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Envoltórios do Sistema Nervoso Central

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O sistema nervoso está contido em uma série de estruturas que serve 
pra protegê-lo: 
Envoltórios do encéfalo: 
 
Couro cabeludo 
(epiderme,derme e hipoderme) 
 
Periósteo 
 
Osso 
 
Dura-máter 
 
Aracnoide 
 
Pia-máter 
 
Cérebro 
 
A camada lamelar da hipoderme e corresponde ao plano de 
movimentação do couro cabeludo, conhecido como um espaço perigoso 
do crânio, pois suas veias se comunicam com os seios da dura-máter na 
cavidade craniana, através das veias emissárias ou diplóicas. 
 
Periósteo 
 
Camada bem fina, semelhante aos ossos do crânio. 
 Consolidação das fraturas do crânio. 
 
Osso 
 
No osso, há três camadas, as corticais externa e interna, formadas por 
osso compacto, e entre elas a díploe, de osso esponjoso. Oferece 
proteção para trauma, uma vez que é bem duro. É importante lembrar 
que nas crianças/lactentes é mole e aberto (capacidade de expansão). 
 
Membranas que recobrem o SN 
 
1. Dura-máter: é muito vascularizada e também ricamente inervada 
(diferente das outras meninges). É formada por dois folhetos 
(interno e externo), mas em algumas regiões o interno se 
desprende do externo, formando pregas, cavidades e seios da dura 
máter. 
2. Aracnoide: é bem delicada e justaposta a dura-máter; entre elas 
existe um espaço virtual contendo líquido apenas para a 
lubrificação entre a superfície de contato das membranas. 
3. Pia-máter: adere intimamente à superfície do cérebro. Entre 
ela e a aracnoide está o espaço onde fica o Líquido 
cefalorraquidiano. 
 
Mais a frente, trataremos de cada membrana com maior 
aprofundamento. 
 
Composição do crânio 
 
Encontramos um conjunto de ossos fundidos entre si 
 Na infância, o ponto onde esses ossos se encontram ainda não 
está fundido (essa fusão ocorre por volta dos 5 anos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divisão dos ossos do crânio: 
Neurocrânio: 
Osso frontal (1) 
Ossos parietais (2) 
Osso occipital (1) 
Ossos temporais (2) 
Osso esfenoide (1) 
Osso etmoide (1) 
 
 
O crânio compõe-se de vários ossos separados que são unidos em 
articulações imóveis chamadas de suturas. 
Principais: 
a. Sutura coronal: Entre os ossos parietais e o osso frontal 
b. Sutura Sagital: plano sagital. Entre os ossos parietais. 
c. Sutura metópica: entre os dois ossos frontais, nas crianças 
d. Sutura lambdoidea: entre os ossos parietais e o osso occipital. 
e. Sutura escamosa: entre o osso temporal e o osso parietal. 
 
Alguns Pontos Antropométricos do Neurocrânio: 
 
Bregma – ponto de união das suturas sagital e coronal. Nas crianças, 
temos a conhecida moleira ou fontanela bregmática. 
Lambda – ponto de união das suturas sagital e lambdoide. Onde fica a 
fontanela lambdoide. 
Vértex – parte mais alta do crânio. 
Ptério – ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenoide e temporal. 
Clinicamente, o ptério é uma área importante porque superpõe-se à 
divisão anterior da artéria eveia meníngeas médias. 
Astério - Onde se encontram o occipital, o parietal e a porção mastoidea 
do temporal. (indica a localização do Seio Transverso) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Envoltórios do SNC 
Couro cabeludo 
 
