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RESUMO DENTISTICA II - 6 PERIODO UNIDADE I

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Resumo 
DENTÍSTICA II 
 
Por: Ingrid Thays 
Aula 01 
Diagnóstico Diferencial 
Planejamento de Procedimento: 
↪ Dados do paciente 
↪ Anotar observações, como uso de medicamento, 
hipertensão, gestante 
↪ Aferir pressão (PA) 
↪ Avaliação radiográfica 
● elemento dentário. Ex: dente 16 classe ll 
MOD 
● detalhes anatômicos e características 
import. 
↪ Hipótese de diagnóstico 
● área radiolúcida na região (mesial, 
mésio-ocluso-distal) 
● lesão cariosa (média rasa ou profunda) 
↪ Passo operatório 
● antissepsia do paciente: extraoral ou 
intraoral 
↪ Anestesia 
● técnica 
● sal anestésico/concentração 
● vasoconstritor/concentração 
● quant. de tubetes anestésicos permitidos 
↪ Técnica do passo a passo e instrumental 
↪ Prescrição medicamentosa 
↪ Recomendações pós-operatórias 
 
Nomenclatura das cavidades 
↪ De acordo com o número de faces 
↪ De acordo com as faces envolvidas 
↪ De acordo com a forma e extensão da cavidade 
 
 
 
Uma das formas de classificar as cavidades dentais é 
quanto à sua complexidade. Desta forma teremos: 
SIMPLES​ - envolve uma face dental; 
COMPOSTA ​- envolve 2 faces; 
COMPLEXA ​- envolve 3 ou mais faces dentais. 
 
Forma e extensão da cavidade: 
● Intra-coronária (inlay): ​envolve o interior da 
estrutura dentária - não envolve nenhuma 
cúspide 
● Extra-coronária (onlay): envolve cobertura 
de cúspide - pelo menos uma 
● Extra-coronária Total (overlay): tem uma 
perda maior, uso de cerâmica ou prótese - 
envolve todas as cúspides 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação de black 
Classe I 
● Região de cicatrículas, fissuras e sulcos 
● Face oclusal de pré-molares e molares 
● Região de cíngulo nos caninos 
 
Classe II 
● Envolvimento das ​faces proximais de 
pré-molares e molares 
 
Classe III 
● Superfície proximal dos dentes anteriores 
SEM ​envolvimento da borda/ângulo incisal 
 
 
 
 
 
Classe VI 
● Superfície proximal dos dentes anteriores 
COM ​envolvimento da borda/ângulo 
incisal 
 
Classe V 
● Face vestibular e lingual/palatina de todos 
os dentes no ​terço cervical 
● Possui mais insucesso no tratamento 
 
Classe de Howard e Simon 
Classe VI 
● Localizada nas bordas incisais de dentes 
anteriores e pontas de cúspides em dentes 
posteriores 
 
 
 
 
Diagnóstico de cárie 
Doença cárie: é a presença de microrganismos 
transmissíveis ou não na placa dental, envolve a 
dissolução da fase mineral, principalmente os 
cristais de hidroxiapatita, por ácidos produzidos por 
fermentação bacteriana. Assim, é produto direto da 
variação contínua do pH da cavidade oral, sendo 
um resultado de sucessivos ciclos de 
desmineralização e de reprecipitação de minerais 
presentes na saliva, como o cálcio e o fosfato, sobre 
a superfície dental. 
 
Streptococcus mutans – principal bactéria. 
 
Para que exista cárie é necessário o hospedeiro + 
microbiota + uma dieta rica em açúcar, sendo assim, 
constitui-se de grande importância o controle de 
placa, a dieta e a presença de flúor, principalmente 
visando à manutenção do pH da placa bacteriana 
acima de um nível crítico de 4,5 ou 5,5, 
considerando ou não a presença de flúor na 
cavidade oral. 
 
 
 
 
 
 
 
Não é infecciosa, pois pode haver presença do 
microrganismo, mas não possuir doença. 
A saliva tem como função remineralização (pois ela 
que mantém o ph neutro da cavidade bucal), limpeza, 
lubrificação e ajuda no bolo alimentar. 
 
 
 
 
Cuidados para evitar a cárie: 
● Controle da alimentação – comer pouco 
ácido 
● Controle da força – não precisa de força 
● Controle do tempo – não escovar os dentes 
após de comer 
● Controle da pasta – abrasiva 
 
Dentística restauradora tradicional: 
● Curativa 
● Não havia orientação de higiene bucal 
● Preocupação apenas em restaurar 
● Mesmo protocolo de atendimento para 
todos os pacientes. 
 
Promoção de saúde: 
● Identificar a atividade da cárie e preservar. 
 
Progressão da lesão cariosa: 
● Perda mineral inicial + aparecimento de 
mancha branca + cavitação. 
 
Classificação: 
● Cavitada X não cavitada 
● Ativas (lesão amolecida) 
● Inativas (lesão endurecida). 
 
Rampante​: cárie de evolução rápida, principalmente 
em criança. 
Oculta: em locais difíceis, bom de visualizar em 
radiografia. 
Residual:​ pode aparecer embaixo de restaurações. 
 
OBS: Cárie ativa tem uma mancha branca 
circundando a mancha escura. 
 
Primária: ​Dente hígido. 
Secundária: ​Em interface de restauração. 
 
 
 
 
 
 
Lesão de cárie em esmalte 
LESÃO ATIVA: 
● Coloração clara e opaca, superfície rugosa, 
aspecto de giz. 
● Localizadas em áreas de maior acúmulo de 
placa 
 
 
 
 
LESÃO INATIVA: 
● Lesão lisa e brilhante. 
 
 
 
Lesão inativa e sulco pigmentado: 
● Não necessita de tratamento. 
 
