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ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 1

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MANUAL DE 
ATENDIMENTO 
AMBULATORIAL 
PARA CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES 
MA.UNC.007 
V.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAJAZEIRAS-2020
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 2/54 
Título do 
Documento 
ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Emissão: 
24/09/2020 
Próxima 
revisão: 
24/09/2022 Versão: 1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
1. APRESENTAÇÃO 
 
A alimentação tem papel fundamental em todas as fases da vida, especialmente nos 
primeiros anos. Assim, uma alimentação saudável na infância e adolescência é essencial para o 
crescimento e desenvolvimento, a formação de hábitos saudáveis e para a manutenção da saúde e 
bem-estar, prevenindo o surgimento das doenças crônicas não transmissíveis (BRASIL, 2019). 
Os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da 
saúde, à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento de agravos exercem influência direta sobre a 
condição de saúde de crianças e adolescentes que já apresentam alguma patologia ou alimentam-
se por via enteral, sendo parte fundamental no tratamento de diabetes, hipertensão, obesidade, 
dislipidemias; alergias alimentares; prematuridade; doenças renais; doenças hepáticas; 
neuropatias; fibrose cística; desnutrição; erros inatos do metabolismo, entre outras (BRASIL, 2016). 
Nesse contexto, o cuidado nutricional ambulatorial emerge como uma ferramenta 
para promoção da alimentação saudável na infância, bem como para melhoria da qualidade de vida 
de pacientes com alguma condição que necessite de manejo dietoterápico específico. Para esse 
público, não se recomenda o uso de dietas rígidas nem padrões alimentares engessados, tendo em 
vista as características inerentes à cada fase do desenvolvimento infantil e o risco de 
desenvolvimento de transtornos alimentares (FIGUEIREDO et al., 2015). 
Assim, é indispensável o uso de técnicas de aconselhamento nutricional capazes de 
estabelecer uma relação de confiança entre o nutricionista, a criança e seu cuidador, com 
consequente adoção de estilos de vida e práticas alimentares saudáveis (FIGUEIREDO et al., 2015). 
É nessa perspectiva que o Ambulatório Especializado de Nutrição na Atenção à Saúde 
da Criança e do Adolescente do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) trabalha, visando a 
melhoria dos hábitos alimentares desse público, por meio de estratégias flexíveis capazes de 
sensibilizar a rede familiar e instigar as crianças e adolescentes a adotarem escolhas mais saudáveis. 
Isso viabiliza o tratamento adequado de condições como obesidade infantil, dislipidemias, alergias 
alimentares, fibrose cística, dentre outras. 
 
2. OBJETIVOS 
 
Descrever a sistematização do atendimento nutricional a crianças e adolescentes no 
ambulatório especializado de nutrição do HUJB/EBSERH/UFCG. 
 
3. DESCRIÇÃO 
 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 3/54 
Título do 
Documento 
ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Emissão: 
24/09/2020 
Próxima 
revisão: 
24/09/2022 Versão: 1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
3.1. Fluxo de encaminhamento e agendamento para atendimento ambulatorial com 
nutricionista 
 
3.1.1. Encaminhamento e agendamento de consultas ambulatoriais de nutrição 
 
O agendamento de consultas ambulatoriais de nutrição é realizado pela recepção, 
mediante referência das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou encaminhamento do 
médico/nutricionista do HUJB para aquelas crianças e adolescentes internas que receberam alta e 
necessitam de acompanhamento nutricional ambulatorial especializado. 
São pacientes elegíveis para o atendimento nutricional, crianças e adolescentes que 
apresentem, sem resposta ao tratamento realizado na atenção primária: 
 
✓ Doenças crônicas – diabetes, hipertensão, obesidade, dislipidemias 
✓ Alergias alimentares 
✓ Desnutrição 
✓ Doenças hepáticas 
✓ Doenças renais 
✓ Erros inatos do metabolismo 
✓ Fibrose cística 
✓ Neuropatias 
✓ Prematuridade 
✓ Outras condições raras 
 
OBSERVAÇÃO: crianças e adolescentes que, durante a 1ª consulta, sejam 
identificados apenas com erro alimentar ou outra condição não listada acima, serão atendidas, feita 
orientação alimentar e será dada a alta nutricional. 
 
3.1.2. Procedimentos de consulta e retornos 
 
De acordo com a Resolução CFN nº 600, de 23 de maio de 2018, uma consulta inicial 
deverá durar em média 40 minutos e retornos 20 minutos. Dessa forma, estipulam-se, por dia, 4 
pacientes de primeira vez e 2 retornos. 
 
✓ 1ª consulta – anamnese, avaliação e diagnóstico nutricional e orientação 
alimentar. 
✓ 2ª consulta – retorno em 30 dias, com elaboração de cardápio, de acordo com 
necessidade. 
✓ 3ª consulta – retorno com 60 dias para acompanhamento. 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 4/54 
Título do 
Documento 
ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Emissão: 
24/09/2020 
Próxima 
revisão: 
24/09/2022 Versão: 1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
✓ 4ª consulta – retorno com 60 dias, será avaliada a necessidade de alta, agendar 5ª 
consulta caso haja necessidade de acompanhamento. 
 
OBSERVAÇÃO: o intervalo para retorno poderá ser maior ou menor, a depender da 
necessidade identificada pelo nutricionista. 
 
3.2. Passos para atendimento nutricional ambulatorial em pediatria 
 
3.2.1. Coleta de informações sobre a História da Doença Atual (HDA) e motivo do 
encaminhamento 
 
As informações sobre a HDA do paciente devem ser coletadas por meio de entrevista 
no início do atendimento, a fim de nortear o tipo de avaliação necessária e as condutas nutricionais. 
O motivo do encaminhamento deve estar descrito no formulário de encaminhamento entregue ao 
paciente pelo profissional que o encaminhou e o paciente deve portar este formulário durante a 
primeira consulta nutricional. 
 
3.2.2. Avaliação do estado nutricional 
 
A avaliação do estado nutricional deve contemplar: exame físico nutricional, 
anamnese alimentar, antropometria e exames laboratoriais. 
 
✓ Exame físico nutricional: deverá ser feito, buscando sinais clínicos 
relacionados a distúrbios nutricionais, conforme quadro 1. 
 
 Quadro 1 - Sinais mais frequentes de carências nutricionais específicas 
SINAIS CLÍNICOS 
INDICATIVO DE 
DEFICIÊNCIA/DIAGNÓSTICO 
Cabelo 
Perda de brilho natural: seco e feio; fino e esparso; quebradiço, 
despigmentado; fácil de arrancar; sinal da bandeira 
Kwashiorkor e, menos 
frequentemente, marasmo 
Face 
Seborréia nasolabial 
Edemaciada 
Palidez 
Riboflavina 
Kwashiorkor 
Ferro 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 5/54 
Título do 
Documento 
ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Emissão: 
24/09/2020 
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24/09/2022 Versão: 1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
Olhos 
Conjuntiva pálida 
Membranas vermelhas 
Mancha de Bitot 
Xerose conjuntival 
Xerose de córnea 
Ceratomalácia 
Vermelhidão e fissura nos epicantos 
Arco córneo (anel branco ao redor dos olhos) 
Xantelasma (bolsas pequenas amareladas ao redor dos olhos) 
Anemia 
Anemia 
Vitamina A 
Vitamina A 
Vitamina A 
Vitamina A 
Riboflavina, piridoxina 
Hiperlipidemia 
Hiperlipidemia 
Lábios 
Estomatite angular (lesões róseas ou 
Brancas nos cantos da boca) 
Escaras do ângulo 
Queilose (avermelhamento ou edema dos lábios) 
Riboflavina 
Língua 
Língua escarlate e inflamada 
Língua magenta (púrpura) 
Língua edematosa 
Papila filiforme, atrofia, hipertrofia 
Ácido nicotínico 
Riboflavina 
Niacina 
Ácido fólico e vitamina B12 
Dentes 
Esmalte manchado 
Flúor 
Gengivas 
Esponjosas: sangrando 
Vitamina C 
Pele 
Xerose 
Hiperceratose folicular 
Petéquias 
Dermatose, pelagra 
Vitamina A 
Vitamina A 
Vitamina C 
Ácido nicotínico 
 Fonte: DUARTE, 2007. 
 
✓ Anamnese alimentarLactentes: avaliar o tipo de aleitamento, a oferta de outros alimentos e bebidas, 
respeitando as seguintes especificidades: 
 
o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) – crianças que recebem apenas leite 
materno, diretamente da mama ou ordenhado. Verificar: pega correta, horários e duração das 
mamadas, técnicas de ordenha, administração do leite (mamadeira, copo, colher). 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 6/54 
Título do 
Documento 
ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Emissão: 
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24/09/2022 Versão: 1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
o Aleitamento Materno Predominante (AMP) – quando o lactente recebe, além 
de leite materno, outros alimentos como água, chás e sucos (exceto outros tipos de leite). Verificar: 
início da introdução desses alimentos; tipos e quantidades, administração (mamadeira, copo, 
colher), higienização dos utensílios e horários. 
o Aleitamento Materno (AM) – quando a criança recebe leite materno 
independentemente de estar recebendo outros tipos de alimentos. Verificar: tipo de fórmula ou 
leite ofertado, diluição, modo de preparo (adição de açúcar, mucilagem, amido de milho e outros 
engrossantes), higienização dos utensílios, horário e volume ofertado. 
 
Pré-escolares, escolares e adolescentes: de maneira geral, as crianças devem estar 
acompanhadas dos responsáveis, para que respondam aos questionamentos quanto à alimentação. 
 
o Utilizar Recordatório de 24 horas. 
o Crianças < 7 anos: informações sobre consumo alimentar devem ser 
respondidas pela mãe ou responsável. 
o Escolares e adolescentes (sem limitação cognitiva): informações sobre 
consumo alimentar devem ser respondidas pela criança ou adolescente. 
 