Pele mais espessa e extremamente 
vascularizada (possibilidade de causar uma 
hemorragia importante, podendo levar uma 
criança a um choque hipovolêmico), repleta 
de folículos pilosos. Temos a hipoderme 
espessa (camada de gordura) e a gálea 
aponeurótica (tecido entre o couro cabeludo 
e o periósteo, mais resistente e ideal para 
tração das suturas). 
1. Neurocrânio: sistema nervoso. É dividido em: Abóboda craniana 
(convexidade craniana) e Base (onde o cérebro está assentado) 
2. Esplancnocrânio: parte do digestivo, respiratório, etc 
Esplancnocrânio: 
Ossos zigomáticos (2) 
Maxilas (2) 
Ossos nasais (2) 
Ossos lacrimais (2) 
Vômer (1) 
Ossos palatinos (2) 
Conchas inferiores (2) 
Mandíbula (1) 
Abóboda 
craniana 
Base 
@waleska112 MED UFOB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A face interna da abóbada exibe as suturas coronal, sagital e lambdóidea. 
Na linha média há um sulco sagital raso que aloja o seio sagital superior. 
Vários sulcos rasos estão presentes para as divisões anteriores e 
posteriores dos vasos meníngeos médios enquanto percorrem o lado do 
crânio a caminho da calota. 
Osso frontal 
 
O osso frontal, ou osso da fronte, curva-se para baixo para formar as 
margens superiores das órbitas. Os arcos superciliares estão em cada 
lado, bem como a incisura, ou forame, supraorbital. Medialmente, o osso 
frontal articula-se com os processos frontais das maxilas e com os 
ossos nasais. Lateralmente, o osso frontal articula-se com o osso 
zigomático. As margens orbitais são delimitadas pelo osso frontal 
superiormente, o osso zigomático lateralmente, a maxila inferiormente e 
os processos da maxila e osso frontal medialmente. Dentro do osso 
frontal, logo acima das margens orbitais, existem dois espaços ocos 
revestidos com membrana mucosa chamados de seios frontais. Eles se 
comunicam com o nariz e servem como ressoadores da voz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Vista inferior 
A escama forma a abóbada e, sua junção com o osso etmoide faz parte 
da base. 
 
Osso occipital 
Divisão: 
1. Escama do occipital: mais arredondada, parte da convexidade do crânio 
2. Base do occipital: contém o forame magno (única abertura do crânio) 
e os côndilos do occipital que articulam com a coluna vertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na linha média do osso occipital, há uma elevação áspera denominada 
protuberância occipital externa, que oferece fixação a músculos e ao 
ligamento nucal. Olhando internamente, a protuberância corresponde a 
uma ponte onde toda a drenagem do cérebro conflui: Confluência dos 
Seios. 
- Centro: confluência dos seios (protuberância occipital externa). 
- Superior: Seio Sagital Superior 
- Inferior: Seio Occipital 
- Lateral: Seios transversos 
 
 
 
@waleska112 MED UFOB 
Osso parietal 
 
Não possui marcas muito importantes na parte externa e, na parte 
interna, destacam-se as marcas das artérias que vascularizam a dura-
máter (artéria meníngea média). Faz parte da abóbada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osso temporal 
 
O osso temporal é composto por várias partes: a parte escamosa, o 
processo (apófise) zigomático, a parte petromastóidea, a parte 
timpânica, o processo (apófise) estilóide. 
A escama é formada osso fino, que serve para a ultrassonografia 
craniana. É parte da calota. 
A porção petrosa é complexa e constituída por um osso muito duro. É 
parte da base. 
Há um número de aberturas e canais no osso temporal através dos quais 
as estruturas entram e saem da cavidade craniana: 
- Parte escamosa: abriga a artéria meníngea média, 
- Parte petrosa: canal auditivo, canal carotídeo (artéria carótida interna) e 
o forame jugular (veia jugular interna, nervos cranianos IX, X e XI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osso etmoidal 
 
É divido em uma placa perpendicular, dois labirintos etmoidais e a placa 
cibriforme. A placa cribriforme (do latim “cribriforme” = perfurada) 
encontra-se na incisura etmoidal do osso frontal e forma o teto da 
cavidade nasal. Ela compreende numerosas aberturas através da fossa 
craniana anterior. 
 Nervo olfatório: Qualquer impacto frontal causa a quebra 
desse osso, que pode levar a perda do olfato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A foice do cérebro encontra-se ligada à crista galli (do latim “crista 
galli” = crista de galo),uma pequena protrusão vertical no topo da placa. 
 
