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2 www.grancursosonline.com.br
Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................3
1. NORMAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS ............3
2. A ORGANIZAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO PÚBLICO ....................................................5
3. O DIREITO DE ACESSO AOS CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS ......8
3.1. Requisitos de Acesso ................................................................................................9
4. CONCURSO PÚBLICO ................................................................................................10
4.1. Exceções à Regra do Concurso Público................................................................12
5. ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES ........................................13
5.1. Exceção à Regra da Acumulação ...........................................................................14
6. RESUMO .......................................................................................................................16
7. QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................17
GABARITO .......................................................................................................................43
Sumário
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Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor 
público e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da 
Fazenda como Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com 
especialização em Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
INTRODUÇÃO
Olá!
Você sabe quais são as diferenças existentes entre cargos, empregos e funções públicas?
No estudo de hoje, iremos abordar as diferenças mencionadas não apenas sob a ótica 
legal, mas também doutrinária e jurisprudencial! Ao final, temos uma bateria de 30 (trinta) 
questões de concursos públicos, todas comentadas, para melhor fixação do conteúdo.
Vamos lá?
1. NORMAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Nossa Carta Constitucional trouxe diversas regras de organização do Estado brasileiro, 
dentre as quais aquelas concernentes à Administração Pública e seus agentes.
A expressão agente público tem sentido amplo, servindo para designar qualquer pessoa 
física que exerça uma função pública, de forma remunerada ou gratuita, de natureza 
política ou administrativa, com investidura definitiva ou transitória.
Os agentes políticos são aqueles que exercem típicas atividades de governo, cabendo-
-lhes propor ou decidir as diretrizes políticas dos entes públicos. Nessa categoria estão inclu-
ídos os chefes do Poder Executivo federal, estadual e municipal, bem como seus auxiliares 
diretos (Ministros e Secretários de Governo) e os membros do Poder Legislativo (Senadores, 
Deputados e Vereadores).
Os agentes políticos, em geral, exercem mandato eletivo. A exceção fica por conta dos 
Ministros e Secretários, que ocupam cargos comissionados, de livre nomeação e exoneração.
Alguns autores, a exemplo do saudoso mestre Hely Lopes Meirelles, dão sentido mais 
amplo à categoria de agentes políticos, de forma a compreender os demais agentes que 
exercem, com alto grau de autonomia, parcelas da soberania do Estado em virtude de pre-
visão constitucional. Tal é o caso dos membros da Magistratura, do Ministério Público e dos 
Tribunais de Contas.
A doutrina moderna constitucionalista confere ao Poder Judiciário um papel muito mais 
atuante e politizado do que houvera em outros tempos, já que os juízes exercem também 
uma parcela da soberania do Estado (Hely Lopes Meirelles, 2003, e Maria Sylvia Zanella Di 
Pietro, 2006). No entanto, nos manuais de alguns doutrinadores do Direito Administrativo, a 
exemplo de José dos Santos Carvalho Filho, Diogenes Gasparini, Celso Antônio Bandeira 
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Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
de Mello, entre outros, essa visão mais moderna não é compartilhada, dado que entendem 
que os juízes não seriam agentes políticos em razão de não terem a atribuição de definir as 
políticas públicas ou a possibilidade de serem eleitos.
Outra categoria de agentes públicos é a dos particulares em colaboração com o Poder 
Público. Nessa classe encontram-se as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, 
sem vínculo de trabalho, com ou sem remuneração. Exemplos: 
a) titulares de serviços notariais e de registro público não oficializados; 
b) jurados;
c) convocados para prestar serviço eleitoral etc. 
A terceira categoria de agentes públicos é composta pelos militares, que, anteriormente 
ao advento da EC nº19/1998, eram tratados como “servidores militares”. São militares aque-
les que prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), às Polícias 
Militares ou aos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e territórios, 
sob vínculo jurídico estatutário e com remuneração paga pelos cofres públicos. Em que pese 
se submeterem a um regime jurídico indiscutivelmente estatutário (disciplinado em lei), os 
militares se submetem a regras jurídicas diversas daquelas aplicadas aos servidores civis 
estatutários, o que justifica o enquadramento numa categoria própria de agentes públicos.
Sem prejuízo da legislação específica a que estão submetidos, a Constituição Federal 
assegurou aos militares alguns direitos sociais conferidos aos trabalhadores em geral, quais 
sejam: 13º salário, salário-família, férias anuais remuneradas com acréscimo de pelo menos 
um terço da remuneração normal; licença à gestante com a duração de 120 dias; licença-
-paternidade e assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até cinco 
anos de idade em creches e pré-escolas. 
Além disso, submetem-se por força constitucional a algumas regras próprias dos servi-
dores públicos civis: teto remuneratório, irredutibilidade de vencimentos, proibição de vincu-
lação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração e 
proibição de que acréscimos pecuniários já auferidos repercutam no cálculo de novos acrés-
cimos pecuniários. 
Não obstante tais semelhanças, aos militares são aplicadas vedações que constituem, 
em regra, direito dos demais agentes públicos, como são os casos da sindicalização, da 
greve e, quando em serviço ativo, da filiação a partido político.
Por fim, temos os servidores públicos (servidores civis). Em sentido amplo, servidor 
público são todas as pessoas físicas que prestam serviços às entidades federativas ou as 
pessoas jurídicas da Administração Indireta em decorrência de relação de trabalho e com 
remuneração paga pelos cofres públicos, integrando o quadro funcional dessas pessoas 
jurídicas.
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Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
Alguns autores administrativistas dividem os servidores públicos em civis e militares. Em 
razão de termos adotado a classificação proposta por Maria Sylvia Z. Di Pietro, optamos por 
tratar os servidores militares como uma categoria à parte, chamando-os apenas de militares, 
utilizando a expressão servidores públicos para designar apenas os servidores públicos civis.
Os servidores estatutários são aqueles que ocupam cargo público, sendo regidos pelo 
regime estatutário, enquanto os empregados públicos são aqueles contratados sob o regime 
da CLT e que ocupam empregos públicos. Por fim, têm-se os servidores temporários, que 
são os contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excep-
cional interesse público. Estes últimos exercem funções públicas, mas sem ocupar cargoou emprego público, sendo regidos por regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de 
cada unidade federativa.
Diversos aspectos da relação entre a Administração Pública e seus servidores estão dis-
ciplinados diretamente em nosso texto consitucional. 
Na primeira parte desta aula trataremos da disciplina constitucional relativa ao assunto, a 
qual se aplica indistintamente aos servidores de todos os entes federados. Em aula especí-
fica, desenvolveremos os principais pontos da Lei nº 8.112/1990, que dispõe especificamente 
sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das funda-
ções públicas federais.
2. A ORGANIZAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO PÚBLICO
Os servidores públicos são organizados em quadros funcionais. O quadro funcional é 
o conjunto de cargos, empregos e funções públicas de um mesmo ente federado, de seus 
órgãos internos ou de uma pessoa jurídica da Administração Indireta.
O cargo público representa para a estrutura dos entes públicos e seus órgãos o que 
a célula representa para os seres vivos e seus órgãos. Se a célula é a unidade estrutural 
e funcional comum a todos os seres vivos, correspondendo à menor porção independente 
de matéria viva, o cargo é o menor centro de competência estrutural e funcional dos entes 
públicos. É que os entes públicos possuem existência abstrata e somente conseguem atuar 
no mundo jurídico por intermédio dos seres humanos que titularizam os cargos públicos e 
exercem as respectivas competências. Nesse contexto, a título de exemplo, o Estatuto dos 
Servidores Civis da União (Lei nº 8.112/1990) define cargo público como “o conjunto de atri-
buições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas 
a um servidor” (art. 3º). Em termos mais práticos, o cargo é uma posição na estrutura organi-
zacional a ser preenchido por um servidor público.
Os cargos públicos, em regra, somente podem ser criados, transformados ou extintos 
por lei. Em outras palavras, cabe ao Poder Legislativo, com a sanção do chefe do Poder 
Executivo, dispor sobre a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e fun-
ções públicas.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
No caso de cargos do Poder Legislativo, a criação não depende propriamente de lei, mas 
de uma norma que, apesar de possuir a mesma hierarquia de uma lei, não depende de deli-
beração executiva (sanção ou veto do chefe do Executivo). Tais normas, em regra, denomi-
nam-se “Resoluções”, configurando verdadeiras “leis sem sanção”.