✓ Antropometria 
 
Os dados que devem ser obtidos para iniciar a avaliação antropométrica da criança 
ou adolescente são: peso habitual, peso atual e estatura/comprimento. 
 
o Peso atual: deve ser verificado em todas as consultas. 
 
o Estatura: deve ser verificada em todas as consultas. Obter altura da criança 
em estadiômetro fixo à balança ou comprimento com fita métrica. 
 
o Cálculo do IMC: IMC = peso atual 
 (altura)² 
 
Após a verificação das medidas, a classificação do estado nutricional deve ser de 
acordo com os índices antropométricos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 
e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para cada faixa etária, conforme quadro 2 e detalhado no 
apêndice 1. 
 
Quadro 2 - Índices antropométricos para crianças e adolescentes 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 7/54 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
FAIXA ETÁRIA 
CRIANÇAS DE 0 A 5 
ANOS INCOMPLETOS 
CRIANÇAS DE 5 A 10 
ANOS INCOMPLETOS 
ADOLESCENTES DE 
10 A 19 ANOS 
Índice antropométrico 
Peso para idade Peso para idade - 
Peso para estatura - - 
IMC para idade IMC para idade IMC para idade 
Estatura para idade Estatura para idade Estatura para idade 
Fonte: SBP, 2009. 
 
Os cálculos do percentil e do escore-z deverão ser realizados por intermédio das 
curvas de crescimento divulgadas e disponibilizadas pela World Health Organization (WHO). 
Nos casos de lactentes prematuros, antes de ser realizada a avaliação nutricional 
antropométrica e consequente classificação pelas curvas da OMS, deverá ser calculada a idade 
corrigida (até os 2 anos de idade) da seguinte forma: 
IDADE CORRIGIDA = Idade cronológica (em semanas) – (40 – Idade gestacional) 
 4 
 
Nos casos de impossibilidade da aferição do peso, este deve ser estimado por meio 
das seguintes equações: 
 
Quadro 3 - Equações de estimativa de peso para crianças e adolescentes 
FAIXA ETÁRIA EQUAÇÃO DE ESTIMATIVA DA ALTURA 
0 a 12 meses Peso (em Kg) = (idade em meses + 9)/2 
1 a 5 anos Peso (em Kg) = 2 x (idade em anos + 5) 
5 a 14 anos Peso (em Kg) = 4 x idade (em anos) 
Fonte: TINNING; ACWORTH, 2007. 
 
A perda de peso deve ser monitorada, estando relacionada à baixa aceitação 
alimentar, aos quadros de intolerância, como vômito, distensão abdominal e aos períodos de jejum 
para exames e procedimentos. Na prática clínica pediátrica, a perda de 2% do peso, 
independentemente do tempo, já é considerada uma perda grave (GOMES et al., 2019). O cálculo 
para a perda de peso deve ser feito da seguinte forma: 
 
% Perda de peso = Peso usual (Kg) – Peso atual (kg)/Peso usual (Kg) x 100 
 
 
O percentual de perda de peso pode ser avaliado através dos parâmetros descritos 
no quadro 4. 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 8/54 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
 
Quadro 4 – Nível de perda de peso 
SIGNIFICADO DAS PERDAS DE PESO 
TEMPO Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%) 
1 semana 1 a 2 > 2 
1 mês 5 >5 
3 meses 7,5 >7,5 
6 meses 10 >10 
Fonte: BLACKBURN et al., 1997. 
 
Para crianças com limitações físicas, a estatura este deverá ser estimada por meio 
das equações descritas no quadro abaixo: 
 
Quadro 5 – Equações de estimativa da altura em crianças e adolescentes 
IDADE SEGMENTO EQUAÇÃO 
2 a 12 anos com 
paralisia cerebral 
(Stevenson, 1995) 
Comprimento da tíbia 
(CT) 
E = (3,26 x CT) +30,8 
Altura de joelho (AJ) E = (2,69 x AJ) + 24,2 
Comprimento superior 
do braço (CSB) 
E = (4,35 x CSB) + 21,8 
6 a 18 anos 
(Chumlea et al., 1994) 
Altura do joelho (AJ) 
Meninas brancas = 43,21 + (2,15 x AJ) 
Meninas negras = 46,69 + (2,02 x AJ) 
Meninos brancos = 40,54 + (2,22 x AJ) 
Meninos negros = 39,60 + (2,18 x AJ) 
Fonte: Adaptado de SILVA; NASCIMENTO; ZAMBERLAN, 2014. 
 
✓ Exames bioquímicos 
 
Na primeira consulta, investigar resultados de exames bioquímicos específicos que já 
tenham sido solicitados anteriormente pelo profissional que encaminhou o paciente ao 
ambulatório. Caso seja necessário, solicitar exames complementares para fechar o diagnóstico 
nutricional da criança ou para acompanhar a evolução do tratamento em consultas posteriores. 
 
3.2.3. Diagnóstico nutricional 
 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 9/54 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
Os diagnósticos de nutrição deverão ser elaborados com base nos dados clínicos, 
bioquímicos, antropométricos e dietéticos e estar de acordo com três domínios: ingestão, nutrição 
clínica, comportamento/ambiente nutricional, de acordo com o anexo 1. 
 
3.2.4. Intervenção nutricional 
 
O atendimento nutricional ambulatorial em pediatria é pautado na reeducação 
alimentar e mudança de estilo de vida, respeitando os hábitos alimentares e as condições 
socioeconômicas das famílias. Para tanto, devem ser dadas orientações nutricionais objetivas e 
possíveis de serem executadas, conforme padronizado pela Unidade de Nutrição Clínica – UNC 
(apêndice 1). 
Em casos específicos, o nutricionista deverá identificar se há necessidades 
dietoterápicas diferenciadas para a doença de base e deverá ser calculada a dieta. Para isso, o Valor 
Energético Total (VET) recomendado para o paciente em questão deverá ser calculado e distribuídos 
os macronutrientes, respeitando as características fisiopatológicas da doença de base, de acordo 
com as referências fixadas para o setor. 
 
✓ Recomendações e cálculo das necessidades nutricionais 
 
Necessidades nutricionais para lactenteso Capacidade gástrica do lactente: 25 a 30mL/Kg/mamada (ACCIOLY, 2010). 
o Os valores médios de ganho de peso para lactentes podem ser observados no 
quadro 6. 
 
Quadro 6 – Valores médios de ganho de peso para lactentes (NCHS) 
VALORES MÉDIOS DE GANHO DE PESO 
 MENSAL DIÁRIO 
1º trimestre 700 g 25 a 30 g 
2º trimestre 600 g 20 g 
3º trimestre 500 g 15 g 
4º trimestre 300 g 10 g 
Fonte: SBP, 2007. 
 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 10/54 
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CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
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o As necessidades energéticas para lactentes podem ser calculadas através de 
um dos métodos descritos nos quadros 7 e 8. 
 
Quadro 7 – Cálculo das necessidades energéticas para lactentes 
Fonte: FAO/OMS, 2001; ACIOLLY, 2010. 
 
Quadro 8 – Recomendações Nutricionais Diárias de Energia para Lactentes 
DRI PARA LACTENTES 
0-3 meses (89 x Peso bebe* - 100) + 175 kcal 
4-6 meses (89 x Peso bebe* - 100) + 56 kcal 
7-12 meses (89 x Peso bebe* - 100) + 22 kcal 
13-36 meses (89 x Peso bebe* - 100) + 20 kcal 
Fonte: DIETARY REFERENCE INTAKE (DRI), 2005. 
 
Diante da impossibilidade do aleitamento materno, deve-se utilizar uma fórmula 
infantil que satisfaça as necessidades do lactente, conforme recomendado por sociedades 
científicas nacionais e internacionais (ESPGHAN, AAP e SBP). No primeiro semestre de vida, deverá 
ser utilizada uma fórmula infantil de partida para lactentes; a partir do sexto mês, recomenda-se 
uma fórmula infantil de seguimento para lactentes (SBP, 2018). 
O quadro 9 apresenta algumas das fórmulas lácteas mais comuns disponíveis no 
mercado brasileiro, entretanto é relevante mencionar que existem diversos outros tipos de 
fórmulas, com variações e adaptações para condições específicas, como: à base de proteína de soja, 
NECESSIDADES ENERGÉTICAS 
IDADE (meses) 
Meninos Meninas 
Kcal/dia Kcal/Kg/dia Kcal/dia Kcal/Kg/dia 
0-1 518 113 464 107 
1-2 570 104 517 101 
2-3 596 95 550 94 
3-4 569 82 537 84 
4-5 608 81 571 83 
5-6 639 81 599 82 
6-7 653 79 604 78 
7-8 680 79 629 78 
8-3 702 79 652 78 
9-10 731 80 676 79 
10-11 752 80 694 79 
11-12 775 81 712 79 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 11/54 
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CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
isentas de lactose, anti-regurgitação, semi-elementares, elementares, hipercalóricas, 
hipoalergênicas, para recém nascidos pré-termo (RNPT) ou com baixo peso (RNBP). 
 
Quadro 9 – Fórmulas lácteas que podem ser recomendadas para os lactentes não amamentados 
IDADE FÓRMULA LÁCTEA 
RNPT / RNBP 
Pré NAN 
Aptamil ProNutra/Pró Expert 
Enfamil Prematuros/Enfacare 
Infatrini 
De 0 a 6 meses 
Aptamil 1 
Nestogeno 1 
Nan 1 
Similac 1 
Novamil AC 1 
Milupa 1 
Enfamil 1 
De 6 a 12 meses 
Aptamil 2 
Nestogeno 2 
Nan 2 
Similac 2 
Novamil AC 2 
Milupa 2 
Enfamil 2 
Fonte: UNC, 2020. 
 
