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Introdução a engenharia ambiental e sanitaria

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3ºAula
Saneamento Básico
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• compreender o significado e importância do saneamento básico;
• conhecer a evolução do saneamento básico;
• compreender como está o saneamento básico nos dias atuais. 
A preocupação com o Saneamento Básico veio com o 
surgimento das primeiras epidemias. O Saneamento nada 
mais é que o conjunto dos serviços de abastecimento de água 
potável, coleta e tratamento de esgoto sanitário, drenagem 
urbana e gestão de resíduos sólidos. 
Nos dias atuais, o Saneamento Básico é visto como uma 
das principais preocupações na gestão de cidades e países. 
O Engenheiro Ambiental e Sanitário é um profissional 
importante no âmbito do saneamento, pois ele pode projetar, 
executar e gerenciar obras em todas as vertentes no setor. 
Vamos conhecer um pouco mais sobre o saneamento 
básico?
Bons estudos!
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária 18
Seções de estudo
1 - Importância e Conceitos 
2 - História do Saneamento
3 - Saneamento Básico na atualidade
1 - Importância e Conceitos
O Saneamento Básico é o conjunto de atividades que 
buscam o bem-estar social com o ambiente que o circunda. 
Para isso é necessário gerenciar os resíduos produzidos pelo 
homem e assegurar o abastecimento de água potável, além de 
garantir o escoamento adequado de águas pluviais, evitando 
inundações.
Pode-se defi nir o Saneamento Básico como o conjunto 
de quatro vertentes:
1. Abastecimento de água potável; 
2. Rede de coleta e tratamento de esgoto sanitário;
3. Gestão de resíduos sólidos; 
4. Drenagem pluvial urbana. 
Figura 1. Fonte: <http://www.itabira.mg.gov.br/portal/?p=6104>. Acesso em 06 
out. 2018.
O principal objetivo do Saneamento é garantir, em um 
ambiente, a Salubridade Ambiental. Assim, levando à melhoria 
da qualidade de vida das pessoas, sobretudo na saúde infantil, 
com redução da mortalidade, melhorias na educação, na 
expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda 
do trabalhador, na despoluição dos rios, na preservação dos 
recursos hídricos, etc. (TRATA BRASIL, 2018).
Saber mais!
Defi nições segundo a Lei 7750/92 do Estado de São Paulo:
Saneamento Básico: defi nida como as ações, serviços e obras 
considerados prioritários em programas de saúde pública, 
notadamente o abastecimento público de água e a coleta e 
tratamento de esgotos.
Salubridade Ambiental: defi nida como a qualidade ambiental capaz 
de prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente 
e de promover o aperfeiçoamento das condições mesológicas 
favoráveis à saúde da população urbana e rural.
Disponível em: <https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1992/lei-
7750-31.03.1992.html>. Acesso em 06 de out. 2018
O Engenheiro Ambiental e Sanitário é um profi ssional 
importante no âmbito do saneamento, pois ele pode projetar, 
executar e gerenciar obras em todas as vertentes no setor. 
A Lei que estabelece as diretrizes nacionais para o 
saneamento básico e para a política federal de saneamento 
básico é a Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. 
Ela determina e estabelece que as quatro vertentes sejam 
constituídas pelos seguintes serviços: 
a) abastecimento de água potável, constituído pelas 
atividades, pela disponibilização, pela manutenção, 
pela infraestrutura e pelas instalações necessárias 
ao abastecimento público de água potável, desde 
a captação até as ligações prediais e os seus 
instrumentos de medição; 
b) esgotamento sanitário, constituído pelas atividades, 
pela disponibilização e pela manutenção de 
infraestrutura e das instalações operacionais de 
coleta, transporte, tratamento e disposição fi nal 
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações 
prediais até a sua destinação fi nal para a produção 
de água de reuso ou o seu lançamento fi nal no meio 
ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, 
constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e 
pelas instalações operacionais de coleta, transporte, 
transbordo, tratamento e destino fi nal dos resíduos 
sólidos domiciliares e dos resíduos de limpeza 
urbanas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, 
constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e 
pelas instalações operacionais de drenagem de águas 
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para 
o amortecimento de vazões de cheias, tratamento 
e disposição fi nal das águas pluviais drenadas, 
contempladas a limpeza e a fi scalização preventiva 
das redes;
O Saneamento é uma das principais atividades no quesito 
de organização e estruturação urbana, pois garante a qualidade 
de vida básica da população e evita epidemias e doenças de 
vinculação hídrica e gerada por vetores.