É também a norma criadora do cargo que define a denominação, as atribuições e a remu-
neração correspondentes.
 Questão de grande relevância é a iniciativa da lei que cria, extingue ou transforma cargos. 
No caso dos cargos do Executivo, a iniciativa é privativa do chefe desse Poder (CRFB, art. 
61, § 1º, II, “a”). Já em relação aos cargos da estrutura do Poder Judiciário, dos Tribunais 
de Contas e do Ministério Público a lei em questão será de iniciativa dos respectivos Tribu-
nais ou Procuradores-Gerais (para o Ministério Público). Quanto ao Legislativo, como foi dito 
anteriormente, os cargos serão criados, extintos ou transformados por atos normativos inter-
nos desse Poder (Resoluções), cuja iniciativa é da respectiva Mesa Diretora.
Antes da EC 32/2001, os cargos e as funções públicas só podiam ser extintos por lei. 
Todavia, a referida emenda constitucional alterou a redação do art. 84, VI, “b”, da CF, pas-
sando a admitir que o Presidente da República possa extinguir funções ou cargos públicos 
por meio de decreto, quando os cargos ou funções se encontrarem vagos.
Aplicando-se o princípio da simetria, tem-se por consequência que os Governadores e 
Prefeitos também podem extinguir por decreto funções ou cargos públicos vagos nos Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios, se houver semelhante previsão nas respectivas Constitui-
ções Estaduais ou Leis Orgânicas.
Em outras palavras, os cargos ou funções públicas, embora sejam criados por lei, podem 
ser extintos por lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo, se estiverem vagos. Res-
saltamos que, se o cargo estiver ocupado, só poderá ser extinto por lei, não se admitindo a 
edição de decreto com essa finalidade.
Os cargos podem ser organizados em carreira ou isolados. Os cargos organizados em 
carreira são aqueles cujos ocupantes podem percorrer várias classes ao longo da sua vida 
funcional, em razão da progressão do servidor na carreira. Por exemplo, a carreira de médico 
de determinado órgão pode ser dividida em três classes funcionais: 1ª, 2ª e 3ª Classes, de 
modo que a antiguidade e o merecimento do profissional sirvam como critérios para a suces-
siva progressão entre tais classes. Já os cargos não organizados em carreira são chamados 
de cargos isolados, não permitindo a progressão funcional dos seus titulares.
No tocante às garantias e características especiais que lhe são inerentes, os cargos 
podem ser classificados em: 
a) vitalícios; 
b) efetivos; e 
c) comissionados.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Os cargos vitalícios e os efetivos oferecem garantia de permanência aos seus ocupan-
tes. Em regra, a nomeação para cargos efetivos e vitalícios depende de prévia aprovação 
em concurso público. Em caráter de exceção, a nomeação para alguns cargos vitalícios não 
exige concurso público, a exemplo dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Por sua vez, os cargos em comissão (ou comissionados) são ocupados de maneira tran-
sitória, em razão da confiança depositada no seu titular pela autoridade nomeante. A nome-
ação para cargo em comissão não depende de aprovação em concurso público e a exone-
ração do seu ocupante pode ser feita a qualquer tempo, a critério da autoridade nomeante 
(ad nutum), sem necessidade de motivação ou processo administrativo. Como exemplo de 
cargos comissionados, podemos citar os de Ministro e o de Secretário de Estado.
De acordo com o art. 37, V, da CF, os cargos comissionados se destinam apenas às atri-
buições de direção, chefia e assessoramento. Com efeito, lei que criar cargo comissionado 
de natureza meramente técnica e operacional, dispensando a relação de confiança pessoal 
da autoridade pública no servidor nomeado, será considerada inconstitucional por violar o 
art. 37, V, da CF, e também por afrontar a regra do concurso público, que é instrumento de 
efetivação dos princípios da igualdade, da impessoalidade e da moralidade administrativa, 
conforme já decidiu o STF (ADI 3.706, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJ 05.10.2007; e 
ADI 4.125, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 10.06.2010, Plenário, DJE 15.02.2011).
Do mesmo modo, o STF também já decidiu que deve haver uma relação de proporcio-
nalidade entre o número de cargos efetivos e de cargos em comissão, sob pena de violação 
ao disposto no art. 37, II e V, da CF e ao princípio da moralidade (RE 365.368-AgR, Rel. 
Min. Ricardo Lewandowski, j. 22.05.2007, 1ª Turma, DJ 29.06.2007; e ADI 4.125, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, j. 10.06.2010, Plenário, DJE 15.02.2011).
Os cargos comissionados podem ser ocupados tanto por pessoas que já possuem um 
vínculo funcional com a Administração como por pessoas estranhas ao quadro de pessoal da 
Administração. No entanto, em razão de previsão constitucional, a lei deverá estabelecer as 
condições e os percentuais mínimos de cargos comissionados a serem ocupados por servi-
dores de carreira (CF, art. 37, V).
Os empregos públicos são unidades de atribuições a serem ocupadas por servidores 
regidos sob o regime da CLT, também chamados de servidores “celetistas” ou empregados 
públicos. O que basicamente diferencia o cargo do emprego público é o vínculo que liga o 
servidor ao Estado.
O vínculo jurídico do empregado público é de natureza contratual; ao contrário do vínculo 
do servidor titular de cargo público, que é de natureza estatutária, institucional.
Naspessoas de Direito Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e em suas 
autarquias e fundações públicas de direito público, tendo em vista a restauração da reda-
ção originária do caput do art. 39 da CRFB (ADI 2135 MC/DF), o regime a ser adotado é o 
estatutário. No entanto, conforme será destacado a seguir, é possível a convivência entre 
o regime estatutário e o celetista no tocante aos entes que, anteriormente à concessão da 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
medida cautelar supracitada, tenham realizado admissões no regime de emprego público. Já 
nas pessoas de Direito Privado da Administração Indireta (empresas públicas, sociedades de 
economia mista e fundações públicas de direito privado) somente é possível a existência de 
empregados públicos.
Ao lado dos cargos e empregos públicos existem certas atribuições que também são 
exercidas por servidores públicos, mas sem que essas funções componham o rol de atribui-
ções de determinado cargo ou emprego público, a exemplo das funções exercidas por servi-
dores contratados temporariamente, em razão de excepcional interesse público, com base no 
art. 37, IX, da CF. Os servidores temporários desempenham suas funções sem titularizarem 
cargo ou emprego público. Ademais, existem funções de chefia, direção e assessoramento 
para as quais o legislador não cria o cargo respectivo, já que serão exercidas exclusivamente 
por ocupantes de cargos efetivos, conforme disposto no art. 37, V, da CF.
A propósito, registramos que, da mesma forma que previsto para os cargos em comissão, 
as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assesso-
ramento” (CF, art. 37, V).
3. O DIREITO DE ACESSO AOS CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS
O art. 37, I, da Constituição Federal, com redação dada pela EC 19/1998, estabelece 
atualmente que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”. 
Vale a pena registrar que a referida emenda constitucional, ao alterar a redação do art. 37, 
I, da CRFB, passou a admitir, de modo geral, a possibilidade de estrangeiro ocupar cargo, 
emprego e funções públicas, na forma da lei. Todavia, conforme já decidiu o Supremo Tribu-
nal Federal, a norma constitucional que confere esse direito ao estrangeiro é de eficácia limi-
tada (depende de regulamentação para produzir efeitos); portanto, não é autoaplicável (RE 
544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 09.09.2008, 2ª Turma, DJE 10.10.2008).
Embora na redação original do dispositivo constitucional referido não houvesse menção 
aos estrangeiros, já se admitia à época que estes fossem contratados temporariamente em 
caso de excepcional interesse público, com base no art. 37, IX, da CF. Tanto assim que a Lei 
8.745/1993, confirmando essa tese e regulamentando essa hipótese, estabeleceu, no art. 
2º, V, a possibilidade de a Administração Direta Federal, assim como as autarquias e funda-
ções públicas federais, admitirem professor e pesquisador visitante estrangeiro, em caso de 
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Na esteira da evolução constitucional sobre o assunto, a Emenda Constitucional 11/1996 
incluiu dois parágrafos no art. 207, passando a admitir a possibilidade de contratação de pro-
fessores, técnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica.
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Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
Em razão dessa modificação constitucional, foi editada a Lei 9.515/1997, que incluiu o 
§ 3º ao art. 5º da Lei nº 8.112/1990 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União, 
das autarquias e das fundações públicas federais), estabelecendo que “as universidades e 
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimen-
tos dessa Lei.
