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Apostila Completa HEATCRAFT

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Prévia do material em texto

Só a empresa líder pode 
 garantir refrigeração superior 
para seu negócio.
A Heatcraft do Brasil é uma divisão da Heatcraft Refrigeration Products, empresa integrante do 
grupo Lennox International, líder e pioneiro no mercado mundial de refrigeração.
Ao desenvolver e fabricar unidades condensadoras, evaporadores, condensadores, trocadores 
de calor, sistemas integrados e outros equipamentos para a refrigeração comercial e industrial, a 
Heatcraft proporciona ambientes refrigerados com qualidade superior, reconhecida e consagrada nos 
mais rigorosos e competitivos mercados de todo o mundo.
No Brasil, a Heatcraft produz equipamentos para a refrigeração sob marcas que são referências 
no segmento: Bohn, McQuay, FlexCold e InterLink, comercializadas no mercado brasileiro, e Bonh, 
FlexCold e InterLink, vendidas nos demais países da América do Sul.
Os equipamentos da Heatcraft do Brasil são a solução ideal para diversos setores do comércio e da 
indústria e, certamente, perfeitos para seu negócio!
Seja em frigoríficos, supermercados, hotéis, farmácias, cozinhas industriais, câmaras de 
armazenagem de alimentos, laticínios ou diversas outras aplicações, a qualidade e a credibilidade da 
Heatcraft do Brasil garantem o desempenho que sua empresa procura.
A melhor performance em
refrigeração para sua empresa 
está em suas mãos.
A fim de oferecer sempre a melhor qualidade em refrigeração, a Heatcraft 
do Brasil desenvolve equipamentos com avançada tecnologia e um Manual 
de Treinamento Técnico Avançado - TTA, para sua correta utilização.
O objetivo do Manual de Treinamento Técnico Avançado - TTA é garantir 
processos mais corretos e seguros à refrigeração da sua empresa, desde a 
instalação até testes e operação dos equipamentos.
Só com a correta utilização dos condensadores, evaporadores, trocadores 
de calor etc., sua empresa poderá garantir todas as características técnicas, 
de desempenho e qualidade dos equipamentos da Heatcraft do Brasil.
Garanta a melhor performance para seu negócio! Utilize este Manual como 
referência sempre que necessário e consulte a Engenharia da Heatcraft do 
Brasil para o esclarecimento de dúvidas e/ou sugestões.
3Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
1. Noções de Carga Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 Carga de Transmissão (Q1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
1.2 Calor do Produto (Q2). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 5
1.3 Carga de Infiltração (Troca de Ar) (Q4) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6
1.3.1 Tabela Psicométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
1.3.2 Carga Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Carga por Embalagens (Q5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5 Carga por Pessoas (Q6). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8
1.6 Carga de Iluminação (Q7) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
1.7 Carga por Motores (Q8) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
1.8 Carga Térmica Total (QT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.9 Condutividade térmica (K), calor específico (C) e difusidade térmica (D) para 
diferentes materiais e substâncias (ASHRE Fundamentais, 1989). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2. Vazão de Ar em Câmaras Frigoríficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3. Número de Trocas de Ar Necessárias para cada Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4. Armazenagem de Produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.1 Tempo e Velocidade de Congelamento.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. Refrigeração x Energia Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
5.1 Reduzindo o Consumo de Energia sem deixar de Crescer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.2 Cuidados na Operação do Equipamento de Refrigeração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.3 Atenção aos Alimentos Perecíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.4 Temperatura dos Produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.5 O Efeito da Umidade Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.6 O Degelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
5.6.1 Quantas vezes por dia o degelo deve ser feito? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
5.6.2 É possível aumentar o número de degelos e reduzir a duração de cada um deles? A resposta é não! . . . . . . 22
5.7 O Uso Correto do Equipamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
5.8 Rotação da Mercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.9 Maneiras de Exposição dos Produtos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.10 Correntes de Ar afetam a Refrigeração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.11 Resumo de Procedimentos Básicos para Economizar Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
5.11.1 Áreas de Estocagem Frigorificada e de Preparo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.11.2 Demais Áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.12 Temperaturas de Funcionamento do Equipamento Frigorífico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.13 Calor Radiante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25
5.14 Boas Práticas para Utilização das Câmaras Frigoríficas sem Desperdício de Energia. . . . . . . . . . . . . . . 25
5.15 Sala de Máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.16 Sem Desperdício de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
6. Procedimento de Limpeza e Descontaminação de Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Índice
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil4
7. Procedimento de Start-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 29
8. Manual de Instalação de Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
9. Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
9.1 Seleção de Contatores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
9.2 Planilha de Manutenção Preventiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80
9.3 Tabela de Start-up . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
9.4 Boletim Técnico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..81
9.5 Exigências para Armazenagem de Alimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
9.6 Geração Aproximada de Calor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
9.7 Tabela de Refrigerantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
9.8 Tabela de Pressão e Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87
9.8.1 Medidas de Superaquecimento do Evaporador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
9.8.1.1Tabela de Pressão e Temperatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
9.9 Tabela de Válvulas de Expansão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
9.10 Tabela de Seleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99
9.11 Planilha de Start-up e Análises de Sistema Frigorífico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 
9.12 CDG - Comunicação de Defeito em Garantia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
9.13 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
10. Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114
 10.1 Dimensionais de cabos e proteções elétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 114
10.1.1 Cálculo Relé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114
10.1.2 Cálculo Disjuntor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114
10.1.3 Cálculo Diâmetro de cabo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 114
 10.2 Esquemas elétricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 115
10.2.1 Condensador Remoto - Motor EC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115
10.2.2 Evaporador BH. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
10.2.3 Rack. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
10.2.4 Unidade Condensadora FRM .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
10.2.4.1 Detalhes dos quadros e componentes .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
 10.3 Tabela Técnica do Eletricista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 
11. Rascunho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
12. Referências Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .128
Catálogos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Índice
5Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Carga Térmica: É o total de calor a ser removido do ambiente a ser refrigerado (câmara), que é 
proveniente de:
1.1 Carga de Transmissão (Q1)
É o calor que penetra na câmara pelas paredes, teto e piso.
Q1 = A (Te-Ti)
 1/hi + e/k + 1/hext
Q1 = U . A . (Te - Ti) . 24h Kcal/24h
U = 1
 1/h1 + e/k + 1/hext
Q1 = Carga total
A = Área de troca de calor (m²)
U = Coeficiente global de transmissão de calor em (kcal/h . m² . °C)
Te, Ti = Temperaturas externa e interna respectivamente (°C)
K = Condutibilidade térmica do material isolantes (kcal/h.m2°C)
He = Película externa (kcal/h.m°C)
Hi = Película interna (kcal/h.m°C)
E = Espessura da parede (isolante) (m)
1.2 Calor do Produto (Q2)
A) Calor removido no resfriamento
B) Calor removido no resfriamento até a temperatura de início de congelamento
C) Calor removido no congelamento
D) Calor removido na redução de temperatura entre o início de congelamento até o valor final 
desejado
Qa = m . c1 . (t1 - t2)
Qb = m . c1 . (t1 - t)
Qc = m . L
Qd = m . c2 . (t - tf )
Noções de Carga Térmica1
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil6
Onde:
Q = Calor removido (kcal)
M = Massa do produto (Kg)
C1 = Calor específico
T1 = Temperatura inicial do produto
T2 = Temperatura a que se quer levar o produto no resfriamento (°C)
T = Temperatura de início do congelamento do produto (°C)
L = Calor latente para congelamento do produto (Kcal/Kg)
C2 = Calor específico do produto abaixo do ponto de congelamento (Kcal/Kg .°C)
Tf = Temperatura final a que se quer levar o produto no congelamento
1.3 Carga de Infiltração (Troca de Ar ) (Q4)
É o calor que entra na câmara, proveniente da abertura de portas e outras aberturas.
Q4 = marx(hext-hint)
Q4= Vol. do ar trocado em 24h x 1 x (hext - hint)
 vol.específicoarext
Q4 = ganho de calor na câmara frigorífica por infiltração (Kcal/24h)
mar = vazão em massa de ar infiltrado na câmara (Kg/24h)
Volume do ar trocado em 24h = volume da câmara x fator da tabela (m³/24h)
Volume específico do ar (v) externo = obtido na carta psicromética (m³/Kg)
hext= entalpia do ar externo = obtido na carta psicromética (kcal/Kg)
hint= entalpia de ar interno = obtido na carta psicromética (kcal/Kg)
Q4 = n . V . Dt (Kcal/24h)
N = Número de trocas de ar por 24h, dependendo do tamanho da câmara
V = Volume da câmara (m³)
Dt = Ganho de energia por m³ de câmara, dependendo das temperaturas e umidades relativas 
interna e externa (Kcal . m³)
Obs: Para calcular (kcal.m³), verifique as tabelas psicométricas a seguir:
7Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Temp 
(°C)
Umidade relativa
50% 60% 70% 80% 90%
h v h v h v h v h v
35 19,49 0,8978 21,54 0,9030 23,82 0,9082 26,12 0,9135 28,46 0,9188
32 16,83 0,8852 18,71 0,8895 20,61 0,8938 88,53 0,8981 24,47 0,9025
30 15,37 0,8771 17,0 0,8809 18,68 0,8847 20,37 0,8885 22,09 0,8924
20 9,20 0,8401 10,0 0,8421 10,99 0,8441 11,89 0,8460 12,80 0,8480
10 4,68 0,8070 5,14 0,8080 5,60 0,8090 6,06 0,8000 6,52 0,8109
5 2,81 0,7914 3,13 0,7920 3,46 0,7927 3,78 0,7934 4,11 0,7941
1 1,45 0,7791 1,69 0,7796 1,93 0,7802 2,17 0,7807 2,42 0,7812
-5 -0,46 0,7611 -0,317 0,7614-0,16 0,7617 -0,02 0,7620 0,12 0,7623
-10 -1,92 0,7464 -1,83 0,7466 -1,73 0,7468 -1,64 0,7470 -1,54 0,7472
-20 -4,61 0,7175 -4,57 0,7176 -4,54 0,7176 -4,50 0,7177 -4,46 0,7178
-30 -7,13 0,6889 -7,12 0,6890 -7,10 0,6890 -7,09 0,6890 -7,08 0,6890
Volume da câmara 
m³
Trocas de ar em 24 horas
T≥0°C T<0°C
5,6 44 22
8.5 34,5 22
11.3 29,5 21
14 26 20
17 23 20
22,5 20 20
28,5 17,5 13,5
42,4 14 13,5
56,4 12 9,3
84,5 9,5 9,3
113 8,2 9,3
114 7,2 5,6
169 6,5 5,6
225 5,5 5,6
281 4,9 3,8
422 3,9 3,8
563 3,5 2,6
704 3,0 2,6
845 2,7 2,1
1127 2,3 1,8
1408 2,0 1,6
2112 16 1,6
2817 1,4 1,6
1.3.1 Tabela de valores psicrometricos para câmaras frigoríficas
1.3.2 Carga térmica em Câmaras Frigoríficas
Fonte: ASRE - Volume de Projeto - Edição de 1949
Nota: Para câmaras de armazenamento (com poucas aberturas de porta) multiplicar os valores da troca de ar 
em 24 horas por 0,6.
