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UCT 7 - Pediatria - SP 1 DIFERENÇAS Criança: indivíduo até 12 (doze) anos de idade incompletos; ● PERGUNTAS 1. Quais os processos envolvidos na triagem neonatal? Qual sua importância? O programa nacional de triagem neonatal (PNTN) tem como finalidade o rastreamento de doenças que possuem elevada morbidade e mortalidade, as quais devem ser diagnosticadas e tratadas precocemente. Exames de Triagem Neonatal Todo bebê que nasce no Brasil tem direito a realizar gratuitamente (4) quatro exames muito importantes para a sua saúde. São os chamados exames da triagem neonatal: ● Teste do Pezinho ● Teste do Olhinho ● Teste da Orelhinha ● Teste do Coraçãozinho Teste do pezinho O teste do pezinho é uma das principais formas de diagnosticar sete doenças (7) (teste básico) que, quanto mais cedo forem identificadas, melhores são as chances de tratamento. São elas: - Fenilcetonúria - Hipotireoidismo congênito - Doença falciforme - Fibrose cística - Deficiência de biotinidase - Hiperplasia adrenal congênita - Toxoplasmose congênita ● Fenilcetonúria (doença autossômica recessiva) - Causa lesões irreversíveis no SNC - Comportamento agitado ● Hipotireoidismo congênito - Defeito na formação da tireóide (85%) ou na síntese dos hormônios (15%) - Os hormônios produzidos pela tireóide são essenciais para o desenvolvimento do SNC - Dosagem de T4 livre e TSH - Tratamento: Reposição hormonal = LEVOTIROXINA (se não for reposta em até 2 semanas leva a lesão irreversível no SNC). ● Anemia falciforme (autossômica recessiva) e Hemoglobinopatias - Alterações estruturais da hemoglobina - As hemácias em foice NÃO transportam adequadamente a quantidade necessária/suficiente de oxigênio Pode levar a: infecções, crise álgica, síndrome torácica águda, sequestro esplênico, AVC….. - Tratamento: Hidroxiureia, penicilina oral, transfusões sanguíneas profiláticas. - Triagem da doença: ELETROFORESE de HEMOGLOBINA HbFA = normal em RN HbFS = anemia falciforme em RN HbA = normal HbSS ou HbS = Anemia falciforme ● Fibrose Cística (doença autossômica recessiva) CFTR (Canal de cloro das células epiteliais) Infecções de repetição Insuficiência pancreática exócrina Distúrbio hidroeletrolítico - Tratamento: repor enzimas pancreáticas, clearence mucociliar, tratamento de exacerbações pulmonares. - Triagem: dosagem do IRT (filtro) - *** Atenção para o ÍLEO MECONIAL *** - Teste do Cloro no SUOR (padrão ouro) ● Deficiência da biotinidase (doença autossômica recessiva) - Distúrbio no metabolismo da biotina - Distúrbios neurológicos e cutâneos - Epilepsia, hipotonia, atraso DNPM - Alopecia, dermatite eczematoide - Tratamento: reposição diária da biotinidase ● Hiperplasia da adrenal congênita (doença autossômica recessiva) - Deficiência enzimática na síntese dos esteroides adrenais - Mais comum (deficiência da 21 hidroxilase - Síndrome perdedora de sal - Virilização em meninas (aumento do clítoris) - Tratamento: Corticóides e mineralocorticóides - Triagem: dosagem da 17-hidroxiprogesterona Para realizar o teste do pezinho, a família deve levar o recém-nascido a uma unidade básica de saúde entre o 3° e o 5° dia de vida. É fundamental ter atenção a esse prazo. Punção do Calcanhar - nas laterais Fazer o exame no máximo até o primeiro 1 mês de vida. ● Em recém-nascidos PREMATUROS a coleta de sangue é venosa periférica feita em 3 momentos diferentes (em decorrência da maior probabilidade de falso-positivo). 1) Ao nascer 2) Entre 48h - 72h de vida 3) À alta hospitalar ou aos 28 dias de vida Teste do Olhinho - Teste do reflexo vermelho Reflexo da superfície RETINIANA para ver se o reflexo óptico está livre - Avalia a qualidade dos meios transparentes do olho - Deve ser feito em sala em PENUMBRA (lugar mais escura) (favorece a dilatação da pupila fisiológica) - Recém-nascido com eixo visual ALINHADO - Oftalmoscópio: 1) Feixe de luz a 40cm - 50cm dos olhos 2) Incidir ao mesmo tempo nos 2 olhos 3) Observar reflexo obtido (que deve ser VERMELHO) Nesse caso, pode ser: - Catarata - Retinocoroidite - Retinoblastoma - Glaucoma congênito ● Encaminhar ao oftalmologista ● Repetir este teste em TODA consulta de puericultura até os 2-3 anos. É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão. O exame é realizado nas maternidades públicas até a alta do recém-nascido. A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento. Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, vai encaminhar a criança para avaliação do oftalmologista. Teste da Orelhinha - 50% das perdas auditivas são IDIOPÁTICAS Entre os procedimentos realizados ainda na maternidade, logo após o nascimento do bebê, está a triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha. O exame é feito, geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê e identifica problemas auditivos no recém-nascido. Desde 2010 é determinado por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem ter feito o teste, que é gratuito. As crianças nascidas fora do ambiente hospitalar devem fazê-lo antes de completarem 3 meses de vida. O Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contraindicações e dura em torno de 10 minutos. Teste do Coraçãozinho Todo bebê tem direito de realizar o teste de coraçãozinho ainda na maternidade, entre 24h a 48h após o nascimento. O teste é simples, gratuito e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro - espécie de pulseirinha - no pulso e no pé do bebê. Caso algum problema seja detectado, o bebê é encaminhado para fazer um ecocardiograma. Se alterado, é encaminhado para um centro de referência em cardiopatia para tratamento. Problemas no coração são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos. Por isso, quanto mais cedo for diagnosticado, melhores são as chances do tratamento. Conduta - Vitamina K e colírio (procedimento obrigatório ou não?) - Colírio O uso do colírio é realizado para prevenir a Conjuntivite Gonocócica, causada pela bactéria Gonococo, que pode ser transmitida através do contato com a vagina de uma mulher com gonorreia. Essas gotinhas podem causar uma reação nos olhos ainda frágeis: é a chamada conjuntivite química. Em alguns lugares, caso a mãe comprove que não tem gonorreia e outras doenças bacterianas, é possível assinar um termo para impedir a aplicação do produto. Converse com seu médico se necessário realize antes uma cultura endovaginal, dando negativo a gonorréia coloque no seu plano de parto que não autoriza o uso de nitrato de prata em seu bebê. Quanto tempo após o nascimento deve ser realizado o Método de Credé? A profilaxia pelo Método de Credé deve ser realizada na primeira hora após o nascimento para que o gonococo não tenha tempo de invadir as células da córnea e provocar a oftalmia neonatal gonocócica. Importante lembrar que esta conduta independe do tipo de parto, ou seja, normal ou operatório. Qual é o mecanismo de ação do nitrato de prata sobre o gonococo? O íon prata livre combina-se com as proteínas dos microorganismos, precipitando-as. O NP é usado como antisséptico e adstringente. Seu poder germicida deve-se à combinação do íon prata com certos grupamentos das proteínas dos microrganismos, levando à sua desnaturação, com a consequente ruptura e morte do germe. O NP destrói a maioriados micro-organismos na concentração de 0,1%; concentrações menores têm propriedades bacteriostáticas. 10. QUANDO É NECESSÁRIA A ADMINISTRAÇÃO DE INJEÇÃO DE VITAMINA K NO RN E QUAL A FINALIDADE? A vitamina K pode prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido. A ADMINISTRAÇÃO DE INJEÇÃO DE VITAMINA K É OBRIGATÓRIO PARA TODAS AS CRIANÇAS IMEDIATAMENTE depois do nascimento para prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido. ● Suplementação de ferro e vitamina A (obrigatório em todas as crianças de 6 a 18 meses. 2. Apgar: Este procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952. a) Critérios de classificação - Interpretação - Cor ( A - appearance ) - Frequência cardíaca ( P - pulse ) - Irritabilidade ( G - grimace ) - Tônus muscular ( A - activity ) - Respiração ( R - respiration ) b) Importância É fundamental no diagnóstico precoce de possíveis doenças fatais para o RN. c) Como é realizado É realizado no Primeiro, Quinto e Décimo minuto de vida extrauterina. 