Osso zigomático 
 
Delimita lateralmente as margens orbitais. 
 
Osso esfenoide 
 
É formado pelo corpo (porção mediana), duas asas maiores (parte 
lateral), duas asas menores (porção anterior) e os processos 
pterigóides (dirigidos para baixo). Está articulado com muitos ossos da 
base e forma importantes estruturas: 
- Corpo: anteriormente contribui para a cavidade nasal; lateralmente - 
canal óptico; superiormente - sela túrcica, a fossa hipofisária, dorso da 
sela. 
- Asas menores: superolateralmente - canal óptico; inferiormente - 
margem lateral da órbita; superiormente - cavidade craniana; junto com 
o corpo e as asas maiores constrói a fissura orbital superior (veia 
oftálmica superior; nervos oftálmico, abducente, oculomotor e troclear) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Vista anterior 
@waleska112 MED UFOB 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-12-nervos-cranianos
- Asas maiores: anterior - aspecto posterior da parede lateral da órbita; 
contêm forame oval (nervo madibular, artéria meníngea acessória) e 
forame espinhoso (vasos meníngeos mediais, ramo meníngeo do nervo 
mandibular) 
- Processos pterigóides: contém canal pterigoide (nervos petrosos 
principais e profundos) e canal faríngeo (nervo faríngeo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, anteriormente visualizamos a abóbada, agora a base completa: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações 
-Crânio em formato de trevo: trigonocefalia 
- Ocorre fechamento precoce das suturas. 
- Cranioestenose 
- Fraturas 
-Fraturas com afundamento 
 
Meninges 
O SNC é envolvido por membrnas conjuntivas denominadas meninges: 
Dura-máter 
Aracnoide 
Pia-máter 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dura-máter 
 
Mais superficial, espessa e resistente. 
Possui dois folhetos, diferente da dura espinhal, interno e externo, no 
qual apenas o interno continua na medula. O externo adere intimamente 
ao osso do crânio, comportando como um periósteo, mas não possui 
capacidade osteogênica. Tem grande aderência ao crânio, por isso não 
existe no encéfalo um espaço epidural*, como na medula. Muito 
vascularizada, em especial o folheto externo. A principal artéria é a 
meningea média, ramo da maxilar interna. 
Diferente das outras meinges, é ricamente inervada. Toda ou quase toda 
sensibilidade intracraniana se localiza nela e nos vasos. 
Responsável pela maioria das dores de cabeça. 
Encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas. 
 
Pregas da dura-máter 
São regiões onde o folheto interno se destaca do externo e têm a função 
de dividir a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam 
amplamente: 
1. Foice do cérebro: é um septo mediano em forma de foice que ocupa a 
fissura longitudinal do cérebro separando os dois hemisférios cerebrais 
(direito e esquerdo). 
2. Tenda do cerebelo: (ou tentório) divide a cavidade craniana em um 
compartimento superior (supratentorial: telencéfalo, diencéfalo etc) e 
inferior (infratentorial: cerebelo e tronco). 
A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da 
tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. Ela pode, em certas circunstâncias, 
lesar o mesencéfalo e os nervos troclear e oculomotor, que nele se 
originam. 
3. Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano situado abaixo da 
tenda do cerebelo, entre os dois hemisférios cerebelares. 
4. Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha 
superiormente a sela turca, deixando apenas um pequeno orifício para a 
Paquimeninge 
Leptomeninge 
@waleska112 MED UFOB 
passagem da haste hipofisária. Isola e protege a hipófise, mas dificulta 
cirurgias nela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cavidades da dura-máter 
São áreas de desprendimento dos folhetos. Ex.: cavo trigeminal (de 
Meckel) que contém o gânglio trigeminal. Aquelas que possuem um 
revestimento de endotélio e contêm sangue são denominadas seios. 
 
