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Alterações fisiológicas do envelhecimento do sistema endócrino e sistema nervoso

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ROTEIRO 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
Acadêmico: Milena Bavaresco 
Período: 3º período 
1- SOBRE OS PROCESSOS BIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA 
NERVOSO, COMENTE SOBRE CADA FATOR: 
A. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS 
▪ Após os 65 anos de idade o volume do cérebro diminui cerca de 7cm cúbicos por ano, sendo a maior perda nos 
lobos frontal e temporal e perda maior da substância branca em relação a substância cinzenta. O fluxo cerebral 
também diminui heterogeneamente de 5 a 20% com a deterioração dos mecanismos que mantêm o fluxo 
sanguíneo cerebral com a flutuação da pressão arterial. 
 
▪ Por década, após os 50 anos, ocorre uma perda de volume cerebral em torno de 2 a 3% e o peso diminui 8% se 
comparado com o peso máximo quando adulto. A maior evidência de perda neuronal é observada nos neurônios 
maiores no córtex cerebral e no cerebelo. Perdas de neurônios catecolaminérgicos, dopaminérgicos e colinérgicos 
também podem ocorrer. 
 
▪ Em regiões como hipotálamo, ponte e medula a perda é mínima. Com o envelhecimento também há diminuição 
nas sinapses, mas não por processos inflamatórios e sim por apoptose, ou seja, há mais células sendo destruídas 
do que renovadas. As células gliais aumentam (gliose) em resposta ao dano neuronal (mecanismo compensatório) 
para proteger a função neuronal e a plasticidade. 
 
▪ Ocorre a perda de axônios e redução na mielina. Também há diminuição do metabolismo cerebral da glicose, 
sendo diminuída a sua distribuição nos lobos temporais e nos demais. 
 
▪ Em alguns casos o número de dendritos pode diminuir e as sinapses serem perdidas, assim a neurotransmissão 
fica alterada e a comunicação do SN é piorada (em casos demenciais isso fica ainda mais evidente). Também são 
encontradas placas senis (deposito da proteína beta-amiloide) e enovelados neurofibrilares. 
 
▪ Os nervos periféricos e a musculatura também sofrem alterações. Há uma diminuição nas células do corno anterior 
da medula, redução da mielina dos nervos sensoriais e, por consequência, perda da sensação vibratória, do tato e 
da dor, disfunção autonômica afetando a reatividade pupilar, regulação da temperatura corporal e o controle 
vascular cardíaco e periférico. Mesmo pessoas idosas saudáveis podem apresentar uma deterioração parcial da 
cognição: menor destreza para executar movimentos finos, problemas com a memória recente e diminuição da 
velocidade do processamento cognitivo. 
 
B. ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS 
▪ Por conta da diminuição dos neurônios colinérgicos e muscarínicos, há uma redução da acetilcolina (tanto da 
síntese quanto da liberação). O mesmo ocorre com a dopamina, incluindo diminuição de seus receptores no estriato 
e na substância negra. 
 
▪ Em uma mesma célula pode coexistir o neurotransmissor e o peptídeo que modula a função do neurotransmissor. 
Sendo assim, o desequilíbrio deste processo está muito mais relacionado com o comprometimento das funções do 
que a alteração em um neurotransmissor isoladamente. 
 
C. ALTERAÇÕES METABÓLICAS E CIRCULATÓRIAS 
▪ No cérebro irá ocorrer a diminuição da água intra e extracelular; lentidão da síntese proteica; aumento na oxidação 
das proteínas e sua glicosilação, com aumento do acúmulo intraneural (emaranhados neurofibrilares); diminuição 
da síntese lipídica pela variação dos substratos lipídicos; alteração na membrana lipídica e na condução nervosa; 
alterações circulatórias relacionadas à aterosclerose; diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e da utilização da 
glicose. 
 
ROTEIRO 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ A barreira hematoencefálica costuma proteger o cérebro de diversas substâncias tóxicas do sangue, mas na 
velhice ela torna-se mais permeável a muitas substâncias que são deletérias ao cérebro. 
 
D. ALTERAÇÕES COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS 
▪ As memórias processual e semântica são bem conservadas ao longo da idade, mas as memórias episódicas e 
laborativa e a função executiva são mais afetadas com a senescência. Principalmente após os 70 anos, a 
velocidade de processamento e a função executiva entram em declínio. A habilidade de realizar múltiplas tarefas 
é diminuída por conta do déficit de atenção e concentração. 
 
▪ Após os 30 anos há uma diminuição na capacidade de solucionar problemas e aprender coisas novas. A fluência 
verbal fica comprometida após os 70 anos. 
 
▪ Graças a sua plasticidade e capacidade de compensar e reparar danos, ele consegue se manter estável no meio 
social, de trabalho e em casa. 
 
E. MARCHA, POSTURA E EQUILÍBRIO 
▪ Como se sabe, com o avanço da idade a marcha se altera. Geralmente, as mulheres tem um desempenho pior 
quando comparada ao homem. 
 
▪ Em pessoas com dificuldade de marcha, é possível notar a hesitação no andar; menor balanço dos braços e passos 
menores; nas mudanças de direção no caminho faz a volta com o corpo em bloco; a postura é tipicamente mais 
rígida (alerta para possível queda); base alargada; retificação da coluna cervical (certo grau de cifose torácica); 
flexão do quadril e dos joelhos. 
 
▪ É importante dizer que essas alterações são de grande ajuda para diagnóstico de diversas patologias: 
parkinsonismo, artrite, dificuldade de visão dentre outros. A queda é o grande problema por conta destes distúrbios 
da marcha. 
 