3. Caracterize peso, comprimento, e idade gestacional (prematuridade) do RN em relação aos parâmetros normais Idade gestacional: duração da gestação medida do primeiro dia do último período normal de menstruação até o nascimento; expressa em dias ou semanas completos. - Pré-termo: menos do que 37 semanas completas (menos do que 259 dias completos). ● Prematuro tardio: de 34 semanas a 36 e 6/7 sem. - Termo: de 37 semanas completas até menos de 42 semanas completas (259 a 293 dias). - Pós-termo: 42 semanas completas ou mais (294 dias ou mais). - Método de Capurro (para avaliar a Idade gestacional) Peso: primeiro peso do ou recém-nascido (RN) obtido após o nascimento. Nos casos onde o contato pele a pele da primeira hora de vida foi estabelecido, realizar a pesagem a posteriori. - Acima do peso: 4.000 gramas - Baixo peso: peso ao nascer inferior a 2500 gramas. - Muito baixo peso: peso ao nascer inferior a 1500 gramas. - Extremo baixo peso: peso ao nascer inferior a 1000 gramas Comprimento - Média de 50 cm devendo aumentar no primeiro ano de vida 50%, sendo 15 cm no primeiro semestre e 10cm no segundo semestre. - O perímetro craniano mede, em média, 34 cm, enquanto que o perímetro torácico é de cerca de 32 cm. Relação IG com peso: O RN pode ainda ser classificado conforme a adequação do peso à IG, considerando como referencial uma curva de crescimento adequada. Esse parâmetro reflete a qualidade do crescimento fetal e permite a determinação de risco para problemas neonatais. O RN pode ser classificado em: *************************************************** *********************************** • Adequado para a idade (AIG): peso ao nascer entre os percentis 10 e 90. • Pequeno para a idade gestacional (PIG): abaixo do percentil 10. • Grande para a idade (GIG): acima do percentil 90. **************************************************** ********************************** 4. Existe uma perda de peso fisiológica e qual o limiar aceitável? É normal uma perda fisiológica do bebê nos primeiros dias de vida, entretanto o RN deve recuperar o peso de nascimento até o décimo dia. Os RN por parto vaginal perdem menos peso que os RN nascidos por cesárea! Há mecanismos disponíveis que permitem ao bebê usar suas reservas de gorduras e proteínas até que receba o leite materno 2 a 3 dias depois. Assim, em geral o peso do bebê reduz de 5% a 10% nos primeiros 2 a 3 dias de vida (maior parte representa perda de líquidos ao invés de sólidos). A recuperação do PN ocorre em média no período de 10 a 14 dias, podendo chegar até 21 dias em RN prematuros. Em casos de RN prematuros a perda ponderal pode chegar até 15%, sendo inversamente proporcional a idade gestacional. Causas: eliminação de mecônio, sudorese, urina, alimentação. 5. Diferencie icterícia patológica e fisiológica do RN. A hiperbilirrubinemia indireta costuma se manifestar clinicamente como icterícia quando atinge níveis séricos superiores a 5 mg/dL, o que acontece em aproximadamente 60% dos recém-nascidos (RN) a termo e 80% dos prematuros tardios na primeira semana de vida, permanecendo por 30 dias ou mais em cerca de 10% dos bebês em aleitamento materno ICTERÍCIA FISIOLÓGICA Ocorre por alguns mecanismos: - O aumento do volume eritrócitos/kg e menor tempo de sobrevida dos eritrócitos (90x120 dias) comparado com adulto; - O maior eritropoiese inefetiva; - O aumento da circulação enterohepática; - Menor captação da bilirrubina plasmática; - O menor conjugação da bilirrubina indireta (BI); - O redução na excreção hepática de bilirrubina. ICTERÍCIA PATOLÓGICA Pode ser confundida com a fisiológica, porém algumas situações sugerem o diagnóstico de icterícia patológica: - O icterícia precoce, antes de 24h de vida; o associação com outros sinais clínicos ou doenças do RN como anemia, plaquetopenia, letargia, perda de peso etc. - O icterícia prolongada (>8 dias no a termo e acima de 14 dias no pré-termo); - O bilirrubina direta > 1,5mg/dl ou >10% da BT; - O progressão diária da BT >5mg/dl ou >0,5mg/dl/h. Algumas das causas mais comuns de icterícia neonatal incluem 1) Hiperbilirrubinemia fisiológica 2) Icterícia por amamentação 3) Icterícia pelo leite materno 4) Hiperbilirrubinemia patológica por doença hemolítica 1) Hiperbilirrubinemia fisiológica ocorre em quase todos os recém-nascidos. A vida média mais curta da hemácia neonatal aumenta a produção de bilirrubina; a conjugação deficiente devido à deficiência da UGT diminui a depuração; e o baixo nível de bactérias intestinais, combinado com o aumento da hidrólise da bilirrubina conjugada, aumenta a circulação êntero-hepática. Os níveis de bilirrubina se elevam para 18 mg/dL, até o 3o ou 4o dia de vida (7 dias nos recém-nascidos asiáticos), e diminuem a seguir. 