Seios da dura-máter 
Canais venosos revestidos por endotélio e situados entre os dois 
folhetos da dura-máter encefálica. Drenam o sangue venoso das veias do 
encéfalo e do bulbo ocular para as veias jugulares internas. Alguns seios 
apresentam expansões laterais irregulares (lacunas sanguíneas). Além 
disso, Os seios comunicam-se com veias da superfície externa do crânio 
através das veias emissárias. 
 
Os seios da abóbada são: 
1) Seio Sagital Superior: ímpar e mediano, percorre a margem de 
inserção da foice do cérebro à confluência dos seios. 
2) Seio Sagital inferior: situado na margem inferior da foice do 
cérebro e termina no seio reto. 
3) Seio Reto: localiza-se na união da foice do cérebro com a tenda do 
cerebelo, recebe o seio sagital inferior e a veia cerebral magna 
anteriormente e desemboca na confluência dos seios. 
4) Seio transverso: par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção 
da tenda do cerebelo no osso occipital, vai da confluência dos seios até a 
parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser denominado seio 
sigmoide. 
5) Seio Sigmóide: continuação do seio transverso e vai até o forame 
jugular, onde se continua com a veia jugular interna. Drena quase todo o 
sangue venoso da cavidade craniana. 
6) Seio Occipital: disposto ao longo da inserção da foice do cerebelo. 
 
Lembrando que: A confluência dos seios: formada pela sagital superior, 
reto e occipital e pelo início dos transversos esquerdo e direito. 
 
Os seios da base: 
1)Seio Cavernoso: situa-se de cada lado do corpo esfenóide e da sela 
túrcica. Recebe sangue das oftálmica superior e central da retina, além 
de algumas veias do cérebro; é atravessado pela a. carótida interna, 
oculomotor (III), troclear (IV), trigêmio (V) – ramo oftálmico e abducente 
(VI). Drena através do seio petroso superior e inferior, além de 
comunicar-se com o seio cavernoso do lado oposto através do seio 
intercavernoso. 
2) Seios intercavernosos: unem os dois seios cavernosos envolvendo a 
hipófise. 
3)Seio Esfenoparietal: percorre a asa menor do osso esfenóide e 
desemboca no seio cavernoso. 
4)Seio Petroso Superior: dispõe-se de cada lado da inserção da tenda 
do cerebelo, na parte petrosa do osso temporal. Drena o sangue do seio 
cavernoso para o seio sigmóide, terminando próxima a continuação 
deste com a veia jugular interna. 
5)Seio Petroso Inferior: percorre o sulco petroso inferior, entre o seio 
cavernoso e o forame jugular. Drena para a veia jugular interna. 
6)Plexo Basilar: é ímpar, ocupa a porção basilar do osso occipital. 
Comunica-se com seio petroso inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do 
forame occipital e ao plexo venoso vertebral interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 @waleska112 MED UFOB 
 
Antes de prosseguir paras as outras duas meniges, é preciso lembrar 
que existem espaços entre elas: 
1. Espaço epidural: acima da dura-máter (não existe 
de fato no crânio, porque a porção externa da dura-
máter é colada osso). Mas esse espaço aparece 
quando ocorre algum problema: 
- Hematoma epidural/extradural, devido aa ruptura de 
uma artéria meníngea ou de um seio venoso dural. 
- Aspecto de uma lente biconvexa 
2. Espaço subdural: Entre a dura-máter e a 
aracnoide. Existe uma camada de líquido para não 
haver aderência entreas membranas, mas é muito 
fina. Só aparece quando há algo errado: 
-Hematoma subdural, devido ao rompimento de uma 
veia cerebral. 
- Aspecto de Lente côncavo-convexa 
3. Espaço subaracnóideo: entre a aracnoide e a pia-máter. É onde está 
o liquor. Não é um espaço virtual. Ele circunda o encéfalo e a medula e 
em alguns locais se dilata nas áreas expandidas (cisternas 
subaracnóideas). Além do líquor, também tem vasos sanguíneos. 
- Comunicação 
- Artérias e veias 
 
Aracnoide 
 
Membrana muito delicada. 
O espaço subdural, a separa da dura-máter, e o espaço subaracnoideo, 
contêm o líquor, separa tal meninge da pia-máter. A partir de sua 
superfície interna, finos processos, ou trabéculas, cruzam o espaço 
subaracnóideo e tornam-se contínuos a pia-máter. As trabéculas 
lembram teia de aranha, por isso o nome da meninge. 
 
