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Layanne Vasconcelos Cirurgia de acesso Conceito ➢ É a fase operatória inicial do tratamento endodôntico, que permite o acesso ao interior da cavidade pulpar através da remoção do teto da câmara pulpar, e a realização de desgastes compensatórios e extensão suplementares que permitem um acesso direto, amplo e sem obstáculos ao forame apical. Pré-requisitos ➢ Conhecimentos básicos da anatomia interna da câmara pulpar e canal radicular; ➢ Exame radiográfico de qualidade; ➢ Cuidadosa observação da inclinação dos dentes no arco dental (V-L e M-D); ➢ Na realização do acesso fica até mais fácil, porque durante o acesso, muitas vezes é possível visualizar externamente pois é na câmara pulpar, dependendo pode visualizar. Porém, algumas vezes, por causa da ausência de algum elemento essa inclinação também sofre alterações e acontecem absurdos de acesso, trepanação, perfurações por falta do cuidado na anatomia, principalmente em pré-molares inferiores. Radiografia periapical ➢ Radiografia inicial: ➢ Realiza-se a radiografia inicial com o posicionador, com o paciente, pois é necessário visualizar o máximo dessa estrutura para fazer todo o acesso; ➢ Nem sempre é possível ver todas as estruturas em uma radiografia, mas conhecendo, sabe-se as extensões. É preciso conhecer os limites dessas paredes; ➢ Na 2ª img. os limites estão bem delimitados. Observa-se: divertículo, teto e extremidades na face mesial e distal. Objetivo ➢ Acesso direto a entrada dos canais: ➢ Mesmo que tenha uma cárie, as limas não podem entrar pré-curvadas, e sim o mais reto possível; ➢ Na 1ª img. pode-se ver que foi removido todo o teto, a tonalidade do assoalho é mais escurecida, as paredes circundantes, e visualiza-se também as paredes dos canais, no molar inferior tem o canal distal e os canais mésio-vestibular e mésio-lingual. Princípios básicos ➢ Jamais pensar em um acesso quando tiver tecido cariado. Remoção do tecido cariado e/ou de restauração defeituosa – Fonte de contaminação. Às vezes tem uma inflamação na polpa, ela Layanne Vasconcelos responde com dor, mas não tem microorganismo ou infecção, então se tem microorganismos na cárie, é preciso remover o tecido cariado; ➢ Remoção de todo o teto da câmara pulpar; ➢ Acesso reto e livre até a 1ª curvatura do canal; ➢ Preservação do assoalho da câmara pulpar. É chamado de “área nobre” da cavidade. Ás vezes encontra-se o assoalho já com cárie ao curetar; ➢ Conservação da estrutura dentária, prevenindo fratura e o enfraquecimento dental. Não é necessário ir além do que precisa remover, não precisa desgastar se não há necessidade, a não ser que o dente já tenha uma estrutura contaminada, frafgilizada, adoecida, então é preciso remover essa dentina e o preparo não fica bom, pois tinha tecido cariado, ao remover a cárie muitas vezes o preparo é deixado bem mais amplo, só que não foi o profissional que errou durante a remoção desse tecido, e sim a fragilidade do tecido cariado que foi preciso remover e não tem como se pensar em tratamento endodôntico com o tecido cariado. Acesso à cavidade pulpar • Príncipios: ➢ Acesso direto ao canal radicular por meio de lima reta; ➢ Na imagem, observa-se que a lima não está tão reta, dá para ver o teto. Se remover e retificar esse instrumento, ele vai entrar mais reto. ➢ O limite de acesso deverá incluir no seu interior todos os cornos pulpares, saliências e retenções.LEONARDO & LEAL, 1998; ➢ Não adianta polpar e deixar limitadas as demais etapas; ➢ A parede cervical ou assoalho da câmara pulpar não deverá ser deformado; ➢ Caso tenha cárie, remover e reavaliar se existem condições de manter esse elemento. Em uma área nobre jamais se pode tocar, somente em algumas situações e precisa ter muito cuidado, pois pode ocasionar a separação das raízes. Instrumental ➢ Espelho; ➢ Exploradores: Convencional nº5 e endodôntico (tem a ponta reta); ➢ Curetas de preferência com cabo longo para que a cárie seja removida; ➢ Pinça; ➢ Brocas alta e baixa rotação; ➢ Pontas diamantadas: ✓ Esféricas nº 1011, 1012, 1013 (1014 e 1015 são usadas em cavidades muito amplas, nos molares por ex.). Quando a radiografia for tirada, observa-se a distância das paredes, se você ver que é uma distância pequena no incisivo inferior, jamais utiliza-se a 1013 (mesmo sem Layanne Vasconcelos radiografia já se sabe). Também não adianta usar a 1011, onde se sabe que vai ficar muito pequena e a cavidade enorme, causando o risco de desgastar e formar degrau, dificultando o acesso. A escolha das pontas diamantadas é feita de acordo com a radiografia inicial; ✓ Carbides nº 2, 3, 4; ✓ ENDO-Z → A ponta é inativa, ou seja, não corta. Quando nova, não é preciso ficar tocando no assoalho, mas ela corta em lateralidade, então, se cair dentro da cavidade, vai cortando lateralmente e tirando o teto sem tocar na estrutura no assoalho. Porém, ela tem uma dificuldade, é grande e é afiada; ➢ Pontas diamantadas inativa na da ponta 3081/3082→ Algumas tem a ponta circular e outras não, o tamanho dela na proporção é um pouco menor do que a Endo – Z. Existe uma determinada etapa que são utilizadas as 2 pontas para o acabamento do acesso. Então, quando é um pré-molar, um canino, ainda pode-se usar a endo – Z , 3081/3082, Acesso à cavidade pulpar Etapas ➢ Serve para qualquer grupo de dentes, para a realização da cirurgia de acesso; ➢ Ponto de eleição; ➢ Direção de trepanação; ➢ Forma de contorno; ➢ Forma de conveniência; ➢ Ponto de eleição – Dentes anteriores: Incisivos e caninos: ✓ É o local escolhido para iniciar o acesso; ✓ 1 a 2mm do cíngulo em direção incisal; ✓ O dente pode estar restaurado, ter cárie, mas é preciso dar uma sequência a isso. Supondo que um dente tenha uma cavidade aberta, remove-se toda cárie e limpa, depois posiciona. Caso não tenha ocorrido o acesso à câmara, segue-se a sequência; ✓ O ponto de eleição nos incisivos e caninos é abaixo ou acima do cíngulo (dependendo se o dente é inf. ou sup.). 1 a 2mm do cíngulo em direção incisal; ✓ Posiciona-se a ponta diamantada nessa região, sempre na face lingual ou palatina; ✓ Em algumas situações onde se vê que o paciente já perdeu toda a coroa do dente, algumas vezes há a presença de remanescente e observa-se que não existe estrutura praticamente vestibular, então se dá continuidade. Mas estamos relatando um dente que ainda possui uma estrutura coronária; ✓ É de 1 a 2mm, pois em dentes como canino, a distância do cíngulo é muito maior e existem dentes bem menores como o incisivo inferior, então, vai depender do dente. ➢ Direção de trepanação: ✓ É quando se avança para a câmara pulpar; ✓ Inicialmente ela é perpendicular ao longo eixo do dente, em um ângulo de 45 graus, dependendo do dente e da inclinação, mas geralmente é isso, e vai avançando, chega um determinado momento em que você vai modificando e e ela vai no sentido do longo eixo do dente, e imagina-se a cavidade aberta (seja ocupada pela polpa ou microorganismo) bem centralizada, então a distância do sentido M-D e V-P, ela centraliza. Então vai avançando até o limite amelocementário; ✓ Permite atingir o interior da câmara pulpar; ✓ A broca é posicionada em direção a área de maior volume na câmara pulpar; Layanne Vasconcelos ✓ Dentes anteriores → Inicialmente é perpendicular à face palatina e depois em direção ao longo eixo do dente; ✓ Se na radiografia visualizar a câmara, não é preciso avançar além disso para encontrar a câmara e para cair nesse espaçovazio. Por isso a radiografia é tão importante. Se na radiografia já está sendo visualizado o limite amelocementário e encontrou a câmara pulpar, não é preciso ir em direção ao canal radicular; ✓ Em casos como quando se tem uma calcificação muito grande e a câmara praticamente fechou, e a cavidade diminuta é necessário ir muito próximo desse limite amelocementário, mas geralmente antes disso, já encontra-se; ✓ Na 1ª foto mostra-se o canino superior, de 1 a 2mm, na 3ª o incisivo inferior e na 4ª foto o canino inferior, quando cai e encontra-se o vazio, inicia- se a fase de forma de contorno; ✓ Em alguns dentes não se tem a