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Geriatria - Deliruim

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O delírio pode ser a
única manifestação
clínica de: infarto,
pneumonia, septicemia
(quadros infecciosos
pode se tornar uma
sepse com facilidade),
distúrbios metabólicos e
hidroeletrolíticos -
hiponatremia (sódio
baixo) leva a redução do
nível de consciência
(devemos investigar de
forma complexa o
paciente) - no idoso o
IAM pode não ter as
manifestações
exuberantes e sim o
delírio). 
Conceito: 
O delírio (Delirium), também
conhecido como estado
confusional agudo, ou
síndrome cerebral orgânica,
é uma das mais frequentes
emergências geriátricas,
tanto nos hospitalizados,
como os que dão entrada
pelo pronto-socorro (pode
ser desencadeado por
processos infecciosos que
acometem o idoso e o
mesmo não identificou e
informou);
QUADRO AGUDO E
REVERSÍVEL (diferente em
relação as demências);
Paciente pode ou não ter
quadros demenciais instalados.
Estimativa
Um quadro agudo (início súbito), flutuante,
secundário a uma doença cerebral primária
(demência/ AVC) ou a uma doença sistêmica
(infecção urinária/pneumonia);
Disfunção mental global com distúrbio de
consciência, principalmente redução da
percepção do ambiente e incapacidade de
manter a atenção (queixa da família -
percebendo também quando o idoso tem
delírio decorrente a um determinada
infecção);
Manifestações associadas: desorganização
do ciclo sono – vigília (dorme muito ou
pouco), comprometimento da memória e da
função intelectual, com atividade motora
elevada (agitação psicomotora) ou reduzida
(hipovigilância).
Estima-se que cerca de 10% dos pacientes
acima de 64 anos que chegam aos
serviços de urgência podem ter delírio, e
até 80% dos casos não são reconhecidos
e diagnosticados (precisa ser
conhecido/entendido adequadamente
como patologia); 
Muitas vezes sendo confundido com
depressão, demência ou psicose -
podem ser sedados sendo que precisariam
apenas de antibiótico para resolução do
problema.
geriatria
delirium 
Jacyara
Vargas
Quadro clínico
manifestações
clínicas
Importante:
diagnóstico da causa
base, para efetuar
um bom tratamento,
com menos custos
para a sociedade e
para o paciente,
diminuindo a taxa de
morbimortalidade.
Delírios x riscos
Períodos mais longos de internação, além de
declínio funcional (descer vários degraus) e maior
risco de institucionalização (esses pcts podem trocar
bactérias comunitárias por hospitalares com
agravamento do quadro);
A prevalência de delírio em pacientes geriátricos
hospitalizados é de aproximadamente 15% à
admissão e de até 33% no período de internação;
O rápido reconhecimento é fundamental já que é
associado a outras patologias reversíveis e o delírio
é sinal de mau prognóstico - pode levar ao óbito.
Idade superior a 80 anos - maior
grau de fragilidade;
Sexo masculino - histórico de
tabagismo/alcoolismo/profissão;
Demência preexistente - doença de
base predisponente;
Fratura - MMII, quadril, fêmur - maior
restrição ao leito predispondo
infecção;
Infecção sintomática;
Desnutrição proteico-calórica;
Medicamentos em excesso
(polifarmácia);
Uso de neurolépticos e narcóticos -
medicações de ação central;
Contenção no leito; 
Sondas vesicais - levar a infecção
urinária de repetição.
características
Início agudo e frequentemente à noite; 
O curso é flutuante, com intervalos de lucidez, durante o dia e
piora à noite, em geral a orientação está prejudicada por um
tempo (tendência a confundir locais, pessoas não familiares com
familiares);
Duração pode ser de horas ou semanas;
A consciência está reduzida;
A vigília normalmente baixa ou alta, hipovigilante ou
hipervigilante, perturbável (flutuação); 
Memória imediata e recente prejudicadas, pensamento
desorganizado, percepção alterada (ilusões e alucinações); 
Fala incoerente, hesitante, lenta ou rápida (flutuações);
Ciclo sono-vigilia perturbado (troca o dia pela noite).
fatores de risco
Endocrinopatias: hipotiroidismo, hipertiroidismo, doença de Addison,
síndrome de Cushing;
Metabólicas: hipoglicemia, hiperglicemia, distúrbios hidroeletrolíticos,
insuficiência renal e hepática;
Intoxicações: álcool, drogas ilícitas, fármacos e metais pesados;
Abstinências: álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos, anfetamínicos;
Vasculares: insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, encefalopatia
hipertensiva, arterites cerebrais, ataques isquêmicos transitórios.