Tratamento para mancha branca e cárie inativa: 
● Higienização 
● Fluorterapia 
 
Métodos mais utilizados 
● Instrumento utilizado: espelho 
● Dentes limpos e secos 
● Adequada iluminação 
 
 
OBS​: 
↪ ​Evitar passar sonda exploradora em sulco 
escurecido (há rompimento do esmalte 
possibilitando entrada de bactérias no local) 
↪ ​Primeira consulta, rever o prontuário/anamnese 
↪ ​Fazer profilaxia no paciente 
↪ ​Fazer odontograma 
 
 
 
EXAME VISUAL: 
● Face livre 
↪ Aspecto opaco 
↪ Superficie rugosa 
↪ Forma oval e limites bem definidos 
↪ Cor branca (podendo ser pigmentada) 
↪ Com progressão se torna branco- 
amarelada, amarelo parda, ou enegrecida 
● Cicatrículas e fissuras 
↪ Perda de translucidez normal 
↪ observar se está associada a placa 
bacteriana (escurecido ao redor) 
↪ São mais difíceis de serem detectadas em 
estágio precoce 
● Face proximal 
↪ Dificuldade de observação direta 
↪ Uso de afastadores interproximais 
mediatos (mecânicos) ou imediatos 
(elásticos) 
 
 
 
 
 
EXAME TÁTIL -​ ​Contra-indicação 
● Pode causar danos irreversíveis, 
impossibilitando a remineralização 
● Pode ocasionar cavitação 
● Uso com cautela 
 
 
 
Exame radiográfico para visualização 
de lesões cariosas 
↪ Exame complementar 
↪ Técnica mais indicada para dentes posteriores: 
● interproximal ou bite-wing 
↪ Técnica mais indicada para dentes anteriores 
● periapical 
 
 
 periapical interproximal 
 
 
 
Restauração de Resina em dentes 
posteriores 
Protocolo clínico: 
Restaurações Classe I, II em resina composta 
1. Diagnóstico de lesão de cárie 
2. Seleção de cor 
3. Isolamento do campo operatório 
4. Remoção do tecido cariado ou restauração 
insatisfatória 
5. Preparo cavitário 
6. Proteção do complexo dentino-pulpar 
7. Condicionamento ácido + aplicação do 
sistema adesivo 
8. Inserção incremental da resina 
9. Acabamento e polimento 
 
 
 
 
Indicações: 
● Restaurações em lesões de cárie que 
envolvam as superfícies oclusal ou 
proximal 
● Restaurações de lesões de cáries 
localizadas em superfícies livres-classe V 
● Restabelecimento de ponto de contato 
● Substituição de restaurações de 
amálgama nas superfícies oclusal ou 
proximal (não troca para fins estéticos) 
Contra-indicações: 
● Cavidades muito extensas (subgengivais 
ou sem suporte de esmalte na margem) 
● Hábitos parafuncionais severos 
(paciente deve ir para reabilitação oral) 
● Impossibilidade de realizar isolamento 
absoluto 
Vantagens da resina composta: 
● Preparo conservador 
● Estética satisfatória 
● Facilidade de reparo 
● Reforço da estrutura dental 
remanescente 
● Custo inferior às técnicas indiretas 
● Ausência dos produtos nocivos do 
amálgama 
Desvantagens da resina composta: 
● Sensibilidade da técnica operatória 
● Contração de polimerização 
● Sensibilidade pós-operatória 
● Infiltração marginal 
● Custo relativamente alto 
● Menor longevidade clínica 
 
 
 
Máxima preservaçãotecidual 
● Remoção apenas do tecido cariado ou 
material restaurador 
● Cristas marginais 
● Bordas de esmalte 
● Área dental sadia 
 
OBS: O condicionamento ácido + adesivo faz com 
que a resina fixe através de uma retenção 
micromecânica da resina 
 
Forma de conveniência: Acesso a lesão proximal ou 
preservação das estruturas 
 
Preparo Cavitário: ​ ​↴ 
 
↪ O uso da ponta diamantada esférica já conduz o 
contorno da parede pulpar, dando a forma de 
ângulos arredondados 
 
Protocolo clínico - Classe I 
Seleção de cor da resina composta: 
O dente precisa estar: 
● sob luz natural (ambiente claro) 
● hidratado 
● escala úmida 
● distância de um braço 
 
Seleção da resina: 
● excelentes propriedades mecânicas 
● lisura superficial 
● micro-híbridas e nanohíbridas: esforço 
oclusal e desgaste 
 
Avaliação oclusal: 
● MIH 
● lateralidade 
● protrusão 
● RC 
OBS: É muito importante fazer a avaliação oclusal 
antes de iniciar o tratamento. 
↪ marcar com carbono para saber o contato oclusal 
e se a restauração ficou alta 
 
Anestesia: 
● utilizar anestésico tópico (2 min) 
● injetar a agulha lentamente 
 
Preparo Cavitário: 
OBS: ​ ● Ponta diamantada: utiliza em alta rotação 
● Broca: utiliza em baixa rotação 
 
 
Acesso cavitário: 
● ponta diamantada 
Não deve ser usada para remover tecido 
cariado em ​dentina 
 
 
Remoção da lesão cariosa: 
● broca carbide esférica ​(baixa rotação) 
● escavador de dentina 
 
 
 
 
Remoção do esmalte: 
● broca carbide esférica 
● broca carbide tronco-cônica 
● broca carbide 245 e 330 
 
 
 
Remoção da resina: 
● broca carbide esférica 
● ponta diamantina esférica 
 
 
Remoção do Amálgama: 
● ponta diamantada forma ampulheta ou 
cônica dupla 
● ponta diamantada forma cilíndrica 
● ponta diamantada forma cone invertido 
● broca 245 
 
 
 
 
Isolamento Absoluto: 
Etapa responsável pela obtenção e manutenção de 
um campo ​limpo, seco​ ​e com adequado acesso. 
OBS:​ Na dentística isola mais de um dente, em 
região anterior, de canino a canino. 
 
Situações: 
● cimentação 
● restaurações interproximais 
● troca de restaurações. 
Tipos de isolamento: 
● Absoluto – campo azul. 
● Relativo – roletes de algodão. 
Objetivo: 
● Controle de umidade; 
● Controle de contaminação; 
● Condições adequadas de inserção do 
material restaurador; 
● Melhor visibilidade (principalmente 
utilizando instrumentos rotatórios); 
● Contenção da língua; 
● Redução do tempo de trabalho; 
● Proteção quanto à deglutição e à aspiração; 
● Prevenir infecção cruzada. 
Indicações: 
● Remoção de tecido cariado (especial em 
cavidades profundas); 
● Restaurações de RC e amálgama; 
● Remoção de amálgama (para reduzir chance 
de deglutição do mercúrio); 
● Restauração em classe V; 
● Pacientes especiais. 
 
