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REUMATOLOGIA Generalidades Reumatismo é termo genérico, que engloba mais de 100 doenças que afetam articulações e seus componentes; Etiologia mais comum é de doenças autoimunes, mas também pode ser infecções, traumas, fatores metabólicos e predisposição (mulheres, caucasianos); Doenças autoimunes ocorrem por reação imunológica atípica contra os tecidos do próprio organismo, sendo um dos seus principais agentes as células T (linfócito); A principal sintomatologia ocorre com o aparecimento dos sinais flogísticos; Têm um desenvolvimento lento que pode passar desapercebido até uma ocorrência secundária ou crise aguda; Maior acometimento ocorre nas articulações distais; Grande parte gera deformidades irreversíveis com cirurgias – mas proteláveis com órteses – e osteoporose localizada por pouco uso. A.R.: Patogênese & Quadro Clínico Causa ainda é 60% genética, 3x mais mulheres, fumantes, possuem mais risco de cardiopatias obstrutivas (PCR ↑ acúmulo lipídios nos vasos) Células T e B autorreativas ativam sinovite (inflamação da membrana sinovial), invade cartilagem e osso e começa um processo de remodelação óssea atípica (forma pannus); Quadro clínico: fadiga, depressão, perda de peso, mialgias generalizadas, rigidez poliarticular, edema, ↓ sensibilidade, nódulos subcutâneos (+ comum em fumantes), lesões oculares (tecido fibrótico), alteração de células brancas no hemograma; Exames: Clínica é a base do diagnóstico FAN – Atesta se há anticorpos autoimunes no sistema; FATOR REUMATÓIDE – Atesta especificamente se há anticorpo reumatóide no sistema; PROTEÍNA C REATIVA – Atesta presença de processos inflamatórios ou infecciosos; RAIO X (padrão ouro) – Cistos ósseos, edema de tecidos moles, ↓ espaço articular, hipertrofia óssea, luxações indolores A.R.: Traços e tratamento MÃO REUMATÓIDE: Atinge aproximadamente 90% Erosão articular e fusão do osso subcondral Perda quase total da força de preensão Desvio ulnar dos dedos, frouxidão ligamentar, pescoço de cisne, dorso de camelo, dedo em botoeira; PÉ REUMATÓIDE: Hálux valgo Sobreposição dedos Região metatarso falangeana vara “Aquadramento” articulação talocalcâneo OBJETIVOS: Analgesia (+ repouso) Facilitar ADM ou ganhar ADM + Ex. abdominais e respiratórios Ganho de FM Melhorar retorno venoso Relaxamento Prevenir deformidades CONDUTAS: Laser IF Cinesioterapia (alongamento, mobilizações) Exercício ativo, exercício ativo resistido e isométrico (Bad Ragaz) Drenagem linfática + hidroterapia Massoterapia + Watsu Órteses específicas Conscientizar amplamente o paciente; Incentivar uma boa dieta; Tratamento sempre é apoiado pelo suporte medicamentoso Pico agudo = Analgesia, repouso, exercícios respiratórios e abdominais FIBROMIALGIA Síndrome clínica crônica (pois persistente por mais de 3 meses), aflige de 1 a 3% da população mundial e tem seu início na faixa etária de 29 a 37 anos; É considerada idiopática, sem causa definida e seus mecanismos de instalação são inexatos (grande fator desencadeante: doenças graves pregressas); Fisiopatologia: formação de trigger points em diversas áreas do corpo, com alteração vascular que provoca hipóxia e ↓ no fluxo da região, alteração endócrina que gera ↓ serotonina; Quadro clínico: Insônia ou sono defasado, rigidez matinal, espasmos musculares, sensibilidade aumentada em T.P., humor instável, cefaleia; Diagnóstico: Teste dos 18 pontos (não é muito confiável, pois são pontos frágeis e de tensão do corpo humano) e anamnese com diagnóstico apoiado por psiquiatra; Tratamento: Prescrição de exercícios aeróbicos, relaxamento, liberação miofascial, corrente interferencial. FEBRE REUMÁTICA Ocorre geralmente em crianças e adolescentes de até 15 anos, decorrente de infecções de garganta mal cuidadas com propensão genética; Deve ser tratada com muita atenção e cuidado, utilizando penicilina, A.I.’s e analgésicos; Não é contagiosa, mas a sua bactéria sim; Pode gerar complicações cardíacas (pancardite, inflamação generalizada de todas as paredes cardícas) e articulares (artrite); Uma outra consequência tardia é a coreia; Quadro clínico também inclui nódulos subcutâneos, eritrema, alterações do eletrocardiograma; Tratamento fisioterapêutico: Deve se iniciar de 4 a 6 semanas em casos de comprometimento cardíaco moderado ou ausente. Objetivos: Analgesia, posicionamento e relaxamento, proteção muscular e articular, ADM, FM, reabilitação cardíaca, fisioterapia respiratória (internção).
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