Cisternas Subaracnóideas 
A aracnóide e a dura-máter 
acompanham apenas a 
superfície do encéfalo. A pia-
máter adere-se intimamente, 
acompanha todos os giros, 
sulcos e depressões. Logo, a 
profundidade do espaço 
subaracnóideo é variável. Os espaço onde ocorrem dilatações do espaço 
subaracnóideo são chamados de cisternas e contêm grande quantidade 
de líquor. As mais importantes são: 
1) Cisterna cerebelo-medular (magna): situada no espaço entre a face 
inferior do cerebelo e a face posterior do bulbo o tecto do IV 
ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da 
medula e liga-se ao IV ventrículo através de sua abertura mediana. É 
a maior e mais importante, serve muitas vezes para obtenção de 
líquor (agulha entre o occipital e a primeira vértebra cervical). 
2) Cisterna Pontina – situa-se ventralmente à ponte 
3) Cisterna Interpeduncular- situa-se na fossa interpeduncular do 
mesencéfalo. 
4) Cisterna Quiasmática: adiante ao quiasma óptico 
5) Cisterna Superior (= c. da veia cerebral magna) - posterior ao teto 
do mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. 
Corresponde, em parte, à cisterna ambiens (termo usado por 
clínicos). 
6) Cisterna da fossa lateral do cérebro - corresponde à depressão 
formada pelos sulcos de cada hemisfério do cérebro. 
 
Granulações 
Em alguns pontos a aracnoide forma tufos que penetram nos seios da 
dura-máter, formando as granulações aracnóideas. Nas granulações, o 
líquor fica separado sangue apenas pelo endotélio do seio e a fina 
camada da aracnoide. Essas estruturas são adaptadas para absorção do 
líquor, que nesse ponto cai no sangue. Essa passagem de líquor é feita 
por meio de vacúolos. 
Corpos de Pacchioni: calcificação dos grânulos, em adultos e 
velhos. Pode deixar impressões na abóbada craniana. 
 
Pia-máter 
 
É a meninge mais interna, adere-se à superfície do encéfalo e da medula. 
Proporciona resistência aos órgãos nervosos. Sua porção mais profunda 
que recebe numerosos prolongamentos de astrócitos do tecido nervoso, 
formando a membrana pio-glial. Ela forma a parede externa dos espaços 
perivasculares, pois acompanha os vasos que penetram no tecido 
nervoso a partir do espaço subaracnóideo (amortece o efeito da 
pulsação das artérias sobre o tecido em volta) 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Envoltórios da medula espinal: 
 
Como todo sistema nervoso, a medula também é envolvida pelas 
meninges. 
 
Dura-máter 
 
Envolve toda a medula (chama de saco dural), Cranialmente continua 
com a dura-máter craniana e caudalmente termina ao nível de S2 
(fundo-de-saco dural). Seus prolongamentos laterais embainham as 
raízes dos nervos espinhais, continuando com o epineuro (tecido 
conjuntivo que envolvem os nervos). 
 
Aracnóide 
 
Entre a dura-máter e a pia-máter; emaranhado de trabéculas que a 
unem a pia. 
 
Pia-máter 
 
Mais delicada e mais interna. Adere intimamente ao tecido da superfície 
da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula 
termina, a meninge continua como o filamento terminal, perfura o fundo-
de-saco dural e continua até o hiato sacral. Recebe muitos 
prolongamentos da dura-máter, passando a formar o filamento da dura-
máter espinhal e ao inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix 
Espaços 
virtuais 
Funções do líquor: 
- proteção mecânica, por formar um coxim líquido em 
torno do encéfalo. 
- Excreção de produtor tóxicos do metabolismo das 
células do SN. 
- Veículo de comunicação entre diferentes áreas do 
SNC. 
@waleska112 MED UFOB 
forma o ligamento coccígeo. Forma o ligamento denticulado de cada lado 
da medula que são elementos de fixação da medula e importantes pontos 
de referencias para certas cirurgias deste órgão. 
 
