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Ayla Mendes Cavalcante Sabino Aula 05.03 - Mecanismos de ação das drogas Farmacologia Ação Biológica dos Fármacos: ◌ Fase farmacêutica: estuda a liberação do fármaco a partir do produto farmacêutico (cápsula, liquido, etc.). É constituída pelo conjunto de fenômenos compreendidos entre a administração do medicamento e a absorção propriamente dita. ◌ Fase farmacocinética: é o caminho que o fármaco faz no organismo: absorção, distribuição, metabolismo e excreção de fármacos. Identificação e quantificação da passagem do fármaco pelo organismo. ◌ Fase farmacodinâmica: é como a droga age no organismo – interação de um fármaco especifico com o seu receptor, o que ocorre para desencadear o efeito terapêutico requerido. Ações gerais dos fármacos: ▪ Alteração de um evento fisiológico → O fármaco NUNCA induz uma função que não existe na célula, ou seja, NÃO criam funções biológicas - não tem a capacidade de conferir uma nova função a célula ou tecido-alvo: Exceção: fármacos que trabalham com a terapia gênica → são fármacos novos, que estão sendo desenvolvidos e que conseguem “mexer” na genética da célula, com isso, consegue interferir nas suas funções. ◌ Obs.: os fármacos tem possibilidades de ações em determinadas células, mas ele só consegue modular (estimular/inibir) a função das células (que tem receptor específico para o fármaco). Conclusão: o efeito de um medicamento irá depender das funções que uma celular é capaz de exercer. Alvos proteicos para a ligação de fármacos: ◌ Enzimas: alguns fármacos tem a função de ser oposto a função de algumas enzimas, inibindo as suas funções ◌ Moléculas carreadoras: são moléculas que ajudam as substancias a entrar na célula (energia) ◌ Receptores farmacológicos Proteína possuidora de um ou mais sítios que, quando ativados por substancias endógenas/farmacológicas, são capazes de desencadear uma resposta biológica/efeito farmacológico. A farmacologia surgiu para imitar substâncias dos nosso organismo e tem afinidade com alguns dos receptores. Conceitos importantes: ◌ Afinidade: a tendência de um fármaco ligar-se ao seu receptor (efeito imã = ligação fármaco + receptor) ◌ Eficácia: a tendência de ativar o receptor A ligação do fármaco com o receptor pode ativar/bloquear a ação da célula – se o fármaco estimular (boa eficácia), se oblitera a função da célula (sem eficácia/eficácia zero) ▪ O corticoide interfere em uma cascata de eventos (bloqueia a ação de enzimas), parecido com o anestésico local (bloqueio do receptor do tipo canal iônico). ● Os receptores determinam grande parte a dose e concentração dos fármacos e os seus efeitos farmacológicos. ↘ Ex. 1: existem algumas substancias que causam dependência (muito comum em fármacos que bloqueiam a função): é como se “a gente toma um fármaco, mas depois Ayla Mendes Cavalcante Sabino de um tempo não funciona mais”, então é preciso aumentar a dose”: nesse caso, o corpo entende essa inibição como um problema, então produz mais receptores. ▫ A afinidade é um dos fatores determina a dose. ▪ Os receptores são responsáveis pela seletividade do fármaco. Fatores determinantes das ações e efeitos das drogas: ◌ Agonista total: não necessariamente ocupa 100% dos receptores, mas possui eficácia de 100% ou suficiente para produzir uma resposta tecidual máxima. ◌ Agonista parcial: mesmo ocupando 100% dos receptores apresentam uma resposta tecidual submáxima. ◌ Antagonista: substância que se liga ao receptor sem causar a ativação, impedindo consequentemente a ligação do agonista. Possui eficácia zero. Dica: Para saber se o fármaco é agonista/antagonista verificar a eficácia: pois a afinidade não interfere na eficácia! Agonista – a eficácia maior que zero: estimula a função da célula Antagonista – a eficácia é zero: funciona como uma rolha e não há ativação da função da célula. Obs.: o fármaco antagonista não significa que não tem função – a sua função é bloquear a ação da célula → eficácia zero. Resumindo: ◌ Fármaco tem ↑afinidade e ↓eficácia (menor do que 100%) ➔ Agonista Parcial ◌ Fármaco tem ↓afinidade e ↑eficácia ➔ Agonista Total ◌ Fármaco tem ↑/↓ afinidade e zero eficácia ➔ Antagonista ▪ Alterações fisiológicas/genéticas podem influenciar na eficácia do fármaco. Se a célula tem muitos receptores é necessária uma dose maior. FARMACODINÂMICA Família dos receptores: ▪ Canal iônico ativado por ligante ▪ Acoplados a proteína G ▪ Receptores ligados a quinase ▪ Receptores intracelulares para agentes lipossolúveis e receptores nucleares Receptores ligados à proteína G (Tipo 2): ▪ São proteínas intermediárias; chamadas de proteínas G por causa da sua interação com nucleotídeos guanínicos ▪ Consistem de 3 subunidades: α, β, γ ▪ Repouso: trígono αβγ – GDP ocupa sitio na subunidade α (variações com funções distintas). ▪ A proteína G controla diferentes aspectos da função celular ▪ Existem quatro classes de proteína G: Gs, Gi, Go e Gg Gi: inibição da adenilil ciclase Gs: estimulação E como funciona a proteína G? - A proteína G é um receptor complexo: pode estimular/inibir algumas funções das células. Por exemplo, o fármaco pode ter alta eficácia e mesmo assim ter o seu efeito inibido. A proteína G é o “mensageiro”: mesmo que a eficácia do fármaco seja 100%, a informação pode ser de efeito inibitório. Se a eficácia do fármaco é zero, não tem informação = proteína G não é ativada. Ayla Mendes Cavalcante Sabino A proteína G é complexa porque possui estrutura fixa (GDP) e móvel (subunidades αβγ) A proteína G é como se fosse um “barco preso no cais” → as subunidades αβγ é o barco. Pra soltar o “barco αβγ” é preciso de energia. O fármaco pode estimular ou não energia para essa proteína G. ● Se o fármaco é antagonista (funciona como rolha) – não há energia para ativação da proteína G. ● Se o fármaco é agonista – dá energia para ativação da proteína G: ocorre ganho de energia – que é fosfato. GDP/GTP – molécula de troca, quando chega a energia é transformada em fosfato – ativa a proteína G. Se continua como GDP – não faz nada – não ativa nada A célula só é ativada quando: GDP → GTP GDP = Guanina de fosfato GTP = guanina trifosfato Quando há chegada de energia (GTP), proteína G se cliva – ocorre a separação da subunidade αβγ ➔ que vão percorrer a membrana plasmática das células em busca dos seus alvos: a mensagem pode ser estimulatória ou inibitória Após a “entrega da informação” a proteína G volta para o seu estado inicial (repouso). O fármaco permite que o recado seja dado ou não; e a proteína G é só o mensageiro. ▪ Só existe um tipo de proteína G inibitória = Gi ➔ o fármaco da energia para a proteína G, mas a sua mensagem será inibitória. ▪ Qualquer outra proteína G será estimulatória POSSÍVEIS ALVOS:
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