Pode ser que seja necessário uma introdução artificial de ar externo, para diluir concentrações de gases 
emitidos pelo produto (muito comum no armazenamento de vegetais), ou porque trabalham pessoas dentro 
da câmara, desta forma devemos adicionar uma carga de ar externo para compensar os fases emitidos. Este ar 
introduzido não é o de abertura das portas conforme tabela acima.
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil8
1.5 Carga por Pessoas (Q6)
Q6 = N . T . g (Kcal/24h)
N = Número de pessoas
T = Tempo de permanência no interior da câmara
G = Kcal/h pelo tipo de permanência de pessoas
1.6 Carga de Iluminação (Q7)
Q7 = P . A . 0,86 . nh (Kcal/24h)
Pode-se utilizar 250 Kcal/h para cada 100m²
1.4 Carga por Embalagens (Q5)
Fórmula:
Q = m . CPe . Dt em Kcal/h
M = Massa da embalagem (Kg)
CPe = Calor específico do material da embalagem (Kcal/Kg .°C)
Dt = Diferença das temperaturas externa e interna (°C)
Obs.: Se a quantidade estimada de material utilizado na embalagem do produto não atingir 10% 
do peso bruto que entra na câmara, não é necessário o cálculo devido à embalagem (caso o 
congelamento não seja rápido).
Normalmente, esta carga térmica adicional é acrescentada quando os produtos que serão resfriados/
congelados são, por exemplo: leite, cerveja ou outros produtos engarrafados/embalados e caixas.
Tipo de embalagem Calor específico ( Kcal/h/Kg . °C)
Alumínio 0,2
Vidro 0,2
Aço 0,1
Madeira 0,6
Papelão/Cartão 0,35
Caixas Plásticas 0,4
Para ajudar, seguem tipos mais comuns de embalagens:
9Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
1.7 Carga por Motores (Q8)
Q8 = n . 632,41 . nh (Kcal/24h)
N = Potência dos motores (CV)
nh = Número de horas dos motores ligados, por dia, na câmara
1.8 Carga Térmica Total (QT)
É a soma de todas as cargas parciais.
QT = somatória Q1 à (Kcal/24h) ou Qt = Q / X (Kcal/h), onde X pode variar de 16 a 22.
QT = Q1 a QT = Q/X (Kcal/h)
Para simplificar o cálculo e planificação das cargas térmicas, a Heatcraft do Brasil Ltda. disponibiliza 
o software SR2005 para auxiliar o trabalho.
Todos os dados e tabelas necessárias para o cálculo de carga térmica de câmaras encontram-se 
no software. É recomendado que o mesmo seja utilizado como referência da carga térmica em 
refrigeração comercial e conservação de produtos resfriados e perecíveis.
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil10
Produto KKcal/m . h . ºC
C
Kcal/kg . ºC
D
mm²/s
Aço 32,8 0,12 -
Aço Inox 13,8 0,12 4,0
Alumínio 180,3 0,22 -
Água Líquida 052 1,00 -
Vapor 0,02 0,49 -
Gelo (- 25ºC) 2,09 0,48 -
Ar 0,02 0,24 -
Cobre 332,3 0,09 -
Concreto 0,81 0,16 -
Cortiça Granulada 0,04 0,49 -
Dióxido de Carbono (Vapor) 0,01 0,18 -
Lata 52,2 0,06 -
Madeira (Pinho) 0,13 0,45 -
Nitrogênio (Vapor) 0,02 0,25 -
Nylon 0,21 0,41 0,13
Papelão Plano 0,12 0,30 -
Carregado 0,06 0,30 -
Papel Encerado 0,19 0,32 -
Poliestireno (expandido) 0,028 0,29 -
Poliuterano 0,020 0,38 -
Polietileno Alta Densidade 0,41 0,55 0,22
Baixa Densidade 0,28 0,55 0,15
Polipropileno 0,10 0,46 0,07
Politetrafluoretileno 0,22 0,24 0,12
Tijolo 0,62 0,20 -
Vidro 0,95 0,20 0,6
Coeficiente de Película
Estado de ar Kcal/h.m².c
Ar parado 1,0 m/s 8,05
Ar mov. 3,3 m/s 19,51
Ar mov. 6,7 m/s 29,30
Fonte: ASHARE Refrigeration 1998
1.9 Condutividade térmica (K), calor específico (C) e difusidade 
térmica (D) para diferentes materiais e substâncias (ASHRE 
Fundamentais, 1989).
11Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
É essencial saber a importância do número de trocas de ar no cálculo de carga térmica e na seleção 
dos equipamentos.
Após determinada a carga térmica, deve-se fazer a seleção dos equipamentos corretos para o 
sistema, tendo como referência o tipo de trabalho e operação da câmara.
Dados a serem levados em consideração para especificar os equipamentos:
•	 Balanceamento dos equipamentos
•	 Diferencial de temperatura (Dt)
•	 Controle de capacidade e segurança do sistema
•	 Tipo de operação e fluxo de ar
Conheça o diferencial de temperatura recomendado (Dt) para câmaras e classes de produtos 
(evaporadores de ar forçado).
Classe Dt U.R. Aprox. Classes dos Produtos
1 4°C a 5°C 90% Armazenamento de vegetais, produtos agrícolas, flores, gelo sem embalagem e câmaras para resfriamento.
2 6°C a 7°C 80% - 85%
Armazenamento de frigorificados em geral e refrigeração, 
alimentos e vegetais embalados, frutas e produtos similares e 
produtos que requerem menores níveis de umidade relativa que 
os produtos da classe 1.
3 7°C a 9°C 65% - 80%
Cerveja, vinho, produtos farmacêuticos, batatas, cebolas, frutas 
de casca dura, como melão, e produtos embalados. Estes 
produtos requerem U.R. moderada.
4 9°C a 12°C 50% - 65%
Sala de preparo e processo, corte, armazém de cerveja, doces e 
armazenagem de filmes. Estas aplicações necessitam de baixa 
umidade relativa e não são afetadas pela umidade.
Noções de Vazão de Ar
em Câmaras Frigoríficas2
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil12
Para evaporadores de câmaras de armazenamento e conservação de produtos em geral e câmaras de 
conservação de congelados, não há um critério para a velocidade e a quantidade exata de trocas de ar 
dentro da câmara. O total de ar sugerido seria de 40 a 80 trocas/h.
Para fazer este cálculo, utiliza-se a seguinte fórmula:
Trocas de ar = vazão em m³ / h : volume interno da câmara
A vazão inclui todos os evaporadores em funcionamento na câmara. A equação descarta a 
movimentação de ar que é induzida pela descarga de ar do evaporador, ou seja, o maior volume da 
câmara só é usado se o produto e o equipamento ocuparem mais de 10% do volume.
Aplicações especiais, tais como câmaras de corte e câmaras de maturação de banana, têm limites 
desejados como os mostrados na tabela abaixo, onde encontram-se as quantidades mínimas e 
máximas de trocas de ar. 
Tipo de aplicação
Número de trocas de ar recomendadas
Mínimo Máximo
Conservação de congelados 40 80
Conservação de resfriados 40 80
Câmaras de corte 20 30
Câmara de resfriamento de carne 80 120
Maturação de banana 120 200
Armazenagem de frutas e vegetais 30 60
Túneis de congelamento rápido 150 300
Salas de processo 20 30
Armazenagem de carne sem empacotar 30 60
Número de Trocas de Ar 
necessárias para cada Aplicação3
13Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Produto 1 carcaça 1/2 carcaça 1/4 carcaça
BOVINOS
Vaca 150 75 38
Boi (Centro/Zebu) 220 110 55
Boi (Sul) 200 100 50
Búfalo 240 120 60
SUÍNOS 60 30
CAPRINOS 30 15
OVINOS 30 15
EQUINOS 180 90 45
Trilhagem Aérea
H. Trilho Afast./ Porta Capac.Normal
Capac.
Máx.
Bovinos 1/2 carcaça 3,5m 80cm 1,60x 3,75m 2pçs x m 3pçs x m
Equinos 1/4 carcaça 2,5m 80cm 1,60x 2,75m 3pçs x m 4pçs x m
Suínos 1/2 carcaça 2,5m 60cm 1,40x 2,75m 4pçs x m 5pçs x m
Caprinos/Ovinos Balancim. 2,5m 80cm 1,60x 2,75m 5pçs x m 8pçs x m
Capacidade Útil de Câmaras para Produtos Resfriados
•	 Altura máxima estocagem para empilhamento manual: 3m
•	 Altura da câmara e altura pilha de produto + aproximadamente 1m
•	 Espaço para corredores conforme características da câmara
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil14
Para uma correta conservação dos produtosno interior da câmara, todos os dados observados acima 
devem ser considerados, assim como a capacidade útil da câmara para cada tipo de trabalho, seja 
para produtos congelados ou resfriados.