No quadro 10, estão definidos volume e número de refeições lácteas no primeiro ano 
de vida. 
 
Quadro 10 – Volume e número de refeições lácteas no primeiro ano de vida 
IDADE VOLUME/REFEIÇÃO NÚMERO DE REFEIÇÃO/DIA 
Do nascimento aos 30 dias 60 a 120mL 6 a 8 
30 a 60 dias 120 a 150mL 6 a 8 
2 a 3 meses 150 a 180mL 5 a 6 
3 a 4 meses 180 a 200mL 5 a 6 
>4 meses 180 a 200mL 2 a 3 
Fonte: SBP, 2018. 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 12/54 
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Necessidades nutricionais para Recém-Nascidos Pré-termo (RNPT) e Recém-
Nascidos com Baixo Peso (RNBP) 
 
As formas de calcular as necessidades de energia e carboidratos para RNPT e RNBP 
estão descritas no quadro 11. 
 
Quadro 11 – Necessidades energéticas e de carboidratos para RNPT e RNBP 
NECESSIDADES ENERGÉTICAS PARA RNPT E RNPB 
 1ª semana 2ª semana 
ENERGIA 50-100 Kcal/Kg/dia 110-150 Kcal/Kg/dia 
Na prática clínica, em geral, o aporte de 120 Kcal/Kg dia é suficiente para promover ganho de peso satisfatório em 
RNPB, em outros casos são necessárias 200 Kcal/Kg/dia. 
RECOMENDAÇÕES DE CARBOIDRATOS PARA RNPT 
NÍVEIS RECOMENDADOS g/100Kcal 
Mínimo 12,6 
Médio 13,3 
Máximo 14 
Fonte: ACCIOLY, 2010. 
 
Necessidades nutricionais para crianças e adolescentes 
 
As formas para calcular as necessidades nutricionais para crianças e adolescentes 
estão descritas nos quadros abaixo. 
 
Quadro 12 – Necessidades energéticas para crianças e adolescentes 
NECESSIDADES ENERGÉTICAS 
IDADE (anos) 
Meninos Meninas 
Kcal/dia Kcal/Kg/dia Kcal/dia Kcal/Kg/dia 
1-2 948 82,4 865 80,1 
2-3 1129 83,6 1047 80,6 
3-4 1252 79,7 1156 76,5 
4-5 1360 76,8 1241 73,9 
5-6 1467 74,5 1330 71,5 
6-7 1573 72,5 1428 69,3 
7-8 1692 70,5 1554 66,7 
8-9 1830 68,5 1698 63,8 
9-10 1978 66,6 1854 60,8 
 
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10-11 2150 64,6 2006 57,8 
11-12 2341 62,4 2149 54,8 
12-13 2548 60,2 2276 52 
13-14 2270 57,9 2379 49,3 
14-15 2990 55,6 2449 47 
15-16 3178 53,4 2491 45,3 
16-17 3322 51,6 2503 44,4 
17-18 3410 50,3 2503 44,1 
Fonte: FAO/OMS, 2001. 
 
Quadro 13 – DRI para crianças e adolescentes de 3 a 18 anos 
DRI PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 3 A 18 ANOS 
Sexo Masculino 88,5 - 61,9 x I + FA x (26,7 x P + 903 x A) + 25kcal 
Sexo Feminino 135,3 – 30,8 x I + FA x (10 x P + 934 x A) + 25kcal 
I: idade / FA: fator atividade / P: peso em Kg / A: altura em metros 
FATOR ATIVIDADE 
Sexo Masculino 
Sedentário: 1,0 
Pouco ativo: 1,13 
Ativo: 1,26 
Muito ativo: 1,42 
Sexo Feminino 
Sedentário: 1,0 
Pouco ativo: 1,16 
Ativo: 1,31 
Muito ativo: 1,56 
Fonte: DIETARY REFERENCE INTAKE (DRI), 2005. 
 
Quadro 14 – Recomendações calóricas por faixa etária e sexo 
RECOMENTAÇÕES CALÓRICAS (KCAL) POR FAIXA ETÁRIA E SEXO 
SEXO 2-3 ANOS 4-8 ANOS 9-13 
Feminino 1000 1200 1600 
Masculino 1000 1400 1800 
Fonte: ADA, 2008. 
 
O quadro abaixo aponta a distribuição percentual de macronutrientes de acordo com 
a faixa etária. 
 
 
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Quadro 15 – Distribuição de macronutrientes para crianças e adolescentes 
DRI DE MACRONUTRIENTES PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
MACRONUTRIENTE CRIANÇA DE 1-3 ANOS CRIANÇA 4-18 ANOS 
Proteínas 5-20% 10-30% 
Lipídeos 30-40% 25-35% 
Carboidratos 45-65% 45-65% 
Fonte: DIETARY REFERENCE INTAKE (DRI), 2005. 
 
Crianças neuropatas 
 
Quadro 16 – Estimativas de necessidades energéticas para crianças neuropatas 
APOIO NUTRICIONAL PARA CRIANÇAS NEUROPATAS 
Methods to determine dietary energy needs in neurologically impaired children 
Height 
15 kcal/cm in children without motor dysfunction 
14 kcal/cm in children with motor dysfunction who are ambulatory 
11 kcal/cm in children who are nonambulatory 
Fonte: MARCHAND; MOTIL, 2006. 
 
Diabetes 
 
A diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia 
persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os 
mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo. Está associada a complicaçõescrônicas 
micro e macro vasculares, aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa 
de mortalidade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES - SBD, 2017). 
A classificação da DM tem sido baseada em sua etiologia, o tipo 1 (DM1), mais 
frequentemente diagnosticado em crianças, adolescentes e, em alguns casos, em adultos jovens é 
uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células β pancreáticas, 
ocasionando deficiência completa na produção de insulina. Estima-se que mais de 30 mil brasileiros 
sejam portadores de DM1 e que o Brasil ocupe o terceiro lugar em prevalência de DM1 no mundo 
(SBD, 2017). 
 
 
Quadro 17 – Estimativa energética para crianças com Diabetes 
ESTIMATIVAS ENERGÉTICAS PARA CRIANÇAS COM DIABETES 
1000 Kcal/Kg até 10 Kg de peso corpóreo 
 
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1000 + (Kg – 10) x 50 em crianças com massa entre 10 e 20 Kg 
1500 + (Kg – 20) x 20 em crianças com mais de 20 Kg 
Fonte: SBD, 2009. 
 
O acompanhamento laboratorial da Diabetes Mellitus (DM) pode ser realizado por 
meio de glicemia de jejum, glicemia 2 horas após teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e 
hemoglobina glicada (HbA1c), que são atualmente os testes laboratoriais validados e recomendados 
para diagnóstico e acompanhamento dessa patologia. Outros exames podem ser utilizados no 
acompanhamento da DM como forma de acrescentar informação às estimativas da glicemia média 
por determinado período e/ou mensurar a variabilidade glicêmica, dentre eles, o mais comumente 
utilizado é a glicemia pós-prandial (SBD, 2017). 
Outros exames laboratoriais devem ser realizados periodicamente para avaliar a 
eficácia do tratamento e a necessidade de ajustes, as possíveis complicações e até mesmo outras 
doenças autoimunes que podem ocorrer, tais como: TSH, T4 livre (função tireoidiana), anticorpos 
anti-tireoperoxidase (para diagnóstico da tireoidite de Hashimoto), anticorpos para detecção de 
doença celíaca (intolerância ao glúten), ureia, creatinina (função renal), colesterol total/frações, 
triglicérides (perfil lipídico). 
A monitorização da glicemia capilar diariamente por indivíduos com DM1 traz 
grandes benefícios, por diminuir o risco de complicações agudas, tais como cetoacidose e 
hipoglicemia, e por permitir que o paciente entenda os determinantes de sua glicemia ao 
correlacionar os resultados glicêmicos em tempo real com a ingestão de alimentos ou com a prática 
de atividade física, por exemplo. As metas glicêmicas a serem atingidas em crianças e adolescentes 
com DM1 estão apresentadas no quadro 18. 
 
Quadro 18 – Metas glicêmicas para crianças e adolescentes com DM1 
 
GLICEMIA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DM1 (MG/DL) 
Jejum ou pré-prandial 70 a 145 
Pós-prandial 90 a 180 
Ao deitar 120 a 180 
Na madrugada 80 a 162 
Fonte: SBD, 2017. 
 
A contagem de carboidratos é uma estratégia nutricional que permite à pessoa com 
diabetes maior flexibilidade em sua alimentação, de acordo com seu estilo de vida e tem como 
 
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principal objetivo encontrar o equilíbrio entre a glicemia, a quantidade de carboidratos ingerida e a 
quantidade de insulina necessária. 
Para utilizar essa estratégia é necessário conhecer os efeitos dos alimentos na 
glicemia. O carboidrato, é o nutriente que tem maior efeito sobre a glicemia, já que a totalidade 
(100%) do que é ingerido transforma-se em glicose. Por outro lado, quanto a proteína, um valor 
entre 30% e 60% pode ser transformado em glicose e da gordura, somente 10%. O quadro 19 aponta 
o tempo de resposta do alimento na glicemia. 
 
Quadro 19 – Tempo de resposta do alimento na glicemia 
 
MACRONUTRIENTE 
PERCENTUAL DE CONVERSÃO EM 
GLICOSE 
TEMPO DE RESPOSTA NA 
GLICEMIA 
Carboidratos 100% 15 minutos a 2 horas 
Proteínas 30 a 60% 3 a 4 horas 
Lipídeos 10% 5 horas 
Fonte: SBD, 2016. 
 