2) Icterícia da amamentação aparece em (⅙) um sexto dos lactentes durante a primeira semana de vida. A amamentação aumenta a circulação êntero-hepática da bilirrubina em alguns lactentes que diminuíram a ingestão de leite e que tiveram desidratação ou baixa ingestão calórica. O aumento da circulação êntero-hepática também pode resultar da redução bacteriana intestinal que converte a bilirrubina a metabólitos não reabsorvíveis. 3) Icterícia pelo leite do peito é diferente de icterícia pela amamentação. Aparece após os primeiros 5 a 7 dias de vida, com pico por volta de 2 semanas. Admite-se que seja causada pelo aumento da concentração da β-glucuronidase no leite do peito, causando aumento da desconjugação e reabsorção da bilirrubina. 4) Hiperbilirrubinemia patológica nos recém-nascidos a termo é diagnosticada se ● Icterícia aparece nas primeiras 24 h, após a primeira semana de vida, ou demora > 2 semanas ● Bilirrubina total no soro (BTS) aumenta > 5 mg/dL/dia ● BTS é > 18 mg/dL ● O lactente mostra sinais ou sintomas de doença grave Algumas das causas patológicas mais comuns são ● Anemia hemolítica imunitária ou não imunitária ● Deficiência de G6PD ● Reabsorção de hematoma ● Sepse ● Hipotireoidismo congênito Momento A icterícia que aparece nas primeiras 24 a 48 h ou que persiste por > 2 semanas têm maior probabilidade de ser patológica. A icterícia que não se torna evidente após 2 ou 3 dias é mais consistente com a fisiológica, pela amamentação ou pelo leite do peito. Exames A suspeita diagnóstica é levantada pela coloração e confirmada pelas medidas de bilirrubina sérica. O tratamento definitivo da hiperbilirrubinemia envolve: ● Fototerapia (aumento da excreção): É o uso da luz para fotoisomerização da bilirrubina não conjugada, transformando-a em formas mais hidrossolúveis e que possam ser excretadas rapidamente pelo fígado. ● Exsanguinotransfusão (retirada mecânica) FOTOTERAPIA Baseia-se no fato que quando a bilirrubina absorve a luz ocorrem 3 reações fotoquímicas: fotoisomerização, isomerização estrutural e foto oxidação, levando a um aumento da excreção. No entanto, a fototerapia tem sua eficácia influenciada por alguns fatores: - O tipo de luz:lâmpadas azuis especiais são as mais eficientes; - A dose de irradiância – deve ultrapassar 5microW/cm2/nm a 425 a 475 nM; o RN deverá permanecer despido, exceto por proteção ocular, para maior exposição cutânea; - A distância entra a fonte iluminadora e o paciente – aparelhos convencionais devem ser posicionados a 30 cm do paciente. ● Nomograma de Bhutani ● Zonas de Kramer - Progressão CEFALOCAUDAL ● Kernicterus = FORMA CRÔNICA da encefalopatia bilirrubínica É uma complicação da icterícia neonatal que provoca lesões no cérebro do recém-nascido, quando o excesso de bilirrubina não é tratado de forma adequada. O kernicterus refere-se à lesão cerebral provocada pela deposição de bilirrubina não conjugada nos gânglios da base e núcleos do tronco cerebral. EXSANGUINEOTRANSFUSÃO 6. Em que consiste o Plano de Cuidados ao RN? - Vitaminas O sol estimula a produção de vitamina D, que já é tida como um pró-hormônio para muitos médicos e, quando em quantidades ideais, apresenta inúmeras vantagens, como: desenvolvimento e fortalecimento dos ossos e prevenção de diabetes, icterícia, depressão, doença cardiovascular etc. - Banho de sol - auxiliar no crescimento saudável dos ossos e dentes; - aumentar a absorção de fósforo e cálcio; - evitar o raquitismo e, assim, o retardo no crescimento e deformidades ósseas; - diminuir a bilirrubina, substância que quando em excesso provoca icterícia; http://www.cordvida.com.br/blog/o-que-e-ictericia-e-como-lidar-com-ela/ http://www.cordvida.com.br/blog/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-nascimento-dos-dentes-do-bebe/ - aumentar a imunidade e combater gripes, resfriados e doenças autoimunes; - diminuir a predisposição a desenvolver depressão; - reduzir a incidência de doenças cardiovasculares durante a vida; - aumentar a produção de renina, o que previne o diabetes; - ajudar no desenvolvimento cognitivo, tendo um cérebro saudável; - auxiliar na prevenção de câncer - Coto umbilical Para realizá-la, levante o coto umbilical e limpe bem com a gaze ou cotonete. A limpeza deve continuar da mesma forma mesmo depois da queda do umbigo, e não devem ser realizados curativos fechados no coto umbilical, como faixas, gazes ou curativos. No banho o coto umbilical deve ser bem limpo com água e sabão. - Alimentação Aleitamento exclusivo