Cada tipo de produto possui uma densidade para utilização por m³ (ver tabela). Para um bom 
acondicionamento de produtos no interior da câmara, sugere-se a utilização de 70% do espaço útil da 
câmara frigorífica.
Capacidade Útil de Câmaras para Produtos Congelados
•	 Altura para empilhamento manual de acordo com as características do produto
•	 Altura mais utilizada: 3m
•	 Altura da câmara e altura pilha de produto + aproximadamente 1m
•	 Espaço para corredores conforme características da câmara e produto
Produto Capacidade
Aves (Caixas - 59x39x12cm - ~ 12/15kg) 450kg/m³
Aves (Saco) 330kg/m³
Carne bovina c/ osso 330kg/m³
Carne bovina s/ osso (Caixas – 59x35x15cm ~ 25/30kg) 700kg/m³
Carne suína c/ osso 350kg/m³
Carne suína s/ osso 600kg/m³
Coelho (Caixa) 500kg/m³
Coelho (Saco) 350kg/m³
Carneiro c/ osso 450kg/m³
Miúdos 500kg/m³
Peixe inteiro (Sacos) 350kg/m³
Filé de peixe (Caixas) 500kg/m³
Sardinhas (Caixas) 250kg/m³
Camarão (Caixas) 500kg/m³
Camarão (Saquinho) 450kg/m³
Lagosta 300kg/m³
Suco congelado (Tambores - 0,60x0,85m - 200kg) 435kg/m³
Sorvete (Latas - 30x50cm) 400kg/m³
Morango (Caixa naciona l) 300kg/m³
15Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Produto Capacidade
Aves (Caixas) 250kg/m³
Produtos Salsicharia 280kg/m³
Carne suína salgada 300kg/m³
Coelho 300kg/m³
Miúdos 400kg/m³
Peixe com gelo 300kg/m³
Sardinha com gelo 210kg/m³
Peixe defumado 600kg/m³
Peixe salgado 450kg/m³
Bacalhau em caixa 300kg/m³
Leite (Caixas de 10 litros - 57x25x17cm) 350 litros/m³
Creme/Nata 600kg/m³
Iogurte 300kg/m³
Requeijão 400kg/m³
Manteiga 600kg/m³
Margarina 400kg/m³
Quejo Minas 450kg/m³
Queijo Prato 600kg/m³
Queijo Muzzarela 600kg/m³
Abacate 330kg/m³
Abacaxi 450kg/m³
Ameixa 320kg/m³
Banana 200kg/m³
Laranjas (62x32x32cm - 31kg) 400kg/m³
Lima 400kg/m³
Limão 400kg/m³
Maçã (Bins - 1,00x1,20x0,76m - 360kg) 390kg/m³
Maçã (Caixas - 55x33x33cm - 21kg) 300kg/m³
Mamão (Amazonas ) 250kg/m³
Manga 250kg/m³
Melão 160kg/m³
Morango (Caixa - 47x31x10cm - 4kg) 250kg/m³
Caqui 300kg/m³
Figo 300kg/m³
Goiaba 300kg/m³
Pera (Nacional - Caixa 53x26x27cm - 26kg) 480kg/m³
Pera (Estrangeira - Caixa 50x30x28cm - 20kg) 350kg/m³
Pêssego (Caixa - 46x28x7cm - 32kg) 350kg/m³
Uva (Caixa - 48x32x10cm - 8kg) 500kg/m³
Tangerina (Caixa - 60x30x30cm - 22kg) 400kg/m³
Alface (Caixa - 50x31x28cm - 3 dúzias - 6kg) 110kg/m³
Alho (Saquinho - 1 k g) 150kg/m³
Batata inglesa (Holandesa - Saco - 50 c/ 85cm - 60kg) 300kg/m³
Batata inglesa (Holandesa - Caixa - 56x26x37cm - 27kg) 400kg/m³
Cebola (Saco - 50 c/ 85cm - 45kg) 220kg/m³
Tomate (Caixa – 53x26x36cm - 27kg) 450kg/m³
Bacon em manta s 700kg/m³
Banha de porco 400kg/m³
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil16
O volume de ar a ser movimentado em função da carga térmica pode ser verificado com a seguinte fórmula:
Q = V . d . c . (Dt)
Q = Carga térmica a ser retirada
V = Volume do ar a ser deslocado
D = Densidade do ar
C = Calor específico do ar
Dt = Diferença de temperatura entre o ar de entrada e saída no evaporador
Com um maior Dt para uma mesma carga térmica, tem-se menor volume de ar circulado. No entanto, 
a este Dt maior corresponde um menor fator de calor sensível e, portanto, maior possibilidade de 
perda de peso dos produtos a serem refrigerados.
De forma contrária, um grande volume de ar através do evaporador com superfície adequada de troca de 
calor será favorável para uma alta umidade e menor perda de peso dos produtos a serem refrigerados.
17Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
O que influencia a qualidade final de produtos estocados?
Os principais fatores que alteram a qualidade do produto durante a estocagem frigorificada são:
- Tempo de estocagem
- Umidade relativa
- Circulação do ar em torno do produto
- Embalagem
Em determinados produtos, a água é o componente que atinge o percentual mais alto, chegando em 
torno de 97~98%, como no caso dos vegetais.
4.1 Tempo e Velocidade de Congelamento
O objetivo do congelamento é preservar o produto de forma que mantenha suas qualidades mais 
próximas das iniciais. De acordo com o IRR - Instituto Internacional de Refrigeração (França), este 
efeito será atingido após a conversão da água em gelo e a manutenção do produto congelado durante 
a estocagem. Na prática, trabalha-se com o produto congelado e supercongelado.
Congelamento: utilizado para um grupo limitado de alimentos, como carne bovina e frango, que são 
mantidos (durante a estocagem e venda) à temperaturas entre -10 ~ -15°C.
Supercongelamento: utilizado para produtos que necessitam de temperaturas abaixo de -20°C. Uma 
das implicações do supercongelamento é a velocidade de congelamento adequada.
O tempo de congelamento decorrido desde o início do estágio de resfriamento é essencial para 
manter as propriedades do produto a ser estocado.
A taxa de congelamento (°C/h) é a diferença entre a temperatura inicial e final, dividida pelo tempo. 
Cada produto tem o seu fator de congelamento.
Tx = Ti - Tf
 t1 - t2
 T[°C] 
T 
[tempo] 
0°C 
-18°C 
Temperatura Interna
 
 
Temperatura Externa 
t1 t2 
Externa 
Interna 
Armazenagem de Produtos4
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil18
Economia na medida certa
A regra é economizar e a refrigeração comercial ganhou destaque, nos veículos de comunicação, 
como a vilã no consumo de energia elétrica em supermercados. Embora seja um assunto discutido 
em várias edições, a Revista Tecnologia da Refrigeração reuniu alguns profissionais do setor para 
divulgar procedimentos básicos de como economizar energia em instalações diversas.
Cabe ressaltar que alguns cuidados devem ser tomados para que essa energia economizada seja 
definitiva, consciente e não provoque alterações de qualidade nos produtos e serviços que o 
supermercado oferece. Os procedimentos descritos a seguir, que incluem todo o ciclo frigorífico, 
podem gerar uma economia de consumo de energia em torno ou superior a 20%.
5.1 Reduzindo o Consumo de Energia sem deixar de Crescer
Responsável por quase um terço do consumo da energia elétrica brasileira, o mercado consumidor 
de refrigeração ainda não tem consciência das medidas pendentes para reduzir o consumo de energia 
em suas instalações frigoríficas, principalmente as utilizadas em supermercados.
De um modo geral, pode-se reduzir de 20 a 25% do consumo de energia elétrica no item “Frio 
Alimentar” de um supermercado. O que falta aos supermercadistas é o conhecimento do conceito 
de racionalização de energia através de algumas medidas que abrangem, principalmente, a 
operacionalidade e manutenção de toda a instalação frigorífica, sem colocar em risco a qualidade dos 
produtos comercializados (resfriados/congelados).
Ao seguir alguns dos conceitos aqui abordados, o racionamento de energia será apenas uma 
conseqüência das medidas adotadas, sem que a empresa deixe de obter seu devido crescimento.
Refrigeração x Energia Elétrica5
19Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
TABELA 1 - Temperaturas Recomendadas para Armazenagem em Balcões Frigoríficos
5.2 Cuidados na Operação do Equipamento de Refrigeração
Erroneamente, alguns estabelecimentos (supermercados), no intuito de racionalizar energia por 
ordem, desligam todos os compressores do “Frio Alimentar” durante a noite, voltando a ligá-los na 
manhã seguinte. Lamentavelmente, as consequências desta atitude não poderiam ser piores.
Em hipótese alguma se deve desligar tais equipamentos pois, além de comprometer a qualidade 
dos alimentos e colocar em risco a lucratividade das vendas, a empresa gastará ainda mais energia 
quando os compressores voltarem a funcionar. O aumento da carga térmica dos produtos, devido à 
elevação da temperatura, fará com que os compressores trabalhem por um período de tempo maior, 
consumindo mais energia e, conseqüentemente, gerando um grande desperdício deenergia elétrica. 
Alimentos
Temperatura
Mínimo Máximo
Carne
Não empacotada, em balcão frigorífico aberto 2 3
Dentro do refrigerador ou câmara 1 3
Empacotada, em balcões expositores abertos -2 2
Dentro do refrigerador ou câmara -2 2
Vegetais
Em balcões abertos 2 7
Em câmaras 2 7
Laticínio 2 5
Produtos congelados e sorvetes -18
Tempo de conservação: muitos meses -21
Produtos congelados
Sorvetes
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil20
5.3 Atenção aos Alimentos Perecíveis
Carne, peixe, aves, laticínios e diversos outros alimentos perecíveis estragam com bastante rapidez 
se permanecerem expostos à temperatura ambiente normalmente encontrada no Brasil, em virtude 
da proliferação de bactérias que provocam a deterioração dos alimentos quando submetidos a 
temperaturas relativamente elevadas.