A contagem de carboidratos pode fazer parte do plano alimentar, pois possibilita 
manter as glicemias próximas da normalidade e preservar a flexibilidade na escolha da qualidade e 
quantidade de alimentos. Os passos para realizar a contagem de carboidratos estão descritos a 
seguir. 
o Calcular as necessidades energéticas do indivíduo. 
o Realizar a distribuição de macronutrientes por dia e destinar 45 a 60% de 
carboidratos totais. 
o Distribuir a quantidade de carboidratos por refeição, como no seguinte 
exemplo: desjejum (20%), colação e lanche (10%), almoço (30%), jantar (25%) e ceia (5%), ou de 
acordo com a necessidade ou hábito do paciente. 
o Conhecer a Razão Insulina x Carboidrato que expressa quantas unidades de 
insulina são necessárias para metabolizar determinada quantidade de carboidratos (1 unidade de 
insulina rápida ou ultrarrápida cobre 20 a 30g de carboidratos para crianças e 10 a 20g de 
carboidratos para adolescentes). 
o Calcular o Fator de Sensibilidade através do somatório da quantidade total de 
insulina utilizada por dia, dividido por 1800 (se usar insulina ultrarrápida) ou por 1500 (se usar 
insulina rápida). A sensibilidade à insulina consiste na resposta glicêmica a insulina, ou quantos 
pontos 1 unidade de insulina baixa sua glicemia. 
o Calcular o Bolus de Alimentação, a fim de determinar a dose de insulina 
necessária para cobrir uma refeição. Desta forma: Bolus alimentar = quantidade de carboidratos da 
refeição (g) / razão insulina x carboidrato definida. 
 
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o Calcular o Bolus de Correção = Glicemia do momento – Meta glicêmica 
 Fator de sensibilidade 
A partir desses cálculos é possível mensurar a quantidade de insulina necessária para 
regular a glicemia em cada refeição. 
É relevante mencionar que em algumas situações, quando o paciente apresentar 
hipoglicemia (glicemia <70mg/dL), pode ser realizada a seguinte correção: 200mL de água + 1 colher 
de sopa de açúcar ou 200mL de suco de laranja. Nesses casos, deve-se aguardar 15min e refazer a 
glicemia, caso ainda esteja <100mg/dL, repete o processo de correção (SBD, 2016). 
A tabela com a quantidade de carboidratos por porção de alimentos pode ser 
encontrada no Manual de Contagem de Carboidratos (SBD, 2016) das páginas 48 a 106, disponível 
no endereço https://www.diabetes.org.br/publico/images/manual-de-contagem-de-
carboidrato2016.pdf e a tabela com o índice glicêmico de alguns alimentos está disponível no anexo 
2. 
 Além disso, para facilitar o acompanhamento do índice glicêmico dos alimentos, 
existem alguns aplicativos como o gliconline. 
 
Obesidade e síndrome metabólica 
 
A obesidade é uma doença crônica, complexa, de etiologia multifatorial, resulta de 
balanço energético positivo e é definida como excesso de gordura corporal e não somente excesso 
de peso. O seu desenvolvimento ocorre, na grande maioria dos casos, pela associação de fatores 
genéticos, ambientais e comportamentais. 
O excesso de gordura corporal está associado a um conjunto de alterações que 
caracterizam a síndrome metabólica como dislipidemia, hipertensão arterial, hiperinsulinemia, 
aumento do risco cardiovascular e a associação entre obesidade e síndrome metabólica é ainda 
mais forte quando há excesso de adiposidade abdominal (SBP, 2019). 
 
Quadro 20 - Classificação do estado nutricionalde acordo com IMC/IDADE por percentil e escore-Z 
PERCENTIL ESCORE-Z 
0 – 5 ANOS 
INCOMPLETOS 
5 - 20 ANOS 
INCOMPLETOS 
> 85 e ≤ 97 > +1 e ≤ +2 Risco Sobrepeso Sobrepeso 
> 97 e ≤ 99,9 > +2 e ≤ +3 Sobrepeso Obesidade 
> 99,9 > +3 Obesidade Obesidade grave 
Fonte: WHO, 2006. 
 
https://www.diabetes.org.br/publico/images/manual-de-contagem-de-carboidrato2016.pdf
https://www.diabetes.org.br/publico/images/manual-de-contagem-de-carboidrato2016.pdf
 
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Os exames laboratoriais complementares para avaliação de crianças e adolescentes 
obesos devem ser criteriosamente escolhidos e interpretados de acordo com os pontos de corte 
específicos para a faixa etária pediátrica. É relevante mencionar que, mesmo que não haja 
obesidade grave, várias comorbidades já podem estar presentes, pois outros fatores (genéticos, 
padrão alimentar, atividade física) colaboram de forma importante para o desenvolvimento de 
complicações, assim, é recomendada a realização dos exames subsidiários, mostrados no quadro 
21, como triagem universal para crianças e adolescentes com excesso de peso. 
 
Quadro 21 - Exames complementares para avaliação laboratorial de crianças e adolescentes obesos 
EXAME VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO DOS VALORES 
Glicemia de jejum (feita com 
mínimo de 8 horas e máximo 
de 12 horas de jejum) 
< 100 mg/dL Adequado 
100-126 mg/dL 
Alterada (ampliar a investigação 
com teste de tolerância oral à 
glicose) 
≥ 126 mg/dL Diabetes melittus 
Teste Tolerância oral a glicose 
(TTOG) 2 h após 75 g de 
glicose 
< 140 Adequado 
≥ 140 a < 200 Diminuída – Intolerância à 
glicose 
≥ 200 Diabetes melittus 
Glicemia casual* ≥ 200 Diabetes melittus 
Perfil lipídico 
(jejum de 12 
horas) 
Colesterol 
total 
< 150 mg/dL Desejável 
150-169mg/dL Limítrofe 
≥ 170 mg/dL Aumentado 
LDL-c 
< 100 mg/dL Desejável 
100-129mg/dL Limítrofe 
≥ 130 mg/dL Aumentado 
HDL-c ≥ 45 mg/dL Desejável 
Triglicerídios 
< 100 mg/dL Desejável 
100-129mg/dL Limítrofe 
≥ 130 mg/dL Aumentado 
Alanina aminotransferase 
(ALT, ou TGP) 
< 40 U/L 
Alguns estudos propõem 
valores inferiores, 
especialmente para crianças, 
sendo importante o 
acompanhamento longitudinal 
desses valores. 
Fonte: SBP, 2019. 
*Glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última 
refeição. Devendo ser confirmada. 
 
 
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O tratamento dietoterápico da obesidade infantil deve ser realizado com uma 
abordagem em estágios para o manejo do peso em crianças, conforme o quadro abaixo: 
 
Quadro 22 – Estágios de intervenção para crianças e adolescentes obesos 
ESTÁGIOS RECOMENDAÇÕES 
Estágio 1 
- Dieta e atividade física, incluindo aumento no consumo de frutas e vegetais. 
- Atividades sedentárias limitadas, como assistir televisão, jogar vídeo games e uso 
de computadores e tablets. 
- Se não houver melhora no IMC em 3 a 6 meses passar para o próximo estágio. 
Estágio 2 
- Ingestão de alimentos com baixa densidade calórica e dieta balanceada, refeições 
estruturadas. 
- Atividade física supervisionada de no mínimo 60 minutos por dia. 
- 1 hora ou menos de televisão e/ou computadores e tablets. 
- Auto monitoramento por meio de recordatórios alimentares e de atividade física. 
- Acompanhamento com nutricionista com retornos mensais ajustados a 
necessidade do paciente e família. 
- Avaliar a necessidade de seguir para o próximo estágio, levando em consideração 
os riscos à saúde do paciente, idade e motivação do paciente e da família. 
Estágio 3 
- Contato mais próximo com os profissionais da saúde e uso de mais estratégias 
comportamentais e monitoramento. Retornos semanais nas primeiras 8 a 12 
semanas seguidas por retornos mensais. 
- Envolvimento dos pais de forma mais efetiva para crianças menores de 12 anos. 
- Envolvimento de equipe multidisciplinar experiente em obesidade infantil. 
- Crianças com resposta inadequada ao estágio 3, com riscos aumentados a saúde e 
baixa motivação devem ser considerados para o estágio 4. 
Estágio 4 
- Dietas com baixa calorias, uso de medicações e/ou cirurgia. 
- Requer uma equipe multidisciplinar especialista em obesidade infantil em um 
centro pediátrico contendo protocolos clínicos e pesquisa de avaliação e evolução 
dos resultados e riscos no manejo de obesidade infantil. 
Fonte: Adaptado de SBP, 2019. 
 
As estratégias comportamentais para o manejo ponderal em pediatria devem ter 
como objetivo a diminuição no consumo total de calorias, diminuição do tempo sedentário e 
aumento de atividade física. Além de abordagens comportamentais fundamentadas na família que 
incluem os pais da criança ou responsáveis, já que a participação dos pais no tratamento da 
obesidade infantil mostra melhores resultados na evolução do paciente. 
É necessário avaliar quais as barreiras para uma alimentação saudável e atividade 
física, incluindo as financeiras e culturais, a fim de identificar comportamentos específicos e 
promover mudanças. Intervenções para modificação comportamental incluem auto monitoração 
 
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da alimentação e da atividade física, assim como o controle de estímulos que contribuem e ou 
incitam comportamentos não saudáveis. 
Abordagens dietéticas que objetivam encorajar as crianças e os familiares a 
selecionarem grupos alimentares com menor densidade energética e a diminuírem o tamanho das 
porções são boas estratégias para a perda de peso na infância, pois têm maior adesão que as dietas 
com muitas restrições. 
Além disso, as metas para atividade física devem ser determinadas de acordo com a 
idade da criança, preferências pessoais pelo tipo de atividade física e tolerância ao exercício. É 
recomendado que crianças maiores de 6 seis anos pratiquem 60 minutos ou mais de atividade física 
por dia, como brincadeiras para crianças mais novas e esportes após horário de aula para crianças 
mais velhas. É recomendado também que o tempo na frente de televisão, tablets e computadores 
não ultrapassem 2 horas por dia para maiores de 2 anos, além de uma boa qualidade e quantidade 
de sono no período noturno (10-13 horas durante a noite para pré-escolares e 8-10h para 
adolescentes) (SBP, 2019). 
 