sensação de “cair na entrada”, sente-se porque se coloca o explorador e percebe que já está prendendo e que já está no espaço vazio. ➢ Forma de contorno: ✓ Agora, inicia-se o movimento de retirada do teto; ✓ Permite acesso à entrada e ao interior dos canais radiculares; ✓ Inicialmente projeta externamente a anatomia da câmara pulpar após a remoção do teto desta cavidade; ✓ A partir do momento que começa a retirada do teto, a anatomia vai ser revelada sem que precise desenhar, principalmente em molares, alguns profissionais fazem o desenho, pois sabem como vai ficar o contorno e já começam a desenhar. O que pode acontecer é você desgastar a estrutura sem necessidade, pois a cavidade internamente pode ser menor do que o desenho; ✓ Remoção de todo teto; ✓ O limite M-D nos incisivos (profundidade) – divertículos; ✓ Quando coloca-se a ponta do explorador e ela já caiu no espaço (como na 1ª foto), então realiza-se a forma de contorno; ✓ Como se sabe a profundidade? Não avança mais, pois se for com a ponta diamantada, com a broca avançando depois de já ter caído no espaço, pode ser que vá além do limite amelocementário. Outro agravo é desgastar a estrutura da parede vestibular internamente, o que não pode ocorrer, é preciso retirar toda a parede palatina/lingual. É muito comum ao escolher uma broca diamantada ou uma broca com outros tipos, como laminado, se está com outro instrumento, começar a utilizar e vai desgastando a parede, o que não precisa ser feito, pois assim como o assoalho, essa parede precisa ser nobre, pois a partir do momento que cai, o movimento é de retirada, de saída e vai removendo toda a dentina e esmalte até que a ponta deslize e naturalmente passe da estrutura até a cavidade externa; ✓ Na 2ª foto mostra-se onde vai ser escolhido o ponto de eleição; Layanne Vasconcelos ✓ Incisivos → Triangular com base voltada para incisal: ✓ Na 1ª foto observa-se de cima para baixo, está sendo visualizado a borda incisal, a borda interna é a vestibular, depois o ponto de eleição, onde entrou e caiu na cavidade, sendo retirada a estrutura que recobria o dente; ✓ A parede amarela é a vestibular interna da cavidade, a qual não pode ser desgastada; ✓ Os limites que envolvem os divertículos, com a ponta do explorador vai tracionando da embocadura e descendo, quando prende, ainda tem o teto; ✓ Quando o teto é retirado de forma natural e vai estendendo, depois do ponto de eleição, ele fica com o formato triangular, sendo revelado naturalmente; ✓ Quanto mais ampla for a cavidade, maior e mais definido fica esse triângulo, às vezes quando se tem uma distância muito pequena entre as paredes mesial e distal, parece até que não é um triângulo, por isso não é necessário fazer o desenho antes, ele vai se revelando. ✓ Canino → Losangular/elíptica: ✓ Naturalmente é o mesmo processo, a mesma sequência, e ao sentir que caiu no espaço, (no canino é mais perceptível, pois é um dente maior, então geralmente a câmara pulpar é um pouco maior) não precisa mais avançar, e vai fazendo o movimento sempre saindo; ✓ Observa-se que os divertículos, como a própria anatomia desse dente, tem a forma losangular, dependendo até da anatomia externa, ela revela, ou elíptica, também não é preciso desenhar; ✓ Incisivo central inferior: ✓ Se o explorador ainda prende na face mesial, vai tirando um pouco mais e vai ajustando; ✓ Na 2ª foto, onde o dente tem 2 canais, é necessário algumas vezes avançar e desgastar um pouco mais da borda incisal, pois se não fizer isso, pode ser que não seja possível trabalhar nesse canal, outras vezes nem precisa; ✓ O limite é a própria extensão da cavidade; ✓ Jamais usar broca além do limite cementário e nem algo que corte dentro do canal radicular, como ponta diamantada ou broca; ✓ O acesso é apenas na câmara pulpar, e não além dele; ✓ No 2º exemplo, nas fotos, mostra-se que a lima não estava entrando reta, o acesso estava prejudicado. ➢ Forma de conveniência (desgaste compensatório): ✓ Deve oferecer uma melhor visão do interior da câmara pulpar; ✓ Permitir um acesso livre