Desde o início da civilização, o homem aprendeu que, no inverno, os gêneros perecíveis permaneciam 
frescos e em condições de serem ingeridos por um período mais longo do que no verão. Embora a 
aplicação da refrigeração na conservação de alimentos não seja uma novidade, experiências recentes 
demonstram que existem determinadas zonas de temperatura que reduzem as condições ideais de 
armazenagem e manutenção dos gêneros perecíveis.
Nestas condições, se obtém a maior “vida do produto”, preservando suas qualidades de frescor, cor e 
sabor por período superior.
A sociedade moderna está cada vez mais bem informada e exigente a respeito da limpeza, higiene 
e conservação adequada dos alimentos e locais onde são comercializados. Além da pressão do 
consumidor final, existe um outro motivo para que a direção de um supermercado se interesse 
pela higiene: a possibilidade de aumentar seus lucros pela eliminação de perdas desnecessárias, 
provocadas pela deterioração de gêneros perecíveis em seu estoque. Por outro lado, não há 
discussão sobre a afirmativa de que um supermercado deve estar sempre limpo. Entretanto, 
pesquisas feitas pelo Supermarket Institute, nos Estados Unidos, demonstrou que uma loja limpa 
nem sempre também é higiênica.
A seguir, serão abordadas algumas sugestões sobre as providências para assegurar uma manutenção 
adequada do equipamento frigorífico, assim
como a boa conservação dos produtos nele contidos, o que também irá gerar o racionamento de 
energia elétrica.
 Figura 1 Figura 2
FIGURA 1 FIGURA 2
Fluxo de Ar
Resistência
Ciclo do Degelo Evaporador com acumulação de
gelo sem circulação de ar
FIGURA 1 FIGURA 2
21Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
5.4 Temperatura dos Produtos
Os balcões frigoríficos são projetados para expor produtos congelados e resfriados da maneira mais 
eficiente e convidativa possível. Isto significa que produzem a refrigeração necessária para conservar 
os alimentos por períodos relativamente curtos, já que se espera que sejam vendidos dentro de
24 a 72h após serem colocados em exposição.
Os balcões abertos não devem ser usados para refrigerar produtos quentes. A mercadoria, 
quando colocada num balcão, deve estar numa temperatura bem próxima à temperatura de 
exposição recomendada pela Tabela 1 (página 19). Isto significa que o operador de uma loja 
deve, de alguma maneira, prever um espaço adequado para armazenagem refrigerada, ou seja, 
em câmaras frigoríficas.
Em princípio, a única mercadoria que deveria ser colocada diretamente nos balcões por ocasião 
do seu recebimento, é aquela que veio em caminhões devidamente refrigerados, com pouca ou 
nenhuma demora na transferência desses perecíveis (transporte do caminhão ao balcão expositor). 
Quanto mais próximo puder ficar dessas condições ideais, menores serão as possibilidades do 
produto estragar.
5.5 O Efeito da Umidade Ambiente
Os balcões abertos recebem grande interferência de temperatura, umidade e movimento do ar à 
sua volta. De maneira geral, são afetados quando a umidade relativa do ar ambiente ultrapassa 50 
a 55% seu valor e, evidentemente, quando também ultrapassa a temperatura máxima prevista pelo 
fabricante.
Não só os leigos, como os próprios técnicos muitas vezes não compreendem a influência e o efeito 
causado pela umidade do ar no desempenho dos balcões frigoríficos abertos para auto-serviço. Esses 
efeitos acontecem especialmente em balcões de produtos congelados, onde pode ocorrer neve na 
zona destinada à armazenagem do produto e nos dutos do equipamento, quando o teor de umidade 
relativa do ar ambiente ultrapassar 55%, mesmo que a temperatura seja inferior a 20ºC. Neste caso, a 
umidade, e não a temperatura, é o problema mais sério para os balcões frigoríficos.
5.6 O Degelo
O degelo é o vilão do sistema de refrigeração, pois consome boa parte da energia elétrica já que, uma vez 
mal regulado, o equipamento exige um consumo maior com degelo ineficiente. Uma conseqüência da 
umidade ambiente é a necessidade de descongelar os balcões, como você pode entender melhor a seguir.
Em termos simplificados, é no evaporador que se produz o frio, onde o fluido refrigerante evapora e, 
conseqüentemente, absorve o calor do ar que passa pela serpentina do evaporador e transmite o frio 
ao balcão e produtos neles contidos.
No início de um ciclo, após ligar o compressor, o evaporador está totalmente limpo e o ar passa 
facilmente. Entretanto, pouco a pouco, a umidade contida no ar se deposita em forma de neve nas 
paredes frias do evaporador e, depois de algum tempo, este começa a ter um aspecto congelado e o
movimento de ar se reduz. Se o compressor continuasse a funcionar, o evaporador ficaria totalmente 
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil22
acumulado de neve e o ar não poderia passar. O evaporador ficaria bloqueado e os produtos contidos 
no balcão não receberiam a refrigeração, o que torna essencial o degelo do equipamento, a fim de 
evitar que se forme gelo no evaporador a ponto de prejudicar ou impedir a refrigeração do balcão.
Este degelo é automático e controlado por um relógio elétrico ou relé cíclico, onde é previamente 
regulado para desligar o equipamento determinado número de vezes ao dia, por um período de tempo 
pré-determinado. O relé cíclico, além de desligar o compressor, liga uma resistência elétrica que 
fornece calor suficiente para derreter o gelo acumulado no evaporador.
5.6.1 Quantas vezes por dia o degelo deve ser feito?
Não existe uma resposta única. A freqüência do degelo depende, principalmente, das condições de 
umidade do local onde está instalado o balcão.
Num recinto onde haja ar condicionado, a umidade ambiente é controlada, o que faz com que o 
número de degelos seja pequeno. Já em um ambiente onde não haja ar condicionado e o nível de 
umidade relativa do ar seja elevado, haverá a necessidade de vários degelos ao longo do dia.
Outro fato que influi na quantidade de degelos a ser realizada é o tipo de balcão: aberto ou fechado. O 
balcão fechado precisa de mais degelos que o balcão aberto.
A temperatura em que o refrigerador irá funcionar também influencia na questão do degelo. Um 
balcão aberto para produtos congelados exige um número maior de degelos que um balcão para 
temperaturas em torno de 0ºC, desde que ambos estejam expostos às mesmas condições ambientes.
Cada fabricante estabelece um determinado programa de degelos para cada modelo de balcão, que 
deve ser rigorosamente seguido para a obtenção de melhores resultados.
5.6.2 É possível aumentar o número de degelos e reduzir a duração de cada um 
deles? A resposta é não!
Não se deve aumentar o número de degelos e reduzir sua duração, pois corre-se o risco de haver 
problemas com o evaporador bloqueado pelo gelo e, conseqüente, com a perda do produto ou de sua 
qualidade, além de um maior consumo de energia.
A freqüência de descongelamento é ditada pela quantidade de gelo que se acumula no evaporador, 
o que depende do desenho do evaporador, da diferença de temperatura e, principalmente, das 
condições do ambiente. A duração do degelo dependeda quantidade de calor disponível para esse 
descongelamento e o método pelo qual se transfere esse calor ao gelo. A freqüência não pode ser 
utilizada para corrigir a duração ou vice-versa.
5.7 O Uso Correto do Equipamento
Não permita que as promoções espetaculares façam-no exceder a capacidade do balcão expositor e evite que 
grandes volumes de mercadorias ou cartazes interfiram na circulação normal do ar frio do equipamento.
23Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Somente quando o ar frio estiver envolvendo totalmente a mercadoria é que esta poderá ser 
adequadamente resfriada. Não ultrapasse a linha de carga indicada no balcão, senão o produto consumirá 
mais frio e, conseqüentemente, necessitará de mais energia para manter a temperatura adequada.
Em balcões com prateleiras refrigeradas, deve-se promover a rotação das mercadorias a fim de evitar 
o acúmulo de neve sobre os produtos, que é formado pelas pilhas de latas sem uniformidade ou pelo 
bloqueio das saídas de ar do equipamento.
5.8 Rotação da Mercadoria
De uma forma geral, não podemos esquecer que todos os produtos colocados em balcões 
frigoríficos são perecíveis. Mesmo os produtos congelados não devem permanecer em estoques 
indefinidamente, pois também podem estragar.
Deve-se verificar, diariamente, se pedaços de papel que porventura se desprendam das embalagens, 
assim como quaisquer outros detritos que tenham caído dentro do balcão, estão sendo retirados dos 
mesmos. Ao evitar o entupimento dos esgotos, evita-se que o equipamento de refrigeração deixe de 
funcionar ou tenha sua eficiência diminuída, o que acarretará em maior consumo de energia.
Existem alguns fatores que aumentam a necessidade de um maior consumo de energia:
•	 Instalação mal feita
•	 Controles mal regulados
•	 Práticas insatisfatórias de carregamento e armazenagem de mercadorias no balcão
•	 Extremos de temperatura e/ou umidade ambiente na loja.
Todas essas condições irão resultar em um rendimento menos satisfatório do equipamento.
5.9 Maneiras de Exposição dos Produtos
Os produtos congelados são extremamente perecíveis se não forem armazenados em temperaturas 
adequadas. Por isso, os fabricantes desses produtos têm mais trabalho e despesas enormes, a fim de 
evitar que o produto se estrague desde quando sai da fábrica até a loja.
Freqüentemente, esse esforço é totalmente desperdiçado, quando um funcionário do supermercado deixa 
pacotes de produtos congelados em algum ponto da loja enquanto executa “outro trabalho mais urgente”.
