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UFC – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – CAMPUS SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS II PROFESSOR: MARCOS ROGERIO DE CASTRO PRÁTICA Nº 05 CIRCUITOS TRIFÁSICOS ALUNO MATRÍCULA FRANCISCO DENILSON MESQUITA RIBEIRO 400306 SOBRAL – CE 2020 SUMÁRIO 1. Introdução ................................................................................................................................ 3 2. Objetivos da Prática ................................................................................................................ 6 3. Material Utilizado ................................................................................................................... 6 4. Procedimento Experimental ................................................................................................... 7 5. Questionário ........................................................................................................................... 20 6. Conclusão ............................................................................................................................... 21 7. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 22 1. Introdução Vamos considerar a fonte trifásica da figura 01, que tem terminais de linha 𝑎, 𝑏 e 𝑐 e um terminal neutro 𝑛. Neste caso a fonte é denominada em conexão 𝒀 (conectada como um Y como mostrado). As tensões 𝑉 , 𝑉 e 𝑉 entre os terminais de linha e o terminal de neutro são chamadas tensões de fase ou fase-terra e na maioria das vezes serão consideradas como dadas por 𝑉 = 𝑉 < 0° (1) 𝑉 = 𝑉 < −120° (2) 𝑉 = 𝑉 < 120° (3) Existe outra representação comum em que os valores de 𝑉 e 𝑉 estão trocados, mas nos dois casos, cada tensão de fase tem o mesmo módulo de 𝑉 (valor eficaz), e as fases estão defasadas de 120°, com 𝑉 selecionada arbitrariamente como o fasor de referência. Este conjunto de tensões é chamado sistema equilibrado e é caracterizado por 𝑉 + 𝑉 + 𝑉 = 0 (4) Figura 01 – Representação de uma fonte conectada em Y Fonte: Google Images Por (1), (2) e (3), as tensões na sequência 𝑎𝑏𝑐 podem ser relacionadas a 𝑉 . As relações são 𝑉 = 𝑉 < −120° (5) 𝑉 = 𝑉 < 120° (6) As tensões fase-fase, ou simplesmente tensões de linha, são 𝑉 , 𝑉 e 𝑉 , que podem ser calculadas a partir das tensões de fase. Por exemplo, 𝑉 = 𝑉 + 𝑉 = 𝑉 < 0° − 𝑉 < −120° = √3𝑉 < 30° (7) Da mesma forma, 𝑉 = √3𝑉 < −90° (8) 𝑉 = √3𝑉 < −210° (9) Se denominamos o módulo das tensões de linhas por 𝑉 , teremos então: 𝑉 = √3𝑉 (10) e, então 𝑉 = 𝑉 < 30°, 𝑉 = 𝑉 < −90°, 𝑉 = 𝑉 < −210° (11) A figura 02 mostra uma fonte conectada em ∆. Figura 01 – Representação de uma fonte conectada em ∆ Fonte: Google Images Nela, vemos que as tensões de linha são iguais as tensões de fase. Portanto, se as tensões de linha são dadas por (11), então as tensões de fase são 𝑉 = 𝑉 < 30°, 𝑉 = 𝑉 < −90°, 𝑉 = 𝑉 < −210° (12) Onde 𝑉 = 𝑉 (13) Se temos uma carga 𝑍 = |𝑍 | < 𝜃, as correntes de fase são 𝐼 = 𝐼 < 30° − 𝜃, 𝐼 = 𝐼 < −90° − 𝜃, 𝐼 = 𝐼 < −210° − 𝜃 (14) onde 𝐼 = | | (15) A corrente na linha aA é 𝐼 = 𝐼 − 𝐼 = √3𝐼 < −𝜃 (16) As outras correntes de linha, obtidas de forma similar, são 𝐼 = √3𝐼 < −120° − 𝜃 (17) 𝐼 = √3𝐼 < −240° − 𝜃 (18) Evidentemente, a relação entre os módulos das correntes de linha e fase num caso em ∆ é 𝐼 = √3𝐼 (19) e as correntes de linha são, então 𝐼 = 𝐼 < −𝜃, 𝐼 = 𝐼 < −120° − 𝜃, 𝐼 = 𝐼 < −240° − 𝜃 (20) 2. Objetivos da Prática Medição de tensões e correntes de linha e de fase em um sistema trifásico. 3. Material Utilizado Fontes de Alimentação CA em 80𝑉 em fases 0°, 120° e −120°; Resistores de 300𝛺; Multímetro CA; Osciloscópio. 4. Procedimento Experimental A prática começou montando-se o circuito da Figura 03, com 𝑍 = 300Ω. Figura 03 – Cargas em triângulo (∆) Fonte: Manual da Prática Utilizando-se multímetro e osciloscópio foram medidas as tensões 𝑉 , 𝑉 e 𝑉 , como mostram as figuras de 04 a 09. Figura 04 – 𝑉 no Multímetro Fonte: Autoria própria Figura 05 – 𝑉 no Osciloscópio Fonte: Autoria própria Figura 06 – 𝑉 no Multímetro Fonte: Autoria própria Figura 07 – 𝑉 no Osciloscópio Fonte: Autoria própria Figura 08 – 𝑉 no Multímetro Fonte: Autoria própria Figura 09 – 𝑉 no Osciloscópio Fonte: Autoria própria Com esses valores foi preenchida a tabela 01 abaixo. Tabela 01 – Tensões de Fase - ∆ |�̇� | [V] |�̇� | [V] |�̇� | [V] Osciloscópio 138 138 138 Multímetro Portátil 138,563 138,563 138,564 Fonte: Autoria própria Em seguida, mediram-se as correntes de fase e de linha usando-se um multímetro, como se pode ver na figura 10. Figura 10 – Correntes de fase e de linha - ∆ Fonte: Autoria própria Com esses valores foi preenchida a tabela 02 abaixo. Tabela 02 – Correntes de Fase e de Linha - ∆ |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] Multímetro