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CAVIDADE DA BOCA PARTE 1

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CAVIDADE DA BOCA 1
EMBRIOLOGIA
Processo frontonasal, médio, maxilar, mandibular
Cavidade da boca: 3 processos
Estomodeu: boca primitiva
Transição entre o 1/3 médio e 1/3 inferior.
CAVIDADE DA BOCA
A boca é o primeiro segmento do sistema digestório, composto de formações anatômicas, que circunscrevem uma cavidade. A cavidade da boca comunica-se com o exterior e com a faringe. É dividida pelos processos alveolares (recobertos por mucosa) e arcos dentais em vestíbulo da boca e cavidade própria da boca. 
	As formações limitantes da cavidade da boca são os lábios, bochechas, palato, soalho e istmo da garganta. 
LÁBIOS
Os lábios superior e inferior tem cinco camadas de fora para dentro:
1- Cutânea – com glândulas sebáceas e sudoríferas;
2- Tela subcutânea
3- Muscular
4- Submucosa – glândulas salivares e vasos sanguíneos
5- Mucosa
Os lábios encontram-se no ângulo da boca (comissura dos lábios). Quando a boca está fechada, aparece uma linha de união dos lábios, denominada rima da boca, que fica num nível ligeiramente acima das bordas incisais dos incisivos superiores. Externamente, o lábio superior é limitado acima pelo nariz e ao lado pelo sulco nasolabial, que se inicia na asa do nariz. O filtro é um sulco raso, largo, vertical, que marca sua parte mediana e termina no tubérculo do lábio superior. Os limites externos do lábio inferior são: inferiormente, o sulco labiomentoniano, que o separa do mento, e lateralmente, o sulco labiomarginal, uma ruga característica dos adultos que vai do ângulo da boca à base da mandíbula. 
Comissura pode apresentar alterações devido a hipovitaminoses, etc. Havendo diminuição da dimensão vertical de oclusão, conhecidas como queilite angular. 
O limite interno de cada lábio é o fórnice do vestíbulo, onde se evidencia uma prega mucosa sagital mediana, o freio (frênulo) do lábio. Lateralmente, não há limites precisos.
Nas bordas livres dos lábios há uma zona vermelha, de revestimento mucoso, que se divide em uma área externa vilosa e uma área interna lisa. Nesta, as elevações das glândulas salivares podem ser sentidas com a ponta da língua. Traumas podem provocar aumento volumétrico dessas glândulas. 
Há glândulas sebáceas na mucosa de 30% dos adultos, mas não são associadas a folículos pilosos; são visíveis como pequenos corpos amarelados na margem livre dos lábios e na bochecha. 
	A mobilidade dos lábios é maior na mulher. O lábio superior tem menos mobilidade que o inferior. O músculo orbicular da boca aderido na pele, promove seus movimentos.
As artérias labiais percorrem os lábios entre o músculo e a mucosa. Uma incisão profunda na mucosa pode seccionar a artéria.
Em uma face bem proporcional, a altura do nariz é igual ao comprimento da rima bucal, e esta está para a fenda palpebral assim como 3 está para 2.
A fenda labial, uni ou bilateral, é uma malformação congênita, que pode estender-se algumas vezes profundamente e continuar-se com a fenda palatina (fissuras labiopalatina, com comunicação entre as cavidades bucal e nasal).
Carcinoma: geralmente homens e o lábio inferior. Causado pela exposição ao sol excessiva.
*Divisão em terços: 1/3 superior e 2/3 inferior.
*Morder os lábios pode romper ductos salivares. Ou seja, a saliva é produzida e não é liberada. Aumentam, estouram e libera depois. Isso só melhora com cirurgia para retirada da glândula com defeito. 
*SORRISO GENGIVAL: pode ser corrigido com botox (acetilcolina impede a entrada na fenda muscular ?). Geralmente tem duração de 4 meses. 
*PREENCHIMENTO DO SULCO LABIOGENIANO: ali existem a. e v. facial, então se o ácido hialurônico “entrar” nestes vasos pode levar até a cegueira. Hialuronidase.
BOCHECHA
	É o limite lateral da cavidade da boca, contendo as mesmas camadas que o lábio, com os quais é contínua. A tela subcutânea é mais abundante e o m. bucinador não é tão ligado à pele como o m. orbicular da boca. O corpo adiposo da bochecha, o ducto parotídeo e os músculos zigomático maior e risório podem ser vistos nessa camada. 
	Possui uma camada glandular, mais escassa que a dos lábios. Não apresenta vasos sanguíneos grandes na submucosa.
