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Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Resumo Curricular Enfermeiro formado em 2013; Especialista em Terapia Intensiva (2015); Mestre em Ciências da Saúde pela FCM/UPE (2019); Doutorando em Inovação Terapêutica - UFPE (2020); Servidor do Estado de Pernambuco – UTI Pediátrica do Hospital Correia Picanço; Docente do Centro Universitário da Vitória de Santo Antão – UNIVISA. Insuficiência Respiratória Aguda Pulmão de Choque Síndrome do Pulmão Rígido Edema Pulmonar por Extravasamento Capilar Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto Síndrome da Angústia Respiratória Aguda Fonte: canaltech.com Lesão Pulmonar Inflamatória Difusa Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo 1994 - American-European Consensus Conference (AECC) 2012 - Consenso de Berlim Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 12 Pacientes - 7 Óbitos Necropsiados - Infiltrado denso com Exsudado Inflamatório; - Sem evidência de infecção. A SDRA é uma síndrome clínica comum, grave, que afeta tanto pacientes clínicos quanto cirúrgicos, adultos ou crianças. Fonte: Pierson, 2014 Histórico e Epidemiologia 1967 - Ashbaugh e Petty Pacientes adultos com diferentes doenças de base, que tinham em comum a evolução para a insuficiência respiratória com hipoxemia refratária associada à infiltração difusa na radiografia de tórax e à diminuição da complacência e da capacidade residual funcional, e que requeriam uso de pressão expiratória final positiva (PEEP) para melhora da oxigenação. MORTALIDADE Epidemiologia INCIDÊNCIA EUA - 64,2 A 78,9 Casos/100.000 pessoas/ano EUA – Mortalidade combinada em torno de 43% MUNDO - 1,5 A 12,9 CASOS/100.000 PESSOAS/ANO 10,4% EM UTI 10% A 15% EM UTI A mortalidade da SDRA é proporcional à gravidade da doença, sendo 27%- 35%, 36%-40% e 41%-46% para doenças leves, moderadas e graves, respectivamente. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: Galhardo e Martinez, 2003 Conceito Forma grave da Lesão Pulmonar Aguda – LPA, caracterizada por uma inflamação aguda, de rápida evolução, em torno de 7 dias após o evento desencadeante, associada a um aumento da permeabilidade vascular pulmonar, que determina a formação de edema pulmonar rico em proteínas. É caracterizado por infiltrados pulmonares bilaterais e hipoxemia progressiva grave, na ausência de qualquer evidência de edema pulmonar cardiogênico. Etiologia Primárias / Lesões Pulmonares Diretas Secundárias / Lesões Pulmonares Indiretas Sepse de Foco Pulmonar – Bacterina, Viral ou Fúngica Aspiração Gástrica Inalação Tóxica Afogamento Contusão Pulmonar Embolia Pulmonar Sepse de outro foco / Choque séptico Queimaduras Politraumatismo Pancreatite Politransfusão Circulação Extracorpórea Fatores de Risco: Mais de sessenta causas da SDRA já foram identificadas. Idade Avançada Tabagismo Etilismo Pneumopatias prévias Cirurgia Cardiovascular Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: Koh, 2017 Para melhorar a identificação de pacientes em risco, pode ser usada uma ferramenta de previsão clínica, como o escore de previsão de lesão pulmonar (LIPS). O LIPS foi formulado usando dados clínicos disponíveis rotineiramente e identifica pacientes com alto risco de SDRA no início da irredutibilidade (Tabela 1). LIPS ≥4 foi associado ao desenvolvimento de SDRA. Dica de Estudo! Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! Fisiopatologia DOENÇAS PULMONARES E EXTRAPULMONARES Lesão pulmonar Danos a membrana alvéolo-capilar Lesões em células tipo II Disfunções no surfactante ATELECTASIAS, REDUÇÃO DO VOLUME E COMPLACENCIA PULMONAR Colapso alveolar Aumento da permeabilidade epitelial e endotelial Degranulação de Neutrófilos – Enzimas Proteolíticas Inundação Alveolar Formação da Membrana Hialina Queda na Produção e Inativação do Surfactante Redução do Parênquima Aerado Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 ATIVAÇÃO DOS NEUTRÓFILOS MIGRAÇÃO PARA O ENDOTÉLIO VASCULAR ENZIMAS PROTEOLÍTICAS DANOS CELULARES EXSUDATO RICO EM FIBRINA ACÚMULO DE FIBRINA FIBROSE PULMONAR PARÊNQUIMA PULMONAR Fonte: Diamond et al, 2020 Degranulação Fisiopatologia Fonte: Viana et al, 2020. Classificação CLASSIFICAÇÃO DE BERLIM PARA SDRA - 2012 SDRA LEVE SDRA MODERADA SDRA GRAVE OXIGENAÇÃO PaO2 /FiO2 ≤ 300 mm/Hg com PEEP ou CPAP ≥ 5 cmH2O PaO2 /FiO2 ≤ 200 mm/Hg com PEEP ≥ 5cm/H2O PaO2 /FiO2 ≤ 100 mm/Hg com PEEP > 5 cm/H2O INSTALAÇÃO AGUDA < 7 DIASINSTALAÇÃO OPACIDADES BILATERAIS SEM DERRAME PLEURALRAIO-X NÃO TOTALMENTE EXPLICADO POR HIPERVOLEMIA OU CAUSA CARDÍACA ORIGEM DO EDEMA Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 1. (CH-UFPA/EBSERH/2016) Assinale a alternativa que apresenta o índice de oxigenação para uma SARA moderada. a) 300 b) 145 c) 250 d) 100 e) 80 2. (HMTJ/2016) Paciente de 37 anos, sexo masculino refere inicio do quadro há 8 dias com tosse seca, febre 38ºC e mal estar. Queixa dispnéia progressiva há 5 dias com piora da febre. Nega dor torácica e hemoptise. Nega tabagismo, etilismo ou uso continuo de medicações. Exame físico: Hipocorado, dispnéico e cianótico. FC=110bpm; FR=38 ipm; PA: 90 x 60 mmHg; Tax= 39,8ºC; SpO2=89% com máscara 5 L\min de oxigenio. Estertores creptantes difusos bilateralmente. Gasometria arterial: pH:7,44; pO2:55mmHg; pCO2: 29mmHg;HCO3:22mEq\L; BE:- 4 mmol\L; SpO2=89%. Rx Torax: Infiltrado alveolar bilateral difuso. De acordo com a definição de berlim para SDRA, com base na oxigenação o paciente acima será classificado como: a) Lesão pulmonar aguda b) SDRA leve c) SDRA moderada d) SDRA grave Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 3. (IAPEN-AC/IBADE/2020) Conforme a definição de Berlim, 2012 sobre a ventilação mecânica na Síndrome da Angústia Respiratória Aguda(SARA) ou Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) , como se classifica SARA grave: a) Pao2/FiO2: 201-300 com PEEP >5. b) Pao2/FiO2: >200 com PEEP >10. c) Pao2/FiO2: <100 com PEEP >5. d) Pao2/FiO2: 101-200 com PEEP <5. e) Pao2/FiO2: 100 com PEEP >10. 4. (SES-DF/AOCP/2018) Um paciente com abdome agudo obstrutivo sofreu quadro de broncoaspiração na indução anestésica. Foi encaminhado intubado para a UTI e evoluiu com piora severa de parâmetros ventilatórios. Assinale a alternativa que apresenta corretamente um critério de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). a) Instalação crônica. b) Razão PaO2 /FiO2 menor que 200. c) Razão PaO2/FiO2 maior que 300. d) Necessidade de PEEP maior que 10. