mecânica, 
perfuração intestinal (ascite). 
o Sinais de metástase hepática. 
 
CÓLON ASCENDENTE 
▪ Anemia ferropriva (devido a perdas sanguíneas) – 
fadiga, fraqueza e palidez de mucosa. 
▪ Tumor pode ser palpável. 
▪ O sangramento pode se exterioriza como melena. 
 
CÓLON DESCENDENTE 
▪ Como o diâmetro do colon desse lado é menor, 
ocorre estenose e obstrução. 
▪ Predominando constipação intestinal alternando 
com diarreia. 
▪ Distenção abdominal e sangramento vivo nas 
fezes. 
 
RETAL 
▪ Hematoquezia (hem. Digestiva baixa – sangue vivo 
no ânus). 
▪ Constipação 
▪ Tenesmo – espasmos do esf. anal 
▪ Eliminação de muco 
 
DIAGNÓSTICO 
ANAMNESE 
→ Fatores de risco 
→ Sintomas (sangramento retal, dor abdominal, 
modificações dos hábitos intestinais, 
emagrecimento e anemia ferropriva). 
 
EXAME FÍSICO 
→ Massa abdominal 
→ Hepatomegalia 
→ Toque retal pode perceber a presença de câncer de 
reto. 
 
EXAMES LABORATÓRIAIS 
→ Hemograma compatível com anemia ferropriva 
→ Teste DNA fecal – presença de alterações genéticas 
nas fezes oriundas da descamação de um possível 
tumor. 
 
 
COLONOSCOPIA 
→ A colonoscopia é um exame que permite ao 
médico analisar o revestimento interno do 
intestino grosso e parte do intestino delgado 
→ Padrão ouro no diagnóstico do CCR, pois fornece a 
localização e extensão do tumor. 
→ é capaz de remover lesões pré-malignas, 
adenocarcinomas. 
→ E ainda possibilita a realização de biópsias para a 
análise histopatológica da lesão. 
 
 
 
OUTROS EXAMES 
→ Exames de imagem são necessários para classificar 
o estadiamento do tumor. 
→ O principal é a tomografia computadorizada que 
avalia o comprometimento extramural e a 
detecção de metástases. 
→ Também pode ser utilizado a ressonância 
magnética. 
 
ESTADIAMENTO 
→ O estadiamento é feito com base nos exames 
de imagem (tomografia + radiografia). 
→ Existem dois sistemas de estadiamento 
o Sistema de Dukes – mais antigo e 
menos complicado. 
o Sistema TNM – mais utilizado 
 
 
 
TRATAMENTO 
RESSECÇÃO TUMORAL 
Proliferação Celular 
→ É o tratamento padrão, com retirada do tumor 
associado a retirada dos linfonodos regionais. 
→ Pode ser realizada por via aberta ou 
laparoscópica, que possuem menos sequelas e 
complicações. 
 
TERAPIA NEOADJUVANTE 
→ Realizada antes da cirurgia curativa 
→ Normalmente por meio de quimioterapia 
associada a radioterapia, com o intuito de redução 
do tamanho do tumor e com isso ressecções 
menos extensas. 
 
RASTREAMENTO 
→ O CCR pode ser curado se diagnosticado 
precocemente. 
 
TODOS PACIENTE ACIMA DE 50 ANOS (homem e 
mulher) 
▪ Colonoscopia – repetir de 10/10 anos. 
▪ Sigmoidoscopia (Uma câmera de vídeo que 
permite ver dentro do reto e a parte do cólon 
correspondente ao sigmoide) – 5/5 anos 
▪ Colonoscopia virtual (TC) – 5/5 anos. 
▪ Sangue oculto nas fezes – anualmente. 
Obs. Histórico familiar positivo, iniciar rastreio a partirdos 40 anos. 
 
SÍNDROME DE LYNCH 
▪ É uma doença hereditária, responsável por 3 a 5% 
da totalidade dos casos de CCR. 
▪ Rastrear pacientes com + 20 anos. 
• > 20 anos: colonoscopia de 2/2 anos. 
• > 35 anos: colonoscopia anual. 
 
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF) 
▪ Rastrear paciente com mais de >10 anos – 
retossigmoidoscopia anual. 
▪ Limite de idade – até os 40 anos. 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL 
▪ Pacientes com 8 a 10 anos de doença 
▪ Realizar colonoscopia de 2/2 anos. 
 
PROGNÓSTICO 
Com base no estadiamento e local do câncer (colon ou 
reto).

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