No tocante aos brasileiros, o art. 37, I, da Constituição Federal não faz distinção entre 
brasileiros natos e naturalizados, bastando apenas que atendam aos requisitos legais para 
terem a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Contudo, de 
acordo com o art. 12, § 3º, da Constituição Federal, os seguintes cargos são privativos de 
brasileiros natos: 
a) Presidente e Vice-Presidente da República; 
b) Presidente da Câmara dos Deputados; 
c) Presidente do Senado Federal; 
d) Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
e) carreira diplomática; 
f) oficial das Forças Armadas; 
g) Ministro de Estado da Defesa. É importante esclarecer que a norma constitucional que 
confere aos brasileiros o direito de acesso aos cargos, empregos e funções públicas é de 
eficácia contida (para os estrangeiros a norma é de eficácia limitada), o que significa que a 
princípio qualquer cargo, emprego ou função pública é acessível a todos os brasileiros (res-
peitados os cargos que por disposição constitucional são privativos de brasileiros natos), mas 
a legislação infraconstitucional poderá estabelecer limitações ao exercício desse direito, a 
exemplo dos requisitos de idade, escolaridade etc.
3.1. Requisitos de Acesso
O art. 37, I, da Constituição Federal estabelece que o acesso aos cargos, empregos e 
funções públicas depende do preenchimento dos requisitos estabelecidos em lei, que, por 
exemplo, pode estabelecer requisitos de escolaridade, idade mínima e máxima, experiência 
profissional etc.
A exigência desses requisitos deve guardar previsão legal. Os nossos tribunais judiciá-
rios têm considerado que ofende a Constituição a exigência de requisitos previstos apenas 
em edital de concurso público ou em ato administrativo infralegal. A título de exemplo, é pos-
sível citar o seguinte entendimento do STF: A exigência de experiência profissional prevista 
apenas em edital importa em ofensa constitucional (RE 558.833-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 
j. 08.09.2009, 2ª Turma, DJE 25.09.2009).
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Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
Além disso, a exigência legal deve respeitar os princípios da isonomia e da razoabilidade. 
Não é tolerável a discriminação de candidatos a cargos, empregos e funções públicas em 
razão de raça, preferência sexual, religiosa, política etc. Eventuais leis que contenham tais 
discriminações ferem o princípio da isonomia e os direitos fundamentais da pessoa humana, 
devendo ser consideradas inconstitucionais.
No tocante ao limite de idade e ao sexo do candidato, a exigência legal somente pode 
ser admitida quando justificada pela natureza das atribuições do cargo. Por exemplo, é razo-
ável e constitucional a previsão legal que impõe aos estabelecimentos penais destinados 
a mulheres que os cargos de agentes de segurança de suas dependências internas sejam 
ocupados apenas por pessoas do sexo feminino.
No que concerne à possibilidade de imposição de limite etário para ingresso no serviço 
público, vale a pena citar o que foi registrado na Súmula 683 do STF:
Súmula 683 do STF – “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legi-
tima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido”.
Assim, seria válida a exigência prevista em lei de determinada idade compatível para 
ingresso em um cargo cujas atribuições possam exigir maior vigor físico, como é o caso dos 
policiais, que precisam realizar rondas, eventualmente perseguir criminosos, usar da força 
para executar prisões etc. Todavia, seria inconstitucional a lei que estabelecesse limite de 
idade para ingresso em cargo cujas atribuições sejam meramente burocráticas, como o de 
agente administrativo, ou intelectuais, como o de professor.
Registramos que, com o advento da Lei 13.303/2016 (Lei de Responsabilidadedas Esta-
tais), finalmente foram inseridas no direito brasileiro regras que restringem a utilização de 
critérios políticos e impõem a aferição da qualificação técnica para que sejam feitas as indi-
cações para os cargos de Direção e do Conselho de Administração das empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
4. CONCURSO PÚBLICO
O concurso público é um procedimento administrativo destinado à seleção de pessoas 
que irão ocupar empregos públicos ou cargos públicos de provimento efetivo ou vitalício. 
Trata-se de uma forma de escolha meritória, que atende aos princípios da igualdade e da 
moralidade administrativa, evitando-se com isso que o ingresso no serviço público se dê por 
critérios de favorecimento pessoal ou nepotismo. 
É importante não confundir o concurso público enquanto processo seletivo destinado à 
escolha de servidores ou empregados públicos com o concurso previsto na Lei de Licitações 
e Contratos (Lei 8.666/1993), que se constitui em modalidade de licitação cujo objetivo é 
escolher trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remu-
neração aos vencedores.
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Diferenças Práticas entre Cargos, Empregos e Funções Públicas
DIREITO ADMINISTRATIVO
O concurso público deve ser aberto a todos os interessados, não se admitindo atualmente 
os chamados “concursos internos” (ou seja, aqueles abertos apenas aos que já são servido-
res públicos), a “transferência” de servidores de um cargo para outro sem concurso público, 
ou a “transformação” do cargo original em cargo diferente, com atribuições distintas daquelas 
pertencentes ao cargo legitimamente ocupado. A Suprema Corte entende que todas essas 
hipóteses implicam violação da Constituição Federal, já que resultam no provimento do ser-
vidor em novo cargo sem a realização de concurso público de provas ou de provas e títulos. 
Atualmente, tal entendimento está cristalizado na Súmula Vinculante 43, onde foi assentado 
que: “é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, 
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não 
integra a carreira na qual anteriormente investido”.
É também do STF o entendimento cristalizado na Súmula 684, segundo o qual “é incons-
titucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público”.
O enunciado sumular deixa claro que o veto proibido é o arbitrário, sem qualquer fun-
damento legal, contudo é possível aquele suficientemente motivado por circunstâncias que 
legalmente o justifiquem. A título de exemplo, é válido o veto à participação num concurso 
para cargo policial, de interessado que, na data da solicitação de inscrição, já tenha ultrapas-
sado o limite máximo de idade para exercício do cargo pretendido. A realização de concurso 
é obrigatória tanto para os cargos e empregos da Administração Direta quanto para os da 
Administração Indireta, inclusive no caso das entidades regidas predominantemente pelo 
direito privado (empresas públicas e sociedade de economia mista).
Em respeito à regra do concurso público, a jurisprudência tem entendido pacificamente 
que, ressalvadas as exceções constitucionalmente admitidas (estudadas no tópico a seguir), 
as admissões realizadas sem concurso público em data posterior à Constituição Federal de 
1988 são nulas, não gerando efeitos trabalhistas. Registramos, por oportuno, que, nos casos 
em que sociedade de economia mista ou empresa pública firma contrato de trabalho nulo em 
virtude da ausência de concurso público e posteriormente é privatizada, a nulidade é sanada 
e o contrato é convalidado desde a data da admissão, continuando a gerar seus efeitos após 
a privatização. É que, como a exigência de concurso não se aplica a entidades alheias à 
administração pública, seria excesso de formalismo anular-lhes os contratos trabalhistas em 
virtude justamente da falta de concurso no passado.
Foi inspirado nesse raciocínio que o Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula 430, 
com a seguinte redação: “Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado 
nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Admi-
nistração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização”.
Mesmo que reconhecida a nulidade da admissão, para que não haja indevido enriqueci-
mento sem causa por parte do Estado, que efetivamente recebeu a prestação de serviços, os 
servidores ilicitamente admitidos têm o direito ao recebimento do saldo de salários dos dias 
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efetivamente trabalhados (STF, AI 680.939-AgR). Digno de nota que, além do pagamento das 
horas trabalhadas, o Tribunal Superior do Trabalho tem reconhecido ao trabalhador admitido 
sem concurso o direito aos valores referentes aos depósitos do FGTS (Súmula 363 do TST).
Também em virtude da exigência constitucional de concurso público, o servidor que sofre 
desvio de função em data posterior à Constituição de 1988 não terá direito a ser enqua-
drado no cargo cujas atribuições indevidamente exercia, afinal, não prestou concurso para 
tal cargo. No entanto, caso a remuneração desse cargo seja superior à do cargo efetivo do 
servidor, ele terá direito à diferença das remunerações a título de indenização. Se assim não 
fosse, também estaria configurado o enriquecimento sem causa por parte do Estado, que 
seria beneficiado por pagar menos por um serviço que legalmente deve ser remunerado com 
um valor mais elevado (STF, AI 594.942-AgR).