F. SONO 
▪ Também pelo processo de envelhecimento, há alterações no ciclo sono-vigília. Há tendência de dormir mais cedo 
e acordar mais cedo. A presença de insônia, sonolência diurna, despertares durante a noite e sono pouco reparador 
são frequentes. 
 
▪ O sono é dividido em 2 tipos: o REM e o não-REM. O tipo não-REM possui 4 divisões, no idoso há um aumento 
nas divisões 1 e 2 (facilidade para despertar) e diminuição dos estágios 3 e 4 (sono profundo). 
 
▪ A presença de apneia ocorre no sono REM, e são mais frequentes no homem idoso e obeso. Isso faz com que a 
pessoa acorde várias vezes para reestabelecer a respiração. A tendência é ter sonolência durante o dia, mau 
humor, diminuição da memória, cefaleia e até depressão. 
 
▪ Outro fator comum ao sono é o ronco. Sua frequência é aumentada após os 60 anos, principalmente nos homens. 
Também há a síndrome das pernas inquietas, trata-se de um desconforto sentido a cada 30s durante uma grande 
parte da noite (incoordenação entre a excitação e inibição motora). 
 
▪ Nos idosos ocorre uma baixa de melatonina secretada pela hipófise. Sua secreção é regulada pelo ciclo circadiano 
e sua função é ajudar na sincronia interna das funções orgânicas. 
 
G. MEMÓRIA 
▪ Para o funcionamento normal do SNC é necessário que haja um equilíbrio entre o glutamato (excitatóro) e o GABA 
– gama-aminobutírico (inibitório). A memória pode ser dividida, conforme o tempo que ela é guardada: curto prazo, 
longo prazo, memória prospectiva e memória remota. 
ROTEIRO 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Também pode ser dividida conforme material arquivado: visual, verbal, para fatos ou eventos ocorridos ou 
assistidos pela pessoa. 
 
▪ No envelhecimento, as memórias reflexa medular, sensorial e implícita se alteram pouco, mas a episódica começa 
a diminuir por volta dos 30 anos e declina, progressivamente, enquanto a semântica (recordação de nomes, 
palavras) e memoria espacial pode ser mantida por toda a vida. 
 
H. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS 
▪ O processo de envelhecimento demostra que a idade tem efeitos maiores sobre a quantidade de variáveis clinicas 
relevantes, como a visão, audição, medidas cognitivas e comportamentais, atividade do sistema nervoso simpático 
e, também, a tolerância à glicose, a pressão sanguínea sistólica, a função pulmonar, a função renal, a função 
imunológica e a densidade óssea. 
 
▪ Embora esses processos podem ser vistos como não patológicos, eles servem de substrato fisiológico para 
apresentação da doença, da resposta ao tratamento proposto e possíveis complicações. 
 
▪ O processo de envelhecimento não ocorre de maneira uniforme em todas as áreas do organismo. 
 
2. AS ALTERAÇÕES HORMONAIS INFLUENCIAM O DECLÍNIO FUNCIONAL,AS 
INCAPACIDADES, AS DOENÇAS DA PESSOA IDOSA E A LONGEVIDADE. DESCREVA 
COMO CADA GLÂNDULA COORDENA RESPOSTAS FISIOLÓGICAS FRENTE AO 
ENVELHECIMENTO. 
A. TIREOIDE 
▪ Geralmente os níveis de T3 e T4 estão em níveis normais baixos, mas os de TSH em níveis normais altos. A taxa 
de TSH elevado e T4 normal podem ocorrer devido a manutenção da imunorreatividade do TSH. 
 
▪ Também a uma diminuição dos hormônios tireoidianos (conversão de T4 em T3), tal situação serve como uma 
medida protetora frente ao catabolismo, levanto a diminuição da taxa do metabolismo basal e ao aumento 
progressivo do tecido adiposo corporal. 
 
▪ Sabe-se que os hormônios tireoidianos também são responsáveis por estimular o consumo de oxigênio em quase 
todos os tecidos, aumentando a taxa do metabolismo celular e contribuindo para a manutenção da temperatura 
corporal. Com o avanço da idade, seu efeito sobre a temperatura corporal é diminuído (casos de hipotermia nos 
idosos). A redução da resposta febril ao ataque de diferentes agentes é notada pelo déficit da regulação da 
temperatura corporal; 
 
▪ O aumento do colesterol sérico também pode ocorrer frente o declínio da função tireoidiana. 
 
B. PARATIREOIDE 
▪ Aparentemente, o processo de envelhecimento não causa alterações marcantes nas glândulas paratireoidianas. 
Entretanto, em relação a diferenças étnicas nota-se que mulheres negras pós e asiáticas (pós-menopausa), 
apresentam baixos níveis de PTH e elevados níveis de cálcio se comparadas a mulheres brancas. 
 
▪ Nos homens os níveis desse hormônio são baixos e culminam numa menor prevalência da osteoporose que as 
mulheres. 
 
▪ Apesar dos níveis de cálcio serem mantidos ao longo da vida, os mecanismos regulatórios são alterados. Na 
infância e na fase adulta os níveis de cálcio são mantidos pela ingesta sem perda de cálcio. Na idade avançada a 
calcemia é mantida pela reabsorção do mineral pelo rim. 
 
C. HIPÓFISE 
▪ Com o processo de envelhecimento a hipófise terá seu volume aumentado. As alterações bioquímicas variam 
conforme o indivíduo. Níveis de melatonina (diurno e noturno) irão diminuir e irão intervir no sono e na ação 
protetora contra danos oxidativos. 
ROTEIRO 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
D. PÂNCREAS 
▪ No órgão em si, as alterações do envelhecimento serão poucas. Entretanto, em relação aos hormônios observa-
se uma queda insulínica. Isso provoca uma intolerância a glicose com o envelhecimento, aumento da glicemia em 
jejum, maior aumento da glicemia pós-prandial.

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