Buscar

Ecocardiografia: Entendendo a Função Diastólica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Luana Villafuerte 1 
ECOCARDIOGRAFIA 
Transcrição de Mara 
 É um exame que não é invasivo, mas pode ser invasivo, uma vez que podemos colocar o transdutor pelo esôfago, 
anatomicamente pertinho do coração (eco transesofágico). 
▪ Antes de pedir o eco transesofágico, o eco transtorácico pode ajudar melhor → o esofágico precisa de todos os 
cuidados de um procedimento invasivo, como anestesia, equipe, aparelhos.... 
No ecocardiograma, vemos se está remodelando ou não, 
se é uma hipertrofia concêntrica excêntrica, além de ver de que 
forma o enchimento está acontecendo. 
Qualquer que seja o problema do coração, pode cursar 
com aumento da pressão diastólica. 
▪ Tanto a parede rígida quanto a parede que não consegue 
relaxar direito levam ao aumento da pressão diastólica 
FUNÇÃO DIASTÓLICA : 
Esse coração está de cabeça para baixo, como é de costume na maioria das 
imagens de ultrassom. O transdutor foi posicionado a nível de folheto da mitral, 
pegando tanto o sangue que está indo na direção do transdutor quanto o sangue 
que está saindo do lugar onde o transdutor foi posicionado. 
Todo sangue que estiver se afastando do transdutor, terá uma coloração vermelha 
→ vemos então nessa imagem que o sangue está realmente saindo do VE, sendo 
ejetado. 
Dá para medir a abertura da mitral e, por ela, medir o fluxo, avaliando o 
enchimento rápido e o enchimento lendo do VE. E ao avaliar o padrão de 
enchimento, dá para relacionar com rigidez do miocárdio, com hipertrofia, se ela é excêntrica ou concêntrica... 
Dá para calcular também quando cabe de sangue na diástole e quanto de volume fica depois da sístole. 
“O que MB quer que eu traga para vocês”: 
 Duas ondas importantes que medem o fluxo mitral: onda de enchimento rápido 
do VE (onda E) e onda de enchimento lento (onda A) 
▪ Onda E: primeira onda 
▪ Onda A: segunda onda 
 Logo depois que encheu, tem que ter um período de contração isovolumétrica, 
para depois ter a ejeção, seguida de relaxamento. 
 Ele vai trazer o pico da velocidade da onda E, o pico da velocidade da onda A e o 
tempo de desaceleramento do enchimento rápido (ele não enche tudo de uma 
vez). 
▪ A quantidade de enchimento será diretamente proporcional à complacência ventricular 
▪ A fase final é a diástole atrial 
✓ Esse processo contribui com cerca de 15% do enchimento ventricular em condições normais 
Luana Villafuerte 2 
✓ Essa fase é fundamentalmente afetada pela rigidez do VE, pela contenção pericárdica 
(como uma resistência à ejeção atrial), contratilidade atrial, e sincronia átrio esquerdo-
ventriculo esquerdo (ou seja, intervalo PR) 
 Normalmente, quando o relaxamento está prejudicado, a gente vê o tempo de 
relaxamento isovolumétrico aumentado. O tempo de relaxamento é mais demorado. 
▪ Os parâmetros usuais de desempenho diastólico do VE podem ser obtidos pelo eco: 
✓ Tempo de relaxamento isovolumétrico 
✓ Gradiente pressórico entre o fechamento da aórtica e abertura da mitral 
 Então, não podemos esquecer do TRIV: usualmente, quando o relaxamento torna-se 
prejudicado, o TRIV está aumentado 
▪ O TRIV está relacionado com a titina → a titina é a 
proteína que está segurando o relaxamento, impedindo 
com que relaxe demais. 
 
