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Atividade 3 Literatura Teste 10

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Curso LET04932 LITERATURA INFANTIL GR1886211 - 202110.ead-15107.01
Teste ATIVIDADE 3 (A3)
Iniciado 20/02/21 17:28
Enviado 08/03/21 14:52
Status Completada
Resultado da tentativa 10 em 10 pontos 
Tempo decorrido 381 horas, 24 minutos
Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários
Pergunta 1
É fundamental que um bom professor, um bom pesquisador consiga elencar em um texto, elementos
que comprovem a sua qualidade enquanto objeto estético para crianças e para leitores em formação.
Em suma, é importante elencar as razões que fazem de um texto realmente literário e estético e além
disso, adequado para crianças. No caso da Poesia esse olhar precisa ser ainda mais profundo, já que
as crianças precisam ser despertadas para o jogo de palavras presente nesse gênero. Imbuído desse
olhar, analise o poema a seguir: 
 
Ou isto ou aquilo 
 
Ou se tem chuva e não se tem sol, 
ou se tem sol e não se tem chuva! 
 
Ou se calça a luva e não se põe o anel, 
ou se põe o anel e não se calça a luva! 
 
Quem sobe nos ares não fica no chão, 
quem fica no chão não sobe nos ares. 
 
É uma grande pena que não se possa 
estar ao mesmo tempo nos dois lugares! 
 
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, 
ou compro o doce e gasto o dinheiro. 
 
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... 
e vivo escolhendo o dia inteiro! 
 
Não sei se brinco, não sei se estudo, 
se saio correndo ou fico tranquilo. 
 
Mas não consegui entender ainda 
qual é melhor: se é isto ou aquilo. 
 
Fonte: MEIRELES, Cecília. Isto ou Aquilo. São Paulo: Melhoramentos, 1990, p. 13. 
 
Após ler o poema, analise as afirmativas a seguir: 
I- O poema Isso ou Aquilo tematiza um sentimento não só infantil, mas humano: a dificuldade
de escolher. Os exemplos a sonoridade fazem da obra adequada para crianças. 
II- O poema não apresenta respostas: apenas tematiza as dúvidas que uma crianças passa,
como em: “brincar ou estudar”. Essa é uma das funções da literatura: criar indagações e deixar que
cada leitor crie suas respostas. 
III- O poema é formado por vários dísticos que juntamente criam um panorama único: a
impossibilidade de escolha. 
IV- As rimas estão espalhadas em toda a construção poética. Possibilitam e aumentam a
musicalidade, tornando a leitura ritmada e agradável para crianças e adultos. 
1 em 1 pontos
Resposta Selecionada:
 
Resposta Correta:
 
Comentário
da resposta:
 
Assinale as alternativas que apontam as afirmativas verdadeiras:
São verdadeiras todas as assertivas. 
 
São verdadeiras todas as assertivas.
 
Resposta correta. Isto ou aquilo é um dos poemas mais lembrados de Cecília
Meireles. Ele tematiza a impossibilidade de escolha, tema que é compreensível para
crianças e adultos. Porém os exemplos utilizados na construção dos dísticos são
coerentes com o mundo da criança, o que aumenta a identificação com leitores
infantis. Além disso, há musicalidade, um ritmo que envolve as crianças, o que facilita
sua leitura e memorização. Portanto, todas as assertivas são verdadeiras.
Pergunta 2
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
Uma das características da obra de Monteiro Lobato é o encantamento provocado pela linguagem:
neologismos e termos inventados vão criando uma moldura de encantamento. Em relação a isso,
observe o texto a seguir: 
 
“Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque
e flores na lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos. Abelhas douradas,
verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina – achando que era exagero usarem coletes tão
apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de
gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões amarrados para não morderem. E
canários cantando, e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e caranguejos
caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo.” 
 
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947, p.18. 
 
Após interpretar o trecho, analise as assertivas a seguir: 
 
I- Insetos e animais marinhos comportando-se como humanos são uma concessão à fantasia; 
II- Peixes e insetos ocupam o mesmo espaço físico provocando uma improbabilidade
biológica: como borboletas estariam no fundo do mar? Isso torna a narrativa inverossímil. 
III- Termos como “camaronando”, “caranguejando” e “pequeninando” são neologismos
facilmente compreensíveis no contexto da narrativa. 
IV- Narizinho, por ser criança, cria imediatamente um vínculo de identificação com seu leitor,
pois como toda criança é curiosa o que gera uma forte identificação em seus leitores. 
 