Os vetores são os insetos, roedores e seres vivos que 
se proliferam com a produção de resíduos, e transmitem 
doenças à população. Alguns exemplos de vetores urbanos 
são: moscas, mosquitos, baratas, ratos, carrapatos, caramujos, 
pombos, cupins, entre outros.
19
Figura 2.Fonte: <https://brasilescola.uol.com.br/geografi a/pragas-urbanas.htm>. 
Acesso em 07 out. 2018.
O sanitarista desempenha atividades para controle de 
vetores biológicos transmissores de doenças (artrópodes e 
roedores que prejudicam a saúde pública). 
O controle dos vetores pode ser feito em ordem 
ambiental, química ou biológica. Segue abaixo a explicação 
de cada método: 
• O controle ambiental torna o saneamento do meio 
ambiente acessível a todas as pessoas, ou seja, 
todos devem ter acesso, dentre outras coisas, a água 
tratada, esgotamento sanitário e destino fi nal para 
o lixo - essa é a melhor estratégia para impactar as 
condições que viabilizam a proliferação de vetores.
• O controle biológico visa colocar entre os vetores, 
alguns organismos predadores naturais que, com 
eles, disputarão a conquista por alimentos, abrigo, 
etc. - estratégia muito pesquisada, pois, de certa 
maneira, não prejudica o meio ambiente.
• O controle químico, muito empregado no Brasil, 
consiste no uso de agentes químicos borrifados em 
intervalos regulares de tempo, em regiões com a 
presença de vetores.
Segue a tabela com as principais doenças vinculadas à 
água e seus agentes causadores:
Doenças Agente Causador Formas de transmissão
Disenteria bacilar Bactéria 
Cólera Bactéria 
Leptospirose Bactéria 
Salmonelose Bactéria Ingestão de água contaminada
Febre tifoide Bactéria 
Disenteria amebiana Protozoário 
Giardíase Protozoário 
Hepatite infecciosa Vírus 
Gastroenterite Vírus 
Paralisia infantil Vírus 
Ascaridíase Helminto 
Tricuríase Helminto Ingestão de água e alimentos contaminados
Ancilostomíase Helminto
Escabiose Sarna
Tracoma Clamídea Contato com água contaminada
Esquistossomose Helminto
Fonte: Adaptado de Von Sperling, et. al (1996).
2 - História do Saneamento
A busca por água vem desde as primeiras civilizações, 
quando as cidades cresciam em torno de corpos hídricos. A 
água é indispensável para a vida humana e animal, e sua 
qualidade e potabilidade começou ser observada com o 
surgimento das primeiras epidemias. 
No período Neolítico, com o desenvolvimento da 
agricultura, surgiram as primeiras aldeias. Com isso, a 
produção de lixo e esgoto doméstico favoreceu a proliferação 
de ratos e insetos, iniciando assim a poluição dos rios e a 
manifestação de doenças. 
A preocupação com a gestão de resíduos líquidos e 
sólidos foi simultânea ao crescimento das primeiras cidades. 
O primeiro sistema de coleta de efl uentes foi o sistema 
unitário, que transportava águas residuárias domésticas, água 
de infi ltração e pluviais, no mesmo conduto.
A Cloaca Máxima, localizada na Roma antiga, construída 
nos fi nais do século VI a.C., é uma das mais antigas redes de 
esgoto do mundo. Foi edifi cada com a fi nalidade de drenar as 
águas residuais, pluviais e o lixo, para o rio Tibre.
A evolução do saneamento ocorreu a passos lentos. No 
início do século XIX, as condições de vida urbana começaram 
a melhorar.
No século XIV, a peste negra matou inúmeras pessoas 
no mundo. A doença eratransmitida por ratos contaminados 
com a bactéria Pasteurella Pestis. 