	Superior e inferiormente, termina no fórnice do vestíbulo. Posteriormente, limita-se com a prega pterigomandibular, importante ponto de referência para anestesia do nervo alveolar inferior. Ela é formada pelo lig. Pterigomandibular. Fica tenso e bem saliente quando a boca está aberta, podendo até mesmo deslocar uma dentadura que se estenda além dos limites da sua inserção no trígono retromolar. 
	Na altura do segundo molar superior, encontra-se a papila parotídea, que protege a desembocadura do ducto parotídeo. Quando ferida pela oclusão dos molares, pode inchar e inflamar.
VESTÍBULO
	Limitado, externamente, pelos lábios e bochechas, e, internamente pelos dentes e processos alveolares recobertos por mucosa. Esses limites se continuam acima e abaixo num sulco (em forma de fundo de saco) que os une, o fórnice do vestíbulo. A mucosa que recobre os lábios e bochechas dobra-se no fórnice e passa a recobrir o osso alveolar (mucosa alveolar).
Na região dos molares, o fórnice do vestíbulo acima e abaixo corresponde às linhas de origem do músculo bucinador. Na mandíbula, ele se prende muito alto ao osso alveolar da região do terceiro molar, de modo que o fórnice do vestíbulo fica consideravelmente mais raso que na região do primeiro molar. A ligação desse músculo com a maxila pode ser ultrapassada por um instrumento quando uma cirurgia está sendo realizada no fórnice superior do vestíbulo. Isso cria uma comunicação com o espaço que contém o corpo adiposo da bochecha, o qual pode fazer um prolapso no vestíbulo da boca. 
	Com os dentes em oclusão, o vestíbulo comunica-se com a cavidade própria da boca por uma abertura situada entre o ramo da mandíbula e os últimos dentes molares. Em casos de imobilização da mandíbula, a alimentação líquida é feita por essa abertura.
	O vestíbulo é parcialmente septado, acima e abaixo, por pregas mucosas de forma semilunar que unem a mucosa do vestíbulo próxima à gengiva ao lábio (ou bochecha). Dessas formações, a mais importante é o freio do lábio superior, pelo seu tamanho e pela sua significação clínica. 
Há casos de inserção baixa, em que ele se estende até a gengiva entre os incisivos centrais e mesmo até a papila incisiva, no palato. Essa inserção é fator causal do diastema entre os incisivos. Em crianças, após sua remoção cirúrgica, o espaço não se fecha antes da erupção dos incisivos laterais e caninos permanentes, que empurram o incisivo central em direção mesial. Em adultos, somente com aparelho ortodôntico. Pode haver sangramento nas frenectomias, devido a a um ramo da a. labial superior penetrar no freio. 
	As outras pregas são: freio do lábio inferior, mediano, e freios laterais, destacando-se da mucosa ao nível dos caninos ou dos pré-molares.
Nos desdentados, a movimentação dos lábios pode fazer com que os freios interfiram com a borda de uma prótese. Quanto mais espessos forem, tanto mais inconveniente será sua presença. Alívios adequados devem ser providenciados nas partes correspondentes da prótese para evitar seu deslocamento e irritação dos freios. Em casos extremos, é indicada a ressecção cirúrgica.
	A mucosa alveolar, não queratinizada, delgada e vermelha, é ligada ao osso subjacente por uma submucosa frouxa que permite grande mobilidade à mucosa e, consequentemente, aos lábios e bochechas. 
	A mucosa alveolar comunica-se com uma mucosa especializada, espessa e maia clara, a gengiva. O limite entre ambas é percebido como uma linha sinuosa, a junção mucogengival.
GENGIVA
	A maior parte da gengiva é firme, queratinizada, bem aderida. Essa aderência dá-lhe um aspecto pontilhado pela tração de fascículos colágenos que a ligam fortemente ao osso. Essa gengiva é denominada inserida. Em continuação a ela, há a gengiva livre que é móvel, mais lisa e brilhante, menos consistente. Corresponde a porção que circunda o colo do dente. Uma projeção se insinua em cada espaço interdental, a papila interdental. Atrás de cada último molar se eleva
a papila retromolar. É através da papila interdental que a gengiva vestibular continua com a gengiva lingual. Como a gengiva livre não se insere no dente, entre ambos se forma o sulco gengival, de profundidade variável, mas que em condições normais chega a 1mm. O fundo do sulco gengival fica em nível com a junção cemento-esmalte à qual se adere. 
A cicatrização de incisões na gengiva é mais rápida do que na mucosa alveolar, porque ela se adapta firmemente ao osso e as raízes dos dentes; a cicatrização pós-cirúrgica da mucosa alveolar é mais demorada devido à sua frouxidão e fácil deslocamento da inserção óssea.