Dislipidemias 
 
A obesidade é a causa mais frequente de dislipidemia secundária na infância e na 
adolescência. Nesse contexto, o perfil lipídico mais encontrado consiste em elevação de 
triglicérides, VLDL-C e remanescentes, das partículas pequenas e densas do LDL-C, além de redução 
da fração HDL do colesterol. O LDC-C e o colesterol total, geralmente, estão dentro dos valores 
desejáveis. As alterações do perfil lipídico, na obesidade, estão diretamente associadas à presença 
da resistência insulínica e a presença de adiposidade visceral e o aumento da circunferência 
abdominal têm associação negativa com a concentração sérica de HDL-C. 
O perfil lipídico deve ser colhido após 12 horas de jejum e dosado em laboratório 
confiável. A Academia Americana de Pediatria, recomenda a seguinte triagem para o perfil lipídico: 
 
Quadro 23 - Triagem para perfil lipídico 
FAIXA ETÁRIA RECOMENDAÇÕES 
Até 2 anos Sem triagem para perfil lipídico.2 a 8 anos Perfil lipídico somente nas condições de risco CV. 
9 a 11 anos 
Triagem universal com não-HDL-C. Se estiver aumentado (≥ 145 mg/dL), fazer 
o perfil lipídico completo. 
12 a 16 anos Perfil lipídico somente nas condições de risco CV. 
17 a < 20 anos 
Triagem universal com não-HDL-C. Se estiver aumentado (≥ 145 mg/dL), fazer 
o perfil lipídico completo. 
Fonte: Adaptado de SBP, 2019. 
 
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O não HDL-C (CT-HDL-C) pode ser determinado sem jejum, considerando-se valores 
aceitáveis aqueles abaixo de 120 mg/dL; limítrofes de 120 a 144 mg/dL e elevados a partir de 145 
mg/dL. São considerados como tendo risco cardiovascular, as crianças e os adolescentes com as 
seguintes situações: 
o Obesidade e comorbidades, doenças metabólicas, renais, hepáticas, uso 
regular de medicações que podem alterar o perfil lipídico, estilo de vida e hábitos alimentares 
inadequados. 
o História familiar positiva para DCV precoce (<55 anos no homem e <65 anos 
na mulher) ou história familiar desconhecida. 
o Pais com LDL-C ≥ 240mg/dL ou outra dislipidemia conhecida. 
 
Os valores do perfil lipídico para crianças e adolescentes, segundo a Academia 
Americana de Pediatria - AAP, estão no quadro 24. 
 
Quadro 24 - Triagem para perfil lipídico 
CATEGORIA ACEITÁVEL LIMÍTROFE ELEVADO 
CT <170 170-199 >200 
LDL-C <110 110-129 >130 
Não-HDL-C <120 120-144 >145 
TG 
 
0-9 anos 
10-19 anos 
<75 
<90 
75-99 
90-129 
>100 
>130 
CATEGORIA ACEITÁVEL LIMÍTROFE BAIXO 
HDL-C >45 45-40 <40 
Fonte: AAP, 2011. 
 
A intervenção nutricional nas dislipidemias necessita de estratégias baseadas na 
adoção de hábitos alimentares saudáveis, com a promoção do equilíbrio energético para assegurar 
a adequação do ritmo de crescimento e a maturação sexual. A dislipidemia secundária à obesidade 
tende a desaparecer com a adequação do IMC, assim, o controle do peso é o primeiro objetivo da 
terapia nutricional na dislipidemia consequente à obesidade bem como a prática de atividade física 
regular. 
Para crianças acima de dois anos de idade, as recomendações nutricionais estão 
descritas no quadro abaixo: 
 
Quadro 25 - Triagem para perfil lipídico 
 
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NUTRIENTES RECOMENDAÇÕES 
Lipídeos 
< 30 % do VET 
< 10% de gorduras saturadas 
Aproximadamente 10% de gorduras monoinsaturadas 
Evitar as gorduras trans 
< 300 mg/dia de colesterol 
Fibras Fórmula: Idade + 5 g/dia (até no máximo 20 g/dia) 
Sódio No máximo 2,3g/dia, aproximadamente 5 g de sal 
Fonte: AAP, 2011. 
 
Dietas mais restritivas são indicadas após três meses de intervenção dietética, sem 
diminuição dos níveis de LDL-C. Nesses casos, as fibras solúveis e os alimentos ricos em fitosteróis 
também podem ser incluídos na dieta para o controle do perfil lipídico. Na hipertrigliceridemia, 
deve-se restringir a ingestão de carboidratos simples e estimular a de ácidos graxos ômega-3, com 
o consumo de peixes ricos em DHA e EPA duas a três vezes/semana. O total das calorias 
provenientes de lipídios deve ser: 
 
Quadro 26 - Triagem para perfil lipídico 
NUTRIENTES RECOMENDAÇÕES 
Lipídeos 
25 a 30 % do VET 
< 7% de gorduras saturadas 
< 200 mg/dia de colesterol 
Fonte: AAP, 2011. 
 
Desnutrição energético-proteica na infância 
 
A desnutrição energético-proteica na infância, causada pela deficiência primária e/ou 
secundária de energia e proteínas, representa uma síndrome carencial que reúne variadas 
manifestações clínicas, antropométricas e metabólicas. A abordagem da desnutrição deve 
considerar a insegurança alimentar e as disparidades socioeconômicas (ACIOLLY, 2010). 
 
Quadro 27 – Recomendações nutricionais para desnutrição energético-proteica na infância 
FASE DE ESTABILIZAÇÃO FASE DE REABILITAÇÃO 
Energia: 80 -100 Kcal/Kg/dia 150 A 220 Kcal/Kg/dia 
PTN: 1 a 1,5 g/Kg/dia 4 a 6 g de proteína/Kg/dia 
Volume: 120 a 140 mL/Kg/dia Até 200 mL/Kg/dia 
Baixa osmolalidade (280 mmol/L) e Ganho de peso esperado: 10 g/Kg/dia 
 
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baixo teor de lactose (13g/L) 
Pequenos volumes e intervalos frequentes, 
de 2 em 2 horas 
Refeições frequentes de acordo com aceitação 
Via Oral/SNG: se aceitação for <80 Kcal/Kg/dia Via oral 
Fonte: ACIOLLY, 2010. 
 
Quadro 28 – Classificação e conduta para ganho de peso em crianças desnutridas 
CLASSIFICAÇÃO E CONDUTA PARA GANHO DE PESO 
Classificação do valor de conduta Ganho de peso Referência 
Insuficiente < 5g/Kg de peso/dia 
A criança necessita de reavaliação 
completa. 
Moderado 5-10g/Kg de peso/dia 
Verifique se a meta de ingestão 
calculada está sendo atingida ou se 
existe infecção. 
Bom > 10g/Kg de peso/dia 
A criança está evoluindo bem, 
continue com os mesmos 
procedimentos. 
Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005. 
 
Fibrose cística 
 
A Fibrose Cística é uma doença hereditária, caracterizada por uma doença pulmonar 
supurativa crônica, insuficiência pancreática e aumento dos níveis de sódio e cloro no suor, que 
incide em crianças e adultos jovens e aumentam o gasto energético em até 20% devido ao aumento 
do trabalho respiratório (CUPPARI, 2006). 
 
Quadro 29 – Necessidades nutricionais para pacientes com Fibrose Cística 
NECESSIDADES NUTRICIONAIS FIBROSE CÍSTICA 
VCT: 110 a 200% da RDA 
LIPÍDIOS: 35 a 40 % do VCT 
 CARBOIDRATOS: 40 a 50 % do VCT 
USO DE TCM/ TCL 
Fonte: CUPPARI, 2006. 
 
Hepatopatias crônicas 
 
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Independente do agente etiológico, as hepatopatias podem ser caracterizadas por 
agressão e necrose celular, resposta imunológica e regeneração nodular que comprometem a 
estrutura hepática e a capacidade funcional dos hepatócitos. A encefalopatia hepática é uma das 
manifestações clínicas da insuficiência hepática, é multifatorial e depende da ruptura da barreira 
hematoencefálica. 
As hepatopatias causam alterações no metabolismo dos nutrientes, relacionadas ao 
grau de comprometimento funcional do fígado, afetando o equilíbrio dos processos anabólicos e 
catabólicos do organismo (CUPPARI, 2006). 
 
Quadro 30 – Recomendações nutricionais para crianças com Hepatopatia Crônica 
RECOMENDAÇÕES DE APORTE NUTRICIONAL PARA CRIANÇAS COM HEPATOPATIA CRÔNICA 
Calorias 1,2 a 1,5 x a necessidade de uma criança saudável 
Carboidratos 50 a 60% do VCT 
Proteínas 12 a 15% do VCT (2,5 a 3 g/Kg/dia) 
Lipídeos 30 a 35% do VCT (AGE: 5% do VCT; TCM: 25 a 30% do VCT) 
Vitamina A 
Forma lipossolúvel: 50.000 UI/mês/IM ou Forma lipossolúvel: 
5.000 a 25.000 UI/dia/IV 
Vitamina D 
Colecalciferol: 800 a 5000 UI/dia/VO 
25 OHD3: 3 a 10 L/Kg/dia/VO 
1,25 (OH)2:0,04 a 0,2L/Kg/dia/VO 
Vitamina E 
a-tocoferol: 1 a 2 UI/dia/IM ou 25 a 50 UI/dia/VO 
TPGS: 15 a 25 UI/Kg/dia 
Vitamina K 5 mg de 5/5 dias IM ou 2,5 mg/2x/semana ou 1,5 mg/dia/VO 
Vitaminas hidrossolúveis Dobro das DRIs 
Zinco 5 mg/Kg/dia em solução de sulfato de zinco 
Cálcio 25 a 100 mg/Kg/dia 
Ferro 5 a 6 mg/Kg/dia de Ferro elementarSelênio 25 a 50mg/ Kg/dia 
Fonte: VASCONCELOS, 2010. 
 