Espaços 
Epidural: contem tecido adiposo e grande número de veias (plexo venoso 
vertebral interno). Entre a dura-máter e o periósteo. 
Subdural: possui liquido para evitar aderência. Entre a dura-máter e a 
aracnoide. 
Subaracnóideo: grande quantidade de líquor. Entre a aracnoide e a pia-
máter. 
 
Anestesia nos espaços menígeos 
A introdução de anestésicos de modo a bloquear as raízes nervosas que 
atravessam os espaços meníngeos é um procedimento de rotina da pratica 
médica: 
- Anestesias raquidianas: anestésico introduzido no espaço subaracnóideo 
por um agulha que penetra entre as vertebras L2-L3, L3-L4 ou L4-L5, 
portanto atravessa: pele  tela subcutânea  lig. interespinhoso  lig. 
Amarelo  dura-máter  aracnoide  chega ao espaço subaracnóideo. 
- Anestesias epidurais: anestésico no espaço epidural, por onde se difunde e 
atinge os forames intervertebrais, por onde passas as raízes dos nervos 
espinhais. Geralmente feita na região lombar. 
 
Coluna vertebral 
 
A unidade básica são as vértebras que podem ter características específicas 
dependendo da região que fazem parte. 
 
Vertebra típica: 
É composta por um corpo vertebral e um arco vertebral. Outros componentes 
importantes: pedículos, lâminas, processo espinhoso, processo transverso, 
incisura vertebral inferior e superior, forame vertebral. 
Os arcos vertebrais das vértebras estão alinhados de modo a formar as 
paredes lateral e posterior do canal vertebral, que se estende da primeira 
vértebra cervical (CI) até a última vértebra sacral (vértebra SV). Esse canal 
ósseo contém a medula espinal e suas membranas de proteção, além de vasos 
sanguíneos, tecido conjuntivo, gordura e a parte proximal dos nervos espinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, uma vez que termina ao 
nível da L2. Abaixo desse nível, o canal vertebral contém apenas meninges e a 
raiz nervosa dos últimos nervos espinhais, que formam a cauda equina. 
 
As transições entre diferentes regiões da coluna são propensas a lesões. 
- Crânio-vertebral: articulação occipitocervical é vulnerável. Manutenção 
pela musculatura e complexo ligamentar da cervical. 
- Cervico-torácica: especialmente vulnerável a traumatismos e 
desgastes, pois a coluna cervical movimenta, mas a torácica é mais 
estável. 
- Toraco-lombar: seguimento móvel em cima de um imóvel 
- Lombo-sacral: mesmo problema, seguimentos com estabilidade e 
movimentação diferentes. 
 
Cervical (C1-C7) 
- Corpo vertebral: retangular e pequeno. 
- Forame: grande, proteção a lesões de medula cervical alta (C1-C3). 
- Processo espinhoso: bem horizontal, curto e bífido. 
- Processo transverso: forame transverso, artéria vertebral. 
- Processo articular: orientado para trás. 
OBS.: o atlas (C1) não tem corpo, parece um anel e faz um encaixe com o 
dente do áxis (C2), outra vértebra muito interessantes, pois é essencial 
para a rotação da cabeça. 
OBS.: Fratura enforcado - quebra o pescoço em nível de C2, fazendo com 
que o dente avance para o forame magno esmagando o tronco cerebral. 
 
Torácica (T1-T12) 
- Corpo vertebral: triangular e maior 
- Processo espinhoso: muito escarpado (longitudinalpara baixo) 
- Processo transverso: sem forame 
- Processo articular: fóvea costal, articulação com a costela. 
 
Lombar (L1-L5) 
- Corpo vertebral: grande 
- Forame: menor e triangular 
- Processo espinhoso: grande 
- Processo transverso: grandes e com processos mamilares (anteparo 
para musculatura). 
 
