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Síndrome de Down e Paralisia Cerebral

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Sara Carlos Farias 
PNE – 02/03/2020 
Síndrome de Down e Paralisia Cerebral 
Paralisia Cerebral: 
↳ Paralisia Cerebral pode ser genética ou desenvolvida na 1ª infância (2 a 3 anos de 
idade); provoca danos cerebrais permanentes e não progressivos; desordem dos 
movimentos ou postura. 
Etiologia: 
• Fatores pré-natais (80%) – causas: hipóxia; desordens genéticas e metabólicas; 
infecção; exposição a agentes teratogênicos; crescimento restritivo; trauma 
abdominal. 
• Fatores perinatais (10%) – causas: asfixia durante o parto; nascimento prematuro; 
incompatibilidade sanguínea; infecção; uso de instrumentos no parto. 
• Fatores pós-natais (10%) – causas: convulsões; asfixia; hiperbilirrubinemia; doenças 
pulmonares ou cardíacas; síndrome da bilisocudida; traumatismo craniano. 
Classificação da paralisia: 
• Classificação por idade + função motora: 
Nível A – paciente quase sem nenhuma alteração motora, consegue andar e subir 
degrau com o auxílio de um objeto. 
Nível B – consegue subir escada, mas apoiado e não consegue segurar objetos. 
Nível C – usa algum tipo de equipamento para se locomover (andajar ou cadeira de 
rodas), mas tem movimento nos membros superiores. 
Nível D: precisa de alguém para ajudá-lo a guiar o equipamento, mas consegue apoiar 
o braço e movimentar as mãos. 
Nível E – nenhum tipo de movimentação nos membros superiores e inferiores, não 
segura nem a cabeça e depende totalmente de outra pessoa. 
• Classificação de habilidade manual: 
Nível 1 – segura objetos facilmente 
Nível 2 – segura a maioria dos objetos, mas com qualidade ou tempo limitado 
Nível 3 – segura objetos com dificuldade, necessitando de ajuda 
Nível 4 – segura objetos adaptados e com limitação 
Nível 5 – não segura objeto 
• Classificação de comunicação funcional: 
Nível 1 – efetiva emissão e recepção com familiares e não familiares 
Nível 2 – comunicação efetiva, porém lenta 
Nível 3 – efetiva emissão e recepção com familiares 
Nível 4 – inconsistente emissão ou recepção com familiares 
Nível 5 – raramente efetiva 
Sara Carlos Farias 
PNE – 02/03/2020 
• Classificação quanto ao tônus: 
Espástica – hipertonia, movimentos curtos, resistência à movimento passivo 
Atetásica – fluxo continuo de movimento involuntário 
Atóxico – perda da coordenação de movimentos involuntários 
Mista 
Diagnóstico: 
Raramente acontece abaixo dos 6 meses ➙ Normalmente entre 6 meses e 3 anos 
➙ Casos severos são mais fáceis de se diagnosticar. 
o Características: 
• Distúrbios da Paralisia Cerebral: 
Alteração das sensações (confunde cheiro com barulho, com luz, etc) 
Percepção alterada 
Cognição pouca ou zero 
Comunicação alterada 
Comportamento alterado 
Pode ter epilepsia. 
• Alterações dentarias: 
Mal oclusão – a maioria são classe II; overjet acentuado; projeção dos incisivos para 
vestibular; respiração bucal, incompetência labial, face longa; pacientes espásticos tem 
a mordida mais aberta; palato ogival, gengiva mais espessa, ausência do selamento 
labial 
Bruxismo – alta prevalência, pois a maioria dos pacientes tem ausência de 
propriocepção no periodonto, sendo necessário aplicar toxina botulínica 
Erosão – alerta: indicio de refluxo gastresofágico; área mais lisa e dentina exposta na 
área lingual 
Cáries – alta prevalência, devido a deficiência de higienização, consistência do ducto 
e deficiência em função motora 
Sialorreico – 10 a 58% dos pacientes apresentam salivação extensa, pode-se utilizar 
algum tipo de medicamento como colírio de atropina, para tentar diminuir a salivação. 
