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Tutoria 6 - diencéfalo

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1 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
TUTORIA 6 
DIENCÉFALO 
 
ANATOMIA DO DIENCÉFALO 
- Cérebro: diencéfalo + telencéfalo. 
- Partes do diencéfalo: 
• Tálamo 
• Hipotálamo 
• Epitálamo 
• Subtálamo 
- Cavidade do diencéfalo → terceiro ventrículo 
 
 
 
➢ Terceiro Ventrículo: 
- É a cavidade do diencéfalo. 
- Se comunica com o IV ventrículo pelo → arqueduto 
cerebral; E se comunica com os ventrículos laterais 
pelos → forames interventriculares/ ou de Monro. 
- Sulco hipotalâmico → se estende do arqueduto 
cerebral até o forame interventricular. 
• Acima do sulco – tálamo 
• Abaixo do sulco – hipotálamo 
 
- A união do tálamo dos dois lados é feita pela 
aderência intertalâmica – funciona como uma ponte e 
é composta de substância cinzenta. 
- No espaço entre os dois tálamo, ou seja, o local onde 
se encontra a ponte (aderência intertalâmica), é onde 
está a passagem do terceiro ventrículo. 
 
- Na parte do terceiro hipotálamo: 
• Quiasma óptico 
• Infundíbulo 
• Túber cinéreo 
• Corpos mamilares 
- A parede posterior do ventrículo é formada pelo 
epitálamo (acima do sulco hipotalâmico). 
 
Sulco hipotalâmico Sulco hipotalâmico 
hipotálamo 
tálamo 
Quiasma 
óptico 
infundíbulo 
Túber cinéreo 
Corpos mamilares 
epitálamo 
 
2 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
- Estrias medulares do tálamo: feixa de fibras 
nervosas onde se insere os plexos corioides do 
terceiro ventrículo (produção de líquor). 
 
 
➢ Tálamo: 
- Duas massas volumosas de substância cinzenta, 
dispostas uma de cada lado do diencéfalo. 
- Posteriormente o tálamo apresenta uma grande 
eminência – a eminência pulvinar, de onde se projeta: 
• O corpo geniculado medial (via auditiva). 
• O corpo geniculado lateral (via óptica). 
 
 
- O tálamo está relacionado com a sensibilidade. 
 
➢ Hipotálamo: 
- Função relacionada com o controle da atividade 
visceral. 
- Possui os seguintes componentes: 
• Corpos mamilares – duas eminências 
arredondadas de substância cinzenta. 
• Quiasma óptico – cruzamento das fibras 
recebidas do nervo óptico → se dirige ao corpo 
geniculado lateral. 
• Túber cinéreo – área ligeiramente cinzenta, 
onde prende-se a hipófise. 
• Infundíbulo – formação nervosa que se prende 
ao túber cinéreo, sua parte inferior continua 
com o lobo nervoso/ neuro-hipófise. 
 
➢ Epitálamo: 
- Localizada na região posterior do terceiro ventrículo. 
- Seu elemento mais evidente é a glândula pineal 
(produção de melatonina), que repousa sobre o teto 
mesencéfalico. 
- Do corpo da pineal prende-se dois feixes de fibra: 
• Comissura das habênulas (superior) 
• Comissura posterior (limite entre diencéfalo e 
mesencéfalo) 
 
 
➢ Subtálamo: 
- Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e 
o tegmento do mesencéfalo. 
- De difícil visualização, pois localize-se abaixo do 
tálamo. 
- O subtálamo tem função motora. 
 
Estria medulares → plexo corioide 
Duas massas 
do tálamo Terceiro 
ventrículo 
Corpo geniculado 
lateral 
Corpo geniculado 
medial 
Aderência 
intertalâmica 
Pineal 
Comissura das habênulas 
Comissura posterior 
 
3 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
HIPOTALÁMO 
➢ Divisões: 
- É constituído fundamentalmente de substância 
cinzenta, no qual se agrupa em núcleos. 
- O hipotálamo é percorrido por variados feixes de 
fibras, a exemplo do fórnix (percorre de cima para 
baixo, terminando no corpo mamilar). 
 