A transferência de produtos congelados do ponto de armazenagem até o balcão deve ter prioridade 
entre outros serviços a serem executados, a fim de mantê-los com o mesmo nível de qualidade que 
se tinha ao ser congelado inicialmente. Lembre-se: a qualidade de um gênero perecível não pode ser 
recuperada depois de perdida.
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil24
5.10 Correntes de Ar afetam a Refrigeração
Seja qual for a causa, como uma porta aberta, um ventilador mal colocado, um duto de ar 
condicionado soprando sobre um balcão, enfim, qualquer movimentação apreciável de ar sobre 
balcões refrigerados abertos causará problemas. Quando o balcão apresenta temperaturas acima 
do normal ou dificuldades de descongelamento, é possível que estes problemas sejam causados por 
correntes de ar em volta do mesmo.
Lembre-se sempre de que o balcão refrigerado tem como princípio de seu funcionamento uma 
cortina de ar que circula de um lado para o outro, ou de cima para baixo, dependendo do modelo. 
Portanto, uma corrente de ar externa poderá interferir nessa circulação, provocando a entrada de ar 
quente ou o “transbordamento” de ar frio para fora do balcão. Em ambas as condições, a eficiência é 
reduzida e pode impedir o bom funcionamento do equipamento.
Os movimentos do ar em torno de um balcão podem ser facilmente observados, acompanhando o 
trajeto de fumaça de um cigarro. Geralmente, assim que se descobre a origem de uma corrente de ar 
que esteja atrapalhando o rendimento de um balcão, o problema é sanado facilmente.
5.11 Resumo de Procedimentos Básicos para Economizar Energia
•	 Regule a temperatura (pressão de evaporação) conforme o produto: congelados, carnes 
resfriadas, lacticínios, FLV, etc.
•	 Mantenha os expositores com carga máxima de produtos informada pelo fabricante do expositor.
•	 Respeite sempre os limites de armazenagem de produtos e nunca bloqueie a saída e/ou entrada 
de ar nos expositores.
•	 Após o fechamento da loja, desligue a iluminação dos expositores. Utilize as cortinas para 
expositores verticais e as tampas para as linhas de congelados.
•	 Re-avalie o tempo e o ciclo de degelo.
•	 Mantenha o expositor sempre limpo, as portinholas ou cortinas de serviço sempre fechadas e os 
evaporadores limpos e desobstruídos.
5.11.1 Áreas de Estocagem Frigorificada e de Preparo
•	 Regule a temperatura (pressão de evaporação) conforme o produto: congelados, carnes 
resfriadas, lacticínios, FLV. Etc.
•	 Diminua, ao máximo, as aberturas das portas frigoríficas.
•	 Corrija as portas frigoríficas que não estão tendo boa vedação.
•	 Utilize cortinas plásticas em tiras junto às portas frigoríficas.
•	 Evite a iluminação permanente dentro das câmaras, utilizando um interruptor com lâmpada piloto.
•	 Mantenha os forçadores de ar sempre limpos, assim como as aletas limpas e desobstruídas.
•	 Nunca estoque acima de 70% do volume da câmara frigorífica, esses 30% são utilizados para o 
fluxo de ar frio e, obviamente, a melhor troca de calor.
•	 Nunca armazene produtos na saída de ar ou retorno de ar dos forçadores: isto prejudica a troca 
de calor, causando um maior consumo de energia.
•	 Ao receber as mercadorias, certifique-se que estão realmente congeladas ou resfriadas e, o mais 
rápido possível, armazene-as para que não percam temperatura.
25Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Lembre-se: a temperatura que se perde entre o recebimento da mercadoria e a armazenagem nas 
câmaras é energia desperdiçada. E quanto mais rápido, menores serão as perdas com reposição de frio.
5.11.2 Demais Áreas
•	 Verifique a regulagem dos compressores, evitando liga-desliga desnecessário.
•	 Verifique o isolamento das tubulações frigoríficas e lembre-se: perder frio pelo isolamento 
danificado é perder energia.
•	 Mantenha os condensadores limpos e desobstruídos.
Dica: Dependendo do tamanho do supermercado, pode-se recuperar uma parcela de energia 
utilizando o gás quente (superaquecimento), que vai para os condensadores, para aquecer água para 
uso em áreas de preparo ou vestiários. 
5.12 Temperaturas de Funcionamento do Equipamento Frigorífico
É importante lembrar que a temperatura do balcão varia de acordo com a fase do ciclo do 
compressor, parado ou não, e ainda com o período de degelo. É necessário ter em mente que a 
temperatura dentro de um balcão pode variar em uma ampla faixa, mas a temperatura do produto 
varia muito menos e é a que determina o estado de conservação do produto.
5.13 Calor Radiante
O calor radiante é uma das três maneiras do calor propagar-se e, possivelmente, a mais difícil de se 
compreender. O calor que recebemos do sol é um ótimo exemplo, transmitido através dos raios, ou 
seja, calor radiante.
No caso de balcões refrigerados abertos, seria possível dizer que se o calor radiante não existisse, seria 
fácil obter uma temperatura do produto igual à temperatura do ar frio que circula no balcão. Porém, o 
teto de uma loja é geralmente uma grande superfície radiante, já que a temperatura na superfície estará, 
provavelmente, sempre bem mais alta do que a temperatura dentro de um balcão aberto.
Além do calor radiante do teto, cujos efeitos perduram mesmo à noite, a iluminação interna e as janelas e 
portas envidraçadas, através das quais os raios de luz incidem diretamente sobre a mercadoria colocada 
num balcão, elevam substancialmente a temperatura do produto exposto no topo da pilha colocada dentro 
do mesmo. É importante lembrar que, todas as vezesque se verificar que a temperatura dos pacotes 
colocados na parte superior de um balcão frigorífico ou mesmo de uma gôndola for mais alta que a do ar à 
sua volta, deve-se suspeitar de que alguma fonte de calor radiante está provocando tal situação.
5.14 Boas Práticas para Utilização das Câmaras Frigoríficas sem 
Desperdício de Energia
•	 Assim como nos balcões frigoríficos, deve-se evitar a entrada de produtos quentes nas câmaras 
frigoríficas. A grande maioria dos projetos de câmaras frigoríficas para supermercados é para 
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil26
produtos pré-resfriados e pré-congelados, sendo assim, terão apenas que conservar os produtos 
com a temperatura próxima àquela que deve ser mantida.
•	 Evite ultrapassar a capacidade máxima de armazenamento dos produtos para os quais a câmara 
foi dimensionada.
•	 Evite misturar os produtos a serem conservados no interior das câmaras; cada produto possui 
uma temperatura de conservação diferente.
•	 Luzes internas devem ser apagadas quando as câmaras não estiverem sendo utilizadas.
•	 As portas das câmaras devem estar fechadas sempre que possível. Uma prática errada é deixar parte 
de uma câmara frigorífica aberta por períodos longos, o que cria problemas para o conteúdo da 
câmara (pela entrada de ar quente e úmido) e provoca o acúmulo de gelo no evaporador, que impede o 
funcionamento 100% eficiente do sistema de refrigeração até o próximo período de degelo.
•	 Em situações onde as portas das câmaras não podem ficar fechadas, uma boa saída é a 
instalação de cortinas de PVC, o que exclui a necessidade constante de reposição do frio, 
reduzindo o consumo de energia.
•	 Evite obstruir a circulação do ar na saída dos evaporadores. Além de não garantir a uniformidade 
da temperatura no interior da câmara, provoca um maior acúmulo de gelo no evaporador.
•	 Ajuste corretamente a duração e os intervalos de degelo.
5.15 Sala de Máquinas
A sala de máquinas deve ser acessível e sem obstruções que impeçam a passagem de pessoas, a fim 
de permitir o trabalho fácil e rápido dos mecânicos, quando necessário. Não é, portanto, um local 
adequado para empilhar caixas ou outros materiais. A sala precisa de uma boa ventilação, um dos 
mais importantes requisitos para que o equipamento frigorífico funcione efetivamente, produzindo as 
temperaturas desejadas nos expositores e nas câmaras com a menor despesa operacional possível. 
Sem uma boa ventilação na sala de máquinas, os compressores serão forçados a trabalhar mais 
do que o esperado e, conseqüentemente, não poderão dar o rendimento previsto e terão um maior 
consumo de energia.
Caso não haja disponibilidade de espaço para a sala de máquinas ou de ventilação adequada ao 
tamanho e quantidade das unidades condensadoras utilizadas, é possível instalá-las em local distante 
dos compressores, usualmente sobre a laje do telhado, desde que em local ventilado e protegido de 
raios solares.
5.16 Sem Desperdício de Energia
Evite trabalhar com temperaturas de condensação acima da especificada no projeto. Isso implica na redução 
da capacidade dos compressores e no aumento da potência consumida, tornando indispensável uma rotina 
de manutenção preventiva para garantir que o condensador opere sempre em boas condições de limpeza.
Evite também a operação com gases não condensáveis, responsáveis pelas altas temperaturas de 
condensação. Trabalhar com os compressores dentro de seus limites de aplicação, além de garantir 
a durabilidade dos mesmos, evitará o consumo desnecessário de energia elétrica. A temperatura de 
evaporação muito baixa também reduz a capacidade frigorífica dos compressores, diminuindo seu 
coeficiente de performance.
27Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
De acordo com as recomendações de cada fabricante de compressor, periodicamente torna-se 
necessária a troca do óleo lubrificante, a limpeza dos filtros de sucção (se houver) e a troca dos filtros 
da linha de líquido, o que evita que o equipamento opere com grandes perdas de carga e resulte num
aumento da sua potência consumida.
Verifique, constantemente, a carga de fluido refrigerante. Uma redução da carga original (através de 
vazamentos) fará com que os compressores operem com superaquecimento total elevado. Além de 
diminuir a performance dos evaporadores dos balcões e das câmaras, os compressores trabalharão 
com maior potência consumida e altas temperaturas de descargas, correndo o risco de carbonização 
do óleo lubrificante e redução da vida útil.