Quadro 31 – Recomendações nutricionais para crianças com Encefalopatia Crônica 
NECESSIDADES NUTRICIONAIS PARA CRIANÇAS EM ENCEFALOPATIA CRÔNICA 
Recomendação 
calórica 
Recomendação 
proteica 
Recomendação 
glicídica 
Recomendação 
lipídica 
 
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130% a 150% do 
recomendado pela RDA 
Crianças (90 a 100 
Kcal/Kg*) 
Adolescentes (40 
Kcal/Kg*) 
Proteína de alto valor 
biológico: 10 a 15% 
Fase inicial da 
hepatopatia crônica: 
Crianças (2,5 a 3,0 
g/Kg*) 
Adolescentes (1,0 a 1,5 
g/Kg*) Encefalopatia: 
(0,5 a 1,0 g/Kg*) 
50% a 60% do valor 
calórico total 
25 a 30% do valor 
calórico total 
*peso seco ou ideal 
Fonte: VASCONCELOS, 2010. 
 
Doença Renal Crônica 
 
A Insuficiência Renal Crônica é decorrente da perda progressiva e irreversível das 
funções renais, dentre elas a perda da capacidade excretória renal. Assim, uma variedade de solutos 
tóxicos, sobretudo provenientes do metabolismo de proteínas se acumulam no plasma. 
A intervenção dietética não apenas visa não apenas ao controle da sintomatologia 
urêmica e distúrbios hidroeletrolíticos, mas também no hiperparatireoidismo secundário, 
desnutrição energético-proteica e nas várias alterações metabólicas que esses pacientes 
apresentam (CUPPARI, 2006). 
 
Quadro 32 – Recomendações nutricionais na Doença Renal Crônica 
NECESSIDADES NUTRICIONAIS NA DOENÇA RENAL CRÔNICA 
Tratamento Faixa etária 
Energia 
(kcal/kg/dia) 
Proteínas 
(g/kg/dia) 
PRÉ – DIÁLISE 
Prematuros 120-180 2,5-3 
0-6 meses 115-150 1,5-2,1 
6 meses a 1 ano 95-150 1,5-1,8 
1-2 anos 95-120 1-1,8 
Mais de 2 anos Mínimo da EER em A/I 1-1,5 
DIÁLISE PERITONEAL 
Prematuros 120-180 3-4 
0-6 meses 115-150 2,9-3 
6 meses a 1 ano 95-150 2,3-2,4 
1-3 anos 95-120 1,9-2 
4-6 anos 90 1,9-2 
Meninos 
7 -10 anos 1970 Kcal/dia 1,7-1,8 
11-14 anos 2220 Kcal/dia 1,7-1,8 
 
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15-18 anos 2755 Kcal/dia 1,4-1,5 
Meninas 
7 -10 anos 1740 Kcal/dia 1,7-1,8 
11-14 anos 1845 Kcal/dia 1,7-1,8 
15-18 anos 2110 Kcal/dia 1,4-1,5 
HEMODIÁLISE 
Prematuros 120-180 
0-6 meses 115-150 2,6 
6 meses a 1 ano 95-150 2,0 
1-3 anos 95-120 1,6 
4-6 anos 90 1,6 
Meninos 
7 -10 anos 1970 Kcal/dia 1,4 
11-14 anos 2220 Kcal/dia 1,4 
15-18 anos 2755 Kcal/dia 1,3 
Meninas 
7 -10 anos 1740 Kcal/dia 1,4 
11-14 anos 1845 Kcal/dia 1,4 
15-18 anos 2110 Kcal/dia 1,2 
Fonte: VASCONCELOS, 2011. 
 
Quadro 33 – Recomendações proteicas em crianças e adolescentes em Terapia Dialítica 
RECOMENDAÇÕES PROTÉICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TERAPIA DIALÍTICA 
IDADE 
DRI RECOMENDAÇÃO HD RECOMENDAÇÃO DP 
(g/Kg/dia) (g/Kg/dia) (g/Kg/dia) 
0-6 meses 1,5 1,6 1,8 
7-12 meses 1,2 1,3 1,5 
1-3 anos 1,05 1,15 1,3 
4-13 anos 0,95 1,05 1,1 
14-18 anos 0,85 0,95 1,0 
Fonte: VASCONCELOS, 2011. 
 
Síndrome Nefrótica 
 
A síndrome nefrótica é um distúrbio complexo e multifatorial caracterizado pelo 
aumento grave e prolongado da permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas que ocasiona 
proteinúria maciça associada à hipoalbuminemia, dislipidemia e edema. É a glomerulopatia mais 
recorrente na infância, podendo ocorrer em qualquer idade e sexo, sendo mais frequente em 
meninos entre dezoito meses e quatro anos e pode ter como consequências, hipertensão arterial, 
anemia, desnutrição de macro e micronutrientes, entre outras. O agravamento do quadro pode 
 
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levar à piora e à continuidade das complicações e, ainda, gerar danos no desenvolvimento e no 
crescimento da criança (LAGE, 2014). 
O cálculo da ingestão calórica deve ser feito de acordo com a RDA, levando-se em 
consideração a situação clínica e nutricional de cada criança. 
o Ingestão alimentar excessiva durante o período de tratamento com doses 
elevadas de corticoides: recomenda-se que a prescrição de calorias não exceda 100% da RDA. 
o Ingestão calórica limitada geralmente pela anorexia e pela dispepsia 
(atribuídas ao edema do trato gastrointestinal, o qual também pode causar a má-absorção de 
nutrientes): as necessidades calóricas para a manutenção de peso devem ser em torno 100 a 150 
kcal/kg/dia para crianças. 
A recomendação de macronutrientes para Síndrome Nefrótica em pediatria está 
descrita no quadro 34. 
 
Quadro 34 – Recomendações de macronutrientes para crianças e adolescentes com Síndrome Nefrótica 
CARBOIDRATOS PROTEÍNAS LIPÍDEOS 
(%) (g/Kg/dia) (%) 
50 a 60 1,0 a 2,0 < 30 
Dependendo do grau e evolução da hiperlipidemia, a restrição de ácidos graxos saturados pode 
ser introduzida. 
Fonte: LAGE, 2014. 
 
De modo geral, a dieta do paciente que mantém a função renal normalizada deve ser 
hipossódica e normoproteica. 
 
Síndrome Nefrítica 
 
A dieta do paciente pediátrico com Síndrome Nefrítica deve ter o objetivo apenas de 
manter um bom estado nutricional, seguindo as recomendações nutricionais para a idade. Não há 
indicações para dieta hipoproteica e deve haver restrição de sódio em casos de hipertensão. 
Atentar quanto à necessidade de restrição hídrica (400 ml/m2/dia, associada a um 
terço ou metade da diurese do dia anterior). 
 
Intolerância à lactose e Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) 
 
A intolerância à lactose é a impossibilidade de digerir leite e seus derivados. Ocorre 
em pessoas que não produzem a enzima lactase, ou não a produzem em quantidade suficiente para 
digerir a lactose e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais recorrente em adultos e idosos. 
Também pode surgir como consequência, às vezes temporária, em casos de diarreia prolongada ou 
doenças inflamatórias intestinais. A intolerância à lactose, portanto, envolve o sistema digestivo, e 
 
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não o sistema imune. Em vez de digerir normalmente a lactose no estômago e intestino delgado, a 
substância se move para o cólon, onde é decomposta por bactérias, causando inchaço e gases. 
A alergia à proteína do leite de vaca é uma reação do sistema imunológico às 
proteínas presentes no leite de vaca e em seus derivados, é muito mais comum em crianças – 
especialmente em bebês, os adultos raramente têm APLV. Assim, quando a criança alérgica ingere 
o leite de vaca, o seu sistema de defesa irá reconhecer as proteínas como prejudiciais e produzirá 
anticorpos IgE específicos e/ou células inflamatórias que acarretarão reações alérgicas. 
A introdução da alimentação complementar em crianças com APLV deve seguir os 
mesmos princípios do preconizado para crianças sem alergia, a partir do sexto mês em crianças 
amamentadas ao seio até essa fase, ou que recebem fórmulas infantis. Reforça-se que não há 
necessidade de restrição de alimentos contendo proteínas potencialmente alergênicas (p.ex. ovo, 
peixe, carne bovina, de frango ou porco). Deve-se evitar apenas a introdução simultânea de dois ou 
mais alimentos fontes de novas proteínas. 
As fórmulas atualmente disponíveis no mercadoadequadas para crianças menores 
de um ano e que podem ter indicação no tratamento dietético da alergia às proteínas do leite de 
vaca são: 
 
Quadro 35 – Fórmulas indicadas no tratamento dietoterápico da APLV 
FÓRMULA DESCRIÇÃO 
Alfaré® 
Recomendado para lactentes e crianças de primeira infância, 0-36 
meses de idade. Destinada a necessidades dietoterápicas específicas 
com restrição de lactose, à base de proteína extensamente 
hidrolisada. Com DHA e ARA. 
Althera® 
Recomendado para lactentes e crianças de primeira infância, 0-36 
meses de idade. Destinada a necessidades dietoterápicas 
específicas, à base de proteína extensamente hidrolisada. Com DHA 
e ARA. Possui lactose. 
Alfamino® 
 