 
 
 
Contra-indicações e desvantagens: 
● Dentes que não erupcionaram (3ºM); 
● Dentes mal posicionados; 
● Pc com asma ou dificuldade respiratória; 
● Pc com alergia ao látex/silicone; 
● Pc com aparelho ortodôntico; 
● Tempo/custo/resistência dos pacientes. 
(errado) 
 
 
Materiais do isolamento absoluto: 
● Lençol ​ou ​dique de borracha (impermeável, 
várias cores, aromatizado) 
 
 
● Arco de Young/ ostby 
(ostby) 
 
 
Grampos: ​Função de manter o lençol em posição, 
deve ajustar ao colo do dente. 
MOLARES P. MOLARES ANTERIORES 
200​, ​201​, 202, 
203, 204, 205 
206, 207, ​208​, 
209 
210 (ant.) 211 
(inf.) 
● Servem para 90% dos casos 
 
 
 
Molares: 
 
 
P. Molares: 
 
 
Anteriores​: 
 
Grampos especiais: 
● Dentes posteriores de coroas curtas e 
expulsivas/n erupcionados: W8A, 14A 26. 
● Necessidade de retração gengival: 212 (ant) 
1A (post). 
 
● Ainsworth (contém 5 furos para perfurar 
cada dente específico) 
 
 
 
● Pinça ​porta grampo (função de apreender e 
abrir o grampo, a fim de permitir seu 
posicionamento no dente e a remoção) 
 
● Fio dental 
● Barreira gengival 
● Caneta permanente 
 
PASSO A PASSO: 
1º. Preparação do dente​: remoção de tártaros, pontas 
cortantes, passagem do fio dental. 
2º. Seleção e preparo do grampo 
3º. Preparo do lençol de borracha (arco sempre em 
cima do lençol) 
4º. Marcação e perfuração do lençol 
 
Perfurador – 5 furos 
Furo maior grampo 
 molares 
 p. molares 
 Inc. sup e canino 
Furo menor Inc. inf e canino 
 
 
5º. Adaptação do grampo:​ alça para distal 
6º. Amarrias com fio dental 
7º. Preparo do dente e restauração. 
OBS:​ Para dentes anteriores não há obrigação de 
grampos, exceto para retração gengival. 
 
Isolamento relativo: 
 
Indicações​: 
● Quando o isolamento absoluto não puder 
ser realizado; 
● Procedimento de curta duração. 
Materiais​: 
● Afastador labial; 
● Algodão; 
● Gaze; 
● Sugadores 
 
 
Limpeza da cavidade: 
● pedra pomes 
● concept scrub (n tem na clínica da unit) 
 
 
 
 
 
Protocolo clínico - Classe II 
Mesmos procedimentos da classe I: 
● Seleção de cor da resina composta 
● Seleção da resina 
● Avaliação oclusal 
● Anestesia 
● Preparo Cavitário 
● Isolamento absoluto 
● Sistema adesivo 
 
IMP: Para a remoção proximal deve-se proteger o 
dente com matriz de aço, utilizar junto com a cunha 
de madeira ou elástico. 
 
 
 
Ponto de contato: 
● Transformar a classe II em classe I, 
fechando as paredes proximais 
1. Inserir conjuntamente com uma porção de 
resina composta 
2. Pressionar a esfera com o instrumental 
contra a matriz metálica/ dente vizinho e 
parede cervical 
3. Fotoativar mantendo essa posição 
 
 
● Inserção da resina 
● Técnica incremental 
● Polimerização 
● Acabamento e polimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 02 
Diagnóstico e tratamento de 
 Lesões Incipientes 
A cárie dental é um processo de destruição dos 
tecidos dentais, ocasionado por microorganismos. A 
avaliação clínica da atividade de cárie dentária é 
auxiliada com a observação da condição gengival, 
pois a gengiva reage ao acúmulo de biofilme 
bacteriano com um processo inflamatório. 
Origem​: 
● multifatorial 
● difícil controle 
● sacarose dependente 
 
OBS: É uma doença multifatorial, doces e bactérias 
de forma isolada não causam a lesão cariosa 
 
Evolução da cárie: 
1. começa através de uma película adquirida 
2. forma um biofilme dental 
3. ocorre o amadurecimento do biofilme 
4. evolui para lesão cariosa 
 
Doença cárie: 
● é infecto-contagiosa 
● possui etiologia multifatorial provocando a 
desmineralização dos tecidos (esmalte e 
dentina) 
Lesão cariosa: 
● é o resultado da desmineralização do 
esmalte e dentina por ácidos produzidos 
pelos microrganismos 
 
Fatores Primários relacionados à etiopatogenia da 
doença: 
- Hospedeiro (saliva, dente) 
- Microbiota cariogênica (streptococcus 
mutans, lactobacilos sp, actinomyces sp) 
- Dieta (carboidratos, sacarose+frequência) 
 
 
 
 
 
 
Fatores Secundários e Terciários, não causam uma 
maior ou menor prevalência da doença: 
- Tempo 
- Qualidade e quantidade de saliva 
- Exposição a fluoretos 
 
Fatores terciários (Fatores socioeconômicos e 
culturais): 
- Renda, escolaridade, gênero, idade. 
 
Idade: 
● dente recém-irrompido: é mais porosos e 
suscetível a reter placa bacteriana 
● possuem superfície oclusal bastante 
irregular que também favorece a retenção 
de placa bacteriana 
 
Nível socioeconômico 
● acesso à informação e tratamento 
 
Saúde geral: medicamentos que ocasionam a 
diminuição do fluxo salivar 
● doenças autoimunes 
● doenças reumáticas - síndrome de sjogren 
● diabetes 
● desnutrição 
● bulimia/anorexia 
● mudanças hormonais 
● pacientes em tratamento de radioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentes mais acometidos por cáries: 
Decíduos 
A prevalência é maior nos molares inferiores > 
molaressuperiores > dentes anteriores superiores. 
OBS: Segundos molares são mais suscetíveis que os 
primeiros. 
 