O concurso público pode ser de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e 
a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei (CRFB, art. 37, II). Em outras 
palavras, não se admite que o concurso seja somente de títulos. A opção pelo concurso ser 
apenas de provas ou conter também o exame de títulos deve levar em consideração as atri-
buições a serem exercidas. Assim, nos cargos e empregos de menor complexidade, a exem-
plo daqueles destinados ao exercício de funções administrativas básicas, não será exigido o 
exame de títulos. Em sentido contrário, em cargos como o de Juiz ou Promotor de Justiça a 
avaliação dos títulos do candidato deverá se constituir em fase do concurso.
4.1. Exceções à Regra do Concurso Público
A título de exceção, em algumas situações a própria Constituição Federal prevê que o 
acesso a cargos e empregos públicos se dê sem a necessidade de concurso público, o que 
ocorre nos seguintes casos:
a) cargos de mandato eletivo, em que a escolha se dá por eleição;
b) cargos em comissão, em que a escolha é feita de forma livre pela autoridade compe-
tente, de acordo com a confiança que deposita no profissional;
c) contratações temporárias por excepcional interesse público. Sob o ponto de vista lite-
ral a Constituição Federal não dispensa expressamente o concurso nessa hipótese, apenas 
prevê que “a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para aten-
der a necessidade temporária de excepcional interesse público” (art. 37, IX). Todavia, no 
âmbito da administração direta federal e das autarquias e fundações públicas federais, a Lei 
8.745/1993 previu que a contratação temporária seria feita mediante processo seletivo sim-
plificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através do Diário Oficial da União, prescindindo 
de concurso público;
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d) ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a 
Segunda Guerra Mundial (ADCT, art. 53, I). Embora a Constituição Federal consagre essa 
hipótese de exceção ao concurso público, hoje em dia, na prática, não é mais aplicável 
porque os excombatentes da Segunda Guerra Mundial, se ainda estiverem vivos, certamente 
já terão idade superior à permitida para permanecer no serviço público;
e) Outras hipóteses: Ministrosou Conselheiros dos Tribunais de Contas; Ministros do 
STF, do STJ, TSE, TST e STM; integrantes do quinto Constitucional dos Tribunais Judiciários.
Além dessas exceções, a EC 51/2006 incluiu o § 4º no art. 198 da CF, segundo o qual “os 
gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde 
e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com 
a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação”. 
Nota-se que o dispositivo transcrito não faz referência a concurso público, mas a processo 
seletivo público. Inicialmente, boa parte dos estudiosos esposou a tese de que a expressão 
“processo seletivo público” significaria um procedimento simplificado, dispensando-se a exi-
gência do concurso público. Contudo, a Lei 11.350/2006, que regulamentou o mencionado 
dispositivo constitucional, trouxe a previsão no art. 9º de que “a contratação de Agentes 
Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias deverá ser precedida de 
processo seletivo público de provas ou de provas e títulos”. Assim, o mecanismo de seleção 
desses agentes ficou em tudo assemelhado ao que é exigido num concurso público, tor-
nando de pouca importância prática a controvérsia, ainda não resolvida, sobre a obrigatorie-
dade ou não da realização de concurso público para a admissão desses agentes públicos.
5. ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES 
A Constituição Federal proíbe a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções 
públicas (art. 37, XVI e XVII). A proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos 
e funções públicas abrange, além da Administração Direta, autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder público.
É importante registrar que, na redação original da Constituição Federal, a vedação de 
acumulação abrangia apenas os cargos, empregos e funções da Administração Direta e das 
pessoas jurídicas que compõem a Administração Indireta. No entanto, a partir da EC 19 a 
proibição passou a ser mais abrangente, alcançando também as subsidiárias das empresas 
públicas e sociedades de economia mista, bem como qualquer sociedade controlada, direta 
ou indiretamente, pelo Poder Público.
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5.1. Exceção à Regra da Acumulação
A acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas somente é conside-
rada lícita nas hipóteses previstas expressamente na Constituição Federal. Contudo, mesmo 
nos casos em que se admite a acumulação remunerada, ela só é possível se houver compa-
tibilidade de horário entre os dois vínculos, o que significa que nem em parte poderá haver 
sobreposição de jornada de trabalho. Além disso, a Constituição Federal deixa claro que as 
remunerações acumuladas não poderão ultrapassar o teto constitucional de remuneração.
Nas hipóteses em que a Constituição Federal admite a acumulação, a princípio não é o 
número de horas diárias ou semanais a serem suportadas pelo profissional que torna ilícita 
a acumulação, mas a incompatibilidade de horários (nesse sentido, STJ, AgRg no REsp 
1198868/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 03.02.2011, DJe 10.02.2011).
Contudo, o entendimento acima explanado não afasta a necessidade de que, em respeito 
ao princípio da eficiência e à necessidade de higidez física e mental do servidor, seja estipu-
lado um limite máximo razoável de jornada, de acordo com a atividade desenvolvida.
Nesse contexto, o Superior Tribunal de Justiça, considerando que a submissão de servi-
dores da área da saúde a jornadas de trabalho exageradas poria em risco a vida dos usuários 
do sistema público de saúde, afirmou que “é vedada a acumulação de dois cargos públicos 
privativos de profissionais de saúde quando a soma da carga horária referente aos dois 
cargos ultrapassar o limite máximo de sessenta horas semanais” (MS 19.336-DF). No jul-
gado, foi expressamente mencionada decisão em sentido semelhante do Tribunal de Contas 
da União afirmando a coerência em limitar as jornadas dos profissionais de saúde a sessenta 
horas semanais, contemplando diariamente dois turnos de seis horas, com um intervalo de 
uma hora para alimentação e deslocamento entre os turnos, deixando, em cada dia útil, um 
intervalo de onze horas de descanso de interjornada (TCU, Acórdão 2.133/2005).
 No caso de acumulação de cargos de professor, tanto STF (MS 26085/DF), quanto STJ 
(REsp 1.95.791 -RJ) entendem inconstitucional a acumulação de dois cargos com jornada de 
40 horas semanais, quando um deles exige dedicação exclusiva. Apesar da maneira como 
foram redigidos os acórdãos, da análise de seus votos condutores fica fácil perceber que as 
Cortes consideraram que tanto o fato de as jornadas acumuladas serem de 40 horas quanto 
a exigência da dedicação exclusiva, isoladamente, já redundariam na impossibilidade de 
acumulação. 
Assim, desde que haja compatibilidade de horário, de acordo com o art. 37, XVI, “a”, “b” 
e “c”, da Constituição Federal, a acumulação remunerada é permitida nos seguintes casos:
a) dois cargos de professor;
b) um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regu-
lamentadas.
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Nos casos em que é possível a acumulação, esta pode se dar no mesmo regime ou em 
regimes diversos. Vale dizer, a acumulação pode ser de dois cargos, dois empregos (cele-
tista) ou de um cargo e um emprego. Nesses termos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que 
“é possível a acumulação de um cargo de professor com um emprego (celetista) de profes-
sor. Interpretação harmônica dos incisos XVI e XVII do art. 37 da CF” (RE 169.807, Rel. Min. 
Carlos Velloso, j. 24.06.1996, 2ª Turma, DJ 08.11.1996).
O conceito de cargo técnico ou científico, em razão da ausência de uma explicitação 
legal, tem provocado algumas controvérsias que a doutrina e a jurisprudência têm se encar-
regado de resolver. Para o STJ, “Cargo científico é o conjunto de atribuições cuja execução 
tem por finalidade investigação coordenada e sistematizada de fatos, predominantemente de 
especulação, visando a ampliar o conhecimento humano. Cargo técnico é o conjunto de atri-
buições cuja execução reclama conhecimento específico de uma área do saber” (RMS 7.550/
PB, 6ª Turma, Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, DJ 02.03.1998).
É importante registrar que, para que um cargo seja considerado “técnico” para efeito de 
possibilitar a acumulação remunerada, não é suficiente que sua denominação formal conte-
nha o termo “técnico”. Por outro lado, o fato de o cargo ocupado exigir apenas nível médio 
de ensino, por si só, não exclui o caráter técnico da atividade, pois o texto constitucional não 
exige formação superior para tal caracterização. O que importa para que o cargo seja con-
siderado “técnico” para fins de acumulação é o desempenho de funções que exigem uma 
formação específica, que não se confundem com funções rotineiras, simples e burocráticas.