Assinale as alternativas que apontam as assertivas verdadeiras:
São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV.
São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV.
Resposta correta. A assertiva I é verdadeira: a fantasia constitui a o Sítio do Pica-pau
amarelo. Também são verdadeiras a III, já que os neologismos criam efeitos de humor
e são compreensíveis no trecho, e a IV, já que personagens infantis criam identificação
imediata com leitores crianças. Porém, a II é falsa. Isso porque apesar de borboletas,
abelhas e besouros habitarem o fundo do mar é algo improvável no mundo real, é
possível no mundo da fantasia, e é nesse universo que se insere o Sítio do Pica-pau
amarelo e seus personagens. Portanto, a narrativa não fica inverossímil.
Pergunta 3
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
Monteiro Lobato é o considerado um dos grandes nomes da literatura infantil, devido ao caráter
inovador da sua obra. Em relação a esse importante aspecto, analise o texto a seguir: 
 
“Numa época em que mídia e comunicação de massa ainda não faziam parte do vocabulário cotidiano
brasileiro, Monteiro Lobato, em sua primeira obra destinada às crianças, Reinações de Narizinho, traz
para o público brasileiro, transformando o texto cinematográfico em texto literário, Tom Mix, uma das
maiores lendas dos faroestes norte-americanos, personagem que, à época, fortalecia um novo
mercado consumidor em franca expansão: a indústria cinematográfica. Posteriormente, transpõe
também do cinema, mas ainda dos quadrinhos e das telas experimentais da televisão para dentro de
Reinações o Gato Félix, um gato preto de olhos enormes, popular até os dias de hoje.” 
 
VASQUES, Cristina Maria. Uma Sinfonia Intertextual: Cinema, Quadrinhos e Televisão-Uma
composição de Futuro Presente em Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Terra Roxa e Outras
Terras: Revista de Estudos Literários, v. 11, p. 20-27. 
 
O texto apresentado aponta uma das características mais importantes da obra infantil de Lobato. Qual
o conceito teórico que poderia ser usado para entender a relação estabelecida de personagens do
cinema no interior de uma obra literária?
Intertextualidade
Intertextualidade
Resposta correta. Monteiro Lobato foi um dos precursores no uso da intertextualidade
em obras infantis. Não só apenas com personagens do cinema, ele utiliza seres do
folclore brasileiro e dos contos de fadas como pano de fundo e personagens de suas
histórias. Os outros conceitos não tem relação: adaptação é quando uma narrativa é
totalmente adaptada, o que não é o caso de Reinações de Narizinho, já que o livro
não adapta completamente outras narrativas, mas sim utiliza personagens já
existentes para contar outra história. Por sua vez, os conceitos de Ficcionalização,
Infantilização e Transposição são inadequados nesse contexto.
Pergunta 4
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Analise o trecho literário a seguir: 
 
“Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu. Mas juro a vocês que foi sem querer. Logo eu!
Que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até deixo de matar uma barata ou outra. Dou minha
palavra de honra que sou pessoa de confiança e meu coração é doce: perto de mim nuncadeixo
criança ou bicho sofrer. Pois logo eu matei dois peixinhos vermelhos que não fazem mal a ninguém e
que não são ambiciosos: só querem mesmo é viver. Pessoas também querem viver, mas infelizmente
também aproveitar a vida para fazer alguma coisa de bom. Não tenho coragem ainda de contar agora
mesmo como aconteceu. Mas prometo que no fim deste livro contarei a vocês, que vão ler essa
história triste, me perdoarão ou não. 
Vocês hão de perguntar: por que só no fim do livro? 
E eu respondo: 
- É porque no começo e no meio vou contar algumas histórias de bichos que eu tive, só para vocês
verem que eu só poderia ter matado os peixinhos sem querer”. 
 