Permanentes 
Até os 8 anos o primeiro molar costuma ser o dente 
mais acometido. Após essa idade o segundo molar 
passa a liderar nos mais cariados. 
OBS:​ A cárie interproximal > oclusal. 
Características clínicas: 
● presença de placa bacteriana 
● condições da mucosa 
 
Índice de higiene Interpretação 
0 - 20% Baixo risco 
20 - 60% Médio risco 
60 - 100% Alto risco 
 
Interpretação Tratamento 
Baixo risco instrução de higiene e dieta 
- consulta a cada ano 
Médio risco instrução de higiene e dieta 
+ profilaxia + aplicação de 
flúor a cada 6 meses 
Alto risco instrução de higiene e dieta 
+ profilaxia + aplicação de 
flúor a cada 3 meses + 
selante​ não invasivo 
 
 
OBS: ​SELANTE somente em dentes não 
erupcionados totalmente. 
 
 
Características da saliva 
● ação bioquímica (DES-RE) 
● capacidade tampão 
● presença de anticorpos Ig A que age sobre 
bactérias 
● quantidade e qualidade da saliva é um fator 
importante 
● constituída em sua maioria por água 
● componentes inorgânicos 
● componentes orgánicos - proteínas 
● ação importante na remoção mecânica de 
resíduos 
 
Estrutura do esmalte - composição 
● mineral 95% 
● água % 
● orgânica % 
 
Processo DES-RE ​(mancha branca intiva) 
● Ph menor que 5,5 acontece perda de cálcio e 
potássio, ocorrendo o processo de 
desmineralização 
● Ph neutro ou maior que 5,5 acontece ganho 
de cálcio e potássio, ocorrendo o processo 
de ​remineralização 
 
OBS: através de uma boa higienização com flúor, 
escovação e pasta dental, pode ocorrer a 
interferência da desmineralização 
 
Diagnóstico Diferencial 
Lesão cariosa 
● coloração clara, opaca e sem brilho 
● superfície rugosa, aspecto giz 
● localizada em áreas de maior acúmulo de 
placas, terço médio, áreas cervicais 
 
Hipocalcificação 
● podem se localizar em áreas de menor 
acúmulo de placa, normalmente em terço 
incisal 
 
 
 
Esmalte 
Mancha Inativa: 
● Mancha branca brilhante e lisa ou 
pigmentada 
 
 
 
Mancha Ativa: 
● Mancha branca rugosa e opaca. 
 
 
Dentina 
Mancha Inativa: 
● Tecido duro e escurecido, com aspecto seco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mancha Ativa: 
● Coloração marrom claro, cavidade, tecido 
amolecido e aspecto úmido 
 
 
 
Mancha branca​: É a primeira manifestação clínica 
de cárie, é uma área esbranquiçada não cavitada. 
São produzidas quando não há predomínio da 
dissolução mineral do dente, na tentativa de se 
estabelecer o equilíbrio físico-químico na cavidade 
oral. Podem surgir se associadas a higiene bucal 
deficiente 
 
 
Tratamento das lesões incipientes 
Superfícies lisas: 
● remineralizar através de flúor ( quando a 
lesão está superficial) 
Cicatrículas e fissuras: 
● utilizar selantes invasivos e não invasivos 
 
 
 
 
Superfícies lisas - Remineralização: 
Aplicação de flúor 
● pacientes de ​médio e alto risco 
- Soluções aplicadas: fluoreto de sódio 
e flúor fosfato acidulado de 3 a 6 
meses dependendo do caso 
 
● presença de lesões de ​mancha branca ativa 
- Vernizes: é aplicado quando há 
necessidade de concentração maior 
devido a mancha ​ativa 
Flúor e vernizes fluoretados: 
Propriedades 
O flúor se faz presente na composição química do 
esmalte, biofilme dental e saliva, atuando em 
processos de ​desmineralização e ​remineralização 
dentária, ​impedindo o aumento de lesões cariosas às 
expensas de processos de remineralização. 
 
Aplicação 
O flúor vem sendo utilizado em Saúde Pública 
desde o século XX como método eficaz, efetivo e 
seguro de prevenção da cárie dentária. Existe uma 
variedade de formas de utilização dos fluoretos, por 
administração sistêmica e tópica, embora esteja bem 
estabelecido que sua principal ação preventiva seja 
a de uso tópico. 
A cavidade deve estar seca, aplicar 3 a 4 seções na 
lesão 
 
 
Cicatrículas e fissuras - Selantes: 
↪ Selar mecanicamente cicatrículas e fissuras 
↪ Anular o habitat de microorganismos cariogênico 
↪ Facilitar a limpeza de regiões oclusais 
Resinosos: 
● maior retenção e resistência ao desgaste 
Ionoméricos: 
● maior liberação de flúor 
● adesão química 
● mais utilizado pelo CD 
Não invasivos: 
● ausência de cavitação 
● paciente de risco médio e alto (dentes em 
erupção e oclusão) 
1. isolamento absoluto e profilaxia prévia 
2. aplicação do primer e fotopolimerização 
3. aplicação de ionômero de vidro e 
fotopolimerização 
4. aplicação do gloss impermeabilizante 
5. checar a oclusão - não pode ter contato 
oclusal 
6. 
Invasivos: - atividade de cárie 
● ponta de acabamento para limpeza das 
paredes circundantes e criar espaço para o 
selante 
1. abertura da cavidade 
2. aplicação de ácido fosfórico 
3. aplicação de selante resinoso 
4. fotopolimerização 
5. checagem da oclusão e aplicação do flúor 
 
Tratamento complementar: 
● orientação de escovação 
● utilização do fio dental 
● diminuição de frequência de açúcar - uso 
controlado 
 
 
 
 
Adequação por parte do cirurgião-dentista 
● boa profilaxia 
● checar restaurações provisórias 
● fazer boa raspagem periodontal 
● extração de restos radiculares 
● remoção de excessos das restaurações 
 
Aplicação do flúor pelo paciente 
● dentifrício fluoretado 
● bochechos semanais de 0,2% 
● bochechos diários de 0,5% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03 
Proteção do complexo dentina pulpar 
A proteção pulpar será feita de acordo com a 
necessidade de cada caso. É necessário observar o 
planejamento do paciente (anamnese, profilaxia, 
odontograma e​ raio X ​interproximal ou periapical). 
Dentina: 
● Permeável; 
● Pouco mineralizada; 
● Pouco resistente ao desgaste; 
● Boa condutora de eletricidade. 
 