Com efeito, a jurisprudência do STJ, apenas para exemplificar, tem considerado que 
não se enquadram como “técnico” ou “científico” os seguintes cargos: analista técnico-jurí-
dico, técnico judiciário (nível médio), técnico de finanças e controle da Controladoria-Geral 
da União, agente de polícia civil, policial militar, técnico administrativo educacional, auxiliar 
administrativo, atendente de telecomunicações etc.
A respeito da hipótese de acumulação prevista no art. 37, XVI, “c”, vale o registro de que 
a redação do mencionado dispositivo foi alterada pela EC 34/2001. Anteriormente, a hipó-
tese prevista era de acumulação de “dois cargos privativos de médico”. Todavia, após a EC 
34/2001, a norma constitucional passou a fazer referência à possibilidadede acumulação de 
“dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamen-
tadas”. Por profissionais de saúde devem ser entendidos aqueles que exercem atividade 
técnica diretamente ligada ao serviço de saúde, a exemplo de médicos, enfermeiros, den-
tistas etc.
 O STF já decidiu que a possibilidade da acumulação de cargos privativos de profissionais 
de saúde inclui também os assistentes sociais que exercem suas funções em unidades de 
saúde (RE 553.670-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 14.09.2010, 2ª Turma, DJE 1º.10.2010).
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Importante registrar que a Emenda Constitucional 77/2014 expressamente estendeu aos 
profissionais de saúde das Forças Armadas essa possibilidade de acumulação de cargos, 
desde ela ocorra “na forma da lei e com prevalência da atividade militar” (CRFB, art. 142, § 
3º, VIII).
Além das hipóteses previstas no art. 37, XVI, da CF, a Constituição Federal prevê a pos-
sibilidade de acumulação remunerada nos seguintes casos:
a) um cargo de juiz com outro de magistério (art. 95, parágrafo único, I);
b) um cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério (art. 128, § 
5º, II, “d”);
c) um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou função pública (art. 38, III).
6. RESUMO
Portanto, caros alunos, temos que ...
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7. QUESTÕES COMENTADAS
Para finalizar, vamos resolver mais algumas questões de prova para consolidar o assunto:
1. (CEBRASPE/SEFAZ-RS/AUDITOR DO ESTADO/2018) Maria, ocupante do cargo de 
assistente social do estado do Rio Grande do Sul, prestou concurso público para o 
emprego de enfermeira em uma sociedade de economia mista federal. Há compatibili-
dade de horários no exercício cumulativo das duas funções.
Conforme o entendimento do STF, nessa situação Maria
a) não pode acumular as duas funções, pois a Constituição Federal de 1988 (CF) apenas 
permite a acumulação remunerada de cargo público quando um deles é de nível médio.
b) não pode acumular as duas funções, pois o cargo de assistente social não é consi-
derado cargo da área da saúde.
c) pode acumular as duas funções, pois a situação está abarcada nas hipóteses excep-
cionais de acumulação remunerada de cargos e empregos públicos.
d) pode acumular as duas funções, pois a proibição constitucional de acumulação ape-
nas abarca cargos e empregos no âmbito de um mesmo ente federativo. 
e) pode acumular as duas funções, uma vez que a Constituição Federal de 1988 (CF) 
permite a acumulação remunerada de um cargo de profissional de saúde com outro 
técnico ou científico.
COMENTÁRIO
O STF já decidiu que a possibilidade da acumulação de cargos privativos de profissio-
nais de saúde inclui também os assistentes sociais que exercem suas funções em unida-
des de saúde:
1. O assistente social tem sua profissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93, a qual foi ca-
racterizada como de profissional da área de saúde pela Resolução nº 383/99 do Conselho 
Federal de Serviço Social (CFESS) e pela Resolução nº 218/97 do Conselho Nacional de 
Saúde (CNS). 2. Ao servidor público investido em dois cargos públicos de assistente social, 
demonstrada a ausência de choque entre as cargas horárias respectivas, deve ser assegu-
rado o direito à acumulação dos referidos cargos, porquanto preenchidos os requisitos exi-
gidos pelo artigo 37, XVI, "c", da Constituição Federal, a saber: compatibilidade de horários 
e exercício de cargos privativos de profissionais de saúde, com profissão regulamentada. 
(ARE 859682, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 15/02/2015, publicado em 
DJe-035 DIVULG 23/02/2015 PUBLIC 24/02/2015).
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2. (CEBRASPE/SEFAZ-RS/AUDITOR DO ESTADO/2018) Conforme o STF, no que se 
refere às carreiras de segurança pública, o exercício do direito de greve é
a) vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na 
área de segurança pública.
b) permitido aos servidores públicos civis e aos militares.
c) permitido apenas aos policiais civis, salvo em caso de estado de sítio e estado 
de defesa.
d) permitido apenas aos policiais civis que atuem diretamente na área de seguran-
ça pública.
e) vedado aos policiais civis, salvo se essa atividade for suprida por órgão da iniciati-
va privada.
COMENTÁRIO
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais 
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança públi-
ca. ARE 654432/GO, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgamento em 5.4.2017. (ARE-654432).
3. (MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) Assinale a alternativa correta.
a) O prazo de validade de concurso público é de dois anos, prorrogável até o preenchi-
mento de todos os cargos pelos candidatos aprovados.
b) A sujeição do candidato a cargo público a exame psicotécnico fica a critério discricio-
nário da Administração.
c) Em concurso público, é possível limitar a idade dos candidatos quando esta limitação 
se justifica pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
d) O vencimento dos servidores pode ser determinado por lei ou ser objeto de conven-
ção coletiva.
e) É possível a vinculação do reajuste de vencimento de servidores estaduais e munici-
pais a índices federais de correção monetária.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Art. 37. CF III - o prazo de validade do concurso público será de até dois 
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
b) INCORRETA. Súmula 686 STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a ha-
bilitação de candidato a cargo público.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
c) CORRETA. Súmula 683 STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público 
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela 
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
d) INCORRETA. Súmula do STF nº 679, “A fixação de vencimento dos servidores públicos 
não pode ser objeto de convenção coletiva”.
e) INCORRETA. Súmula Vinculante nº 42 STF: É inconstitucional a vinculação do reajus-
te de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção 
monetária.
4. (CEBRASPE/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO/2017) À luz do entendimento dos 
tribunais superiores, assinale a opção correta no que tange à disciplina normativa sobre 
os direitos e deveres dos servidores e empregados públicos, inclusive quanto ao regime 
previdenciário.
a) A contratação temporária de pessoal por tempo determinado é possível, desde que 
sejam demonstrados o interesse público profissional e a imprescindibilidade da contra-
tação, ainda que a excepcionalidade dos casos não esteja prevista em lei.
b) Norma estadual que preveja a redução de vencimentos de servidores públicos afas-
tados de suas funções enquanto estes responderem a processo criminal não violará a 
cláusula constitucional de irredutibilidade de vencimentos.
c) Ocorre, em cinco anos, a prescrição do fundo do direito quanto à pretensão do servi-
dor público de pleitear a cobrança de remuneração não paga pelo poder público.
d) O candidato aprovado em concurso público cuja classificação entre as vagas ofereci-
das no edital se der em razão da desistência de candidatos mais bem classificados no 
certame não terá direito subjetivo à nomeação.
e) A percepção do adicional de periculosidade por servidor público não constitui ele-
mento suficiente para o reconhecimento do direito a aposentadoria especial.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determi-
nado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
"Nos casos em que a CF atribuiao legislador o poder de dispor sobre situações de rele-
vância autorizadoras da contratação temporária de servidores públicos, exige-se o ônus da 
demonstração e da adequada limitação das hipóteses de exceção ao preceito constitucio-
nal da obrigatoriedade do concurso público". [ADI 3.237, rel. min. Joaquim Barbosa, DJE 
de 19-8-2014.]
b) INCORRETA. "A redução de vencimentos de servidores públicos processados crimi-
nalmente colide com o disposto nos arts. 5º, LVII, e 37, XV, da Constituição, que abrigam, 
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respectivamente, os princípios da presunção de inocência e da irredutibilidade de venci-
mentos". (RE 482006, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, DJe-
162 DIVULG 13-12-2007)
c) INCORRETA. Súmula 85 STJ: "Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fa-
zenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito recla-
mado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à 
propositura da ação".
d) INCORRETA. "O direito à nomeação também se estende ao candidato aprovado fora do 
número de vagas previstas no edital, mas que passe a figurar entre as vagas em decorrên-
cia da desistência de candidatos classificados em colocação superior". (ARE 956521 AgR, 
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, DJe-243 DIVULG 16-11-2016) 
e) CORRETA. "A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como 
o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à apo-
sentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário". 