Infecções: sífilis, tuberculose, AIDS, toxoplasmose, citomegalovírus,
mononucleose, broncopneumonia, endocardites, encefalites, infecções
urinárias;
Lesões que ocupam espaço: tumores do SNC, metástases, hematoma
subdural, aneurismas,abscessos cerebrais, hidrocefalia;
Nutricionais: deficiência de vitaminas (tiamina, cianocobalamina, ácido fólico,
ácido nicotínico);
Doenças auto-imunes: lúpus eritematoso, vasculites;
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10.Epilepsias: convulsões psicomotoras, estado pós-ictal.
O delírio é caracterizado pela dificuldade de
manter a atenção aos estímulos externos e
internos, percepções sensoriais alteradas
(ilusões), perturbações da atividade
psicomotora (inquietação, indolência,
sonolência, distúrbios emocionais
(ansiedade, medo, irritabilidade, raiva, apatia)
- mistos de reações que convém a
investigação com exames;
Nos idosos a imobilização e a transferência
para um ambiente não familiar (UTI) são
fatores desencadeantes de delírio - local
conturbado, deve-se preparar os idosos para
mudanças e colocar objetos familiares próx.
Tratamento:
É uma emergência médica - o
desfecho depende da causa, da
saúde do paciente e as chances de
rapidez do tratamento. 
A abordagem inicial: diagnóstico e
tratamento de qualquer fator causal
ou contribuinte e apoio visando as
funções vitais do paciente. Todo
esforço deve ser realizado para
minimizar doses de medicações
com efeitos no SNC.
Sedativos: somente na presença
de agitação psicomotora,
agressividade ou intensa
ansiedade;
Deve-se evitar as medicações que
prejudiquem o rebaixamento de
consciência;
A escolha também depende da
etiologia do estado confusional, das
interações com outras medicações
utilizadas e das interferências nas
alterações metabólicas.
Medidas Gerais:
Paciente: ambiente mais tranquilo
com iluminação adequada e evitar
o excesso de estímulos sensoriais;
A higiene e alimentação devem ser
assistidas;
Os membros da equipe devem se
identificar e explicar cada
procedimento, além de evitar
mudanças constantes desses
profissionais. 
A presença de familiares, assim
como informações sobre seu
estado podem ser úteis para ajudar
a diminuir a perplexidade do
paciente, decorrente da dificuldade
em reconhecer o ambiente;
Para reduzir a desorientação
temporal e espacial deve-se repetir
várias vezes local onde o paciente
se encontra e a data exata.
Características
geriatria
delirium 
Jacyara
Vargas
etiologias
Medicamentos
Os medicamentos constituem a causa principal dos
delírios, e sua lista é bastante extensa. 
Toda via, sempre que o idoso se apresenta em
delírio, devemos pensar que pode ser resultado de
uma reação adversa de um medicamento
(analgésicos, cardiotônicos, antiarrítmicos,
narcóticos, anticonvulsivantes, antiparkinsonianos,
antidepressivos, ansiolíticos, antiácidos, sedativos,
hipnóticos, relaxantes musculares, anti-histamínicos,
esteroides e anti-hipertensivos). LEMBRAR
SEMPRE DOS FÁRMACOS DE AÇÃO CENTRAL.
A relação entre delirium e demência;
Ambas síndromes coexistem em
pacientes idosos hospitalizados e a
demência é um dos fatores de risco
mais importantes. Reciprocamente,
delirium pode ser um fator de risco ou
marcador do desenvolvimento de
demência.
História de declínio cognitivo agudo
obtida na entrevista de informantes
familiares usualmente sugere delirium,
mas o início agudo pode também
ocorrer na demência vascular (DM e
HAS). 
Demência de corpos de Lewy -
alterações súbitas, sintomas flutuantes
e alucinações visuais, pode ser
particularmente difícil de distinguir de
delirium.
Cerca de 40% dos pacientes com
delirium na forma hipoativa, quieta,
introvertida, são erroneamente
diagnosticados como deprimidos.
Diagnóstico
Muitas vezes a doença básica será óbvia em outras o diagnóstico
será mais difícil.
Não épossível recomendar uma conduta uniforme para a
investigação de todos os casos, que mudará bastante conforme a
história e exame físico do paciente. 
De qualquer maneira na maior parte das situações o hemograma,
gasometria arterial, bioquímica sérica básica, exame de urina e
raio-x simples de tórax deverão ser solicitado. 
Caso não encontre nada nos exames anteriores:
Outros exames, como por exemplo TC de crânio ou punção
lombar, poderão ser solicitados conforme a apresentação
clínica.
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
Investigar:
Infecções
assintomáticas;
Desidratação;
Perda de sangue;
Insuficiência cardíaca;
Arritmias cardíacas;
Acidentes vasculares;
Ataques isquêmicos
transitórios;
Impactação fecal e
retenção urinária.

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