- O fórnix permite dividir o hipotálamo em uma área 
medial e outra lateral. 
• Área medial: rica em substância cinzenta e 
onde se localiza os principais núcleos do 
hipotálamo. 
• Área lateral: predominância de fibras 
longitudinais. 
- A área lateral do hipotálamo → percorrida pelo feixe 
prosencefálico medial (complexo sistema de fibras que 
estabelece conexão entre o sistema límbico e a 
formação reticular do mesencéfalo) → sistema de 
prazer do cérebro. 
*Sistema límbico = é a unidade responsável pelas 
emoções e comportamentos sociais. 
 
- O hipotálamo poder ser dividido também em três 
planos frontais: 
• Hipotálamo supraóptico: compreende o 
quiasma óptico e toda a área situada acima 
dele. 
→ Ligado ao hipotálamo supraóptico se 
localiza a área pré-óptica, onde 
encontramos o órgão vascular da 
lâmina terminal – sinais químicos de 
termorregulação e metabolismo salino 
→ Núcleos: supraquiasmático; supra-
óptico; paraventricular. 
• Hipotálamo tuberal: compreende o túber 
cinéreo e toda área situada acima dele. 
→ Núcleos: arqueado; ventro-medial; 
dorsomedial. 
• Hipotálamo mamilar: compreende o corpo 
mamilar, seus núcleos e as áreas das paredes 
do III ventrículo. 
→ Núcleo posterior 
 
➢ Conexões do Hipotálamo: 
- O hipotálamo recebe sinais das vias sensoriais, de 
várias áreas do sistema nervoso central e faz sua 
eferência de modo a ajudar na homeostasia. 
→ SISTEMA LÍMBICO: 
- Regulação do comportamento emocional e da 
memória. 
- Relação do hipotálamo: 
• Hipocampo – o hipocampo liga-se aos 
núcleos mamilares pelo fórnix → de onde 
os impulsos nervosos seguem para o 
núcleo anterior do tálamo. (Circuito de 
Papez) 
Obs. Dos núcleos mamilares os impulsos 
nervosos também chegam a formação 
reticular do mesencéfalo. 
• Corpo amigdaloide – as fibras do corpo 
amigdaloide chegam ao hipotálamo pela 
estria terminal. 
 
4 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
• Área septal – essa área liga-se ao 
hipotálamo através de fibras do feixe 
prosencefálico medial. 
 
→ VISCERAIS: 
- Conexões aferentes e eferentes com os neurônios da 
medula e do tronco encefálico. 
- Conexões aferentes: 
• O hipotálamo recebe informações sobre a 
atividade das vísceras através de conexões 
com as fibras do trato solitário. – toda 
sensibilidade visceral e gustação (nervos 
faciais, glossofaríngeo e vago). 
- Conexões eferentes: 
• O hipotálamo controla o sistema nervoso 
autônomo agindo sobre os neurônios pré-
ganglionares do sistema simpático e 
parassimpático. 
 
→ HIPÓFISE: 
- Tem apenas conexões eferentes com a hipófise: 
• Trato hipotálamo-hipofisário – fibras dos 
neurônios magnocelulares dos núcleos 
supraóptico e paraventricular e terminam na 
neuro-hipófise. 
Neurossecreção: vasopressina (ADH) e 
ocitonina. 
• Trato túbero-infundibular – fibras que 
originam dos neurônios parvicelulares do 
núcleo arqueado, terminando na eminência 
mediana da haste infundibular. 
Transportam hormônios que ativam e inibem 
os hormônios produzidos pela adeno-hipófise. 
 