(MI 1757 AgR-segundo, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, DJe-214 
DIVULG 26-10-2015)
5. (CEBRASPE/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO/2017) Considerando o enten-
dimento jurisprudencial e a legislação pertinentes a agentes públicos, assinale a 
opção correta.
a) Decreto estadual que autorizar a criação de novos cargos públicos para a função de 
médico plantonista na rede pública de saúde deverá ser declarado inconstitucional.
b) A nomeação, por governador, de um irmão dele para o cargo de secretário de Estado 
de turismo tipificaria caso de nepotismo e violaria a CF.
c) Conforme o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Sergipe, um 
servidor em estágio probatório, ocupante de cargo efetivo nesse estado, poderá ser 
redistribuído para uma autarquia estadual.
d) Procurador do estado de Sergipe poderá exercer cargo de professor em instituição 
estadual, respeitados os requisitos constitucionais tanto de cumulatividade quanto o de 
teto para a soma das remunerações percebidas pelo exercício dos dois cargos.
e) Segundo o atual entendimento do STF, a admissão de empregados públicos será 
considerada constitucional se for feita por órgão da administração direta.
COMENTÁRIO
a) CORRETA. Trata-se da figura do DECRETO AUTÔNOMO, que, em âmbito estadual, 
deve observância à CF/88. Assim:
 "Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
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VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento 
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitu-
cional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Consti-
tucional nº 32, de 2001)"
b) INCORRETA. "Então, quando o art. 37 refere-se a cargo em comissão e função de con-
fiança, está tratando de cargos e funções singelamente administrativos, não de cargos po-
líticos. Portanto, os cargos políticos estariam fora do alcance da decisão que tomamos na 
ADC nº 12, porque o próprio capítulo VII é Da Administração Pública enquanto segmento 
do Poder Executivo. E sabemos que os cargos políticos, como por exemplo, o de secretá-
rio municipal, são agentes de poder, fazem parte do Poder Executivo. O cargo não é em 
comissão, no sentido do artigo 37. Somente os cargos e funções singelamente administra-
tivos - é como penso - são alcançados pela imperiosidade do artigo 37, com seus lapidares 
princípios. Então, essa distinção me parece importante para, no caso, excluir do âmbito da 
nossa decisão anterior os secretários municipais, que correspondem a secretários de Es-
tado, no âmbito dos Estados, e ministros de Estado, no âmbito federal." (RE 579951, Voto 
do Ministro Ayres Britto, Tribunal Pleno, julgamento em 20.8.2008, DJe de 24.10.2008)
Contudo, no caso concreto, há ainda que se perquirir se o Secretário indicado possui for-
mação técnica compatível com a atividade que exercerá. 
C) INCORRETA. "Art. 69 - A redistribuição somente ocorrerá: I - Tratando-se de cargo 
de provimento efetivo e natureza estatutária; II - Após o estágio probatório do funcioná-
rio; [...]" - LEI Nº 2148 De 21 de dezembro de 1977. Publicado no Diário Oficial No 1, 
do dia 01/01/1901. ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO 
DE SERGIPE.
d) INCORRETA. "O Plenário aprovou a seguinte tese para efeito de repercussão geral, 
sugerida pelo relator da matéria, ministro Marco Aurélio: “Nos casos autorizados, consti-
tucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37, 
inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos for-
malizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos 
do agente público”.
Assim, o teto deve ser observado para cada um dos cargos individualmente, não pelo so-
matório deles. 
e) INCORRETA. "Considerando que, no âmbito federal, houve contratação de empregados 
públicos entre a vigência da Lei 9.962/2000 e a supramencionada decisão do STF, coexis-
tem, atualmente, servidores estatutários e empregados públicos celetistas, não obstante 
esteja suspensa a possibilidade de contratação por regimes jurídicos distintos." 
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6. (FCC/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2017) Avizinhando-se o período de elei-
ções para governador, policiais civis e auditores fiscais de um determinado estado-
-membro promovem greve, com a finalidade de influenciar a não reeleição do candidato 
da situação. Diante de tais fatos, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Fede-
ral − STF, 
a) a Lei de Greve aplicável ao setor privado deve balizar o movimento paredista de 
servidores públicos, enquanto o Poder Legislativo não normatiza a matéria, devendo 
a greve de servidores públicos ser avisada com antecedência mínima de noventa e 
seis horas. 
b) o exercício do direito de greve, muito embora seja vedado, sob qualquer forma ou 
modalidade, a policiais militares, é admitido aos policiais civis e aos auditores fiscais. 
c) caso seja instaurada mediação pelos órgãos classistas das carreiras de segurança 
pública, para vocalização dos interesses da categoria, será obrigatória a participação 
do Poder Público na tentativa de solução consensual de conflito. 
d) a Administração pública não pode proceder ao desconto dos dias de paralisação 
decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, porque estes 
possuem uma relação estatutária com o Estado, a qual não é interrompida pela greve. 
e) a supremacia do interesse público gera a necessidade de continuação do serviço pú-
blico, que não poderá ser prejudicado, interrompido ou paralisado por policiais militares, 
por auditores fiscais nem por policiais civis, sendo-lhes vedado o exercício de greve.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. A Lei nº 7.783, que dispõe sobre o exercício do direito de greve no setor 
privado, indica no § único do art. 3º ser a antecedência mínima de 48 horas, sendo de 72 
horas no caso de serviços essenciais, conforme ar. 13.
b) INCORRETA. Apesar de não haver uma proibição expressana CF/88, o STF decidiu que 
os policiais civis não podem fazer greve. Aliás, o Supremo foi além e afirmou que nenhum 
servidor público que trabalhe diretamente na área da segurança pública pode fazer greve.
c) CORRETA. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos 
órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para 
vocalização dos interesses da categoria.
d) INCORRETA. A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisa-
ção decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da 
suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensação em caso de 
acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provoca-
da por conduta ilícita do Poder Público.
 e) INCORRETA. O Auditor Fiscal não é proibido de fazer greve.
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7. (FAPEMS/PC-MS/DELEGADO DE POLÍCIA/2017/ADAPTADA) Julgue o item que segue:
( ) O exercício do direito de greve exercido por policiais civis é hipótese cabível de 
descontinuidade da execução de serviço público por eles executado. 
COMENTÁRIO
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais 
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança públi-
ca. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexan-
dre de Moraes, julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
8. (FMP CONCURSOS/PGE-AC/PROCURADOR DO ESTADO/2017) De acordo com o 
atual panorama interpretativo verificado na jurisprudência dos Tribunais Superiores, 
pode-se afirmar sobre o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em con-
curso público fora do número de vagas disciplinado pelo certame de que participou: 
a) O cadastro reserva revela-se por si como medida inidônea para o aproveitamento 
dos candidatos aprovados durante a validade do concurso. 
b) Os aprovados dentro do cadastro reserva não têm expectativa de direito à nomea-
ção, muito menos direito subjetivo a serem chamados para o preenchimento da vaga.
c) Incumbe à Administração, no âmbito de seu espaço de discricionariedade exercido 
de forma livre, avaliar a conveniência e a oportunidade de novas convocações durante 
a validade do certame.
d) O direito subjetivo à nomeação do candidato surge, dentre outras hipóteses, quando, 
ao surgirem novas vagas ou ao ser aberto novo concurso durante a validade do certa-
me anterior, ocorre a preterição de candidatos de forma justificada e motivada por parte 
da Administração.
e) Demonstrada a existência de vagas e a necessidade de serviço, não pode a Admi-
nistração deixar transcorrer o prazo de validade a seu bel prazer para nomear outras 
pessoas que não aquelas já aprovadas em concurso válido. 
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. O cadastro de reserva caracteriza-se como meio idôneo para o aproveita-
mento dos candidatos aprovados durante a validade do concurso. Basta analisar os atuais 
editais de concurso. A maioria destes, atualmente, coloca poucas vagas nos concursos e 
abre muitas vagas para o cadastro de reserva, pois a Administração Pública, ao fazer isso, 
não se compromete com os candidatos aprovados para formação de cadastro reserva, já 
que estes não possuem, via de regra, direito subjetivo à nomeação, mas sim mera expec-
tativa de direito.