Portátil 799,991m 799,999m 799,996m 461,88m 461,878m 461,875m Fonte: Autoria própria Em seguida, conectou-se um resistor de 100Ω em paralelo com um dos ramos da carga e novamente mediram-se as correntes de fase e de linha usando-se um multímetro, como se pode ver na figura 11. Figura 11 – Correntes de fase e de linha - ∆ não equilibrado Fonte: Autoria própria Com esses valores foi preenchida a tabela 03 abaixo. Tabela 03 – Correntes de Fase e de Linha - ∆ não equilibrado |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] Multímetro Portátil 2,117 2,117 799,996m 461,88m 1,848 461,875m Fonte: Autoria própria Após isso, montou-se o circuito da Figura 12, com 𝑍 = 300Ω. Figura 12 – Cargas em estrela (𝑌) Fonte: Manual da Prática Utilizando-se multímetro e osciloscópio foram medidas as tensões 𝑉 , 𝑉 e 𝑉 , como mostram as figuras de 13 a 18. Figura 13 – 𝑉 no Multímetro Fonte: Autoria própria Figura 14 – 𝑉 no Osciloscópio Fonte: Autoria própria Figura 15 – 𝑉 no Multímetro Fonte: Autoria própria Figura 16 – 𝑉 no Osciloscópio Fonte: Autoria própria Figura 17 – 𝑉 no Multímetro Fonte: Autoria própria Figura 18 – 𝑉 no Osciloscópio Fonte: Autoria própria Com esses valores foi preenchida a tabela 04 abaixo. Tabela 04 – Tensões - 𝑌 |�̇� | [V] |�̇� | [V] |�̇� | [V] Osciloscópio 79,8 79,9 79,9 Multímetro Portátil 79,999 80 80 Fonte: Autoria própria Em seguida, mediram-se alguns valores de corrente usando-se um multímetro, como se pode ver na figura 19. Figura 19 – Correntes - 𝑌 Fonte: Autoria própriaCom esses valores foi preenchida a tabela 05 abaixo. Tabela 05 – Correntes - ∆ |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] Multímetro Portátil 266,664m 266,666m 266,665m 0 Fonte: Autoria própria Em seguida, conectou-se um resistor de 100Ω em paralelo com um dos ramos da carga e novamente mediram-se as correntes usando-se um multímetro, como se pode ver na figura 20. Figura 20 – Correntes - 𝑌 não equilibrado Fonte: Autoria própria Com esses valores foi preenchida a tabela 06 abaixo. Tabela 06 – Correntes - 𝑌 não equilibrado |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] Multímetro Portátil 1,067 266,666m 266,65m 799,991m Fonte: Autoria própria Logo após, manteve-se a carga desequilibrada, desconectou-se o fio neutro e foram medidos valores de tensão e corrente usando o multímetro, como pode-se ver nas figuras 21 e 22. Figura 21 – Tensões - 𝑌 não equilibrado sem N Fonte: Autoria própria Figura 22 – Correntes - 𝑌 não equilibrado sem N Fonte: Autoria própria Com esses valores foram preenchidas as tabelas 07 e 08 abaixo. Tabela 07 – Tensões - 𝑌 não equilibrado sem N |�̇� | [V] |�̇� | [V] |�̇� | [V] |�̇� | [V] Multímetro Portátil 79,999 80 80 0 Fonte: Autoria própria Tabela 08 – Correntes - 𝑌 não equilibrado sem N |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] |𝐼̇ | [A] Multímetro Portátil 533,328m 352,765m 352,766m 0 Fonte: Autoria própria 5. Questionário 01 - Comparar os valores obtidos nas tabelas 02 e 03 com os valores teóricos calculados para o circuito da figura 01. R: O valor da corrente de linha em modulo é dado por √3 = 461,88𝑚𝐴. Assim, os valores na tabela 02 estão corretos. Quando se tem a carga desequilibrada, é esperado que a corrente de linha da linha onde há o desequilíbrio altere e as outras permaneçam iguais, o que aconteceu. 02 - Comparar os valores obtidos nas tabelas 05 e 06 com os valores teóricos calculados para o circuito da figura 02. R: O valor da corrente de linha é dado por = 266,67𝑚𝐴. Logo, os valores na tabela 05 estão corretos. Quando se tem a carga desequilibrada, é esperado que a corrente de linha da linha onde há o desequilíbrio altere e as outras permaneçam iguais, o que aconteceu. Além disso, a corrente no neutro passa de um valor praticamente zero para um valor maior quando se tem o desequilíbrio. 03 - Comparar os valores obtidos nas tabelas 07 e 08 com os valores teóricos calculados para o circuito da figura 02 com a carga desequilibrada e o fio neutro desconectado. R: Os valores de tensão permaneceram iguais com a retirada do fio neutro, mas as correntes de fase em que não havia o desequilíbrio aumentaram, enquanto a que havia acabou por diminuir. 6. Conclusão Esta prática realmente cumpriu com o seu objetivo, que era fazer a medição de tensões e correntes de linha e de fase em um sistema trifásico. Pôde-se então conhecer melhor os dois modelos de sistemas trifásicos, delta e estrela e verificar o funcionamento equacionamento de cada um deles, o que é bastante importante para o desenvolvimento da disciplina. . 7. Referências Bibliográficas [1] JOHNSON, D.E. Fundamentos de Análise de Circuitos Elétricos. Rio de Janeiro: Editora LTC, 4a Ed. Rio de Janeiro, 2014.
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