ao orifício de entrada do canal radicular, acesso direto ao forame apical e domínio completo dos instrumentos durante o alargamento; ✓ Dentes anteriores → Remoção do ombro dentinário (lingual ou palatino); Layanne Vasconcelos ✓ Por trás do cíngulo, existe uma deposição maior de dentina, e muitas vezes hà a dificuldade de descer, a anatomia impede que se toque nessas paredes, então é preciso fazer o desgaste; ✓ Na foto, observa-se uma 3082, onde você vai desgastando a estrutura, a ponta dela não corta. ➢ Técnica → Dentes anteriores: Abertura coronária de pré-molares superiores ➢ Ponto ou área de eleição → Centro exato do sulco central; ➢ Direção de trepanação → Paralela ao longo eixo do dente. Primeiro observa-se se existe cárie ou alguma restauração infiltrada; ➢ Se o dente tiver cárie ou estiver fraturado, poderia fazer o acesso em outra região? Não! Se o dente está fraturado, provavelmente será encaminhado para prótese (reabilitação com prótese); ➢ Se tiver 1 ou 2 canais é preciso estender até o limite onde não tem o teto, para que consiga visualizar a embocadura do canal, se tem 2 canais, geralmente eles estão nos dois extremos, e se for um único canal, não é preciso estender tanto esse desgaste; ➢ Remoção do teto da câmara pulpar; ➢ Movimentos no sentido vestibulopalatino; ➢ Não realizar movimentos no sentido mésio-distal; ➢ Pode utilizar a ponta diamantada onde tem a ponta inativa, e vai movimentando e desgastando o teto. A esférica também pode ser utilizada tracionando; ➢ Forma de contorno → Ovóide; ➢ Forma de conveniência → Ligeira divergência para oclusal (para superiores ou inferiores); ➢ O desgaste é classificado em “ligeiramente”, pois não é preciso sair desgastando e fragilizar sem necessidade. E sim, minimamente, para que se consiga visualizar a abertura e para que a lima entre reta nos dois canais, ou seja, ampliar a divergência e a própria anatomia do instrumento que está sendo utilizado, ao realizar o movimenro de lareralidade, ele vai retificando e desgastando, deixando ligeiramente divergente, ou seja, essa distância não pode ser tão pequena se tiver realmente 2 canais e eles se localizarem na extremidade dessa cavidade; Layanne Vasconcelos ➢ Se tiver 1 canal, a distância não precisa ser tão extensa, só o suficiente para o instrumento entrar reto; ➢ Se não houver o desgaste, quando colocar o instrumento, ele vai ficar se cruzando e não vai entrar reto; Abertura coronária de pré-molares inferiores ➢ Ponto de área ou eleição: ✓ Aresta da vertente vestibular, não ultrapassando o sulco em direção lingual com discreta tendência para a mesial do dente; ✓ Pela própria anatomia, tem a cúspide e a face vestibular é bem maior do que alingual; ✓ Se ultrapassar o suco irá desgastar muito e ao tirar todo o teto e desgastar a vertente da cúspide vestibular, é que se consegue acessar. ➢ Direção de trepanação: ✓ Broca paralela ao longo eixo do dente; ➢ Forma de contorno: ✓ Remoção do teto da câmara pulpar (OVÓIDE); ➢ Forma de conveniência: ✓ Desgaste de parte da cúspide vestibular; ✓ Se não fizer o desgaste suficiente e quiser poupar, pode acontecer de não acessar o canal por inteiro. Abertura coronária de molares superiores ➢ Configuração triangular, com base voltada para vestibular; ➢ Canal palatino → Cúspide mésio-palatina; ➢ Canal mésio vestibular → Cúspide mésio- vestibular; ➢ Canal disto vestibular → Sulco vestibulo-oclusal; ➢ 4º canal MV2, MP OU MC; ➢ Geralmente o triângulo não muda, pois o 4º canal se localiza entre o mésio-vestibular e o palatino. ➢ Ponto ou área de eleição: ✓ Centro exato da fossa mesial. Layanne Vasconcelos ➢ Direção de trepanação: ✓ Broca dirigida para o lado palatino (canal palatino); ✓ O canal palatino é mais amplo; ✓ Não vai em sentido ao longo eixo do dente por causa do assoalho e pode perfurar ele ou desgastar desnecessariamente; ✓ Essa direção de trepanação propõe buscar mais rapidamente a câmara pulpar, para que se comece a retirar o teto. ➢ Forma de contorno: ✓ Remoção do teto da câmara pulpar (triângulo); ✓ Geralmente no