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Proliferação Celular Câncer de Tireoide CONCEITO → O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. HISTOLOGIA DA TIREOIDE EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO TIPOS DE CÂNCER DE TIREOIDE CARCINOMA DIFERENCIADOS DA TIREOIDE (90 a 95%) → Subtipos: o Papilíferos (85%) o Foliculares (10%) o Células de Hurtle (5%) CARCINOMA MEDULAR (5%) CARCINOMA ANAPLASICO (1%) TIPOS DE CÂNCER DE TIREOIDE CARCINOMA PAPILÍFERO → Conceito: o Ocorre principalmente em mulheres de 30 a 50 anos. o Também, tem uma ocorrência especial em crianças. o Uma grande parte dos nódulos são menores de 1cm. o É o tumor maligno mais comum da tireoide (85%) o Seu crescimento é lento e apresenta baixa possibilidade de progressão. o Quando apresenta metástase, acomete outras partes da tireoide e os linfonodos cervicais. Na metástase a distancia o pulmão, ossos e SNC são os mais acometidos. o O prognóstico é bom. → Histopatologia: o BRAF – mutação presente em 50% dos casos e com pior prognóstico. o Translocação RET/PTC – segundo tipo mais comum, principalmente em crianças expostas à radiação. o RAS – presente em 15% dos pacientes e não é especifico do carcinoma, pode ser encontrado em adenomas. → Quadro clínico: o O paciente normalmente apresenta uma tireoide em estado normal (eutireoidiano). o As vezes com uma massa de crescimento lento e não doloroso. o Em casos avançados surgem sintomas compressivos como disfagia e rouquidão. CARCINOMA FOLICULAR → Conceito: o Corresponde a 10% dos carcinomas tireoidianos. o Tem maior prevalência em regiões onde a ingestão de iodo é deficiente. o O pico de incidência ocorre aos 50 anos. o A metástase pode aparecer já no inicio da doença. Sendo que, as metástases a distância ocorrem em 15 a 20% dos casos, com envolvimento dos pulmões e dos ossos. (não apresenta metástase para os linfonodos cervicais). → Histologia: o Mutação nos genes RAS (pode estar em outros subtipos como o papilífero e também no adenoma) e PTEN. o Translocação do PAX8/PPAR-gama – Proliferação Celular mutação mais frequente. → Clínica: o Bócio nodular (um nódulo solitário e indolor), associado a valores normais de TSH e T4 livre. CARCINOMA MEDULAR → Conceito: o Se origina nas células parafoliculares. o Pode se apresenta de duas formas: esporádica (80%) e familiar (neoplasia endócrina múltipla do tipo 2). o Neoplasia endócrina múltipla – síndrome genética do gene que é transmitida de pais para filhos, sendo 50% dos filhos afetados tem o risco de apresentar a doença. o Com relação a metástase, o paciente ao ser diagnosticado apresenta 50% de chance de já ter metástase em linfonodos. Ainda pode ocorrer metástase para fígado, pulmão e ossos. → Histopatologia: o Associada ao gene MEN-2 o Mutação do gene RET (proto- oncogene). o Esse tumor pode levar ao aumento da secreção de diversas substâncias – antígeno carcinoembriogênico (CEA), cromogranina A, prostaglandinas, serotonina, ACTH, TRH e outros – quanto mais elevado os níveis dessas substancias no sangue, maior o risco de metástase. → Clínica: o Os pacientes com carcinoma medular sejam de forma esporádica ou familiar eles apresentam um nódulo palpável e duro, nos terços superiores da tireoide. o Nos casos mais avançados o paciente pode ter disfagia, rouquidão e pressão local. o O paciente pode vim a apresenta a síndrome de Cushing, devido a maior produção de ACTH. CARCINOMA ANAPLÁSICO → Conceito: o É o tipo mais grave e menos comum de ca de tireoide. o Mais prevalente em áreas com déficit de iodo. Além disso, tem prevalência em mulher e idosos. o Esse tumor surge de uma lesão benigna ou de um carcinoma diferenciado que já tem longa duração. → Histopatologia: o Crescimento tumoral rápido e com invasão de linfonodos e outras estruturas ao redor. o Mutação do gene p53 o O tumor apresenta uma variedade de células – de pequenas células a células enormes com graus diferentes de variação. o A