O excesso da quantidade de fluido refrigerante no sistema obrigará os compressores a trabalharem com 
uma maior potência consumida. Evite trabalhar com baixo fator de potência dos compressores pois, 
além das multas impostas pela concessionária de energia, implicará também num elevado aumento da 
potência aparente, resultando num maior consumo de energia elétrica dos compressores. É preciso 
seguir a recomendação do fabricante para a utilização de capacitores para corrigir o fator de potência.
Ajuste corretamente todos os dispositivos de controle (pressão/temperatura) da central frigorífica 
para evitar que os compressores trabalhem em condições de liga/desliga em curto período de tempo. 
Tal cenário, além da redução da vida útil dos compressores, apresenta um aumento do consumo de 
energia devido aos picos de partidas ocasionado pela ciclagem dos compressores.
Todo supermercado precisa de uma boa manutenção para conservar não só o equipamento, como 
também sua clientela. Manutenção, aqui, inclui limpeza, higiene e recomendações gerais sobre o 
uso do equipamento. Sem dúvida, essas pequenas coisas contribuem para evitar prejuízos, manter 
satisfeito o cliente e, principalmente, racionalizar energia elétrica sem deixar de crescer.
Antes de utilizar qualquer equipamento desenvolvido pela Heatcraft do Brasil, siga as instruções do 
Procedimento de Start-Up e Operação de Sistema Frigorífico:
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil28
Procedimento de Limpeza e 
Descontaminação de Sistemas6
•	 Recolha todo o fluido refrigerante do sistema com uma recolhedora.
•	 Promova a limpeza de toda tubulação, bem como dos componentes, condensador, tanque de 
líquido, evaporador e componentes opcionais (Acumulador de Sucção e Separador de Óleo) com 
fluido R141B e Nitrogênio.
•	 Limpe, individualmente, os componentes e linhas, mesmo que seja necessário separá-los do sistema.
•	 Certifique-se de que a limpeza foi bem realizada e que não há R141B na linha e em nenhum dos 
componentes.
•	 Monte todo o sistema novamente.
•	 Realize o complemento de óleo nas linhas de líquido e sucção, utilizando tabela conforme manual 
da Heatcraft do Brasil.
•	 Complete o óleo do separador com 350ml.
•	 Pressurize, com nitrogênio, e realize os testes de estanqueidade do sistema.
•	 Comprove que não há vazamentos no sistema e, em seguida, promova o vácuo do mesmo.
•	 Quebre o vácuo do sistema com o fluido refrigerante, colocando o fluido no estado líquido pela linha de 
líquido, até completar a carga do sistema. Certifique-se de que todas as correções foram realizadas de 
acordo com as recomendações e realize novo Start-up do sistema, conforme informações contidas no 
Manual de Instalação Heatcraft do Brasil, que acompanha todos os produtos.
29Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
•	 Faça a seleção correta dos equipamentos ou, se for o caso, observe o projeto (carga térmica).
•	 Faça a seleção e especificação dos componentes para montagem do sistema (tubulação, válvulas, 
unidades, evaporadores, quadro elétrico). Utilize o software de seleção SR2005.
•	 As conexões e tubulações devem ser soldadas com uma vazão de nitrogênio no seu interior, com 
uma pressão de 3 a 4 PSI.
•	 Antes de fazer as ligações das tubulações com evaporadores e unidades condensadoras, deve 
ser feito o teste de vazamento nas linhas de líquido e sucção, com pressão de 350 PSIG de 
nitrogênio. Deixe por 24h e observe a fuga de pressão através de manômetro, ouutilize o método 
convencional com espuma. Se optar por usar detector eletrônico de gases alogênios, utilize o 
nitrogênio e uma porcentagem (5~10%) do refrigerante especificado para a obra (Ex.: R 22). 
Consulte o Manual de Instalação do equipamento.
•	 Faça todas as conexões das tubulações com a unidade condensadora e evaporadores e, em 
seguida, faça um novo teste de vazamento nas conexões realizadas. Observe que o teste de 
vazamento, após as conexões no equipamento, não poderá ultrapassar 150 PSIG, principalmente 
no lado de baixa pressão, para não danificar ou prejudicar a precisão do pressostato de baixa.
•	 Comece a evacuação de todo o sistema e, de preferência, faça vácuo no lado de alta e baixa 
pressão da instalação.
•	 O primeiro vácuo bruto deverá atingir, pelo menos, 1500 microns. Quebre o vácuo com o 
refrigerante a ser usado na instalação e repita a operação com vácuo até 500 microns. Não faça 
vácuo por tempo, mas por medição com instrumento (vacuomentro). O tempo para se fazer um 
bom vácuo depende da capacidade e da qualidade da bomba, que poderá ser lenta ou rápida.
•	 Após o vácuo, faça a carga de óleo adicional no sistema, colocando o lubrificante no tanque 
de líquido da unidade na quantidade calculada (conforme informação do fabricante). Se tiver 
separador de óleo, este deverá ser abastecido até a liberação da bóia, para que o lubrificante volte 
ao compressor. Consulte o Manual de Instalação (página 73).
•	 Antes de ligar a unidade condensadora, faça a carga de refrigerante. A maior quantidade deve 
ser, preferencialmente, na forma líquida, pelo tanque de líquido. Para facilitar a colocação do 
refrigerante, realize esta operação através da válvula do tanque de líquido, após o término do 
vácuo por diferença de pressão. Consulte o Manual de Instalação.
•	 Ligue a unidade condensadora e inicie o start-up, monitorando a amperagem do compressor, 
pressões de baixa e alta, temperatura da linha de sucção e líquido. Complete a carga de 
refrigerante na forma vapor, se necessário. Consulte Manual de Instalação.
Procedimento de Start-Up7
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil30
•	 Após este procedimento, o mecânico deverá acompanhar o funcionamento do equipamento em, 
pelo menos, 6h, para avaliar as condições termodinâmicas de operação do sistema.
Neste início de operação, o superaquecimento poderá ficar entre 11ºC a 25ºC, sem que isto 
prejudique o bom funcionamento do mesmo ou sua vida útil.
Quando a temperatura da câmara ou balcão aproximar-se do valor especificado no projeto, o mecânico 
deverá fazer a regulagem e o ajuste final do sistema com carga máxima.
O superaquecimento do compressor deverá ser regulado para operar entre 10ºC a 15ºC e o sub-
resfriamento do refrigerante deverá ser de 4ºC a 10ºC. Faça a programação de degelos de forma que não 
haja bloqueio de gelo no evaporador e aquecimento excessivo da serpentina, o que é desnecessário.
Acompanhe, pelo menos, 2 degelos antes de entregar a obra. Faça o treinamento de operação do sistema 
junto ao cliente para que ele não altere as configurações de operação ou desregule o equipamento.
Não esqueça das proteções elétricas, que são de responsabilidade do instalador e do usuário final. O 
básico deve ser: relé térmico, disjuntor e falta de fase.
Lembre-se que não existe sistema isento de prováveis falhas. O funcionamento mecânico e/ou 
qualquer alteração por problemas operacionais, que nem sempre são de instalação, poderá causar 
falhas ou interrupções no funcionamento e, neste caso, o instalador ou fornecedor não é nem deverá 
ser responsabilizado pela falha. Este é um risco que existe em todo sistema em funcionamento e que 
o cliente final deve ter conhecimento. Não esqueça de que a garantia não é um seguro total, mas um 
serviço de pós-venda para possíveis correções ocorridas por defeitos de fabricação.
Leia sempre o Manual de Instalação e operação antes de qualquer funcionamento dos 
equipamentos. Isto evitará futuras falhas.