 
Dentina peritubular: 
● mais mineralizada, promovendo suporte 
adicional a dentina 
Dentina intertubular: 
● menos mineralizada, constitui maior porção 
da dentina, mais porosa 
 
 
Distribuição dos túbulos: 
● a medida que vai chegando próximo a 
polpa, aumenta a quantidade de túbulos 
dentinários, promovendo mais sensibilidade 
 
 
 
Tipos de dentina: ​São diferenciadas de acordo com 
estímulo e período de formação 
 
Fisiológica: 
Dentina primária:​ desde dentro a barriga da mãe 
(odontogênese) até a primeira erupção dentária 
Dentina secundária: formada após o completo 
desenvolvimento do dente - até o fim da vida. 
Mecanismo de defesa do organismo: 
Dentina terciária: ​formação de nova dentina 
formada no teto da câmara pulpar 
● reacional ​: não tem morte celular 
● reparadora​: odontoblastos primários 
reagem, sofrendo morte celular 
 
Dentina esclerótica: aumento de deposição mineral 
em dentina pré-existente - havendo calcificação dos 
túbulos dentinários 
● agressão ou envelhecimento da estrutura 
dentária 
● menor permeabilidade de íons e bactérias 
Polpa: 
● Função de produzir dentina; 
● Nutrição 
● Sensitiva (principalmente dolorosa); 
● Defensiva. 
OBS​: o volume da polpa diminui com o aumento da 
idade do paciente 
 
 
Dor dentária: 
● aguda, lancinante, localizada 
● toque, frio, ácido, açúcar e desidratação 
● desaparece com a remoção do estímulo 
 
Profundidade da Cavidade: 
Superficial ou rasa 
● não há necessidade de colocar material de 
proteção 
 
Média 
● aplicação do sistema adesivo 
 
Profunda: 
● aplicação de ​CIV ​forramento + sistema 
adesivo + resina 
 
 
Muito profunda: 
● Aplicação de ​cimento Hidróxido de Cálcio + 
CIV ​forramento + ​sistema adesivo ​+ resina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemaadesivo: 
● condicionamento ácido 
● Manipulação 
A manipulação do sistema adesivo, de 
maneira geral, deve ser precedida de um 
condicionamento ácido, tal 
condicionamento ocorre durante 30 
segundos em contato com o esmalte 
dentário e 15 segundos em contato com a 
dentina. 
● Lavagem abundante com água por pelo 
menos 30 segundos 
● Remoção do excesso de água com bolinhas 
de algodão ou ​papel absorvente. 
 
 
OBS: Não pode secar dentina com jato de ar, pois 
ocorre adesão 
 
 
 
Sistemas de adesivos: 
● convencionais 
● auto convencionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais de proteção: 
● produção de dentina reparadora 
● liberação de flúor 
● bactericida e bacteriostático 
● proteção contra choques térmicos e 
elétricos 
● biocompatível 
● bom vedamento marginal 
 
Materiais forradores de proteção: 
● cimento de hidróxido de cálcio 
● CIV 
Critérios para seleção dos materiais protetores e da 
conduta clínica 
● profundidade da cavidade 
● presença de dentina esclerosada 
● condição pulpar 
● material restaurado 
Proteção pulpar: 
● capeamento pulpar indireto 
● tratamento expectante 
● capeamento pulpar direto 
Capeamento pulpar indireto (sem exposição 
pulpar) 
● cavidade rasa e média não precisa de 
material protetor 
● cavidade profunda e muito profunda, é 
necessário o uso de um material 
estimulador de dentina reparadora 
Ex: PA, cimento de hidróxido de cálcio 
 
Tratamento expectante 
● opção terapêutica conservadora em casos de 
lesões cariosas muito extensas de 
sintomatologia dolorosa 
● remove maior quant. possível de dentina 
amolecida 
● protege com hidróxido de cálcio, aplica CIV 
e deixa de 45 à 90 dias 
 
 
 
Objetivos do tratamento expectante: 
● bloquear a penetração de agentes irritantes 
● interromper o circuito metabólico 
bacteriano 
● inativar as bactérias pela ação bacteriana e 
bacteriostática do material de proteção 
(hidroxido de calcio) 
● remineralizar parte da dentina amolecida 
● impermeabilizar a dentina sadia subjacente 
● estimular a formação da dentina terciária 
 
 
 
 
Capeamento pulpar direto​ ​( com exposição pulpar) 
● aplicação do agente protetor diretamente 
sobre o tecido pulpar exposto 
acidentalmente, com a finalidade de manter 
sua vitalidade 
● correto diagnóstico da condição 
● presença de contaminação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Correto diagnóstico da condição: 
● pulpite reversível: 
- dor provocada e momentânea 
- teste de repercussão vertical é 
negativo 
- ausência de alterações periapicais 
- sangramento vermelho vivo 
 
 
 
Presença de contaminação: 
● momento de exposição/ presença de dentina 
infectada 
- exposição ​antes do tratamento o 
prognóstico é desfavorável, com 
indicação de tratamento 
endodôntico 
- exposição ​durante o tratamento, 
fazer um bom​ prognóstico 
 
 
 
 
Componentes para proteção pulpar - resina: 
1: sistema adesivo 
2: hidróxido de cálcio 
3: ionômero de vidro - CIV 
4: resina composta. 
Componentes para proteção pulpar - amálgama: 
1: verniz 
2: óxido de zinco e eugenol 
3: amálgama 
 
Inserção da resina: 
● fator de configuração cavitária( uma parede 
não pode tocar em outra) 
● Características: 
- volume de 2mm 
- forma oblíqua 
- evitado unir cúspides opostas 
 
Técnica incremental: 
A manipulação da resina composta se dá seguindo 
um método chamado incremental, no qual se 
adicionam incrementos de resina dando a 
conformação correta, seguindo a anatomia dental, 
os incrementos devem ser dispostos no tamanho de 
aproximadamente 2mm, a fim de serem 
polimerizados a medida que são adicionados. 
 