Outras epidemias como cólera (Londres, 1831-32, 
1848-49, 1854 e 1857) e febre tifoide, transmitidas pela água 
contaminada, geraram a morte de muitas pessoas.
Saber mais!
Lei nº.9433/ 1997: Art. I: o uso prioritário dos recursos hídricos é o 
consumo humano e a dessedentação de animais.
Ao longo do século XX, a incidência da febre tifoide e 
da cólera diminuiu fi rmemente devido à introdução de 
vacinações e obras de saneamento básico nos municípios. 
Em particular, a cloração da água potável causou um 
impacto signifi cativo no número de indivíduos afetados 
pela doença.
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária
Tabela 1
Evolução histórica dos aspectos de saúde pública e meio ambiente no setor de saneamento no Brasil.
Período Principais características
Meados do século XIX • Estruturação das ações de saneamento sob o paradigma do higienismo, isto é, como
até início do século XX uma ação de saúde, contribuindo para a redução da morbi-mortalidade por doenças
infecciosas, parasitárias e até mesmo não infecciosas.
• Organização dos sistemas de saneamento como resposta a situações epidêmicas,
mesmo antes da identificação dos agentes causadores das doenças.
Início do século XX • Intensa agitação política em torno da questão sanitária, com a saúde ocupando lugar
até a década de 30 central na agenda pública: saúde pública em bases científicas modernas a partir
das pesquisas de Oswaldo Cruz.
• Incremento do número de cidades com abastecimento de água e da mudança
na orientação do uso da tecnologia em sistemas de esgotos, com a opção pelo sistema
separador absoluto, em um processo marcado pelo trabalho de Saturnino de Brito,
que defendia planos estreitamente relacionados com as exigências sanitárias (visão
higienista).
Décadas de 30 e 40 • Elaboração do Código das Águas (1934), que representou o primeiro instrumento
de controle do uso de recursos hídricos no Brasil, estabelecendo o abastecimento
público como prioritário.
• Coordenação das ações de saneamento (sem prioridade) e assistência médica
(predominante) essencialmente pelo setor de saúde.
Décadas de 50 e 60 • Surgimento de iniciativas para estabelecer as primeiras classificações e os primeiros
parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos definidores da qualidade das águas,
por meio de legislações estaduais e em âmbito federal.
• Permanência da dificuldade em relacionar os benefícios do saneamento com a saúde,
restando dúvidas inclusive quanto à sua existência efetiva.
Década de 70 • Predomínio da visão de que avanços nas áreas de abastecimento de água
e de esgotamento sanitário nos países em de senvolvimento resultariam na redução
das taxas de mortalidade, embora ausentes dos programas de atenção primária
à saúde.
• Consolidação do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), com ênfase no
incremento dos índices de atendimento por istemas de abastecimento de água.
• Inserção da preocupação ambiental na agenda política brasileira, com a consolidação
dos conceitos de ecologia e meio ambiente e a criação da Secretaria Especial de Meio
Ambiente (SEMA) em 1973.
Década de 80 • Formulação mais rigorosa dos mecanismos responsáveis pelo comprometimento
das condições de saúde da população, na ausência de condições adequadas
de saneamento (água e esgotos).
• Instauração de uma série de instrumentos legais de âmbito nacional definidores de
políticas e ações do governo brasileiro, como a Política Nacional do Meio Ambiente (1981).
• Revisão técnica das legislações pertinentes aos padrões de qualidade das águas.
Década de 90 até • Ênfase no conceito de desenvolvimento sustentável e de preservação e conservação
o início do século XXI do meio ambiente e particularmente dos recursos hídricos, refletindo diretamente
no planejamento das ações de saneamento.
• Instituição da Política e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(Lei 9.433/97).
• Incremento da avaliação dos efeitos e conseqüências de atividades de saneamento
que importem impacto ao meio ambiente.
Fonte: Branco (1991), Cairncross (1989), Costa (1994) e Heller (1997).
Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/csp/2002.v18n6/1713-1724/pt/>. Acesso em 08 out.2018.
21
No Brasil, alguns nomes se destacam na área do 
saneamento. O primeiro é Emílio Ribas, que instituiu 
métodos de controle para a febre amarela, seguido por 
Oswaldo Cruz.