8.1 Informações Gerais 34
8.1.1 Segurança 34
8.1.2 Identificação 34
8.1.3 Inspeção no Recebimento 35
31Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
8.1.4 Termo de Garantia 35
8.1.4.1Termo de Garantia Padrão para Compressores 36
8.1.5 Comunicação de Defeito em Garantia 36
8.2 Unidade Condensadora 36
8.2.1 Transporte e Montagem de Unidade Condensadora 36
8.2.1.1 Montagem no Solo 37
8.2.1.2 Montagem em Lajes 37
8.2.1.3 Acesso à Unidade 37
8.2.2 Requisitos de Localização para Unidades Condensadoras 37
8.2.2.1 Locais para Instalação 37
8.2.2.2 Paredes e Obstruções 36
8.2.3 Montagem de Compressores sobre Molas 38
8.3 Evaporador de Ar Forçado 38
8.3.1 Localização e Montagem do Evaporador de Ar Forçado 38
8.3.1.1 Recomendações para Instalação 42
8.3.2 Tabelas para Seleção de Válvulas de Expansão - Forçadores 42
8.3.3 Linhas de Dreno do Evaporador de Ar Forçado 42
8.4 Condensador Remoto 43
8.4.1 Transporte do Condensador Remoto 43
8.4.2 Requisitos de Localização para Condensador Remoto 44
8.4.3 Linhas de Refrigerante 45
8.4.4 Tanque de Líquido 46
8.4.5 Instalação Elétrica 46
8.4.6 União de Coletores de Condensador 47
8.5 Tubulação de Refrigerante 48
8.5.1Dimensionamento e Montagem de Linhas de Refrigerante 48
8.5.1.1 Selecionamento Rápido de Linhas de Refrigerante 48
8.5.2 Procedimento Básico para Montagem de Tubulação 53
8.5.2.1 Linha de Sucção 61
8.5.2.2 Linha de Líquido 61
8.5.3 Montagem da Fiação Elétrica 61
8.6 Testes 61
8.6.1 Procedimento Básico para Detecção de Vazamento 61
8.6.2 Evacuação do Sistema 62
8.6.3 Procedimento Básico para Carga de Refrigerante 62
 
8.7 Partida de Unidades Condensadoras 63
8.7.1 Verificação Final e Partida Inicial 63
8.7.2 Verificação da Condição de Operação 64
8.7.3 Balanceamento do Sistema - Superaquecimento do Compressor 64
8.7.4 Desbalanceamento de Fases 66
Manual de Instalação
de Equipamentos8
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil32
8.8 Regulagens do Sistema 66
8.8.1 Superaquecimento do Evaporador 66
8.8.1.1 Regulagem do Superaquecimento do Evaporador 66
8.8.1.2 Método Alternativo para Medição de Superaquecimento do Evaporador 67
8.8.2 Degelo 67
8.8.3 Sequência de Operação - Ciclo de Refrigeração 68
8.8.4 Controle de Pressão de Condensação 69
8.8.4.1 Sistema de Válvula Única 69
8.8.5 Acessórios do Sistema 69
8.8.5.1 Filtro de Sucção 69
8.8.5.2 Filtro de Linha de Líquido 69
8.8.5.4 Separador de Óleo 70
8.8.5.5 Acumulador de Sucção 70
8.8.5.6 Tanque de Líquido Adicional 70
8.5.7 Regulagens Recomendadas para Pressostatos de Baixa 70
8.9 Lubrificantes para Refrigeração 71
8.9.1 Óleos para Compressores Copeland 71
8.9.2 Óleos para Compressores Bitzer 72
8.10 Manutenção 73
8.10.1 Manutenção Preventiva em Evaporador de Ar Forçado 73
8.10.1.1 Inspeção Visual 76
8.10.1.2 Limpeza do Aletado e Hélice 76
8.10.1.3 Inspeção da Fiação e dos Componentes Elétricos 76
8.10.2 Manutenção Preventiva em Unidades Condensadoras 77
8.10.2.1 Inspeção Visual 77
8.10.2.2 Inspeção Semestral 77
8.10.2.3 Inspeção Anual 78
Índice das Tabelas
Tabela 1 - Tabelas para Seleção de Válvulas de Expansão 41
Tabela 2 - Tabelas para Seleção de Válvulas de Expansão 41
Tabela 3 - Linha de Líquido e Descarga para Condensadores Remotos 45
Tabela 4 - Determinação do Comprimento Equivalente da Tubulação de Sucção 50
Tabela 5 - Determinação do Comprimento Equivalente da Tubulação de Líquido 51
Tabela 6 - Perdas de Pressão em Linhas de Líquido Ascendentes 51
Tabela 7 -Comprimento Equivalente de Componentes de Tubulação 51
Tabela 8 - Carga de Refrigerante em Tubulações por 10m de Comprimento Linear 54
Tabela 9 - Linha de Líquido e Sucção para R-134A - Parte 1 55
Tabela 9 - Linha de Líquido e Sucção para R-134A - Parte 2 56
Tabela 10 - Linha de Líquido e Sucção para R-22 - Parte1 57
Tabela 10 - Linha de Líquido e Sucção para R-22 - Parte 2 58
Tabela 11 - Linha de Líquido e Sucção para R-404A - Parte 1 59
 
Tabela 11 - Linha de Líquido e Sucção para R-404A - Parte 2 60
Tabela 12 - Tabela de Referência para Carga Refrigerante 63
Tabela 13 - Regulagem do Superaquecimento e Subresfriamento 67
Tabela 14 - Regulagens Recomendadas para Pressostatos de Baixa 70
Tabela 15 - Lubrificantes para Compressores Copeland 71
33Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
Tabela 15.1 - Lubrificantes para Compressores Bitzer 72
Tabela 16 - Quantidade de Óleo a Acrescentar na Tubulação 72
Tabela 17 - Problemas no Sistema e Ações Corretivas 73
Índice de Figuras
Os números das figuras no manual são correspondente aos títulos abaixo.
Figura 1 - Identificação do Número de Série 34
Figura 2 - Etiqueta de Identificação do Forçador FBA 35
Figura 3 - Localização da Unidade Condensadora 01 38
Figura 4 - Localização da Unidade Condensadora 02 38
Figura 5 - Evaporador de Grande Porte - EEP 39
Figura 6 - Evaporador de Médio Porte - FBA / BM 39
Figura 7 - Evaporador - EDS 39
Figura 8 - Evaporador de Grande Porte -EEP 39
Figura 9 - Evaporador de Médio Porte - FBA 39
Figura 10 - Evaporador - EDS 39
Figura 11 - Evaporador no Fundo da Câmara 40
Figura 12 - Dois Evaporadores lado a lado 40
Figura 13 - Múltiplos Evaporadores em linha 40
Figura 14 - Múltiplos Evaporadores Defasados 40
Figura 15 - Dois Evaporadores em Câmara “walk in” 40
Figura 16 - Evaporador com Defletor 40
Figura 17 - Evaporador com Defletor 41
Figura 18 - Linha de Dreno para Evaporadores de Ar Forçado 42
Figura 19 - Localização do Bulbo da Válvula de Expansão 01 43
Figura 20 - Localização do Bulbo da Válvula de Expansão 02 43
Figura 21 - Lançamento de Condensador Remoto 44
Figura 22 - Localização de Condensador Remoto com Descarga Vertical 44
Figura 23 - Localização de Condensador Remoto com Descarga Horizontal 45
Figura 24 - Coletor de União 47
Figura 25 - Coletor da Serpentina 47
Figura 26 - União de Coletores Finalizada 48
Figura 27 - Isométrico de Tubulação Frigorífica 49
Figura 28 - Sifão tipo “P” 51
Figura 29 - Duplo tubo de Sucção 52
Figura 30 - Verificação do Superaquecimento e Subresfriamento 65
Figura 31 - Regulagem da Válvula de Expansão 67
Figura 32 - Válvula para Controle da Pressão de Condensação 69
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil34
8.1 Informações Gerais
8.1.1 Segurança
A instalação e a manutenção dos equipamentos Heatcraft deverão ser feitas apenas por um técnico 
qualificado que esteja familiarizado com os mesmos. Toda a instalação elétrica, fiações e dispositivos 
de segurança devem estar de acordo com as normas técnicas cabíveis.
8.1.2 Identificação
Todos os produtos da Heatcraft do Brasil são identificados por uma etiqueta auto-adesiva fixada 
em sua estrutura. A partir da leitura da etiqueta, é possível identificar, por exemplo, se o produto 
encontra-se dentro do prazo de garantia.
FIGURA 1 - Identificação do Número de Série
M 00 A 000001
MÊS DE FABRICAÇÃO
A = Janeiro G = Julho
B = Fevereiro H = Agosto
C = Março I = Setembro
D = Abril J = Outubro
E = Maio K = Novembro
F = Junho L = Dezembro
LOCAL DE 
FABRICAÇÃO
M = HEATCRAFT DO BRASIL LTDA.
ANO DE 
FABRICAÇÃO
00 = 2000
01 = 2001
02 = 2002
NÚMERO 
DE SÉRIE
35Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
FIGURA 2 - Etiqueta de Identificação do Forçador FBA
 
8.1.3 Inspeção no Recebimento
A responsabilidade é de quem recebe o material, por isso cada entrega deve ser cuidadosamente 
verificada em relação à nota fiscal e ao transportador. A nota fiscal não deverá ser assinada até que 
seja verificado que todos os itens que nela constam realmente foram entregues.
Verificar cuidadosamente se há algum tipo de dano no equipamento, principalmente em lugares mais ocultos. 
Quando o produto estiver sendo desembalado, deve-se tomar cuidado para não ocorrerem avarias.
Alguma deficiência ou dano deverão ser notificados ao transportador. O material danificado torna-
se responsabilidade do mesmo e não deverá ser enviado de volta ao fabricante, a não ser que haja 
instrução do contrário.
Todo equipamento deverá ser transportado sobre a base da embalagem, até o local da instalação. 
Somente aí é que a base deverá ser retirada.
8.1.4 Termo de Garantia
A Heatcraft garante, aos seus compradores diretos, que seus produtos estão isentos de defeitos de 
material ou mão-de-obra, sob utilização normal, por um período de doze (12) meses, a partir da data 
de instalação, ou dezoito (18) meses, a partir da data de emissão da nota fiscal de venda da Heatcraft, 
o que ocorrer em primeiro lugar.
Peças adicionais que compõem os produtos estão garantidas por um período de doze (12) meses a 
partir da data de instalação. Qualquer defeito encontrado em um produto coberto por esta garantia 
será examinado pela fábrica da Heatcraft e, a critério desta, será reparado ou substituído, existindo a 
opção de dar, ao comprador, um crédito no valor de compra do produto defeituoso.
O compromisso da Heatcraft, após o retorno do produto à fábrica mediante frete pago pelo 
comprador, é que a correção do defeito ou substituição sejam providenciadas e o produto retornado 
ao cliente, pelo meio menos custoso de transporte disponível.
Os compressores aplicados nos equipamentos fornecidos pela Heatcraft estão sujeitos aos termos de 
garantia padrão (veja as condições que devem ser mantidas para ter direito a ela no item 8.1.4.1). O 
transporte de ida e de volta do compressor, até o revendedor, é por conta do cliente.
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil36
O compressor que será reposto deverá ser de modelo idêntico ou da mesma capacidade do 
compressor que está sendo substituído e, em ambos os casos, deverá cumprir as mesmas exigências 
de aplicação e características técnicas de operação do sistema.
Custos adicionais, diretos ou indiretos, decorrentes da substituição ou da troca de compressores, 
partes e peças não estão cobertos por esta garantia. Este termo está acima de outras garantias 
expressas ou implícitas.
A garantia prevista, também não será devida:
•	 Se o pagamento não estiver integralmente quitado.
•	 Se o produto tiver sido reparado ou alterado sem a autorização e/ou supervisão da Heatcraft .
•	 Se o produto tiver sido aplicado em finalidades para as quais não tenha sido projetado.
•	 Se o produto foi instalado ou utilizado contrariamente as instruções fornecidas neste manual.
A Heatcraft não concede garantia, expressa ou implícita para utilizações particulares de seus 
produtos.