 
 
videoaula: 
https://www.youtube.com/watch?v=5vYE3krR_mc 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=5vYE3krR_mc
 
 
Polimerização: 
Os sistemas de ativação atualmente utilizados são: 
● termoativação: calor 
● autoativação: componentes químicos 
● fotoativação :​ luz azul visível 
- Esse sistema de ativação é o mais 
utilizado na prática odontológica 
em razão de sua praticidade e da 
relação custo/ benefício 
 
Aplicação da polimerização: 
● forma lenta 
● ativação contínua 
● intensidade de luz crescente 
● iniciando mais distante do preparo por ​10 
seg. 
● aproximando-se e finalizando próximo ao 
preparo por ​40 seg. 
 
 
 
Ajuste oclusal: 
● Marcação intermaxilar com papel carbono 
 
 
Acabamento: tempo 44 mint videoaula 
● discos: dentes anteriores 
● 
 
Polimento: 
● discos: dentes anteriores 
● pasta de polimento 
● escova carbeto de silício 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 04 
Lesões cervicais não cariosas e 
hipersensibilidade dentinária 
 
As lesões cervicais não cariosas (LCNC) são de 
etiologia multifatorial. Os principais fatores são 
abfração, fricção e biocorrosão. (SOARES et, al, 
2014.) A combinação desses fatores tem potencial 
para desenvolver uma lesão e não eles de maneira 
isolada (AMARAL et al 2012, OLIVEIRA et al 
2010). 
 
 
 
Abfração Fricção Biocorrosão 
Endógenos​: 
apertamento, 
bruxismo, 
contato 
prematuro 
Exógenos 
(abfrasão): 
escovação 
excessiva,uso de 
pastas abrasivas 
ou clareamentos 
caseiros 
Endógenos 
(ácidos): refluxo 
gástrico, fluido 
gengival 
crevicular, placa 
de bactérias 
acidogênicas 
Exógenos​: 
mastigação de 
alimentos duros, 
hábitos de 
morder objetos, 
aparelho 
ortodontico 
 Exógenos​: dieta 
ácida, exposições 
ocupacionais a 
gases industriais 
ácidos 
 
 
 
 
 
 
Hipersensibilidade dentinária: 
● Dentes mais acometidos: ​pré-molares ​e 
molares 
● desvantagem anatômica de ter furca 
● sulcos marcados em raiz da coroa 
● volume menor da coroa 
● tábua óssea vestibular fina 
 
Passoa a passo: 
➢ 4 sessões 
➢ pausa de 48 horas entre elas 
➢ profilaxia 
➢ isolamento relativo 
➢ fio retrator 
➢ afastado bucal 
 
Tratamento ​com uso de​ agentes obliteradores​: 
● agentes​ ​de ação neural 
- utilizado nas duas primeiras sessões faz a 
aplicação de um dessensibilizante de ação 
neural (KF, FMG) 
- aplicação com microbrush sobre a superfície 
da cavidade, permitindo a ação do produto 
por 20 min. 
 
 
 
 
 
 
 
● agentes de ação mista 
- utilizado nas duas últimas sessões com 
aplicação de um dessensibilizante de ação 
obliteradora (pain-lesse, BM4) 
- aplicação com microbrush sobre a superfície 
da cavidade, permitindo a ação do produto 
por 20 min 
 
 
 
Relato de caso 
 
Paciente, F. M. P. A, gênero madculino, 34 anos, 
compareceu a clínica odontológica da UNIT 
queixando-se de sensibilidade dentária. Após 
realizada a anamnese e exame clínico detalhado, foi 
detectada lesão cervical não cariosa no elemento 15. 
O planejamento foi discutido e sugerido a 
restauração com resina composta. Após isolamento 
modificado, foi realizado ataque ácido com ácido 
fosfórico a 37%, aplicação do sistema adesivo e 
técnica incremental para aplicação da resina 
composta. 
 
 
OBS:​ Toda lesão cervical não cariosa já foi 
sensibilidade dentinária 
 
 
 
videoaula​: 
https://www.youtube.com/watch?v=u4ZmJvlTs4I 
 
A restauração com resina composta é uma 
alternativa eficaz para o tratamento das lesões 
cervicais não cariosas, quando há perda de 
estrutura dentária que é evidenciada quando a 
lesão possui formato de cunha. 
Dentre as técnicas dessensibilizadores é 
importante destacar que não há um protocolo 
para aplicação de dessensibilizantes tópicos que 
promova o desaparecimento permanente da dor. 
A conscientização dos pacientes e o 
acompanhamento regular é fundamental para o 
sucesso do tratamento. 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=u4ZmJvlTs4I
 
 
Lesões cervicais cariosas 
 
cárie crônica: bem definida, coloração marrom 
escuraou preta, superfície lisa e brilhante 
 
 
 
cárie aguda: coloração amarelada ou marrom 
claro, amolecida, frequentemente recoberta por 
placa 
 
 
Lesões cervicais não cariosas 
● Fricção 
● Abfrasão 
● Biocorrosão 
 
 
Fatores etiológicos 
Abfração 
● perda patológica de substâncias dentárias 
devido a forças de cargas biomecânicas que 
resultam em ruptura e falha de esmalte e 
dentina em região longe da carga 
● aspecto em forma de cunha com bordas 
afiadas 
● é causada por parafunção, bruxismo, 
apertamento, contato prematuro, 
mastigação de alimentos duros, aparelhos 
ortodônticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biocorrosão 
● perda do brilho normal dos dentes, sendo a 
superfície da lesão muito lisa e altamente 
polida, sem ângulos nítidos, podendo 
apresentar alterações de cor 
● aspecto planificado, arranhado, côncava (em 
forma de U), rasa 
● é causada principalmente pelo frequente e 
prolongado contato das superfícies dentais 
com ácidos, que podem ser de origem 
intrínseca ou extrínseca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficção 
● mecanismo exógeno decorrente de hábitos 
incorretos de escovação dental ou grande 
contato com substâncias abrasivas 
Protocolo restaurador 
● aplicar ácido no esmalte 
● aplicar ácido na dentina 
● lavagem abundante 
● secagem com papel absorvente 
● aplicação de adesivo convencional 
● fotopolimerização 
● inserir resina com técnica incremental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 
Sistemas Adesivos 
videoaula: 
https://www.youtube.com/watch?v=_mQGhxUIB2A&list=PLO1
ZGh9BERWKQv2rBk1MAzVvp_RGyXPXV&index=1 
A adesão dos materiais restauradores utilizados na 
odontologia sempre foi um problema para o 
completo sucesso das restaurações. Uma 
adesividade deficiente pode causar diversos 
problemas, como infiltração, descoloração e fraturas 
marginais, reincidências de cárie, sensibilidade 
pós-operatória e possíveis reações pulpares. O 
aparecimento e desenvolvimento dos sistemas 
adesivos alteraram os conceitos de preparo cavitário 
e possibilitaram a realização de restaurações 
estéticas mais conservadoras, além disso 
favoreceram a retenção necessária a restauração 
reduzindo as chances de desenvolvimento dos 
problemas acima citados. 
 