molar, quando cai já troca para a endo-z ou para a 2082 e vai removendo o teto. ➢ Forma de conveniência ✓ Desgaste das projeções da dentina na parede mesial da câmara pulpar; ✓ A projeção da parede mesial algumas vezes impede de localizar o canal M-D; ✓ Ao encontrar a câmara na face palatina, vai tracionando ou tirando com a esférica; ✓ Se já abriu o suficiente, é indicado que na forma de contorno já utilize as pontas inativas. A partir do momento que estiver tracionando a ponta inativa, broca ou ponta diamantada nesse sentido, geralmente vai para mésio-vestibular, disto- vestibular; ✓ Geralmente a localização do canal no M-D é mais próximo da face vestibular, e geralmente o D-V fica mais centralizado, faz esse caminho, retira todo o teto e vai com a ponta do explorador para ver se precisa tirar mais ou não; ✓ Se tiver o 4 canal, o formato fica o mesmo. ➢ 4º canal: ✓ Caiu, vai tirando todo o teto e depois somente o suficiente, vai envolvendo todas as embocaduras do canal, e com a ponta do explorador vai localizando. Abertura coronária de molares inferiores ➢ Ponto ou área de eleição: ✓ Centro exato do sulco principal. ➢ Direção de trepanação: ✓ Em direção distal (Canal distal): ✓ Na radiografia pode apresentar alguma alteração, como cárie, formação de dentina, e pode até mudar a direção, mas geralmente é onde tem 1 canal que é mais amplo. Onde tem 2 canais, essas embocaduras são bem mais difíceis de serem localizadas; ✓ Se tiver cárie, remove todo o tecido cariado com cureta, baixa rotação e complementa o acesso. ✓ Quando rompe e cai, ao sentir com o explorador (pode ser que não sinta a sensação de cair, por causa da proximidade), amplia o suficiente, entra com a endo-z, sai da raiz distal e vai tracionando em direção da mesial. Layanne Vasconcelos ➢ Forma de contorno: ✓ Vai depender da quantidade de canais (3 ou 4); ✓ A endo-z é muito utilizada; ✓ Se tiver 3 canais (geralmente no 2ºMI), o formato vai ser mais triangular; ✓ Se tiver 4 canais, geralmente eles se aproximam mais, a embocadura dos canais são mais próximas, então ele não fica tão quadrado, e sim com o formato trapezoidal, onde tem uma extremidade menor na face distal e a localização da embocadura dos canais na raiz mesial são um pouco mais distantes, porém, cada caso é um caso, por isso não se faz nenhum desenho antes. ➢ Forma de conveniência: ✓ Remoção da projeção dentinária principalmente na parede mesial da câmara; ✓ Desgaste anti-curvatura; ✓ Na 1ª foto está na distal, mas é na mesial da câmara; ✓ Assim como no acesso é preciso evitar desgaste desnecessário, quando vai instrumentar seja com limas ou gattes deve-se evitar tocar na face interna no canal radicular, na ragião da bifurcação ou trifurcação, e o desgaste anti-curvatura faz com que o instrumento trabalhe evitando desgastar desnecessariamente essa região. Falhas → Insucesso ➢ Manutenção do tecido cariado; ➢ Seleção inadequada do ponto de eleição; ➢ Seleção incorreta da broca; ➢ Direção de trepanação; ➢ Abertura coronária incompleta; ➢ Desgaste compensatório inadequado; ➢ O objetivo do acesso é realiza-lo para que todo preparo químico-mecânico, a substância irrigadora, todos os instrumentos, as limas que serão utilizadas para preparar o canal radicular, possibilite o melhor desempenho; ➢ Erros comuns: ✓ Teto → É muito comum acontecer em molares. Houve muito desgaste desnecessário. Na 1ª foto, ainda está com dentina e teto. Na 2 foto, quando estendeu, percebe-se que foi retirado todo o teto, então vai dar o acabamento, refinamento e vai percorrendo com a ponta do explorador, apenas na câmara pulpar, jamais ultrapassar para o canal radicular; ✓ Perfurações → Algumas vezes pode condenar o dente. O tratamento endodôntico é realizado com isolamento absoluto. Realizar um tratamento endodôntico sem o estudo da anatomia interna e completado com a radiografia para diagnóstico é o mesmo que trabalhar no “escuro” e colaborar para as elevadas porcentagens de fracassos endodônticos! Leonardo e Leal, 1991.
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