 
 
→ SENSORIAIS: 
- Diversas outras modalidades sensoriais tem acesso ao 
hipotálamo por vias indiretas que nem sempre são 
bem conhecidas. 
• Recebe informações de áreas erógenas 
(excitação sexual), como mamilos e órgão 
genitais, importantes para a ereção. 
• Informações com conexões diretas do córtez 
olfatório e da retina, por meio do núcleo supra-
quiasmático – conexões envolvidas na 
regulação dos ritmos circadianos. 
 
➢ Funções: 
- O hipotálamo tem um papel regulado sobre o sistema 
nervoso autônomo e o sistema endócrino. 
- O hipotálamo, também, controla processos 
motivacionais importante para a sobrevivência do 
indivíduo e da espécie, como a fome, a sede e o sexo. 
*Processos motivacionais = impulsos internos que 
levam a realização de comportamentos específicos. 
 
→ CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: 
- Estimulações elétricas em áreas determinadas do 
hipotálamo dão respostas típicas do sistema 
autônomo. 
- O hipotálamo anterior → controla o sistema 
parassimpático. 
- O hipotálamo posterior → controla o sistema 
simpático. 
 
→ REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: 
Núcleo 
arqueado 
 
5 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
- O hipotálamo é responsável por regular a 
temperatura corporal → é informado da temperatura 
corporal por termorreceptores periféricos ou 
neurônios que funcionam como termorreceptores. 
- No hipotálamo encontramosdois centros de 
temperatura: 
• Centro da perda do calor – localizado no 
hipotálamo anterior – estimulação nesse 
centro causam vasodilatação periférica e 
sudorese. 
• Centro da conservação do calor – localizado no 
hipotálamo posterior – estimulação nesse 
centro causam vasoconstrição periférica, 
tremores musculares (calafrios) e até mesmo 
liberação do hormônio tireoidiano. 
- CASO CLÍNICO: Lesões no hipotálamo que acometem 
esse centro causam elevação incontrolável da 
temperatura (febre central), quase sempre fatal. 
- Acredita-se que o hipotálamo ativa regiões do córtex 
cerebral para determinar os comportamentos que 
motivam a busca por abrigo, agasalho ou local fresco e 
ventilação. 
 
→ REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL: 
- Muitas áreas do hipotálamo estão relacionadas ao 
sistema límbico e tem papel na regulação da emoção. 
 
→ REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDROSSALINO E DA 
PRESSÃO ARTERIAL: 
- Para o controle do equilíbrio hidrossalino (água e sal) 
exige mecanismos de regulação de líquido do 
organismo, ou seja, o volume sanguíneo (volemia) e 
também, da osmolaridade que representa a 
concentração extracelular de Na+. → a pressão arterial 
está ligada a esses dois fatores. 
- O hipotálamo para a regulação do equilíbrio 
hidrossalino, promove a liberação do ADH (núcleos 
supra-ópticos e paraventricular → liberado na neuro-
hipófise). – para receber essa informação, os neurônios 
mantêm aferências com dois órgãos – órgão vascular 
da lâmina terminal e órgão subfornicial (neles não 
existem barreira hematoencefálica, o que permite 
detectar: 
>> Órgão vascular → osmolaridade do sangue 
>> Órgão subfornicial → níveis circulantes de angiotensina 2 
*Angiotensina 2 – redução da pressão arterial 
 
- Outro mecanismo regulador da ingestão de água e sal, 
tem como base os barorreceptores, localizados na 
parede dos grandes vasos e no seio carotídeo (arco 
aórtico). – esses receptores percebem alterações da 
pressão arterial e transmitem aos núcleos do trato 
solitário pelo nervo vago → esse núcleo conecta com 
os núcleos paraventriculares e supra-óptico, quando o 
sinal detectado é hipovolemia secreta-se o ADH 
(vasoconstrição, reabsorção de sódio e água); se for 
detectado hiponatremia (baixa de sódio) é liberado 
ACTH pela hipófise (age na suprarrenal estimulando a 
secreção de aldosterona → age reabsorvendo sódio). 
- CASO CLÍNICO: o hipotálamo também regula a 
volemia por meio da estimulação da ingestão de água 
e sal (centro da sede). – lesões desta área faz com que 
a pessoa perca a sede, podendo morrer desidratado. 
 
→ REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS: 
- Centros da fome: 
• Centro da fome – hipotálamo lateral, estimula 
o desejo em se alimentar. 
• Centro da saciedade – núcleo ventromedial, 
causa a total saciedade. 
- Lesões da área lateral do hipotálamo causam ausência 
do desejo de alimentar-se (anorexia), enquanto que, 
lesões do núcleo ventromedial leva o animal a 
alimenta-se exageradamente (hiperfagia) tornando-o 
extremamente obeso → ocorre em tumores 
suprasselares e resultam em obesidade acompanhada 
de hipogonadismo (interferência na secreção dos 
hormônios gonadotrópicos pelo hipotálamo). 
Regulação da ingestão de alimentos pela via 
endócrina: 
✓ O hormônio leptina é secretado pelas células do 
tecido adiposo e lançada ao sangue e chega ao 
núcleo arqueado do hipotálamo informando a 
 
6 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
abundância de gordura existente no corpo, que é 
proporcional ao volume de leptina liberada → 
assim, esse núcleo libera o hormônio α-
melanócito-estimulante, responsável pela 
saciedade. 
✓ As causa genéticas de obesidade são devidas a falta 
de receptores leptinas no núcleo arqueado do 
hipotálamo. 
 
→ REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO: 
- Neuro-hipófise: 
• O hormônio antidiurético e a ocitocina são 
sintetizados pelos núcleos paraventriculares e 
supra-ópticos do hipotálamo. 
• São transportados pelas fibras do trato 
hipotálamo-hipofisário até a neuro-hipófise e 
de lá são lançados na corrente sanguínea. 
- Adeno-hipófise: 
• O hipotálamo regula a secreção dos hormônios 
da adeno-hipófise por meio de uma conexão 
nervosa e outra vascular. 
• Neurosecretores do núcleo arqueado do 
hipotálamo secretam substancias que descem 
nas fibras do trato túbero-infunfibular e são 
liberados na eminencia mediana e na haste 
infundibular – a partir desse momento inicia a 
conexão vascular. 
• A conexão vascular é feita pelo sistema porta 
onde atuam regulando os hormônios adeno-
hipofisários – estimulando ou inibindo sua 
liberação. 
 
→ REGULAÇÃO DE RITMOS CIRCADIANOS: 
- Os parâmetros fisiológicos e comportamentais 
sofrem oscilações no período de 24h, chamado de 
ritmo circadiano e funcionam com relógios biológicos. 
- Nos mamíferos, o principal marca-passo situa-se no 
núcleo supra-quiasmático do hipotálamo, cuja 
destruição abole o ritmo circadiano. 
- O núcleo supra-quiasmatico recebe informações 
sobre luminosidade do meio por meio do trato retino-
hipotalámo o que lhe permite sincronizar com o ritmo 
natural do dia e noite. 
- A exemplo da temperatura corporal, o nível circulante 
de eosinófilos, de vários hormônios, glicose e várias 
outras substâncias, inclusive o sono e vigília. 
- Sabe-se que também existe relógios biológicos 
independentes: 
• Núcleos supra-óptico e arqueado, 
responsáveis pelo ritmo circadiano dos 
hormônios hipofisários. 
 
→ REGULAÇÃO DO SONO E VIGÍLIA: 
- O hipotálamo tem papel central na regulação do ritmo 
sono e vigília – a sincronização desde ritmo inicia-se no 
núcleo supra-quiasmático e é repassado ao núcleo pré-
óptico e a um grupo de neurônios do hipotálamo 
lateral que tem como neurotransmissor um peptídeo 
orexina (ou hipocretina). 
 
→ INTEGRAÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL: 
- O comportamento sexual depende de sinais neurais e 
químicos provenientes de todo o corpo integrados com 
o hipotálamo. 
- A excitação sexual depende do córtex frontal, o 
sistema límbico e estriado ventral, assim como com 
conexões com o hipotálamo. 
- No hipotálamo a excitação está ligada aos dois 
núcleos pré-ópticos. 
 
 
 
 
 
 
7 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
TALÁMO 
➢ Núcleos: 
 
- O tálamo possui mais de 50 núcleos, os principais são: 
→ NÚCLEO ANTERIOR: 
• Esses núcleos recebem fibras do núcleos 
mamilares pelo fascículo mamilotalâmico 
e projetam fibras para o córtex do giro do 
cíngulo e córtex frontal – integrando o 
circuito de Papez (relacionado com a 
memória). 
 
→ NÚCLEO POSTERIOR: 
• Compreende o pulvinar e os corpos 
geniculados lateral e medial. 
• Pulvinar – tem conexão com a área de 
associação temporoparietal do córtex 
cerebral; maior núcleo do tálamo, porém 
não tem suas funções bem conhecidas. 
• Corpo geniculado lateral – a rigor não é um 
núcleo, pois é formado de camadas de 
substancia branca e cinzenta. Recebe pelo 
trato óptico fibras oriundas da retina e 
projeta as fibras para a área visual do 
córtex cerebral. 
• Corpo geniculado medial – recebe fibras 
pelo braço do colículo inferior e as projetas 
para a área auditiva do córtex cerebral. 
 
→ NÚCLEO MEDIANO: 
• Localizado no plano mediano, na 
aderência intertalâmica. 
• Tem conexões principalmente com o 
hipotálamo e está relacionado com as 
funções viscerias. 
 
→ NÚCLEO MEDIAL: 
• Compreende os núcleos situados dentro 
da lamina medular interna (núcleos 
intralaminares) e o núcleo dorsomedial. 
• O núcleo intalaminar, especificamente o 
núcleo centromediano recebe um grande 
número de fibras da formação reticular 
que tem papel Sistema Ativador Reticular 
Ascendente (SARA) sobre o córtex 
cerebral. 
• Ações sensoriais, como reações 
emocionais para estímulos dolorosos – 
lesões no núcleo centromediano já foram 
feitas para aliviar dores intratáveis. 
 
→ NÚCLEO LATERAL: 
- Grupo Ventral: 
• Núcleo ventral anterior(VA) – projeta suas 
fibras para as áreas motoras do córtex 
cerebral. Tem função ligada ao planejamento e 
execução da motricidade somática. 
• Núcleo ventral lateral (VL) – recebe as fibras do 
cerebelo e projeta-se para as áreas motoras do 
córtex cerebral. (integra a via cerebelo-tálamo-
cortical). 
• Núcleo ventral posterolateral (VPL) – é um 
núcleo das vias sensitivas, recebe fibras dos 
lemniscos medial e espinhal e as projetas para 
o córtex do giro pós-central. 
 Lemnisco medial – impulsos de tato 
epicrítico e propriocepção consciente. 
 Lemnisco espinhal – transporta 
impulsos de temperatura, dor, pressão 
e tato protopático. 
• Núcleo ventral posteromedial (VPM) – núcleo 
de vias sensitivas, pois recebe fibras do 
lemniscos trigeminal, trazendo sensibilidade 
somática geral de parte da cabeça e fibras 
gustativas. Projeta suas fibras para a área 
somestésica situada no giro pós-central e para 
a área gustativa na parte posterior da insula. 
• Núcleo reticular – é constituído por uma fina 
calota de substancia cinzenta. O núcleo 
reticular difere dos demais núcleos talâmicos 
por utilizar como neurotransmissor o GABA 
(inibidor), enquanto a maioria dos outros usa 
glutamato. Se difere também, por apresentar 
conexões diretas não com o córtex e sim com 
outros núcleos talâmicos. 
 