É uma solução de monômeros resinosos (uni um 
material restaurador a tecidos duros). O CD deve 
trabalhar com procedimentos restauradores menos 
invasivos e condutas mais conservadoras. 
 
Classificação: 
● convencionais: 
- apresentam condicionamento ácido 
como um passo operatório isolado 
● auto convencionais: 
- não apresentam o condicionamento 
ácido como passo operatório isolado 
Convencionais: 
● sistema de 3 passos 
- ácido 
- primer 
- adesivo 
● sistema de 2 passos 
- ácido 
- primer + adesivo 
 
 
 
Auto convencionais: 
● sistema de 2 passos 
- primer ácido 
- adesivo 
● sistema de 1 passo 
- primer ácido + adesivo 
 
Usados para cimentar: 
● coroas 
● lente de contato 
● brackets ortodônticos 
● colagem de fragmentos 
● cimentar pinos 
● fazer restauração direta de resina composta 
 
Consequência 
● Infiltração bacteriana e recidiva da lesão 
cárie 
● inflamação pulpar 
● fratura ou deslocamento de restauração 
● sensibilidade 
● estética 
 
OBS: O mau uso dos sistemas adesivos, promove 
uma sensibilidade técnica, causando uma redução 
da vida útil dos procedimentos adesivos 
 
O esmalte é o tecido mais mineralizado, contendo 
96% em peso de material inorgânico 
(hidroxiapatita), 3% em peso de água e 1% de peso 
em material orgânico. 
 
70% em peso de material inorgânico, 18% em peso 
de material orgânico e 12 em peso de água 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_mQGhxUIB2A&list=PLO1ZGh9BERWKQv2rBk1MAzVvp_RGyXPXV&index=1
https://www.youtube.com/watch?v=_mQGhxUIB2A&list=PLO1ZGh9BERWKQv2rBk1MAzVvp_RGyXPXV&index=1
 
 
Conceitos iniciais para entender o 
sistema adesivo 
 
O que seria adesão? 
Adesão é a atração exercida entre as moléculas da 
superfície de materiais distintos quando colocados 
em íntimo contato. Adesão é o processo de 
formação de uma interface 
 
● Unidão física: força de wan de waals e 
pontes de hidrogênio 
● União química: ​forças covalentes ou iônicas 
● União mecânica: penetração de um material 
em outro diferente 
 
O que seria coesão? 
Atração entre moléculas de um mesmo material. 
Uma falha de coesão seria uma falha dentro do 
corpo do cimento, dentro do corpo do elemento 
dentário, ou dentro do corpo da resina. Uma falha 
de adesão seria uma falha de interface. 
 
O que seria então o adesivo? 
Substância capaz de manter materiais unidos pela 
superfície. Promove união entre duas superfícies. 
 
O que seria o aderente? 
Superfície onde o adesivo é aplicado. No nosso caso 
o aderente é portanto o substrato dentário (esmalte 
e dentina). 
 
O que seria umedecimento/molhamento? 
O molhamento depende do ângulo de contato entre 
sólido e líquido, isto é, entre substrato e adesivo. 
Quanto menor o ângulo, melhor a capacidade de 
molhamento e consequentemente maior o potencial 
para uma boa adesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devido a essa composição, quando trabalhamos em 
dentina, a degradação da junção adesiva é inevitável 
a adesão em esmalte é mais fácil do que em dentina 
 
1. condicionamento ácido 
2. criação de microrrementenções 
3. Aumentando a energia de superfície 
 
Condicionamento com ácido fosfórico 37% por 30 
seg 
● aumento da energia superficial 
● microporosidades no interior do esmalte 
 
Esmalte 
1. condicionamento ácido por 15-30 seg 
2. lavagem por 30 seg 
3. secagem vigorosa 
4. esmalte com microporosidades 
5. aplicação do sistema adesivo 
6. adesão micromecânica 
 
Dentina 
 
1. condicionamento ácido 
2. exposição das fibrilas de colágeno e 
aumento da embocadura dos túbulos 
dentinários 
3. redução da energia de superfície 
4. primer 
5. monômeros bifuncionais + solvente 
6. aumenta a energia de superfície da dentina 
 
● estrutura histológica complexa, com menor 
quantidade mineral 
● presença de fluido dentinário 
● substrato dentinário é permeável, com 
variações regionais de morfologia que podem 
interferir na adesão 
● presença de smear layer após a instrumentação 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ​smear layer ​é formada por remanescentes do 
substrato seccionado, sangue saliva, bactérias, 
fragmentos do abrasivo, óleo, que se ligam a dentina 
intertubular e penetram nos túbulos dentinários 
(smear plugs) 
 
vantagens: 
● previne a penetração de bactérias nos 
túbulos 
● é um forrador cavitário, reduz a 
permeabilidade melhor que qualquer 
selamento cavitário 
 
desvantagens: 
● dificulta a adesão (tags) 
● pode servir de depósito de bactérias 
(controverso) 
 
Camada híbrida 
É resultante da infiltração de monômeros resinosos 
nas fibras colágenas exposta, devido a remoção total 
da Smear Layer e os micrósporos criados pelo ácido. 
 