Recomendado para lactentes e crianças de primeira infância, 0-36 
meses de idade. Destinada a necessidades dietoterápicas específicas 
com restrição de lactose e à base de aminoácidos. Com DHA e ARA. 
Peptamen Jr® 
Recomendado para crianças de 1 a 10 anos de idade, que 
necessitem de nutrição adequada para recuperação e/ou 
manutenção do estado nutricional. Possui 100% de proteína do soro 
do leite hidrolisada (peptídeos), que facilita a tolerância 
gastrintestinal e contribui para a melhor absorção dos nutrientes. 
Normocalórica na diluição padrão. 
Pregomin® 
Recomendado para alimentação de lactentes e crianças, desde o 
nascimento, que apresentem alergia à proteína do leite de vaca e / 
ou soja, distúrbios absortivos ou outras condições clínicas que 
 
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requerem uma terapia nutricional com dieta ou fórmula semi-
elementar e hipoalergênica, à base de proteína extensamente 
hidrolisada de soro do leite. Isento de lactose, sacarose, frutose e 
glúten. 
Neocate® 
Fórmula infantil para lactentes e de seguimento para lactentes e 
crianças de primeira infância destinado a necessidades 
dietoterápicas especificas com restrição de lactose e à base de 
aminoácidos livres 
Aptamil ProExpert 
Soja 2® 
 
Fórmula infantil à base de soja para lactentes a partir dos 6 meses 
de vida. Não contém proteínas lácteas. Sua fórmula é livre de lactose 
e sacarose. 
Enfamil Soja® 
Nan Soja® 
Fórmula infantil à base de soja para lactentes a partir dos 6 meses 
de vida. Não contém proteínas lácteas. Sua fórmula é livre de 
lactose, sacarose e glúten. 
NAN SL® 
Aptamil SL® 
Enfamil 0-Lac® 
Recomendações de 0 aos 12 meses, para lactentes destinada a 
necessidades dietoterápicas específicas com restrição de lactose. 
Com DHA, ARA e Nucleotídeos. Não contém glúten. 
Fonte: UNC, 2020. 
 
3.2.5. Registro das informações em prontuário 
 
As informações sobre avaliação nutricional e conduta devem ser preenchidas 
eletronicamente, no AGHU, contendo os seguintes tópicos e nessa sequência: 
✓ Histórico da Doença Atual 
✓ Dados antropométricos 
✓ Anamnese alimentar 
✓ Exames laboratoriais 
✓ Exame físico 
✓ Prática de atividade física 
✓ Uso de medicamentos 
✓ Diagnóstico nutricional 
✓ Conduta dietoterápica 
✓ Programação 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
AAP. Expert Panel on integrated guidelines for cardiovascular health and risk reduction in children 
and adolescents: Summary Report. Pediatrics, v.128, n.5, p. S213-S256, 2011. 
 
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ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetrícia e Pediatria. 2.ed. Rio de 
Janeiro: Cultura Médica – Guanabara Koogan, 2010. 
 
American Dietetic Association. Identifying patients at risk: ADA´s definitions for nutrition screening 
and nutritional assessment. J Am Diet Assoc, v.94, n.8, p. 838-839, 1994. 
 
BLACKBURN, G. L.; BISTRIAN, B. R.; MAINI, B.S.; SCHLAMM, H.T.; SMITH, M.F. Nutritional and 
metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, v.1, p. 11-22, 1977. 
 
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018. 
Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros 
numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à 
sociedade e dá outras providências. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. 1.ed. 
Brasília – DF, 2019. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Terapia Nutricional na Atenção especializada hospitalar 
no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. 1.ed. Brasília – DF, 2016. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral da Política de 
Alimentação e Nutrição. Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível 
hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 144 p. 
 
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. 2.ed. rev. e ampl. Barueri, SP: Manole, 
2006. 
 
DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional - Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Editora: Atheneu. 1. ed, 
2007. 
 
FIGUEIREDO, M. C. D.; HUNGER, R.; MATOS, S. H.; RODRIGUES, A. M. Consulta de nutrição na 
primeira infância: uma proposta de protocolo de atendimento. Nutrire, v.40, n.2, p. 162-172, 2015. 
 
 
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GOMES, D. F.; GANDOLFO, A. S.; OLIVEIRA, A. C.; POTENZA, A. L. S.; MICELLI, C. L. O. et al. Campanha 
“Diga não à desnutrição Kids”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar. 
BRASPEN J, v.34, n.1, p. 3-23, 2019. 
 
IOM. Institute of Medicine. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty 
acids, cholesterol, protein, and amino acids. Washington (DC): National Academy Press; 2005. 
 
LAGE, F. B. Recomendação proteica para crianças com síndrome nefrótica. Rev Bras Nutr Clin, v.29, 
n.4, p. 360-6, 2014. 
 
LOPEZ, F. A.; CAMPOS JR., D. Tratado de Pediatria SBP. 2.ed. Manole, 2007. 
 
MARCHAND, V.; MOTIL, K. J. Nutrition Support for Neurologically Impaired Children: A Clinical 
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PediatrGastroenterolNutr, v.43, n.1, 2006. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. FAO. Human energy requirements: report of a joint 
FAO/WHO/UNU expert consultation. Itália, 2001. 
 
RAKE, J. P.; VISSER, G.; LABRUNE, P.; LEONARD, J. V.; ULLRICK, K. et al. Resultados do Estudo Europeu 
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34, 2002. 
 
SILVA, A. P. A.; NASCIMENTO, A. G.; ZAMBERLAN, P. Manual de dietas e condutas nutricionais em 
pediatria. Editora Atheneu. Edição 1. 2014. 476p. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Edição 
3. Itapevi, SP: A. Araújo Silva Farmacêutica, 2009. 400p. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. SP: 
Editora Clannad, 2017. 383p. 
 
 
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. SBD. Manual de Contagem de Carboidratos para pessoas 
com Diabetes. Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2016. 109p. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA.SBP. Avaliação nutricional da criança e do adolescente – 
Manual de Orientação. Departamento de Nutrologia. – São Paulo: Sociedade Brasileira de 
Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2009. 112 p. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. SBP. Manual de Alimentação da Infância à Adolescência 
Departamento de Nutrologia. – São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de 
Nutrologia, 2018. 172 p. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. SBP. Manual de Orientação – Obesidade na infância e 
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Departamento de Nutrologia, 2019. 236 p. 
 
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estimation in emergencies. Emergency Medicine Australasia, v.19, n.6, p. 528–534, 2007. 
 
VASCONCELOS, M.J.O.B.; BARBOSA, J.M.; PINTO, I.C.S.; LIMA, T.M.; ARAÚJO, A.F.C. Nutrição Clínica 
– Obstetrícia e Pediatria. RJ: Medbook, 2011. 
 
World Health Organization. WHO. Child Growth Standards, 2006. Disponível em: 
<http://www.who.int/childgrowth/en/> 
 
5. HISTÓRICO DE REVISÃO 
 
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO 
1.0 31/08/2020 Organização do documento na Norma Operacional EBSERH. 
 
 
Tipo do Documento MANUAL MA.UNC.007 – Página 33/54 
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ATENDIMENTO AMBULATORIAL PARA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO 
 
 
 
 
 
Elaboração 
Renata Layne Paixão Vieira 
Nataly Cézar de Lima Lins 
Walnara Arnaud Moura Formiga 
José Eliton Pereira 
Data: 31/08/2020 
Validação 
Ocilma Barros De Quental - Enfermeiro /Setor de 
Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente 
Data: 11/09/2020 
Conforme Processo SEI N° 23771.005821/2020-69 
Aprovação 
Renata Layne Paixão Vieira – Chefe da Unidade de 
Nutrição Clínica 
Data: 18/09/2020 
Conforme Processo SEI N° 23771.005821/2020-69 
 
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Apêndice 1 – Índices Antropométricos 
 
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Anexo 1 – Diagnósticos de nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apêndice 2 – Orientações nutricionais 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 
▪ Realizar de 5 a 6 refeições por dia. 
▪ Consumir uma alimentação variada e colorida. Experimente novos sabores! 
▪ O plano alimentar começa com as compras. Adquirir alimentos naturais como frutas, verduras e 
evitar comprar alimentos industrializados como sopas (miojo® e sopão®) sucos em pó e guloseimas 
(salgadinhos, refrigerantes, doces, biscoitos recheados, achocolatados encaixados), pois contém 
uma quantidade grande de açúcar e sódio. 
▪ Evitar comprar alimentos pré-prontos/congelados (Exemplos: empanado de frango, lasanhas 
congeladas, entre outros). 
▪ Evitar alimentos como salsicha, mortadela, presunto, carnes enlatadas (Kitut®), Knor®, Sazón®, 
tempero completo, pois contêm quantidades exageradas de sódio. Tempere a comida com alho, 
cebola, coentro, pimentão, cominho, orégano ou outros temperos naturais de sua preferência. 
▪ O plano alimentar permite o uso de todas as frutas, verduras e legumes para a construção de 
um cardápio variado e saudável. Devem ser consumidas de 5 a 6 porções de frutas por dia e duas 
porções de verduras e legumes. 
▪ Evitar as frituras. Dar preferência aos alimentos cozidos, assados ou grelhados. 
▪ Comer devagar, mastigando bem os alimentos. Procurar alimentar-se em ambiente tranquilo e 
não se alimente realizando outras atividades (ex.: assistindo televisão, brincando, lendo, 
estudando). 
▪ Praticar atividade física (caminhada, bicicleta, natação, futebol, correr, entre outras) 
regularmente. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ALIMENTAÇÃO ATÉ 6º MÊS DE VIDA 
 
Até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou 
outro leite), o leite materno é um alimento compl0eto, com quantidades adequadas de água e 
nutrientes para o crescimento do seu bebê. 
 