 
 Esses são os padrões vistos mais. 
✓ Se o átrio é incapaz de contrair → a onda A é muito baixa, as vezes nem existe 
✓ Alterações na frequência pode fazer com que uma onda fique em cima da outra (o que não quer dizer nada) 
✓ Idade, freqüência cardíaca, condições das cargas, função sistólica de ventrículo esquerdo, função atrial e respiração são 
uns dos fatores fisiológicos que podem afetar o fluxo transmitral 
o Com o aumento da FC, o tempo de diástole se encurta, sucedendo-se uma fusão das ondas E e A; 
o Inspiração, com a diminuição da pressão intratorácica, pode ocorrer diminuição da relação E/A, (redução de 
pré-carga), que pode levar à diminuição de enchimento rápido (onda E) 
✓ No segundo gráfico da figura 4, por que o tempo é maior? Porque se tem alteração no relaxamento, ele vai relaxando à 
medida que vai enchendo, então a onda A é maior que a onda E (ele tem alteração do apdrao de relaxamento e 
distensibilidade). É um paciente que tem, por exemplo, uma restrição por infiltração no musculo cardíaco, um 
remodelamento por doença de Chagas, pericardite constrictiva... → alteração na função diastólica 
✓ No pseudo- normal, a onda E e a onda A são quase iguais, ou seja, o tempo de desaceleração é praticamente igual e 
isso quer dizer que não adianta olhar o resultado, tem que olhar a morfologia da onda e comparar o paciente que 
estamos atendendo. Por que esse padrão não está normal? Às custas de qual onda não está normal? Onda A, que está 
um pouco maior do que o deveria → há uma dificuldade no enchimento lento. Provavelmente esse coração pode estar 
ou restritivo ou um quadro de IC com hipertrofia excêntrica, ele está grandão 
✓ No padrão restritivo, o tempo de desacelelração está curto, porque praticamente não enche, uma vez que o coração 
está restringido. 
E para que serve essa medida de tamanho da onda E e onda A? medir o tamanho de abertura da valva mitral → coloca o cursor 
na ponta da onda A, corre ele até a ponta da onda E e calcula a área abaixo da curva e achamos o valor de abertura 
▪ Qual o tamanho da valva mitral aberta normalmente? A abertura máxima é de 4 cm, no adulto. 
✓ Com 2 cm é um estenose de 50%, sendo bem possível já ter um remodelamento → o átrio esquerdo 
provavelmente estará maiorzinho (ele está tentando jogar para o VE) e no ECG, espera-se encontrar uma onda 
P com amplitude elevada (é o átrio que está volumoso) 
Luana Villafuerte 3 
✓ Qual a complicação vascular para o pulmão? Aumenta a pressão do capilar pulmonar → aumenta a pressão 
hidrostática no capilar → liquido extravasa para o interstício → agua no interior do alvéolo → edema agudo de 
pulmão 
✓ A pressão do capilar pulmonar é a mesma pressão do átrio esquerdo 
Lembrar que a eco não é um padrão ouro total para avaliar a função diastólica, é o melhor, mas deve ser avaliado com a 
clinica. “Marcos vai perguntar para vocês: o ecocardiograma substitui a clinica? Não, never!” 
FUNÇÃO SISTÓLICA : 
 Aqui, vamos analisar a contratilidade. 
▪ Contratilidade: é a capacidade intrínseca, podendo ser definida como uma qualidade 
do musculo cardíaco que determina desempenho independente das condições de 
carga 
▪ “Em muitas doenças cardíacas, as anormalidades da função de bomba do ventrículo 
esquerdo podem ser decorrentes de alterações de carga, da pressão, da 
contratilidade, ou de ambas” 
 Então, no ecocardiograma, vamos avaliar as fibras circunferenciais e longitudinais. 
▪ Fibras circunferenciais: avaliamos o movimento delas. Elas estão localizadas 
nas porções medias das paredes miocárdicas, responsável por 80% do volume 
ejetado 
✓ Foi feito um eco e o paciente apresentou dificuldade na contração das 
fibras circunferenciais do VE. Qual a coronária atingida? Por que não 
está mexendo? → vai mexer porque o outro lado puxa a parte que 
está mrtinha, está com hipocinesia. Mas, a depender da área que 
acontece, junto com o ECG, dá para ver qual é a artéria acometida. 
▪ Fibras longitudinais: situadas no subendocárdio e subepicárdio, contribuem 
cerca de 20% para o volume sistólico → avaliamos seu movimento também 
▪ Ápice do VE gira no sentido anti-horário durante a contração, e a base gira no 
sentido horário (em visão do ápice). 
 Como isso vai ser visto? Existe um modo de movimento, chamado de modo M, que pega primeiro o corte longitudinal do 
coração e mede o volume. 
▪ “Os métodos usuais para a análise da função ventricular esquerda pela ecocardiografia baseiam-se fundamentalmente 
nas técnicas do modos M, modo bidimensional e Doppler” 
▪ Modo M → para saber se a função sistólica está boa ou se a massa está aumentada no coração 
▪ Dá paramedir diâmetro diastólico, diâmetros sistólico, espessura do septo, espessura da parede posterior → com essas 
informações, saberemos o peso do coração 
▪ A massa não define a hipertrofia, a massa define o peso 
 
 
Remodelamento
Concêntrico
Hipertrofia concêntrica
Hipertrofia excêntricaVentrículo normal
0.44
111 homens e 106 mulheres
M = 93
ERP = 0.49*
PAS = 153*
IC = 2.4*
E
S
P
E
S
S
U
R
A
 R
E
L
A
T
IV
A
 D
A
 P
A
R
E
D
E
 (
E
R
P
)
*p<0.01 vs sujeitos normais
M = 144*
ERP = 0.52*
M = 85
ERP = 0.36
M = 136*
ERP = 0.38
PAS = 145*
IC = 2.9
PAS = 157*
IC = 3.8*
PAS = 170*
IC = 3.1*
Remodelamento
Concêntrico
Hipertrofia concêntrica
Hipertrofia excêntricaVentrículo normal
0.44
111 homens e 106 mulheres
M = 93
ERP = 0.49*
PAS = 153*
IC = 2.4*
E
S
P
E
S
S
U
R
A
 R
E
L
A
T
IV
A
 D
A
 P
A
R
E
D
E
 (
E
R
P
)
*p<0.01 vs sujeitos normais
M = 144*
ERP = 0.52*
M = 85
ERP = 0.36
M = 136*
ERP = 0.38
PAS = 145*
IC = 2.9
PAS = 157*
IC = 3.8*
PAS = 170*
IC = 3.1*
Remodelamento
Concêntrico
Hipertrofia concêntrica
Hipertrofia excêntricaVentrículo normal
0.44
111 homens e 106 mulheres
M = 93
ERP = 0.49*
PAS = 153*
IC = 2.4*
E
S
P
E
S
S
U
R
A
 R
E
L
A
T
IV
A
 D
A
 P
A
R
E
D
E
 (
E
R
P
)
*p<0.01 vs sujeitos normais
M = 144*
ERP = 0.52*
M = 85
ERP = 0.36
M = 136*
ERP = 0.38
PAS = 145*
IC = 2.9
PAS = 157*
IC = 3.8*
PAS = 170*
IC = 3.1*
Ganau et 
1
25
8

Outros materiais