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 5. (HUAP-UFF/EBSERH/2016) A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) pode ser a causa de internação de pacientes críticos nas unidades de terapia intensiva. Assinale a alternativa correta quanto aos critérios diagnósticos atuais. a) Ocorrência de insulto sabidamente causador da SDRA em até uma semana; Opacidades pulmonares bilaterais não explicadas por edema pulmonar, atelectasias e massas pulmonares; edema pulmonar de origem não cardíaca; PaO2/FIO2 < 300 mmHg. b) Ocorrência de insulto sabidamente causador da SDRA em até 03 dias; Opacidades pulmonares bilaterais não explicadas por edema pulmonar, atelectasias e massas pulmonares; edema pulmonar de origem não cardíaca; PaO2/FIO2 < 250 mmHg. c) Ocorrência de insulto direto sobre o parênquima pulmonar sabidamente causador da SDRA em até 05 dias; Opacidades pulmonares bilaterais não explicadas por edema pulmonar, atelectasias e massas pulmonares; edema pulmonar de origem não cardíaca; PaO2/FIO2 < 280 mmHg. 5. (HUAP-UFF/EBSERH/2016) d) Ocorrência de insulto sabidamente causador da SDRA em até uma semana; Opacidades pulmonares bilaterais. Edema pulmonar de origem não cardíaca comprovado pela medida de pressão de oclusão da artéria pulmonar; PaO2/FIO2 < 200 mmHg. e) Ocorrência de insulto sabidamente causador da SDRA em até uma semana; Opacidades pulmonares bilaterais em asa de borboleta; edema pulmonar de origem não cardíaca; PaO2/FIO2 < 200 mmHg. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22Estuda que a vida muda! Intervalo de Tempo de 12 a 24 h História Clínica e Exame Intervalo de Tempo de 12 a 24 h Exame:Etiologia Óbvia – PNM ou Sepse? Queda de PO2? Aumento do Desconforto? Dispneia? FOCO: Identificação da causa A dispneia é leve inicialmente, mas dentro de 12 a 24 horas, o desconforto respiratório aumenta, tornando-se grave e exigindo ventilação mecânica para evitar hipóxia Taquipneia Aumento do Trabalho Respiratório Cianose – Periférica ou Central Queda na SpO2 Taquicardia Estado Mental Alterado Estertores Bibasilares ou Difusos Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fase inicial e aguda, com infiltrado rico em proteínas para os alvéolos FASE EXSUDATIVA – 1 A 3 DIAS CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS DEGRANULAÇÃO DOS NEUTRÓFILOS COMPROMETIMENTO DA PERMEABILIDADE A-C FORMAÇÃO DA MEMBRANA HIALINA DEPOSIÇÃO DE FIBRINA História Clínica/Fases Hiperventilação Hipoxemia Leve Aumento do Trabalho Respiratório Hipocapnia Aumento do Gradiente Alveolocapilar História Clínica/Fases Aumento do Shunt – 50% Respiratório Redução da Complacência Raio – X – Atelectasias Difusas Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: Diamond et al, 2020 História Clínica/Fases Intenso Processo Inflamatório e Formação da Fibrose FASE FIBROPROLIFERATIVA – 3 A 7 DIAS Hipoxemia Refratária a Altas Concentrações de Oxigênio Intensa Dispneia Shunt Pulmonar > 50% Hipercapnia Raio – X – Condensações Difusas e Heterogêneas História Clínica/Fases Lesão Pulmonar Crônica Irreversível FASE FIBRÓTICA – 5 A 7 DIAS Ocorrência das Principais Complicaçõs Infeciosas e Barotrauma Intensa Taquipneia e Dispneia PaCO2 elevada Shunt Pulmonar Elevado Fibrose Pulmonar Difusa e Heterogênea Os pulmões na SDRA caracterizam-se por condições heterogêneas. No mesmo pulmão, em distintos momentos, podem coexistir grandes diferenças nas áreas de trocas gasosas, variando entre superfícies colapsadas para outras com hiperdistensões alveolares Nesta fase o pulmão torna-se enrijecido, necessitanto de altas pressões para ser ventilado. Áreas Enfisematosas Hipoxemia Grave Acidose Grave Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Avaliação Diagnóstica Diagnóstico Hot Points Início Agudo Infiltrado Pulmonar Bilateral de Origem Não- cardíaca Leve, Moderada ou Grave? Razão PaO2 / FiO2 inferior a 