Entre os inúmeros sanitaristas brasileiros, destaca-se 
o engenheiro Saturnino de Brito (1864- 1929). Um de seus 
projetos é a rede de canais de drenagem de Santos, iniciada 
em 1907, construída para secar terras encharcadas, onde 
proliferavam transmissores da febre amarela.
Em 1930, todas as capitais brasileiras possuíam sistemas 
de distribuição de água e coleta de esgotos. No Brasil, a 
situação geral do saneamento, tanto na zona rural, quanto 
urbana, continua precária para as populações de baixa renda, 
apesar das melhoras realizadas nos últimos 40 anos. A 
implantação de obras de saneamento nunca acompanhou o 
ritmo de crescimento das áreas urbanas.
Ainda hoje, centenas de crianças morrem diariamente 
no país de desidratação, cólera, febre amarela, verminoses 
intestinais, ao ingerir água e alimentos contaminados.
Saber mais!
A REVOLTA DA VACINA 1905 / RJ
Fonte: <https://esquerdaonline.com.br/2016/11/15/republica-os-mitos-e-o-
povo/>. Acesso em 08 out. 2018.
A charge acima ilustra a revolta da população contra Oswaldo 
Cruz.
A vacinação era feita pela brigada sanitária, que era uma 
comissão de empregados da área de saúde preparados para 
executar esse serviço. Eles entravam na casa das pessoas 
e vacinavam todos que lá estivessem, uma forma de agir que 
indignou a população.
3 - Saneamento Básico na Atualidade
Nos dias atuais, o Saneamento Básico é visto como uma 
das principais preocupações em gestões de cidades e países. 
Essa preocupação deu-se com a proliferação de epidemias e 
doenças vinculadas à falta de saneamento.
Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), a 
cada R$ 1 investido em saneamento, R$ 4 são economizados 
em gastos com saúde. No âmbito econômico, investir em 
saneamento gera benefícios diretos e indiretos no município, 
aumenta a qualidade de vida da população e torna o ambiente 
mais propício a investimentos externos.
Segundo Soares et al. (2002), nos últimos anos, a 
fi nalidade dos projetos de saneamento tem abandonado 
sua concepção sanitária clássica, recaindo em uma 
abordagem ambiental que visa a promover não só a 
saúde humana, mas também a conservação do meio 
físico e biótico. Segundo os mesmos autores, a avaliação 
ambiental dos efeitos dos sistemas de saneamento nas 
cidades consolidou-se como uma etapa importante do 
processo de planejamento no que se refere à formulação 
e seleção de alternativas e à elaboração e detalhamento 
dos projetos selecionados.
Com o advento da Lei nº 11.445/07 -Plano Nacional de 
Saneamento Básico-, foi cunhado o conceito de saneamento 
básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações 
de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza 
urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas 
pluviais urbanas.
A lei defi niu também as competências quanto à coordenação 
e atuação dos diversos agentes envolvidos no planejamento e 
execução da política federal de saneamento básico no País. Em 
seu art. 52 a lei atribui ao Governo Federal, sob a coordenação do 
Ministério das Cidades, a responsabilidade pela elaboração Plano 
Nacional de Saneamento Básico (Plansab).
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/informma/item/485-plano-nacional-
de-saneamento-b%C3%A1sico>. Acesso em 09 de out. 2018.
O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) 
foi instituído em 2013 e contempla planos e metas 
visando a universalização de acesso ao saneamento no 
prazo de 20 anos. O Plano Nacional propõe a criação do 
Plano Municipal, o qual adequa metas e projetos para as 
cidades.
O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) 
se tornou quesito obrigatório parareceber recursos na 
União. 
Após 31 de dezembro de 2019, a existência de plano 
de saneamento básico no município, elaborado pelo titular 
dos serviços, será condição para o acesso aos recursos 
orçamentários da União ou aos recursos de fi nanciamentos 
geridos ou administrados por órgão ou entidade da 
administração pública federal, quando destinados a serviços 
de saneamento básico (Redação dada pelo Decreto nº 9.254, 
de 2017). 
O PMSB tem por objetivo estabelecer metas e projetos 
em conformidade com a Plansab, dando as diretrizes para o 
funcionamento das ações por 20 anos. 