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b) INCORRETA. O Supremo Tribunal Federal já assentou que candidato aprovado em con-
curso público para formação de cadastro reserva é mero detentor de expectativa de direito 
à nomeação.
c) INCORRETA. Em seu voto no julgamento do RE nº 837.311/PI, o Ministro Luiz Fux 
ressaltou que incumbe à Administração, no âmbito de seu espaço de discricionariedade, 
avaliar de forma racional e eficiente, a conveniência e a oportunidade de novas convoca-
ções durante a validade do certame. Porém, destaca-se que essa discricionariedade deve 
ser exercida legitimamente. Portanto, o espaço de discricionariedade não é exercido de 
forma livre. Esse espaço deve ser realizado de forma racional e eficiente. Se fosse livre, a 
administração poderia, por exemplo, realizar diversas contratações temporárias para suprir 
a necessidade de serviço e não convocar os aprovados no concurso a fim de economi-
zar gastos.
d) INCORRETA. O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o 
mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamen-
te o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, 
ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, 
caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar 
a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do 
certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato.
e) CORRETA. Demonstrada a existência de vagas e a necessidade de serviço, não pode a 
Administração deixar transcorrer o prazo de validade a seu bel prazer para nomear outras 
pessoas que não aquelas já aprovadas em concurso válido.
9. (FMP CONCURSOS/PGE-AC/PROCURADOR DO ESTADO/2017) Assinale a alterna-
tiva CORRETA no que se refere à acumulação de cargos públicos.
a) O teto remuneratório é aplicável ao conjunto das remunerações ou ao somatório dos 
ganhos percebidos de forma cumulativa. 
b) A proibição constitucional de acumular estende-se apenas a empregos e abrange 
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas 
pelo poder público.
c) Há vedação legal no ordenamento jurídico vigente quanto à acumulação de cargos 
públicos em entidades ou órgãos situados em unidades distintas da Federação.
d) A existência de norma jurídica que estipula limitação de jornada semanal dos cargos 
a serem acumulados constitui óbice ao reconhecimento do direito à acumulação previs-
ta na Constituição.
e) Nos casos de acumulação autorizados pelo texto constitucional, deve-se levar em 
conta, para a aplicação do teto remuneratório, separadamente cada um dos vínculos 
formalizados.
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COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Teto constitucional incide em cada cargo nos casos em que é permitida a 
acumulação.
Art. 37 [...] da CF/88:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibili-
dade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto remuneratório do ser-
viço público): a) a de 2 cargos de professor; b) a de 1 cargo de professor com outro técnico (aquele 
que depende de ensino técnico para o seu desempenho) ou científico (aquele que depende de 
conhecimentos específicos obtidos pelo ensino superior para o seu desempenho); c) a de 2 cargos 
ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (ex.: médico).
b) INCORRETA. Estende-se inclusive aos empregos e as funções públicas.
Art. 37, inciso XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autar-
quias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e socie-
dades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
c) INCORRETA. Parecer nº 0075 – 3.20/2011/JPA/CONJUR/MP: “inexiste, na Constituição 
Federal e na legislação federal de regência, vedação à acumulação de cargos públicos em 
entidades ou órgãos situados em unidades distintas da Federação".
d) INCORRETA. A estipulação de limitação de jornada semanal não é óbice à acumulação. 
Esta é possível desde que haja compatibilidade de horários.
e) CORRETA.
10. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) Uma vez cumprida a avaliação a que se 
sujeita o servidor público em seu estágio probatório e verificando-se que não atendeu 
os seus deveres funcionais, deveráele ser
a) demitido, após sua oitiva sobre os resultados da avaliação, fundamentando-se o ato, 
acaso persista a conclusão sobre o não cumprimento dos deveres funcionais.
b) exonerado, após sua oitiva sobre os resultados da avaliação, fundamentando-se o 
ato, acaso persista a conclusão sobre o não cumprimento dos deveres funcionais.
c) exonerado sem necessidade de fundamentação do ato administrativo, uma vez que 
não se trata de servidor estável.
d) demitido sem necessidade de fundamentação do ato administrativo, uma vez que 
não se trata de servidor estável.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
COMENTÁRIO
A questão trata da avaliação a que o servidor em estágio probatório ser sujeita. Caso se ve-
rifique que não atendeu aos seus deveres funcionais, o servidor será exonerado, devendo 
haver fundamentação do ato, por não ser servidor estável. Portanto, a não estabilidade não 
o impede de ser exonerado, mas também não o priva de exercer a ampla defesa.
11. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) O direito de greve reconhecido constitucio-
nalmente aos servidores públicos implica que
a) do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto de metade dos dias parali-
sados, de maneira a compatibilizar o direito constitucional à greve com o princípio da 
continuidade do serviço público.
b) seu exercício imporá os descontos dos dias paralisados, não se admitindo a compen-
sação, uma vez que adstrita a Administração Pública ao princípio da legalidade.
c) do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto dos dias paralisados a ser 
efetuado pela Administração Pública, com possibilidade de compensação na hipótese 
de acordo.
d) poderá ser exercido nos mesmos moldes dos trabalhadores da iniciativa privada, 
sem possibilidade de descontos dos dias paralisados.
COMENTÁRIO
De acordo com o informativo 845: "A Administração pública deve proceder ao desconto dos 
dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos 
em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensa-
ção em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a 
greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público".
12. (CEBRASPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) De acordo com 
o entendimento do STF, no que se refere à inscrição de candidatos que possuam tatu-
agens gravadas na pele, não havendo lei que disponha sobre o tema, os editais de 
concursos públicos
a) estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos em que essas tatuagens 
violem valores constitucionais.
b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta entre tatuagem e conduta 
atentatória à moral e aos bons costumes.
c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e livre exercício da função pública.
d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da polícia militar.
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COMENTÁRIO
Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, 
salvo situações excepcionais, em razão de conteúdo que viole valores constitucionais (STF 
RE 898450).
13. (FCC/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2017) Rafael Da Vinci foi nomeado Delegado de Polí-
cia Federal e, ao fim do período de estágio probatório, foi reprovado na avaliação de 
desempenho e exonerado do cargo. Inconformado, ajuizou ação visando anular o pro-
cesso administrativo que culminou em sua exoneração. Nesse ínterim, prestou con-
curso para Delegado de Polícia Estadual, sendo aprovado e empossado no referido 
cargo. Sobreveio, então, decisão definitiva na ação judicial por ele ajuizada, anulando o 
ato expulsório. Neste caso, 
a) por força de efeito ope judicis, a nomeação e posse no cargo de Delegado de Polícia 
Estadual tornam-se, automaticamente, insubsistentes. 
b) trata-se de situação em que haverá a recondução de Rafael no cargo de Delegado da 
Polícia Federal, gerando a vacância do cargo de Delegado de Polícia Estadual. 
c) a ação proposta deveria ter sido extinta, por falta de interesse de agir, pois ao as-
sumir outro cargo público, Rafael violou o princípio nemo potest venire contra factum 
proprium. 
d) para ser reintegrado no cargo de Delegado de Polícia Federal, Rafael deverá reque-
rer a exoneração do cargo de Delegado de Polícia Estadual. 
e) Rafael deverá ser reintegrado no cargo de Delegado de Polícia Federal, ainda que 
deseje permanecer no cargo estadual, por força do efeito vinculante da coisa julgada. 
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Poderá optar por permanecer no Estado. A perda da posse no cargo de 
Delegado Estadual não seria automática.
b) INCORRETA. Fala-se em recondução. Sabemos que o retorno do servidor demitido é 
chamado de reintegração. A recondução dá-se, por exemplo, se houver inabilitação em 
estágio probatório no cargo de delegado da polícia estadual, e não foi o caso.
c) INCORRETA. Rafael ingressou legitimamente contra a União, o fato de ter assumido 
outro cargo público não viola o citado princípio, já que não se trata de comportamento 
contraditório do requerente. Por isso, não há o que se falar em extinção da ação.
d) CORRETA. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormen-
te ocupado quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial. No 
caso sob análise, a questão fala que "ao fim do estágio probatório foi reprovado", ou seja, 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
ele era estável, já que foi demitido da administração. Assim, para ser REINTEGRADO ao 
cargo de Delegado Federal, deverá pedir exoneração do cargo de Delegado Estadual, por 
serem incompatíveis, conforme art. 37, XVI da CF.
e) INCORRETA. Pois os cargos são inacumuláveis.