metástase pode ocorrer por via linfática para os linfonodos cervicais e por via hematogênica para cérebro, pulmão e ossos. → Clínica: o O paciente apresenta nódulo na tireoide que aumenta de forma e torna- se doloroso. o O paciente ainda pode apresentar disfagia, disfonia e dispneia. o O tumor se encontra aderido a estruturas vizinhas e pode estar ulcerado, correspondendo a áreas amolecidas. DIAGNÓSTICO USG: → Quando há a presença de um nódulo palpável deve-se realizar a USG. → Que vai determinar se o nódulo é cístico ou sólido. → Avalia também os linfonodos regionais. PAAF → Punção aspirativa por agulha fina. → Método padrão-ouro para o diagnóstico de neoplasias da tireoide. → Possui alta sensibilidade e especificidade. → Diagnóstica câncer papilifero, medular e anaplásico (exceto o folicular). → Possui baixos índices de complicações. → Com o material coletado pode avaliar alguns marcadores como a tireoglobulina, calcitonina e outros. OUTROS EXAMES: → TC e RM, são indicados para complementar a avaliação, principalmente de pacientes com metástase. Proliferação Celular DIAG. MEDULAR → Massa palpável + níveis elevados de calcitonina → já fecha diagnóstico. → Para confirmar se faz PAAF. → Deve se avaliar as catecolaminas e o cálcio sérico para descartar possíveis diagnósticos diferenciais. → Pesquisar-se também mutações do RET e NEM (Neoplasia endócrina múltipla). DIAG. ANAPLÁSICO → PAAF + citologia → A citologia é necessária para o reconhecimento de tumores indiferenciados. → Pesquisa de antígenos: o Tireoglobulina (carcinoma anaplásico). o Antígeno linfocitário (linfoma). o Calcitonina (tumor medular). ESTADIAMENTO → Câncer de tireoide diferenciado: (papilífero ou folicular) → Carcinoma Medular e Anaplásico: TRATAMENTO PAPILÍFERO: → Cirúrgico: o Lesões c/ >1cm e extensão extratireoidina ou mesmo metástase – tireoidectomia total. o Paciente <15 anos – tireoidectomia total. o Lesões < 1cm – tireoidectomia parcial. → Dissecção dos linfonodos: o Realiza-se na presença de adenomegalias palpáveis ao exame físico. FOLICULAR: → Cirúrgico: o Lesões <2cm – tireoidectomia parcial. o Lesões >2cm – tireoidectomia total ou radioblação c/ supressão do TSH. o Se o histopatológico confirmar adenoma – nenhum procedimento é necessário. Somente se, o histopatológico demonstrar malignidade pode ser realizado tireoidectomia ou mesmo radioablação. → Dissecção dos linfonodos: o Realizado somente se houver comprometimento evidente. MEDULAR: → Tireoidectomia total: o Sempre indicado devido a multicentricidade do tumor. o Em conjunto é realizado a ressecção dos linfonodos da cadeia central. → O câncer medular não responde a radioterapia, nem por ablação com radioiodo ou supressão de hormônio tireoidiano. ANAPLÁSICO → O tratamento não traz bons resultados. → Não é recomendado a tireoidectomia, devido a invasão de outras estruturas do pescoço. → Deve ser feito traqueostomia para prevenir asfixia traqueal. PROGNÓSTICO PAPILÍFERO → A idade é mais relevante – a mortalidade aumenta a partir dos 45 anos. → A invasão vascular ou da cápsula, assim como metástase a distância, está associada a pior evolução. → A taxa de recidiva e mortalidade em 30 anos é 31% e 6%. Proliferação Celular MEDULAR → É um tumor bem mais agressivo que os carcinomas bem diferenciados. → A sobrevida vai está relacionado com a idade, sexo e estágio da doença. → A sobrevida em 10 anos chega a 90% em doença confinada a tireoide. 70% no comprometimento de linfonodos cervicais e 20% quando há metástase a distancia. → A forma é mais grave quando associada ao MEN-2B. ANAPLÁSICO → É uma das neoplasias mais letais em humanos. → Praticamente todosos portadores da doença morrem da doença. → A sobrevida em geral é de 2 a 12 meses (90% falecem em 6 meses). → Fatores que melhoram o prognóstico são a idade <65 anos, tumor <5cm e ausência de metástase. Assim como, o uso de radioterapia ou cirurgia radical.
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