O plano é feito de acordo com as necessidades de cada 
município e passa por fases de adequação e correção, sendo 
aprovado por audiência publica, onde a comunidade expõe 
suas sugestões e reivindicações para o setor. 
Os índices de cobertura de saneamento básico 
estão crescendo com o passar dos anos, porém a 
discrepância, de acordo com as regiões do Brasil, ainda 
são signifi cativas. 
Para a universalização do saneamento básico no Brasil 
faltam investimentos e planos concretos. Existem leis e 
políticas públicas que norteiam o setor, porém, as atitudes e 
ações governamentais ainda são insufi cientes. 
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária 22
Figura 3. Fonte: <https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-melhora-mas-
metade-dos-brasileiros-segue-sem-esgoto-no-pais.ghtml>. Acesso em 09 out.2018.
Para por em prática o saneamento, a primeira iniciativa 
deve vir dos próprios cidadãos, não jogando lixo em local 
inadequado, destinando seu esgoto de maneira correta, não 
ocupando áreas irregulares e cobrando dos governantes 
planos e projetos para as quatro vertentes, garantindo assim a 
salubridade ambiental local.
Figura 4. Fonte: <https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-melhora-mas-
metade-dos-brasileiros-segue-sem-esgoto-no-pais.ghtml>. Acesso em 09 out.2018.
Saber mais!
Em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram 
notifi cadas mais de  340 mil  internações por  infecções 
gastrintestinais no país;
Se  100%  da população  tivesse acesso à coleta de esgoto 
haveria uma redução, em termos absolutos, de  74,6 
mil internações. 56% dessa redução ocorreria no Nordeste.
Em 2013, o país teve mais de 14 milhões de casos de afastamento 
por diarreia ou vômito;
A cada afastamento as pessoas fi caram longe de suas atividades 
por  3,32  dias  em média. Isso signifi ca que essas doenças 
causaram 49,8 milhões de dias de afastamento ao longo de um 
ano.
Em vinte anos (2015 a 2035), considerando o avanço gradativo 
do saneamento, o valor presente da economia com saúde, 
seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com 
internação no SUS, deve alcançar R$ 7,239 bilhões no país.
Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/principais-
estatisticas/principais-areas-afetadas/saude>. Acesso em 09 out.2018.
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem! Para encerrar esta 
aula vamos recordar.
1 - Importância e Conceitos 
Pode-se defi nir o Saneamento Básico como o conjunto 
de quatro vertentes:
1.Abastecimento de água potável; 
2. Rede de coleta e tratamento de esgoto sanitário;
3. Gestão de resíduos sólidos; 
4. Drenagem pluvial urbana. 
O saneamento básico tem o objetivo de alcançar a 
salubridade ambiental, proporcionando à população um 
ambiente propício a se ter qualidade de vida. 
2 - História do Saneamento
A água é indispensável para a vida humana e animal. Sua 
qualidade e potabilidade começaram a ser observadas com o 
surgimento das primeiras epidemias. No Brasil, o Engenheiro 
responsável pelas primeiras obras de saneamento básico foi 
Saturnino de Brito.
3 - Saneamento Básico na Atualidade
Na atualidade as fi nalidades dos projetos de saneamento 
possuem uma abordagem ambiental que visa a promover 
não só a saúde humana, mas também a conservação do meio 
físico e biótico. Os municípios estabelecem metas e projetos 
de saneamento através da PMSB, em conformidade com a 
Plansab, dando as diretrizes para o funcionamento das ações 
por 20 anos.
23
Vale a pena
Plano Nacional de Saneamento Básico- Disponível 
em: <http://www.cecol.fsp.usp.br/dcms/uploads/
arquivos/1446465969_Brasil-PlanoNacionalDeSaneament
oB%C3%A1sico-2013.pdf>.
Vale a pena ler
Dados de Saneamento de acordo com os estados. 
Disponivel em: <http://www.tratabrasil.org.br/
saneamento/principais-estatisticas/no-brasil/dados-
regionais>.
Vale a pena acessar
Saneamento Básico efi ciente é o melhor cartão postal que um Município 
pode ter. Nenê Bronson
Minhas anotações
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária
Minhas anotações

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