 
8 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
➢ Relações TalamoCorticais: 
- O tálamo é um elo essencial entre os receptores 
sensoriais e o córtex cerebral, para todas as 
modalidades sensoriais exceto olfação. 
- O núcleo reticular age facilitando ou impedindo a 
passagem de informações para o córtex. Todos os 
núcleos talâmicos com exceção do núcleo reticular têm 
conexões com o córtex. 
- Através de suas conexões com o lobo frontal, 
especificamente com a área pré-frontal, participa de 
funções cognitivas. 
- Quando se estimula certos núcleos do tálamo, temos 
potenciais em apenas certas áreas do córtex, 
relacionadas com funções específicas (esses núcleos 
são chamados de núcleos talâmicos específicos ou de 
retransmissão). 
- Por outro lado, núcleos que modificam potenciais 
elétrico de uma área muito grande do córtex cerebral 
são chamados de núcleos talâmicos inespecíficos. 
 
➢ Funções do Tálamo: 
- O tálamo é um agregado de núcleos de conexões 
muito diferentes. 
• Sensibilidade – todos os impulsos sensitivos, 
antes de chegar ao córtex passam por um 
núcleo talâmico (com exceção apenas dos 
impulsos olfatórios). 
O papel do tálamo não é apenas transmitir os 
impulsos sensitivos, mas também, integra-los e 
modifica-los. 
Alguns desses impulsos se tornam conscientes 
já no tálamo, como a dor, temperatura e tato 
protopático. 
• Motricidade – através dos núcleos, ventral 
anterior e ventral lateral. 
• Comportamento emocional – através dos 
núcleos dorsomedial com suas conexões com a 
áre pré-frontal. 
• Memória – através do núcleo do grupo 
anterior e suas conexões com os núcleos 
mamilares do hipotálamo. 
• Ativação do córtex – através dos núcleos 
talâmicos inespecíficos e suas conexões com a 
formação reticular (SARA). 
 
 
➢ Correlações clínicas: 
- CASO CLÍNICO: Síndrome talâmica – lesões de vasos. 
Aparecimento de crises da chamada dor central, dor 
espontânea e pouco localizada e que se irradia. 
- Na síndrome talâmica o limiar de excitabilidade 
talâmica está aumentado, com isso estímulos térmicos 
ou táteis desencadeiam sensações intensas e 
desagradáveis e não facilmente caracterizada pelo 
doente. 
 
SUBTALÁMO 
- Área situada na parte posterior do diencéfalo na 
transição com o mesencéfalo, limitando-se 
superiormente com o tálamo. 
- As formações substalâmicas só podem ser observadas 
em secções do diencéfalo. 
- Estando situado na transição com o mesencéfalo, 
algumas estruturas do mesencéfalo estendem ao 
subtálamo, como o núcleo rubro, a substância negra e 
a formação reticular (chama de zona incerta do 
subtálamo). 
- Próprias do subtálamos temos as formações cinzentas 
e brancas e o mais importante, o núcleo subtalâmico – 
esse núcleo tem conexões com o globo pálido através 
do circuito pálido-subtálamo-palidal, importante para 
a regulação da motricidade somática. 
• Lesões do núcleo subtalâmico provocam uma 
síndrome conhecida como hemibalismo, 
caractezada por movimentos anormais das 
extremidades. Esses movimentos são muito 
violentos e não desaparecem nem com o sono, 
podendo levar o doente a exaustão. 
 
EPITALÁMO 
- Localizado na parte posterior do diencéfalo e contém 
formações importantes como a habênula e a glândula 
pineal. 
- A habênula participa da regulação dos níveis de 
dopamina na via mesolímbica, principal área do prazer 
do cérebro – pertence ao sistema límbico. 
➢ Glândula Pineal: 
- A glândula é constituída de um estroma de tec. 
conjuntivo contendo neuroglia e pinealócitos 
 