Condicionamento com ácido fosfórico 37% 
● dissolve primeiramente os cristais de 
hidroxiapatita presentes na superfície 
dentina intertubular e ao longo da dentina 
peritubular mais externa 
● dissolve a smear layer e penetra em seu 
interior 
 
Secagem com papel absorvente 
● manutenção da umidade na dentina 
● evitar o colapso das fibras colágenas 
● avaliar a composição do sistema adesivo 
 
Alterações na matriz de dentina durante os 
procedimentos adesivos: 
 
 
 
Aspecto clínico do esmalte após o 
condicionamento ácido: 
 
 
 
 
 
1. condicionamento ácido por 10 seg 
2. lavagem por 20 seg 
3. secagem com papel absorvente 
4. exposição das fibras colágenas 
5. aplicação do sistema adesivo6. formação da camada híbrida 
 
Fatores que dificultam o condicionamento ácido 
dentina esclerosada 
● processo de envelhecimento 
● resposta a estímulos de cárie, abrasão ou 
erosão química 
Recomendação: 
● forramento com CIV 
 
 
 
Composição dos sistemas adesivos: 
● monômeros hidrofóbicos 
- normalmente de maior peso 
molecular e mais viçoso 
- produto com maior resistência 
mecânica e estabilidade 
● monômeros hidrofílicos 
- compatibilidade com substrato 
dentinário 
- material com maior sorção de água 
● ácido: 
- aumento da energia superficial do 
esmalte 
- criação de microporosidades no 
esmalte 
- remoção da smear layer da dentina 
- exposição das fibras de colágeno 
- abertura dos túbulos dentinários 
● primer: 
- monômeros resinosos diluídos em 
solventes orgânicos 
- pode ou não conter água 
- permite a formação da camada 
híbrida com fibrilas de colágeno 
● adesivo: 
- monômeros resinosos hidrofóbicos 
- penetra nas microporosidades do 
esmalte, espaços interfibrilares e 
túbulos dentinários 
- resistência estrutural a camada 
híbrida 
 
 Solvente 
● acetona 
- seca muito rápido 
- evapora rapidamente após ter sido 
aplicado 
- pode evaporar do recipiente 
- sensível a umidade da dentina 
- podem ser necessárias múltiplas 
camadas 
- odor desagradavel 
 
● água/etanol: 
- evapora mais devagar 
- menos sensível a umidade da 
dentina 
- tempo extra de secagem 
 
 
indicadores e aceleradores 
- canforoquinona 
- amina orgânica 
- catalisador 
 
partículas de carga 
- carga inorgânica que varia de 0,5 a 40% em 
peso 
 
Condicionamento Ácido Total 
 
➢ DE 3 PASSOS 
1. Aplicar o ácido fosfórico a 37% no esmalte, 
e após 15 segundos, aplicar na dentina, sem 
remover o ácido do esmalte, e deixar por 
mais 15 segundos. 
2. Lavar a cavidade por 30 segundos 
completos para remover o ácido; 
3. Secar a dentina com papel absorvente, para 
evitar o colabamento das fibras e o esmalte 
com um jato de ar de 5 segundos (manter o 
papel absorvente dentro da cavidade 
enquanto realiza a secagem do esmalte) 
4. Aplicar o primer e aguardar 20 segundos, 
após isso, aplicar um leve jato de ar sobre a 
superfície para a evaporação do solvente. 
Repetir esse processo 2x. 
5. Aplicar o Bond com um pincel de 
microbrush aplicar o bond em toda a 
cavidade por movimentos de agitação, 
aguardar alguns segundos e aplicar um jato 
de ar sobre a superfície; 
6. Fotopolimerizar por 20 segundos. 
 
 
 
 
 
 
➢ DE 2 PASSOS 
1. Aplicar o ácido fosfórico a 37% no esmalte, 
e após 15 segundos, aplicar na dentina, sem 
remover o ácido do esmalte, e deixar por 15 
segundos. 
2. Lavar a cavidade por 30 segundos 
completos para remover o ácido; 
3. Secar a dentina com papel absorvente, para 
evitar o colabamento das fibras, e o esmalte 
com um jato de ar de 5 segundos (manter o 
papel absorvente dentro da cavidade 
enquanto realiza a secagem do esmalte) 
4. Aplicar o primer + adesivo com um 
microbrush por agitação, aguardar 20 
segundos para a infiltração e após aplicar 
um leve jato de ar para a evaporação do 
solvente (repetir o processo) 
5. Fotopolimerizar por 20 segundos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condicionamento Ácido Seletivo 
➢ DE 1 PASSO 
1. Aplicação de Ácido fosfórico a 37% por 30 
segundos no esmalte 
2. Lavar a cavidade com a seringa tríplice por 
30 segundos completos 
3. Secar a cavidade com o papel absorvente se 
atentando a deixar o esmalte totalmente 
seco e a dentina úmida 
4. Aplicar 5 segundos de jato de ar 
5. Aplicar o primer + adesivo com um 
microbrush por agitação, aguardar 20 
segundos para a infiltração e após aplicar 
um leve jato de ar para a evaporação do 
solvente (repetir o processo) 
6. Fotopolimerizar por 20 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ DE 2 PASSOS 1. 
1. Aplicação de Ácido fosfórico a 37% por 30 
segundos no esmalte 
2. Lavar a cavidade com a seringa tríplice por 
30 segundos completos 
3. Secar a cavidade com o papel absorvente se 
atentando a deixar o esmalte totalmente 
seco e a dentina úmida 
4. Aplicar 5 segundos de jato de ar 
5. Aplicar o passo 1 do sistema adesivo 
autocondicionante em toda a dentina e 
deixar por 20 segundos e após aplicar um 
leve jato de ar (realizar esse processo duas 
vezes) 
6. Aplicar o Bond na cavidade por esfregaço 
com um microbrush e após aplicar um jato 
de ar (realizar esse processo duas vezes) 
7. Retirar o excesso de Bond com jato de ar 
8. Fotopolimerizar por 20 segundos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adesivo Universal 
1. Condicionamento ácido seletivo: ácido 
fosfórico a 37% aplicado somente no 
esmalte por 30 segundos completos. 
2. Lavar a cavidade por 30 segundos 
completos para remover o ácido e realizar a 
secagem da dentina com papel absorvente, e 
a secagem do esmalte deverá ser feita com 
um jato de ar de 5 segundos (manter o 
papel absorvente dentro da cavidade 
enquanto realiza a secagem do esmalte) 
3. Com um pincel de microbrush aplicar o 
Bond em toda a cavidade por movimentos 
de agitação, aguardar alguns segundos e 
aplicar um jato de ar sobre a superfície por 
5 segundos para evaporação do solvente. 
4. Fotopolimerizar por 20 segundos

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