300 mmHg Tomografia de Tórax - pneumotórax, derrames pleurais, linfadenopatia mediastinal ou barotrauma Avaliação de Função Ventricular Esquerda – ICC? Broncoscopia - Função Pulmonar e Material para Cultura Avaliação Diagnóstica Diagnóstico Hot Points Hemograma Gasometria Painel metabólico Mg, Ca, P Lactato sanguíneo, Painel de coagulação, Troponina e CKMB Exames Laboratoriais Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 6. (ALE-SE/FCC/2018) São características da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, EXCETO a) infiltrado pulmonar bilateral. b) relação pO2/FiO2 < 200. c) início agudo. d) disfunção do ventrículo esquerdo. e) doença de base justificável Estuda que a vida muda! Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Tratamento V pH Razão Ti:Te Platô (P) PaCO2 / FiO2 FR PEEP SpO2 alvo SUPORTE VENTILATÓRIO ESTRATÉGIAS NÃO-VENTILATÓRIAS Infelizmente, nenhum medicamento foi comprovadamente eficaz na prevenção ou gerenciamento da SDRA. Cuidados são tomados na prevenção de volutrauma, barotrauma e atelectrauma. Farmacos Posição Prona Terapias de Suporte e Gerenciamento Fonte: Marino, 2015 Tratamento – Suporte Ventilatório Protocolo para Ventilação Protetora na SDRA 1º Estágio 1 – Calcular o Peso Corporal Ideal – PCI (Fórmula de Devine): - Homens: 50 + [0,91 x (altura em cm – 152,4)] - Mulheres: 45,5 + [0,91 x (altura em cm – 152,4)] 2 – Ajusta o Volume Corrente (V) inicial para 8mL/kg de PCI; 3 – Adicionar PEEP em 5 cmH2O; 4 – Selecionar a menor FiO2 que atinja SpO2 de 88-95%; 5 – Reduzir o V em 1mL/kg a cada duas horas até que V = 6mL/kg. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: Marino, 2015 Tratamento – Suporte Ventilatório Protocolo para Ventilação Protetora na SDRA 2º Estágio 3º Estágio Metas Ideais 1 – Quando o V estiver em 6mL/kg, medir a pressão de platô (P) 2 – Se P for > 30 cm H2O, diminuir o V em 1mL/kg até que a P caia abaixo de 30 cm H2O ou V = 4mL/kg 1 – Monitorar gasometria para acidose 2 – Se pH = 7,15-7,30, aumentar FR até pH > 7,30 ou FR = 35 rpm 3 – Se pH < 7,15 aumentar FR para 35 rpm. Se pH ainda < 7,15 aumentar o V em 1mL/kg até pH > 7,15 V = 6mL/kg; P = ≤ 30 cm H2O; SpO2 = 88 a 95%; pH = 7,3 a 7,45. 7. (EBSERH-Nacional/IBFC/2019) Paciente de 45 anos, sexo feminino, com 1.68 centímetros (cm) de altura em síndrome da angústia respiratória do adulto grave (SARA) decorrente de uma pancreatite aguda, necessita de ajustes nos parâmetros ventilatórios. Assinale a alternativa correta que indica ventilação com volume corrente a 6 mililitros por quilograma (mL/kg). a) Volume corrente de 500 ml b) Volume corrente de 385,17ml c) Volume corrente de 340,20 ml d) Volume corrente de 420 ml e) Volume corrente de 358,17ml Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 8. (Pref. de Teresina-PI/NUCEPE/2016) A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é secundária a uma lesão alveolar, levando ao dano alveolar difuso. Sobre SDRA, assinale a alternativa INCORRETA. a) A SDRA é uma condição de insuficiência respiratória aguda decorrente da lesão, de natureza inflamatória, da barreira constituída pelo epitélio alveolar e pelo endotélio, que determina, entre outras coisas, a formação de um edema alveolar rico em proteínas. b) Nos casos de SDRA com PaO2/FiO2 < 150 orienta-se usar a posição prona precocemente (< 48h). Hipertensão intracraniana e instabilidade hemodinâmica grave são contraindicações do uso de posição prona. c) Os pacientes de modo geral apresentam diminuída complacência pulmonar. d) A estratégia de ventilação mecânica na SDRA deve se preocupar com manter a oxigenação adequada do paciente, reduzir o trabalho respiratório do paciente e evitar a lesão induzida pela ventilação mecânica. 