Sacro (S1-S5) 
Encontramos cinco vértebras sacrais fundidas. Possui forma triangular, 
com o ápice apontado inferiormente, e é curvado. 
 
Cóccix 
É um osso triangular pequeno. Resquício da cauda humana. 
 
A manutenção da estabilidade da coluna é também reforçada pelos 
ligamentos, como Longitudinal (anterior, posterior), interespinhoso, 
supraespinhoso, ligamento amarelo etc. 
 
Os discos intervertebrais fibrocartilagíneos separam os corpos 
vertebrais das vértebras adjacentes (ligados à tração e à compressão). 
O disco intervertebral é formado por um anel fibroso externo (anel de 
colágeno que envolve uma zona maior de fibrocartilagem disposta em 
uma configuração lamelar), que envolve o núcleo pulposo central (é 
gelatinoso e absorve as forças de compressão entre as vértebras). 
Alterações degenerativas no anel fibroso podem levar à herniação do 
núcleo pulposo. 
Existe também a articulação zigapofisária, uma articulação sinovial entre 
os processos articulares das vértebras que permite extensão, flexão e 
rotação dos movimentos do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anatomia clínica 
 
Herniação dos discos intervertebrais 
O anel fibroso pode apresentar uma ruptura e, por meio dela, o material 
do núcleo pulposo pode sair. Após certo tempo, esse material pode se 
deslocar para o canal vertebral ou para o forame intervertebral e 
comprimir estruturas neurais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemorragia intracraniana 
Hemorragia cerebral primária: As muitas causas de hemorragia cerebral 
primária incluem a ruptura de aneurismas, hipertensão (hematoma 
intracerebral secundário à pressão arterial elevada) e sangramento 
após um infarto cerebral. 
Hematoma extradural: é causada por danos arteriais e decorre da 
ruptura dos ramos da artéria meníngea média, que ocorre tipicamente 
na região do ptério. O sangue se acumula entre a camada periosteal da 
dura-máter e a calvária e se expande lentamente sob pressão arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após a lesão, o paciente geralmente recupera a consciência e tem um 
intervalo lúcido por um período de algumas horas. Depois disso 
sobrevêm sonolência rápida e nova perda de consciência, que pode 
culminar em morte 
Hematoma subdural: decorre de um sangramento venoso, geralmente 
pela ruptura de veias cerebrais no ponto em que entram no seio sagital 
superior. O rompimento e vazamento resultante do sangue separa a fina 
camada de células da borda dural do resto da dura-máter conforme o 
hematoma se desenvolve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemorragia subaracnóidea: pode ocorrer em pacientes que sofreram 
trauma cerebral significativo, mas decorre tipicamente da ruptura de um 
aneurisma intracerebral originado de vasos que suprem o círculo 
arterial do cérebro e em torno dele. 
 
Hidrocefalia 
 A hidrocefalia é uma dilatação do sistema ventricular encefálico, que se 
deve à obstrução do fluxo do líquido cerebrospinal (LCS), produção 
excessiva de LCS ou insuficiência na reabsorção do LCS. 
A causa mais comum de hidrocefalia em adultos é a interrupção da 
absorção normal do LCS pelas granulações aracnóideas (o sangue entra 
no espaço subaracnóideo após a hemorragia). Outras causas de 
hidrocefalia incluem a obstrução congênita do aqueduto do mesencéfalo 
e diversos tumores. 
 
Imagens: 
SOBOTTA, Johannes. Atlas of Human Anatomy: Head, Neck and Neuroanatomy. 15 ed. 
Elsevier, 2011. 
SOBOTTA, J. e BECHER, H. - Atlas de anatomia humana. 21ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara 
Koogan, 2000, Vols. I, e II. 
DRAKE, R.L.; VOGL, W.; MITCHELL, A.W.M. GRAYʾS Anatomia para estudantes. 3a Ed. Elsevier 
Editora Ltda: Rio de Janeiro: 2015. 
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