LISPECTOR, Clarice. A mulher que Matou os peixes. São Paulo: Francisco Alves Editora, 1975, p. 3 
 
Quais as características de uma literatura infantil de qualidade são observáveis no trecho apresentado?
Indique a alternativa que apresenta características POSSÍVEIS DE serem percebidas no trecho
selecionado:
Um narrador que conversa com o leitor e o envolve, há foco em animais, seres que
despertam o encanto de crianças, além de ser um texto desprovido de utilitarismo.
1 em 1 pontos
Comentário
da resposta:
Um narrador que conversa com o leitor e o envolve, há foco em animais,
seres que despertam o encanto de crianças, além de ser um texto desprovido
de utilitarismo.
Resposta correta. O trecho selecionado não apresenta elementos de fantasia, nem
nada de moralizante ou utilitarismo. Tampouco apresenta crianças como
protagonistas. Porém, é uma obra de muita qualidade para crianças, pois as trata
como seres pensantes. O seu narrador instiga o tempo todo o leitor, fazendo que a
criança vá criando hipóteses de leitura. Além disso, há um foco em animais, e animais
costumam ser um elemento que quebra a assimetria de um ponto de vista adulta, já
que despertam o interesse da criança.
Pergunta 5
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
Poderíamos elencar muitas características que fazem da obra de José Bento Monteiro Lobato muito
marcante e importante para a História da Literatura Infantil. Entre elas, destacamos especialmente
uma, que foi citada no texto a seguir. Observe: 
 
“Narizinho, Pedrinho e Emília são os protagonistas da história. Sua voz ecoa por todo o texto;
personagens determinadas, não se submetem à vontade do adulto e não se deixam dominar. A voz da
criança, antes abafada, começa a despontar e se faz ouvir. Há um pacto de leitura estabelecido entre o
narrador e seus leitores, que muitas vezes se identificam com as personagens graças ao humor, às
brincadeiras das crianças e à irreverência da boneca. Desta forma, a produção literária de Monteiro
Lobato, dirigida ao leitor infantil, permanece atual. Tendo em vista as razões expostas, podemos
afirmar que Monteiro Lobato é um contemporâneo”. 
 
BECKER, Nilza de Campos. A contemporaneidade de Monteiro Lobato. 
Revista FronteiraZ, São Paulo, n. 6, abril de 2011. 
 
A partir da citação apresentada, qual característica de Lobato que tornou sua obra atemporal e
marcante? 
 
O protagonismo da criança – a criança tem autonomia de pensar, de agir, de
construir o seu conhecimento.
O protagonismo da criança – a criança tem autonomia de pensar, de agir,
de construir o seu conhecimento.
Resposta correta. Todas as características listadas na questão estão presentes e
constituem a literatura infantil de Lobato. Porém somente uma é citada e está presente
na citação: a emancipação da criança, a sua centralidade e protagonismo. Na obra de
Lobato as crianças tomam as próprias decisões, têm voz própria e fazem as próprias
descobertas. É essa a característica descrita no texto citado no enunciado da questão.
Pergunta 6
Monteiro Lobato trouxe inovações e reformulou a literatura infantil no Brasil. Após esse impulso
inovador, apenas na década 1970, surgiram outros autores que trouxeram mais camadas de
complexidade e encantamento. Uma dessas autoras foi Clarice Lispector. Em relação a suas obras,
observe o trecho a seguir: 
 
“Sobre os contos infantis de Clarice Lispector é também importante destacar que eles se afastam do
modelo de conto infantil com o seu tradicional “era uma vez”, que remetia o leitor a um tempo e a um
espaço distanciado fundamentando a omnisciência de seu narrador. A autora se dizia incapaz de tal
construção por já saber que seus textos não se enquadravam nas estórias convencionais com seus
enredos lineares povoados de “fatos necessários a uma história”. 
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
 
DINIS, Nilson Fernandes. Pedagogia e literatura: crianças e bichos na literatura infantil de Clarice
Lispector. Educar em Revista, v. 19, n. 21, p. 271-286, 2003. 
 
Pensando especialmente em obras como A vida Íntima de Laura, A mulher que matou os peixes
eCoelho Pensante, assinale a alternativa que define corretamente como é o narrador das obras de
Clarice Lispector:
O narrador da obra infantil de Clarice Lispector é provocador e fica dialogando com
seu leitor o tempo todo, criando uma cumplicidade e ao mesmo tempo não dá
respostas prontas.
O narrador da obra infantil de Clarice Lispector é provocador e fica
dialogando com seu leitor o tempo todo, criando uma cumplicidade e ao
mesmo tempo não dá respostas prontas.
Resposta correta. O narrador das obras de Clarice Lispector para crianças, de forma
geral, não é onisciente como quem conta um conto de fadas, não é protetor, não é
idêntico ao narrador de sua obra adulta e nem é identificado como criança. O narrador
fala diretamente com seu leitor, o provoca, e instiga, o torna cúmplice, fala com ele, faz
pedidos, o torna próximo de sua história. Essa é uma das inovações da escrita infantil
de Clarice Lispector: a forma com que o narrador envolve o seu leitor.
Pergunta 7
Resposta
Selecionada:
Emília é uma das personagens mais fascinantes da literatura brasileira, não apenas considerando a
literatura infantil e sim a literatura como um todo. Isso porque sua construção é complexa e ela une
fantasia e irreverência em apenas uma personagem. Com esse olhar crítico em relação a personagem,
analise o trecho literário a seguir: 
 