8.1.4.1 Termo de Garantia Padrão para Compressores
As seguintes condições deverão ser mantidas a fim de que se mantenha a garantia dos 
compressores:
•	 A bitola da tubulação deverá estar de acordo com indicações contidas neste manual
•	 Durante a brasagem/ soldagem da tubulação de refrigerante, deverá ser aplicado um fluxo de gás 
inerte, nitrogênio seco, através da tubulação
•	 O suprimento de energia deverá seguir as seguintes condições:
 - Sistema com três fases: + ou – 10% da tensão nominal; monofásico: +10% ou – 5% da 
tensão nominal
 - O desbalanceamento da tensão: não pode exceder a 2%, ver item 8.7.4 do manual
•	 Todos os controles e proteções deverão ser adequadamente conectados, de acordo com o (s) 
esquema (s) elétrico (s) fornecidos pela Heatcraft.
•	 Proteções elétricas: caso haja a possibilidade do suprimento de energia não atender os requisitosdo item 3, deverão ser utilizadas as seguintes:
•	 Trifásico: Proteção contra desbalanceamento de fases
 - Monofásico: proteçaõ contra sub-tensão e sobre tensão
8.1.5 Comunicação de Defeito em Garantia (CDG)
Em caso de defeito, deverá ser preenchida a CDG - Comunicação de Defeito em Garantia, que deverá 
ser enviada à Heatcraft, via e-mail ou fax. Consultar final do manual.
8.2 Unidade Condensadora
8.2.1 Transporte e Montagem de Unidade Condensadora
Toda unidade condensadora possui furos para içamento; todo o cuidado deve ser tomado quando 
da sua movimentação. Para evitar danos provocados por cabos ou correntes que podem friccionar 
ou apertar a unidade condensadora durante o içamento, devem ser utilizadas barras para afastar os 
mesmos da unidade.
37Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
8.2.1.1 Montagem no Solo
A base deverá ser de concreto, nivelada e a 150mm de altura em relação ao piso. Essa elevação acima 
do piso garante alguma proteção contra a água, sujeira e pó. Antes de fixar a unidade à base, verificar, 
mais uma vez ,o nivelamento da mesma. A unidade sempre deverá estar localizada em espaços livres, 
em todas as direções. Uma unidade montada em um canto do recinto poderá resultar em recirculação 
do ar de descarga, surgindo daí elevada pressão de condensação e perdas de desempenho.
8.2.1.2 Montagem em Lajes
Antes da montagem, deve ser feita uma completa análise estrutural, para ter a certeza de que a 
estrutura suportará convenientemente o peso da unidade. Para o amortecimento de vibrações, é 
recomendável o uso de amortecedores de borracha entre a unidade e a base de montagem.
8.2.1.3 Acesso à Unidade
Deve-se prever espaço adequado para o acesso à unidade, necessário para a realização dos serviços 
de manutenção e limpeza. Prever também espaço ao lado das conexões para permitir o acesso às 
válvulas de serviço.
8.2.2 Requisitos de Localização para Unidade Condensadora
8.2.2.1 Locais para Instalação
A mais importante consideração que deve ser feita em relação à instalação de unidades com 
condensação a ar é a provisão de ar para o condensador e a remoção do ar aquecido da área onde 
está instalada a unidade.
Quando essa condição essencial não é atendida, resultará em alta pressão de condensação, o que 
causa baixo rendimento no equipamento e falhas em potencial para o compressor.
Unidades não devem ser instaladas nas vizinhanças de vapor, ar quente e descargas de chaminés. 
Atmosferas corrosivas requerem condensadores especialmente projetados para essa condição.
A unidade deve ser montada fora de espaços que sejam sensíveis a ruído e vibração. Para outros 
lugares da construção, devem ser montadas sobre lajes, áreas de serviço e outras áreas onde o nível 
de ruído não seja um fator importante. Consultores sobre som e estruturas deverão ser procurados 
para maiores recomendações.
8.2.2.2 Paredes e Obstruções
A unidade deverá ser localizada de tal maneira que o ar circule livremente e não seja recirculado. Para 
haver um fluxo apropriado de ar, o equipamento deverá estar a uma distância “L” mínima de qualquer 
parede ou obstrução.
É recomendável que a distância seja maior que “L” sempre que possível. Para equipamentos 
instaladas lado a lado, a distância mínima entre as unidades deve ser a largura da unidade mais larga.
Se os condensadores, estiverem de frente um para o outro, ao lado das aletas, a distância mínima 
entre eles deverá ser a do condensador de maior altura.
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil38
L* 
Mínimo
Fluxo de ar
FIGURA 4 - Localização de Unidades Condensadora 02
8.2.3 Montagem de Compressores sobre Molas
Os compressores semi-herméticos são fixados rigidamente à unidade para que se evite danos durante 
o transporte. Antes de operar com a unidade, os seguintes passos devem ser seguidos:
•	 Remover as porcas superiores e arruelas.
•	 Remover e descartar os espaçadores.
•	 Montar os espaçadores de neoprene (instalados na caixa elétrica do compressor ou fixados ao mesmo).
•	 Remontar as porcas superiores e arruelas.
•	 Deixar uma folga de 1,5mm entre a porca/arruela do espaçador de neoprene. Para compressores 
montados rigidamente, verificar se os parafusos de montagem não se soltaram durante o transporte.
8.3 Evaporador de Ar Forçado
8.3.1 Localização e Montagem do Evaporador de Ar Forçado
A maior parte dos evaporadores de ar forçado pode ser montada com tirantes ou barras roscadas de 
aço com tratamento anti-oxidação.
Deve-se tomar cuidado quanto ao nivelamento dos equipamentos, de maneira a propiciar uma drenagem 
adequada da água condensada. A área entre o equipamento e o teto deve ser selada ou exposta de tal 
maneira que permita a limpeza manual sem necessidade do uso de equipamentos.
Nota: O valor “L” é a altura total da unidade condensadora
FIGURA 3 - Localização da Unidade Condensadora 01
L*
Mínimo
L* 
Mínimo
Fluxo de ar
L*
Mínimo
Fluxo de ar
39Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
500500
L
F
EEP = 15m
EEP = 15m
500
F
500
L
V
V - MÍNIMO = 0.6 m
V - MÁXIMO = 5 m
300
F
300
L
FBA = 13m BM = 20m
E
S
M
T
L = Altura do Forçador
F= Flecha de ar
S
E
S
E
FBA = 13m BM = 20m
300
L
300
F
V
L
V - MÍNIMO = 0.3 m
V - MÁXIMO = 3 m
FIGURA 5
Evaporador de Grande Porte - EEP
FIGURA 7
Evaporador - EDS
FIGURA 9
Evaporador de Médio Porte - FBA/BM
FIGURA 6
Evaporador de Médio Porte - FBA/BM
FIGURA 8
Evaporador de Grande Porte - EEP
FIGURA 10
Evaporador - EDS
Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil40
De�etor 
de Ar
Vista Lateral
FIGURA 11
Evaporador no Fundo da Câmara
FIGURA 13
Múltiplos Evaporadores em linha
FIGURA 15
Dois Evaporadores em Câmara “walk in”
FIGURA 12
Dois Evaporadores lado a lado
FIGURA 14
Múltiplos Evaporadores Defasados
FIGURA 16
Evaporador com Defletor
Onde:
E = Distância da lateral do evaporador à parede (parte da qual não sai fluxo de ar)
S = Distância das partes frontais/traseiras (partes das quais sai fluxo de ar) até a parede
M = Distância entre laterais de aparelhos
T = Distância entre partes frontais/traseiras
Quanto a localização e a quantidade de evaporadores de ar forçado a ser utilizado em cada ambiente, 
deve-se considerar a flecha de ar de cada equipamento.
E(m) S(m) M(m) T(m)
Máx.
2
Mín.
0,6
Máx.
5
Mín.
0,9
Máx.
4,00
Mín.
0,6
Máx.
10
Mín.
1,80
Recomendações de Distância Máximas e Mínimas de Evaporadores de Montagem Central
(Ex.: Forçadores de dupla saída)
41Treinamento Técnico Avançado - Heatcraft do Brasil
De�etor 
de ar
Porta 
corrediça
FIGURA 17
Evaporador com Defletor 8.3.1.1 Recomendações para Instalação
•	 O fluxo de ar deve cobrir a câmara inteira.
•	 Nunca instale evaporadores sobre portas.
•	 Localize o evaporador dentro da câmara e considere o mínimo 
trajeto das tubulações de refrigerante e de dreno.
•	 Um espaço equivalente à altura do evaporador deve ser deixado 
entre a parte inferior do equipamento e o produto armazenado na 
câmara. Não deixe o produto na frente da descarga de ventiladores.
•	 Para evaporadores múltiplos, o controle de temperatura e intervalo 
de degelo deverá ser único, ou seja, todos os evaporadores devem 
entrar e sair simultaneamente do degelo.
8.3.2 Tabelas de Seleção de Válvulas de Expansão - Forçadores
TABELA 1 - Tabela para Seleção de Válvulas de Expansão
TABELA 2 - Tabela para Seleção de Válvulas de Expansão
Modelo Danfoss Orifício número
Temperatura de evaporação
10ºC 5ºC 0ºC - 5ºC - 10ºC - 15ºC - 20ºC -25ºC -30ºC -35ºC -40ºC
TEX 2 - 0.3 00 1204 1204 1204 1161 1118 1075 1032 989 946 899 852
TEX 2 - 0.7 0 1 3113 2938 2762 2578 2393 2186 1978 1806 1634 1508 1383
TEX 2 - 1.0 02 4679 4408 4138 3825 3511 3175 2838 2571 2303 2055 1806
TEX 2 - 1.5 03 8394 7862 7330 6789 6249 5678 5106 4608 4109 3689 3268
TEX 2 - 2.3 04 12557 11754 10952 10098 9244 8379 7514 6081 6887 5498 4909
TEX 2 - 3.0 05 15843 14859 13876 12764 11652 10858 9525 8614 7703 6851 6199
TEX 2 - 4.5 06 19318 18107 16895 15556 14217 12946 11675 10549 9423 8499 7575
Modelo
Alco

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