9 
Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
(produzem melatonina) – essas cél. são ricas em 
serotonina. 
- No homem, a pineal apresenta solidificações calcárias 
que aumentam com a idade. 
- A pineal é muito vascularizada e seus capilares têm 
fenestrações, logo não possui barreira 
hematoencefálica. 
- O hormônio da glândula pineal é a melatonina que 
está envolvida em diversas funções. 
- A melatonina também é sintetizada na retina, no 
intestino, nas células do sistema imunitário e na 
placenta. 
- O processo de síntese de melatonina está relacionado 
com o ciclo circadiano (relógio biológico): 
• O processo de síntese é ativado pela 
noradrenalina que é liberada pelas fibras 
simpáticas. 
• Durante o dia essas fibras tem pouca atividade 
e os níveis de melatonina na circulação são 
baixos. Entretanto durante a noite a inervação 
é atividade e os nível de melatonina aumentam 
cerca de dez vezes. (obedece um ritmo 
circadiano com pico durante a noite). 
• Esse ritmo também obedece ao núcleo 
supraquiasmático do hipotálamo. 
 
➢ Funções da Pineal: 
 
→ FUNÇÃO ANTIGONADOTRÓPICA: 
• A pineal tem efeito inibidor sobre as 
gônadas via hipotálamo. (A luz inibe a 
pineal e o escuro a ativa). 
• Sob luz permanente, em um experimento 
com ratas, essas entram em desejo sexual 
permanente – muita luz → baixa de 
melatonina na circulação → logo não 
ocorre o efeito antigonadotrópico. 
• Ratos sob regime de quase 24h no escuro 
demonstraram atrofia do testículo – pouca 
luz → alta de melatonina no sangue → 
efeito antigonadotrópico. 
• Meninas cegas de nascença possuem 
alterações de aparecimento da puberdade 
– ausência de luz → muita melatonina → 
efeito antigonadotrópico. 
• Em tumores da pineal pode haver 
destruição de pinealócitos → reduz 
melatonina → puberdade precoce. 
 
→ SICRONIZAÇÃO DO RITMO CIRCADIANO DE 
VIGÍLIA-SONO: 
• A melatonina tem uma ação 
sincronizadora suplementar sobre este 
ritmo agindo diretamente sobre os 
neurônios do núcleo supra-quiasmático 
(possuem receptores para a melatonina). 
• A pineal é muito importante quando há 
mudanças acentuadas no ciclo natural de 
dia-noite – isso ocorre nos voos 
intercontinentais (região que é dia 
enquanto seu ritmo circadianos está em 
fase de sono). 
• O mal-estar e a sonolência (jet-lag) 
observados nesta situação melhora mais 
rapidamente com a administração da 
melatonina. 
• A melatonina, também, é usada para fins 
terapêuticos em casos de desordens do 
ritmo circadiano de sono e vigília. 
 
→ REGULAÇÃO DA GLICEMIA: 
• A melatonina está envolvida na regulação 
da glicemia, pois inibi a secreção de 
insulina pela células beta das ilhotas 
pancreáticas. 
• Os pinealócitos possuem receptores de 
insulina formulando assim uma alça de 
retroalimentação (feedback). 
 
→ REGULAÇÃO DA MORTE CELULAR POR APOPTOSE: 
• A melatonina inibe o aparecimento de 
células em apoptose → enquanto que, os 
corticoides ativam este processo. 
• Ao contrário do que acontece nas células 
normais, nas células cancerosas a 
melatoninaaumente a apoptose – 
contribuindo para a regressão de certos 
tipos de tumores. 
 
→ AÇÃO ANTIOXIDANTE: 
• É um dos mais potentes antioxidantes 
conhecidos, superando as vitaminas A, C, 
E. Não só remove os radicais livres, como 
também aumenta a capacidade 
antioxidante das células. 
 
 
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Tutoria Neurologia I 
Vitória Trindade - 2020 
→ REGULAÇÃO DO SISTEMA IMUNITÁRIO: 
• A melatonina aumenta as respostas 
imunitárias agindo sobre as células do 
baço, timo, medula óssea, macrófagos, 
neutrófilos e células T.

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