“Emília tinha ideias de verdadeira louca. 
– Vou lá – dizia ela – e agarro nas orelhas de dona Carocha e dou um pontapé naquele nariz de
papagaio e pego o Polegada pelas pelas botas e venho correndo. 
Narizinho ria-se, ria-se… 
– Vai lá onde, Emília? 
– Lá onde mora a velha. 
– E onde mora a velha? 
A boneca não sabia, mas não se atrapalhava na resposta. Emília nunca se atrapalhou nas suas
respostas. Dizia as maiores asneiras do mundo, mas respondia. 
– A velha mora com o Pequeno Polegada. 
– Polegar, Emília! 
– PO-LE-GA-DA. 
Era teimosa como ela só. Nunca disse doutor Caramujo. Era sempre doutor Cara de Coruja. E nunca
quis dizer Polegar. Era sempre Polegada”. 
 
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. v.2. Ilustrações Paulo Borges. São Paulo: Globo, 2007. 
 
Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados no texto-base, analise as asserções a
seguir e a relação proposta entre elas. 
 
I- Emília é um personagem que ao mesmo tempo é um alívio cômico na obra de Lobato é
também o personagem teimoso e confrontador servindo quase como alter ego das ideias de Lobato. 
PORQUE 
II- A atuação da boneca Emília nas obras do Sítio do Pica-Pau Amarelo subverte a lógica, flerta
com o absurdo e com a fantasia, e a personagem pode fazer isso pois sua própria existência é um
elemento insólito: é uma boneca falante.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.
1 em 1 pontos
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa correta da I.
Resposta correta. As duas asserções são verdadeiras: elucidam alguns aspectos
importantes na construção da personagem Emília. A primeira asserção destaca a
irreverência de Emília e com o fato dela representar um alter ego do autor. E a
segunda asserção destacao aspecto insólito e fantástico na construção da
personagem. Apesar de ambas verdadeiras, não há uma relação de causa e
independência entre as asserções.
Pergunta 8
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
Clarice Lispector tematiza em sua obra infantil especialmente animais: coelhos, galinhas, peixes.
Porém mesmo assim há um traço fantástico muito presente na sua obra. Em relação a isso, analise o
trecho a seguir: 
 
“O fato é que Clarice brinca abertamente com o tema do fantástico. Exemplo disso é o enredo de A
Vida Íntima de Laura: pequeno conto dentre os poucos que escreveu deliberadamente “para crianças”,
e que consiste na adaptação para o universo editorial infantil de um de seus muitos contos “para
adultos” sobre animais. Ou – talvez disséssemos com mais propriedade – de uma de suas narrativas
memorialistas e confessionais disfarçadas, nas quais ela discorre sobre o seu permanente espanto 
com uma ave doméstica – a galinha. E que se inicia com um alerta sobre o segredo da confissão:
“Vida íntima quer dizer que a gente não deve contar a todo o mundo o que se passa na casa da gente.
São coisas que não se dizem a qualquer pessoa” 
. 
FERREIRA, Ermelinda Maria Araújo. De maya à matrix: Clarice Lispector para a juventude. Revista
do GELNE, v. 18, n. 2, p. 225-246, 2016. 
 
Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados no texto-base, analise as asserções a
seguir e a relação proposta entre elas. 
 
I – As aventuras da galinha Laura são constituídas por explorações de linguagem e pistas de sentido
que são deixadas pela história. A cada instante, o leitor é instigado pelo narrador a refletir sobre as
complexidades da vida, como no momento em que é indagado como são os “humanos por dentro”. 
PORQUE 
II- A galinha da história de Clarice é Laura, uma galinha que parece comum, mas ao poucos o leitor vai
percebendo sua singularidade. A história não é linear, já que diferentes assuntos e planos vão se
intercalando na narrativa. 
 