• O leite materno é de mais fácil digestão; funciona como uma vacina, pois é rico em anticorpos, 
protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias, diminui 
o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. 
 
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• O leite materno é um alimento limpo, seguro, está sempre pronto e quentinho, além de ser de 
graça. A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. 
 
• Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter 
dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração. 
 
• A criança deve ser amamentada sob livre demanda, ou seja, o peito deve ser oferecido na hora 
e quantas vezes a criança quiser. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama 
de 8 a 12 vezes ao dia. Isso não significa que o leite é fraco, mas sim que ele é fácil de ser digerido 
pela criança. 
 
• O leite do início da mamada tem mais água e mata a sede; e o do fim da mamada tem mais 
gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. Por isso, a mãe deve 
deixar o bebê mamar até que fique satisfeito, esperando ele esvaziar uma das mamas para então 
oferecer a outra, se ele quiser. 
 
• O uso de mamadeiras e chupetas devem ser evitadas, pois são importantes fontes de 
contaminação, além de influenciarem negativamente na amamentação e no desenvolvimento 
dentário do bebê. 
 
• O aumento na produção de leite pode ser conseguido com elevação no consumo de água pela 
mãe; aumento na frequência das mamadas (quanto mais o bebê sugar, mas leite é produzido); 
amamentar em ambiente tranquilo, sem estresse nem barulho; Evitar o uso de mamadeiras, 
chupetas e protetores (intermediários) de mamilos. 
 
• Só fazer uso de fórmula infantil de partida até os 6 meses de idade apenas sob orientação de 
nutricionista ou pediatra. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
A PARTIR DOS 6 MESES DE IDADE 
 
Alimentação complementar é o período da introdução de novos alimentos (DEVE 
SER FEITA SOMENTE COM 6 MESES COMPLETOS DE IDADE), além do leite materno ou artificial. Ela 
é muito importante, pois a partir dos seis meses de vida só o leite da mãe ou artificial já não atende 
mais sozinho às necessidades da criança. 
 
• Algumas crianças se adaptam facilmente a essa nova etapa e aceitam bem os novos alimentos. 
Outras precisam de mais tempo, mas não se preocupe. Se o seu filho não conhece um alimento, 
 
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faça com que ele prove um pedacinho. Caso ele não queira comer e cuspa o alimento, não insista. 
Espere uns dias e prepare o alimento que a criança não gostou de outra maneira, faça outra receita, 
tente pelo menos de 8 a 10 vezes (em dias diferentes e preparados de outras formas) até que a 
criança aceite o alimento. 
 
• A quantidade de comida é a criança que decide, de acordo com o seu apetite. No início, poucas 
colheradas já são suficientes e, aos poucos, esta quantidade irá aumentando naturalmente. 
 
• A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, 
em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. 
 
• A partir dos 6 meses devem ser oferecidas 4 refeições por dia. Essas refeições se constituem de 
dois purês de fruta (fruta amassada – lanche no meio da manhã e tarde) e duas papas salgadas 
(almoço e jantar), preparada com verduras e legumes, cereal (arroz, cuscuz) ou tubérculo (batata, 
aipim, inhame), carne ou peixe ou frango ou ovo, vísceras (fígado) e leguminosas (feijão, lentilha, 
soja, grão de bico ou ervilha verde seca). 
 
• CUIDADO: não deixe seu filho trocar as refeições principais por leite ou mingaus. 
 
• Não há necessidade de adicionar açúcar. O melhor é habituar a criança com os sabores naturais 
das frutas, pois elas passam a gostar dos alimentos da maneira como são apresentados pela primeira 
vez. 
 
• Para a papa salgada não se adiciona sal até 1 ano de idade, os alimentos 
devem ser cozidos em pouca água, oferecidos AMASSADOS COM UM GARFO (não passar em 
liquidificador ou peneira) de modo separado, não devem ser todos misturados no prato. A papa 
batida no liquidificador ou peneirada não estimula a mastigação e nem permite que a criança 
aprenda a conhecer os diferentes sabores. 
 
• Procure variar a comida do seu filho, isso garantirá quantidades adequadas de vitaminas e 
minerais para manter a boa saúde e o crescimento adequado do seu filho. 
 
• NÃO OFEREÇA açúcar, sal, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho 
CHAMBINHO®, IOGURTE® e outras guloseimas, no primeiro ano de vida. 
 
 
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• Mel de abelha não deve ser ofertado antes de 1 ano de idade, pois há risco de intoxicação 
alimentar. 
 
• Não utilizar caldos ou tabletes de carne industrializados, legumes ou quaisquer condimentos 
industrializados nas preparações (sazon, knor, tempero completo, entre outros). 
 
• Os sucos (naturais e artificiais) devem ser evitados pelo risco de predispor à obesidade devido ao 
maior consumo de calorias e não ingestão das fibras das frutas que contribuem para diminuir a 
absorção do açúcar. 
 
• As refeições lácteas, a partir dos 6 meses, deve ter um volume de 180mL a 200mL e não deve 
ultrapassar 2 a 3 ofertas por dia. 
 
• Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos. Os mesmos também devem ser 
armazenados corretamente para evitar a contaminação dos alimentos e a transmissão de doenças. 
Opte sempre por alimentos frescos. 
 
LEMBRE-SE: O hábito alimentar e o estilo de vida saudável devem ser praticados por todos os 
membros da família, pois vocês são modelos para seus bebês. Lembre-se que a criança tem 
capacidade de regular sozinha a sua ingestão alimentar. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA DIABETES 
 
A Diabetes tipo 1 é uma doença decorrente da falta de produção de insulina pelo 
pâncreas. A insulina leva o açúcar (glicose) do sangue para dentro das células, produzindo, então 
energia para que você possa correr, brincar e fazer suas atividades. Com a falta de produção da 
insulina há um acúmulo de glicose no sangue, o que caracteriza a hiperglicemia. As principais formas 
de controlar a diabetes são a utilização da insulina, prática de atividade física e alimentação 
saudável. 
 
As principais orientações nutricionais são: 
 
▪ Comer de 3 em 3 horas, realizar 6 refeições/dia. Não pular nenhuma refeição ou repetir 
refeições. 
 
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▪ Evitar longos períodos em jejum (não fique sem se alimentar por mais de 3 horas), para evitar 
hipoglicemias. 
▪ Substituir o açúcar por adoçante (exemplo: estévia – 8 gotas equivalem a 2 colheres de chá de 
açúcar). 
▪ Substituir os leites e derivados que você toma pelos desnatados ou na versão light. 
▪ Consumir uma alimentação variada e colorida. Experimente novos sabores! 
▪ Tudo começa com as suas compras. Adquira alimentos menos gordurosos e evite comprar 
guloseimas (salgadinhos, refrigerantes, doces, biscoitos recheados). 
▪ Evitar comprar alimentos pré-prontos/congelados (Exemplos: empanado de frango, sopas 
industrializadas, lasanhas congeladas, entre outros). 
▪ Atenção: não é porque o alimento é diet ou light que ele é saudável ou pode ser consumido à 
vontade. 
▪ Dar preferência aos cereais integrais (pães, biscoitos, macarrão, arroz), eles contêm fibras que 
melhoram o funcionamento do intestino, ajudam a manter bons níveis de colesterol e glicemia. 
▪ O plano alimentar permite o uso de todas as frutas, verduras e legumes para a construção de 
um cardápio variado e saudável. Mas converse com o nutricionista sobre as frutas e verduras 
que apresentam menores teores de açúcar. 
▪ Dar preferência às verduras cruas e consumir as frutas com casca para aumentar o consumo de 
fibras. 
▪ Evitar as frituras. Dar preferência aos alimentos cozidos, assados ou grelhados. 
▪ Dar preferência às carnes brancas (peixes e aves). 
▪ Temperar as saladas com 1 colher de azeite extra virgem. 
▪ Comer devagar, mastigando bem os alimentos. Procure alimentar-se em ambiente tranquilo e 
não se alimente realizando outras atividades (ex.: assistindo televisão, brincando, lendo, 
estudando). 
▪ Gorduras: no preparo dos alimentos utilize óleo de girassol, canola ou azeite de oliva. 
▪ Praticar uma atividade física (caminhada, bicicleta, natação, futebol, etc) 5x/semana. Consulte 
seu médico antes de fazê-la. 
 
Atenção para o consumo dos seguintes alimentos: 
 
Alimentos Alimentos Recomendados Alimentos Evitados 
 
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Leite, Queijos e 
Iogurtes 
Desnatados e sem açúcar. 
Leite e iogurte integrais e com açúcar, 
queijos gordurosos, como os amarelos. 
Carnes 
Carne bovina magra, frango e 
peixes. Retirar a pele do frango 
antes de assar. 
Embutidos, carnes gordas, aves com 
pele, defumados, vísceras. 
Gorduras e óleos 
(Evite as frituras) 
Óleo vegetal como soja, canola, 
azeite de oliva 
moderadamente. 
Manteiga, margarinas duras, bacon, 
torresmos, creme de leite, gordura 
hidrogenada, entre outras. 
Doces 
Alimentos Diet com stévia, 
sucralose, pois não contém 
açúcar. 
Deve ser evitados açúcar e 
alimentos que contenham açúcar, 
como balas, mel, geléias, leite 
condensado, refrigerantes, chocolates, 
bolos, broas, entre outras (a não ser 
que sejam Diet e quando orientado 
pelo nutricionista). 
 
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