GLÂNDULA PARÓTIDA
	Situa-se entre o m. esternocleidomastoideo e a borda posterior do ramo da mandíbula. Acima, se limita com a ATM e o meato acústico cartilaginoso, e abaixo, se estende até o nível do ângulo da mandíbula. Tem uma parte superficial e outra profunda. Ambas abraçam a mandíbula e os músculos masseter e pterigoideo medial nela inseridos. A parte superficial, maior, recobre uma grande porção do músculo masseter e, frequentemente, apresenta uma extensão anterior, que acompanha por baixo o arco zigomático. Por ser uma porção às vezes destacada da glândula, é conhecida como glândula parótida acessória. 
	A parte profunda, menor fica entre o músculo pterigoideo medial e os músculos do processo estiloide. O istmo é perfurado horizontalmente pelo nervo facial, e verticalmente, pela veia retromandibular. Já no lobo profundo, a a. carótida externa também atravessa verticalmente a glândula, e a artéria maxilar emerge daí. 
	Completamente envolvida pela fáscia cervical, aí chamada de fáscia parotídea. Ela se prende no arco zigomático, no processo estiloide, e se fusiona com a fáscia massetérica e a fáscia do músculo esternocleidomastóideo. Forma um compartimento fechado que é responsável pela intensa dor causada pelo edema inflamatório da glândula. Ela envia septos para o interior da glândula, tornando difícil sua remoção.
	O ducto parotídeo começa com numerosos ramos na substância da glândula, cruza o músculo masseter paralelo e ½ cm abaixo do arco zigomático. Contorna a borda anterior do masseter, perfura o corpo adiposo da bochecha e em seguida o músculo bucinador para se abrir no vestíbulo da boca, próximo ao segundo molar superior, onde existe a papila parotídea.
Com os dentes em oclusão forçada, o ducto parotídeo pode ser palpado de encontro à borda anterior do masseter. Se for preciso explorá-lo com uma sonda, é necessário saber que sua curva em torno do masseter pode ser tão aguda quando a de um ângulo reto.
Quando a glândula parotidea se encontra inflamada ou com seu ducto obstruído por um cálculo, uma dor intensa logo se instala porque a fáscia parotídea, que a envolve completamente, limita a tumefação. A fáscia da glândula distende-se e dói. A dor agrava-se quando a boca é aberta porque a glândula fica comprimida entre o ramo da mandíbula e o processo mastoide e seus músculos. 
Infecções bacterianas graves podem propagar-se da boca para a glândula parotídea via ducto parotídeo. Uma higiene bucal muito precária também pode levar a parótida a uma infecção pela mesma via de disseminação.
*PAROTIDITE: conhecida como caxumba, é uma inflamação na fáscia parotídea (não se estira), que impede o edema de aumentar e sair, causando assim dores na mastigação, por ter relação com masseter e pterigoideo medial.
Pode levar a paralisia facial pela compressão do nervo facial.
*SIALOGRAFIA. A sialografia é um meio complementar de diagnóstico minimamente invasivo que consiste na introdução de um produto de contraste pelo canal das glândulas parótida ou submandibular e na realização de uma série de radiografias da glândula salivar a ser estudada.
*BOTOX: evitar a superprodução de saliva, em casos de doenças como a síndrome de Down, etc. 
Aplicação na meia distância entre o processo mastoide e o ângulo da mandíbula. 
*Dentro da glândula está: a. carótida externa, v. retromandibular, a. facial (de trás pra frente, sendo a a.facial superficial).
*os ramos da a. facial saem da parótida para medial.
GLÂNDULAS LABIAIS
Pequenas e numerosas, situadas na submucosa dos lábios. Chegam a formar uma camada quase contínua entre a mucosa e o músculo orbicular da boca. Seus ductos se abrem diretamente na mucosa dos lábios.
Se eles ficarem ocluídos por algum distúrbio, um cisto mucoso azulado(mucocele) se desenvolverá devido ao inturmescimento da glândula.
VASCULARIZAÇÃO DA BOCA
A. bucal, aa. Labiais, a. mentual
Dentes superiores – circulo arterial na região da maxila – maior possibilidade de regeneração.
Mandíbula- a. alveolar inferior
Plexo venoso pterigoideo – anastomose coma v. facial profunda e v. superficial. Relação com seio cavernoso e infecções
LINFÁTICOS
Colar pericervical
Submandibular e submentual – lábios
Estrutura na linha mediana – pode drenar para os 2 lados

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