Agora, assinale a alternativa correta:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa correta da I.
Resposta correta. As duas asserções caracterizam corretamente aspectos da obra. A
primeira aponta como o narrador conversa com seu leitor. A segunda aponta como
Laura é caracterizada e como não há uma linearidade na narrativa. Porém, apesar de
verdadeiras, não é possível perceber uma relação de causa e consequência entre as
asserções. Elas são independentes.
Pergunta 9
Mesmo no século XXI os contos de fada continuam a ser importantes na literatura infantil e na literatura
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
juvenil. No século XX, Monteiro Lobato já havia mostrado sua importância ao utilizar os contos de fadas
como ingrediente intertextual para algumas histórias do Sítio do Pica-Pau amarelo. Em relação aos
contos de fadas, analise as afirmativas a seguir: 
 
 I. O conto de fadas é considerado um gênero do passado, pertencente a um momento
histórico e a uma cultura específicos, portanto, não é um texto que deve ser lido por crianças no século
XXI. 
 
 II. A maioria dos contos de fadas possui uma ambientação que é reflexo das estruturas e de
ideologias patriarcais, o que tem como consequência uma série de preceitos misóginos, portanto, não
é um texto que deve ser lido por crianças no século XXI. 
 
 III. Os contos de fadas são importantes fontes de referência para autores de literatura infantil
até mesmo na contemporaneidade, isso porque são infinitas as possibilidades de construção de novos
sentidos. 
 
 IV. Os contos de fadas são violentos, incutem medos de toda espécie e provocam terrores
noturnos nas crianças. São textos conservadores e retrógrados, visto que reforçam atitudes sociais
escapistas, alienantes e conformistas. 
 
Assinale as alternativas que apontam as afirmativas corretas:
Apenas a afirmativa III é verdadeira.
Apenas a afirmativa III é verdadeira.
Resposta correta. A afirmação III é a única verdadeira, pois o mundo dos contos de
fadas permite releituras intertextuais que os ressignificam: ou seja, possibilitam outros
sentidos, outras leituras, recriações. Os Contos de Fadas ressurgiram nos anos 70
como uma forma de autores fazerem contundentes denúncias à ditadura e a
repressão, mas de forma absolutamente implícita. Essa capacidade da fantasia
encapsular novos sentidos torna os contos de fadas uma fonte interessante de
inspiração. Autoras contemporâneas que escrevem contos de fadas até hoje são
Marina Colasanti, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, entre outro.
Pergunta 10
Em relação ao uso da linguagem, observe um trecho retirado da obra Reinações de Narizinho. É um
trecho que narra o momento que Dona Benta contava histórias para seus netos: 
 
“A moda de Dona Benta ler era boa. Lia “diferente” dos livros. Como quase todos os livros para
crianças que há no Brasil são muito sem graça, cheios de termos do tempo da onça ou só usados em
Portugal, a boa velha lia traduzindo aquele português de defunto em língua do Brasil de hoje. Onde
estava, por exemplo, “lume”, lia “fogo”; onde estava “lareira” lia “varanda”. E sempre que dava com um
“botou-o” ou “comeu-o”, lia “botou ele”, “comeu ele” – e ficava o dobro mais interessante (LOBATO,
2007, p.36).” 
LOBATO, M. Reinações de Narizinho. v.2. Ilustrações Paulo Borges. São Paulo: Globo, 
2007. 
 
Vamos pensar na seguinte questão: Por que Dona Benta substitui o termo lareira por varanda? A
resposta será provavelmente que varanda é um ambiente mais brasileiro do que lareira, algo mais
presente na Europa e lugares frios. 
 
Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados, analise as asserções a seguir e a
relação proposta entre elas. 
 
I – Monteiro Lobato ao escrever, assim como Dona Benta ao contar histórias, usava termos, palavras
mais próximos do cotidiano das crianças. 
 
PORQUE 
1 em 1 pontos
Resposta
Selecionada:
 
Resposta Correta:
Comentário
da resposta:
 
II- Crianças não conseguem interpretar palavras muito difíceis e que não conhecem.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
Resposta correta. A asserção I é verdadeira: Lobato tentava construir uma linguagem
que pudesse incluir o universo da criança em todos os aspectos. Entretanto, aproximar
a linguagem da realidade da criança não é o mesmo que facilitar, que não utilizar
“palavras difíceis”. Crianças conseguem entender o sentido de palavras que nunca
viram pelo contexto de leitura, ou seja, é inadequado apontar que não podem existir
palavras complexas em obras para crianças. Adequação de linguagem não é o
mesmo que infantilização da linguagem, algo que não denota qualidade estética.
Assim, a segunda asserção é falsa.

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