14. (VUNESP/PREFEITURA DE PORTO FERREIRA – SP/PROCURADOR JURÍ-
DICO/2017) Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a respeito dos 
servidores públicos, assinale a alternativa correta.
a) A previsão no Edital é suficiente para se exigir exame psicotécnico para a habilitação 
de candidato a cargo público.
b) O Poder Judiciário possui competência para, no controle de legalidade, avaliar as 
respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas.
c) É admitida a aplicação da teoria do fato consumado para legitimar a permanência em 
cargo público de candidato que o ocupe por longo período com base em decisão liminar.
d) O servidor público desviado de suas funções, após a promulgação da Constituição, 
não pode ser reenquadrado.
e) A candidata possui o direito à remarcação do exame físico caso comprovado que a 
sua gravidez ocorreu após o início do certame, mesmo que o direito não esteja no Edital.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Súmula vinculante 44 Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a cargo público.
b) INCORRETA. Concurso público. Correção de prova. Não compete ao Poder Judiciário, 
no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pe-
los candidatos e notas a elas atribuídas (STF RE-RG 632.853).
c) INCORRETA. A posse ou o exercício em cargo público por força de decisão judicial de 
caráter provisório não implica a manutenção, em definitivo, do candidato que não atende 
a exigência de prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, II), valor constitucio-
nal que prepondera sobre o interesse individual do candidato, que não pode invocar, na 
hipótese, o princípio da proteção da confiança legítima, pois conhece a precariedade da 
medida judicial.
Em suma, não se aplica a teoria do fato consumado para candidatos que assumiram o car-
go público por força de decisão judicial provisória posteriormente revista. (STF. Plenário. 
RE 608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014) (Info 753).
d) CORRETA. Servidor público: firmou-se o entendimento do Supremo Tribunal, no sentido 
de que o desviode função ocorrido em data posterior à Constituição de 1988 não pode 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
dar ensejo ao reenquadramento. No entanto, tem o servidor direito de receber a diferença 
das remunerações, como indenização, sob pena de enriquecimento sem causa do Estado: 
precedentes” (AI 339.234-AgR /MG).
e) INCORRETA. Não é possível admitir a remarcação de prova de aptidão física para data 
diversa da estabelecida em edital de concurso público em razão de circunstâncias pesso-
ais de candidato, ainda que de caráter fisiológico, como doença temporária devidamente 
comprovada por atestado médico, salvo se essa possibilidade estiver prevista pelo próprio 
edital do certame (STF RE 630733).
15. (VUNESP/PREFEITURA DE SUZANO – SP/PROCURADOR JURÍDICO/2015) Fulano 
da Silva, funcionário público municipal, detentor de cargo efetivo, praticou ato consi-
derado ilícito nas esferas criminal e administrativa. A sentença penal, transitada em 
julgado, negou a existência do fato e absolveu Fulano. Considerando as normas do 
direito pátrio no que tange ao tema da responsabilidade dos agentes públicos, é correto 
afirmar que Fulano
a) poderá ainda ser punido administrativamente, uma vez que essas duas instâncias 
são independentes e não se comunicam.
b) não mais poderá ser punido pela Administração, tendo em vista que a referida deci-
são penal de absolvição do servidor afasta a responsabilidade administrativa.
c) poderá ser punido pela Administração, posto que a responsabilidade administrativa 
somente poderia ser afastada se a sentença criminal negasse a autoria do fato.
d) não mais poderá ser punido, uma vez já julgado na esfera penal, independentemente 
do fundamento, vez que esta prevalece sobre as demais esferas de responsabilidade.
e) poderá ser ainda punido pela Administração, considerando que a absolvição criminal 
que negou a existência do fato não vincula o administrador. 
COMENTÁRIO
A Lei nº 8.112/90 dispõe em seu art. 126 que a responsabilidade administrativa do servidor 
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
16. (CEBRASPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015) Julgue o item a seguir, referente a 
agentes públicos.
( ) De acordo com o STF, embora exista a possibilidade de desconto pelos dias que 
não tenham sido trabalhados, será ilegal demitir servidor público em estágio probatório 
que tenha aderido a movimento paredista. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
COMENTÁRIO
Ementa: DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO DE GREVE. 
SERVIDORPÚBLICO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO. FALTA POR MAIS DE TRINTA DIAS. 
DEMISSÃO.SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. A simples circunstância de o servidor público 
estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua 
participação em movimento grevista por período superior a trinta dias. 2. A ausência de 
regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralização em movimento 
grevista em faltas injustificadas. 3. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. (RE 
226966/RS).
17. (CEBRASPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015) Quanto às formas de provimento dos 
cargos públicos, afirma-se que:
I. A nomeação é considerada forma originária de provimento.
II. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável ou não no cargo anteriormente 
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a demissão 
por decisão judicial.
III. Se o cargo para o qual o servidor venha a ser reintegrado encontre-se provido, o seu 
eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou 
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
IV. A reversão se constitui hipótese de retorno à atividade de servidor que se encontrava 
em disponibilidade.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I
b) I e III
c) III
d) I e IV
e) II e III
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DIREITO ADMINISTRATIVO
COMENTÁRIO
Assertiva I está CORRETA: Provimento originário: pressupõe a inexistência de uma rela-
ção jurídica anterior mantida entre o Servidor e a Administração. A única forma de Provi-
mento Originário é a nomeação, que pode ser realizada em caráter Efetivo ou para Cargos 
de Provimento em Comissão
Assertiva II está INCORRETA: Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor ESTÁ-
VEL no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quan-
do invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de 
todas as vantagens
Assertiva III está CORRETA: Art. 28 § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual 
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado 
em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Assertiva IV está INCORRETA: Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor 
aposentado.
I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da apo-
sentadoria; 
II – no interesse da administração.
18. (FGV/DPE-MT/ADVOGADO/2015) José da Silva, Juiz Federal aposentado, foi recente-
mente aprovado em concurso público de provas e títulos para o cargo de Juiz de Direito 
do Estado de Mato Grosso.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) É possível a cumulação dos proventos de aposentadoria com o subsídio do cargo 
de Juiz de Direito, uma vez que se trata de um cargo na esfera federal e de outro na 
esfera estadual.
b) É possível a cumulação dos proventos de aposentadoria com o subsídio do cargo de 
Juiz de Direito, visto que a Constituição somente veda a cumulação remunerada de dois 
cargos quando em atividade o servidor.
c) É possível a cumulação dos proventos de aposentadoria com o subsídio do cargo 
de Juiz de Direito, mas, quando da aposentadoria nesse último cargo, José da Silva 
somente terá direito aos proventos correspondentes a um dos cargos.
d) Não é possível a cumulação dos proventos de aposentadoria com o subsídio do car-
go de Juiz de Direito, uma vez que os respectivos cargos não são acumuláveis.
e) Não é possível a cumulação dos proventos de aposentadoria com o subsídio do car-
go de Juiz de Direito, mas, quando da aposentadoria nesse último cargo, José da Silva 
terá direito aos proventos correspondentes aos dois cargos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
COMENTÁRIO
Percebam que a questão diz respeito à impossibilidade de cumulação de proventos de apo-
sentadoria (de Juiz Federal) com remuneração de cargo público (de juiz de direito de mato 
grosso). Por esta razão, o fundamento da resposta está contido no artigo 37, § 10, da CF:
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 
40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressal-
vados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos 
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Dessa forma, a Constituição Federal só permite a cumulação de vencimento com provento 
de aposentadoria em se tratando de: a)cargos acumuláveis; b) cargos eletivos; c) cargos 
em comissão.
Cumpre informar que os cargos anunciados no caso concreto (Juiz Federal e Juiz de Direi-
to) não são acumuláveis, por força do artigo 95, parágrafo único, da CF, que veda ao Juiz 
o exercício de outro cargo ou função, salvo uma de magistério. 
19. (CEBRASPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2015) A respeito dos servidores públicos, 
julgue o item subsequente.
( ) Conforme entendimento atual do STF, é dever da administração pública nomear 
candidato aprovado em concurso público dentro das vagas previstas no edital, em ra-
zão do princípio da boa-fé e da proteção da confiança, salvo em situações excepcionais 
caracterizadas pela necessidade,

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