Higiene Oral deficiente ➙ O reflexo da mordida é proporcional ao déficit neurológico, 
por isso, os pais tem dificuldade em higienizar. 
Atendimento odontológico: 
Nível de apreensão alto, pois não costumam se relacionar com estranhos 
Dificuldade de comunicação (avaliar peculiaridades) 
Baixa cognição (dificuldade colaborativa) 
Dificuldade de concentração 
Convulsões durante o atendimento (ficar atento – remover material); postura 
(adaptação da cadeira). 
• Pacientes espásticos: a contenção vai ajudar na segurança do paciente e do CD 
Disfunção respiratória – retenção de secreções traqueobrônquicas – sempre utilizar 
o sugador e a cadeira não muito deitados. 
Controle de espasmos: cabeça na linha media e pernas em semi-flexão. 
• Manejo: distração; reforço positivo; dizer-mostrar-fazer; modelação; premiação 
Sara Carlos Farias 
PNE – 02/03/2020 
Síndrome de Down 
↳ Síndrome de Down: alteração genética, com cromossomo a mais 
Características: 
• Características craniofaciais: braquicefalia; pescoço curto; ponta nasal baixa; implantação das 
orelhas baixa. 
• Olho: pregas epicânticas e manchas de brushfield; alterações oculares: estrabismo, 
hipertilarismo (olhos afastados), catarata precoce 
• Fenótipo – mãos: curtas; longas; pregas simiescas; 5º dedo encurvado 
• Deficiência intelectual: desenvolvimento no limite inferior da curva normal; alterações na 1ª 
década de vida; adolescência estabilizada; fala atrasada – diminuição das funções orais; 
desenvolvimento variável – estimulo na fase pré-escolar, inserção social e autonomia 
• Problemas comportamentais: Desenvolvimento sexual e início da puberdade – sexo 
feminino (capacidade de engravidar); sexo masculino (baixa fecundidade). 
• Desordens cardíacas: 44 a 58% desenvolve alguma anomalia cardíaca; defeito 
atrioventricular e ventrículo septal; prolapso de válvula mitral; reconhecimento precoce – 
cirurgia com 2 a 4 meses. 
• Hipotireoidismo: pode causar algum tipo de alteração no de desenvolvimento ósseo e 
dentário, com cronologia alterada 
• Sistema imune comprometido: deficiência leucocitária – leucócitos T e monócitos tem 
defeitos na sua atividade; alta incidência de leucemia; infecções recorrentes: intestinais, 
respiratórias e orais. 
• Hipotônico: 100% dos indivíduos; dificuldade de andar; coordenação motora inadequada e 
má higiene oral 
• Articulação atlanto-axial: tem instabilidade dessa região do pescoço, podendo haver 
deslocamentos 
• Alzheimer: comum em 30% dos portadores acima de 35 anos – envelhecimento 
precoce e obesidade 
Alterações em cavidade oral: 
• Posição da língua; dificuldade de deglutição; diminuição da eficiência na mastigação; 
alteração da abertura e fechamento da boca 
• Alterações intraorais: baixo risco de carie (hipótese – oligodontia, erupção retardada, 
diferença na composição da saliva...); mal oclusão – mordida cruzada posterior, apinhamento, 
hipodesenvolvimento de maxila e palato; anomalia dentaria; doença periodontal (96% dos 
indivíduos) de rápida evolução, e com maior acometimento dos incisivos inferiores, devido a 
deficiência de imunidade + má higiene + defeitos no metabolismo do colágeno; agenesia 
(etiologia desconhecida – decíduos e permanentes); atraso na erupção de decíduos e 
permanentes (causas – hipotireoidismo e fibromatose gengival); língua – macroglassia e 
pseudomacioglassia (terço médio hipodesenvolvido)

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