8. (Pref. de Teresina-PI/NUCEPE/2016) e) O ideal é o Platô seja mantido maior ou igual a 30 cm H2O e volume corrente maior ou igual a 6ml/kg de peso predito. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 O Protocolo de Ventilação Mecânica em Rede Clínica do NIH-NHLBI ARDS (ARDSnet) estabelece os seguintes objetivos: Volume corrente (V) de 4 a 8 ml/kg de peso corporal ideal Frequência respiratória (FR) até 35 rpm SpO2 88% a 95% Razão de tempo inspiratório-expiratório menor que 1 PEEP mais elevada em se PaO2/PaCO2 < 200 – Em geral > 5 até 24 cmH2O Pressão de platô (P) menor que 30 cm H2O Meta de pH 7,30 a 7,45 Tratamento – Suporte Ventilatório 9. (HRL-UFS/EBSERH/AOCP/2017) A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SARA) tem como fator desencadeante do processo uma alteração da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar que leva a um extravasamento de líquido para o espaço intersticial e daí para os alvéolos, gerando edema. O tratamento ventilatório para a SARA consiste: a) na aplicação de pressão positiva ao final da expiração. b) na ventilação mecânica realizada em posição dorsal. c) no uso de grandes volumes correntes que garante a geração de baixas pressões. d) na ventilação mecânica realizada em posição lateral. e) na ventilação mecânica realizada em posição Fowler Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 10. (FHGV/QUADRIX/2019) A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é caracterizada por inflamação difusa da membrana alveolocapilar, em resposta a vários fatores de risco pulmonares ou extrapulmonares. Esses fatores de risco causam lesão pulmonar por meio de mecanismos diretos (aspiração de conteúdo gástrico, pneumonia, lesão inalatória ou contusão pulmonar) ou indiretos (sepse, traumatismo, pancreatite ou politransfusão). Ocorre lesão à membrana alveolocapilar, independentemente da causa desencadeante da lesão pulmonar, com extravasamento defluido rico em proteínas para o espaço alveolar. A lesão epitelial alveolar envolve a membrana basal e os pneumócitos tipo I e tipo II, levando à redução da quantidade e à alteração da funcionalidade do surfactante, com o consequente aumento da tensão superficial alveolar, a ocorrência de atelectasias e a redução da complacência pulmonar. Muito se fala atualmente sobre ventilação protetora, especialmente para o paciente com SDRA. Considerando essas informações, assinale a alternativa correta acerca das atuais recomendações da pressão de distensão, também conhecida como driving pressure, obtida pela subtração Pplatô (PEEP), no contexto de ventilação protetora e SDRA. 10. (FHGV/QUADRIX/2019) a) Quando se necessitar de PEEP mais elevada, que acabe por elevar a Pplatô entre 30 e 40 cmH2O, a pressão de distensão deve ser obrigatoriamente ≤ 20 cmH2O nos casos de SDRA moderada e grave. b) Quando se necessitar de PEEP mais elevada, que acabe por elevar a Pplatô entre 30 e 40 cmH2O, a pressão de distensão deve ser obrigatoriamente ≤ 25 cmH2O nos casos de SDRA moderada e grave. c) Quando se necessitar de PEEP mais elevada, que acabe por elevar a Pplatô entre 30 e 40 cmH2O, a pressão de distensão não deve ser levada em consideração. d) Quando se necessitar de PEEP mais elevada, que acabe por elevar a Pplatô entre 30 e 40 cmH2O, a pressão de distensão deve ser obrigatoriamente ≤ 10 cmH2O nos casos de SDRA moderada e grave. e) Quando se necessitar de PEEP mais elevada, que acabe por elevar a Pplatô entre 30 e 40 cmH2O, a pressão de distensão deve ser obrigatoriamente ≤ 15 cmH2O nos casos de SDRA moderada e grave. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! Fonte: pixabay.com Tratamento – Suporte Ventilatório A PEEP deve ser individualizada. Esta deve ser alta o suficiente para evitar o colapso pulmonar maciço sem, entretanto, causar hipertensão alveolar. A VM pode resultar em hipercapnia, esta deve ser tolerada se pH > 7.2 e a PaO2 > 60mmHg – Hipercapnia Permissiva; Pacientes com SDRA leve e alguns com SDRA moderada podem se beneficiar de ventilação não invasiva para evitar intubação endotraqueal. Essas modalidades incluem pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) e pressão bi-nível das vias aéreas (BiPAP). A VM pode lesionar os pulmões na SDRA, como resultado da hiperdistensão dos alvéolos funcionais e colapso das pequenas vias aéreas. A AVM protetora é projetada para aliviar as forças mecânicas que originam a Lesão Pulmonar Induzida (LPI). Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 11. (UFG/2014) Nos casos de atelectasia e SDRA, tem-se utilizado a pressão positiva expiratória final (PEEP) com o objetivo de: a) promover a redução do espaço morto. b) recrutar alvéolos colapsados. c) aumentar o retorno venoso. d) otimizar o gasto de surfactante exógeno. 12. (IAMSPE/IAMSPE-SP/2017) Assinale a correta sobre o uso de Ventilação Não Invasiva (VNI) na SARA (Síndrome da Angustia Respiratória Aguda): a) Recomenda-se utilizar VNI em SARA leve, moderada e grave pois será pelo menos uma chance que o paciente terá para evitar a ventilação invasiva. b) Recomenda-se utilizar a VNI nos casos de SARA Leve e Moderada, com os cuidados de se observar as metas de sucesso de 1 a 3 horas. No caso de não sucesso inicial insistir por mais 2 horas, postergando-se a intubação. c) Recomenda-se evitar utilizar VNI na SARA leve, devido à alta taxa de falência respiratória, necessidade de intubação e ao mau prognóstico. d) Recomenda-se evitar utilizar VNI apenas na SARA grave (PaO2/FiO2 < 100 sob PEEP ≥ 5 cm H2O). e) Recomenda-se utilizar a VNI nos casos de SARA Leve, com os cuidados de se observar as metas de sucesso de 0,5 a 2 horas. No caso de insucesso proceder à intubação imediata. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Tratamento – Estratégias não-ventilatórias Fármacos Bloqueadores Neuromusculares nas primeiras 48 horas de SDRA melhoram a sobrevida em 90 dias; Terapia com Corticoides – Resultados Divergentes Redução dos marcadores inflamatórios pulmonares e sistêmicos; Recomenda-se para SDRA inicial grave e para SDRA que não se resolve. Tratamento – Estratégias não-ventilatórias Posição Prona Demonstrou benefícios em cerca de 50% a 70% dos pacientes. A melhora na oxigenação é rápida e permite redução na FiO2 e PEEP. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Tratamento – Estratégias não-ventilatórias Terapias de Suporte e Gerenciamento Terapia com Corticoides – Resultados Divergentes Balanço Hídrico Neutro ou Negativo Oxigenação por Membrana Extracorpórea – ECMO Adequado Suporte Nutricional Prevenção de Complicações Estuda que a vida muda! Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: Assobrafir Tratamento – Posição Prona Quando se utiliza a posição prona, a melhora expressiva da oxigenação representa o seu efeito fisiológico mais importante em virtude: Diminuição da atelectasia; Redistribuição da ventilação alveolar e perfusão; Mudanças na conformação da estrutura pulmonar e do diafragma; Diminuição do gradiente gravitacional das pressões pleurais; Diminuição do Shunt; Redução da Lesão Pulmonar Induzida. Indicações SDRA Moderada a Severa – PaO2 / FiO2 < 150 mm/Hg Início Precoce entre 12 e 24 horas após o diagnóstico SDRA; Tempo de 12 a 20 horas Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Contraindicações Instabilidade hemodinâmica grave com aumento progressivo de vasopressor Instabilidade de Coluna Vertebral Aumento da PIC não Monitorado Arritmias Agudas Graves Fratura Pélvica Cirurgia Cardíaca Recente Demais, devem ser criteriosamente avaliados Cuidados Prévios Av. Neurológica; Av. Ventilatória; Av. Hemodinâmica; Necessário, pelo menos, 6 profissionais: 1 Médico, 1 Enfermeiro, 1 Fisioterapeuta, 2 Técnicos e 1 Enfermeiro/ Técnico para Leitura do CheckList – Não participa da manobra Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Complicações Três por mil pacientes/dias) Extubação Extração de Cateter Central Perdas de Dispositivos Lesões por Pressão Edema Lesões do Plexo Braquial PAVM Queda transitória de SpO2 Hipotensão transitória Passo 1: Definição da hora – Responsável: Médico, Enfermeiro, Fisioterapeuta Passo 2: Coxins e Material Necessário – Responsável: Fisioterapeuta e Enfermeiro Checklist para Pronação Segura Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Nutricionais: Checklist para Pronação Segura Passo 3: Cuidados Pré-manobra – Responsável: Enfermeiro Pausar Dieta Abrir SNG/SNE 2h antes Materiais: Providenciar coxins Carro de PCR e Bandeja de IOT Cuidados Gerais: Oculares – Hidratação e Oclusão Pele – Pontos de Pressão Fixação de Todos os Dispositivos Verificar comprimento dos Extensores Vias Aéreas: Fixação de TOT Aspiração de VVAA Analgesia e Sedação: Avaliar necessidade e ajuste/aumento Checklist para Pronação Segura Execução da Manobra Alinhar cabos e Eletrodos Clampear sondas e drenos e posicioná-los entre as pernas dos pacientes Colocar cabeceira em posição plana e alinhar membros Colocar coxins na pelve e tórax Realizar o giro em três momentos Cuidados Pós-manobra Confirmar posição do tubo Avaliar infusões e reiniciá-las Reposicionar sondas, drenos e desclampear Posicionar demais coxins Alterar posição de nadador a cada 2 horas Iniciar dieta após 1h Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: Oliveira VM, et al. 2017 COMPLICAÇÕES Falência de múltiplos órgãos Estenose traqueal (tqt) Estresse Pós-traumático, ansiedade e Depressão Comprometimento cognitivo Fibrose pulmonar Declínio da função pulmonar Polineuropatia Grau de incapacidade heterogêneo Mortalidade significativa > 40% Complicações Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Proteção ventilatória Manutenção da perfusão tissular e condições hemodinâmicas Estratégia ventilatória protetora Decúbito de 30 a 45 graus Iniciar desmames o quanto antes possível IRAS Recomendações da American Nurse Association MNEMÔNICO – 5 P’s Cuidados de EnfermagemPerfusão Posicionamento Protocolo de desmame Prevenção de complicações Diamond M, Feliciano HLP, Sanghavi D, Mahapatra S. 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