até os 6 meses, após pode ser feita a IA com alimentos pastosos mas com a continuação do aleitamento até os 2 anos. - ***Temperatura / Vestimenta - adaptação de termorregulação A capacidade de manter constante a temperatura corporal quando a temperatura ambiental varia (homeotermia) é limitada no RN, e o estresse do frio ocorre quando a perda de calor excede a capacidade de produção. O controle térmico depende da idade gestacional e pós-natal, do peso de nascimento e das condições clínicas do RN Quanto menor a idade gestacional e pós-natal e pior o estado clínico do RN pré-termo, maior será a necessidade de suporte térmico ambiental para mantê-lo normotérmico. O ambiente intrauterino é termoestável e o controle térmico fetal é dependente da mãe. O feto tem taxa metabólica basal elevada e produz duas vezes mais calor por unidade de peso corporal que o adulto. Assim, a temperatura fetal é 0,5 a 1o C maior que a da mãe, estabelecendo um gradiente que propicia a transferência de calor do feto para o organismo materno. O calor fetal é eliminado predominantemente (85%) pela circulação placentária. Apenas 15% é eliminado pela pele fetal para o líquido amniótico e deste para a parede uterina. Assim, o organismo materno é um reservatório de calor para o feto. Por esse motivo, é importante alertar para algumas situações que podem aumentar a temperatura materna e fetal no parto, como: trabalho de parto prolongado, rotura prolongada de membranas, corioamnionite, infecção urinária e anestesia peridural, enquanto que na cesariana pode haver diminuição da temperatura materna e, consequentemente, do feto. http://www.cordvida.com.br/blog/vacina-da-gripe-para-gestantes-esclareca-suas-duvidas-agora/ http://www.cordvida.com.br/blog/doencas-de-inverno-veja-o-que-fazer-para-proteger-o-seu-filho/ http://www.cordvida.com.br/blog/celulas-tronco-de-tecido-do-cordao-umbilical-e-diabetes/ http://www.cordvida.com.br/blog/celulas-tronco-sao-uma-das-tecnicas-mais-promissoras-no-combate-ao-cancer/ Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com temperatura em torno de 37,5º C, para o ambiente seco e frio da sala de parto propicia importante perda de calor por evaporação e por convecção. Se não houver intervenção, a temperatura cutânea do RN diminui rapidamente, em torno de 0,3º C por minuto. Essa queda desencadeia resposta termorregulatória mediada pelo sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina nas terminações nervosas da gordura marrom, com liberação do hormônio estimulante da tireoide. Os hormônios tireoidianos, especialmente a triiodotironina (T3), atuam de forma sinérgica com a noradrenalina promovendo a oxidação de ácidos graxos livres e o aumento de uma proteína designada termogenina, resultando em produção de calor, porém com grande consumo de energia. A termogênese química é o principal mecanismo de produção de calor no RN A gordura marrom deposita-se em alguns locais específicos, como tecido subcutâneo nucal, mediastino, axilas e regiões interescapular, paravertebral e perirrenal. É altamente vascularizada (por isso sua coloração escura) e, embora esteja presente em fetos de 25 semanas de gestação, sua atividade metabólica é muito reduzida antes de 32 semanas de gestação. A termogênese química é fortemente influenciada pelo grau de oxigenação e está bastante diminuída em RN pequenos para a idade gestacional - RGE O Refluxo gastroesofágico ou regurgitação é comum nas primeiras semanas de vida devido à baixa tonicidade do esfíncter esofágico inferior. A maioria dos bebês precisa apenas de algumas medidas para diminuir o RGE. São elas: evitar balançá-los; não vestir roupas que apertem suas barrigas; não deixar chorarem por muito tempo; colocar um calço de 10 cm para manter a cabeceira do berço elevada cerca de 30 graus; ter uma boa posição durante as mamadas para prevenir a entrada de ar pela boca; e, após terminar, deixá-los no colo, na posição vertical, por mais ou menos 30 minutos. - Equipe multiprofissional (papel) Após o nascimento o RN recebe atendimento dentro do hospital, pelo médico pediatra, equipe de enfermagem, e outros profissionais. Ao ser liberado o RN é acompanhado pela equipe da UBS, recebendo visitas periódicas das ACS para serem efetuadas explicações sobre aleitamento, vacinas etc. Caso a mãe não consiga deslocar-se até a UBS o médico desloca-se até a casa da puérpera. 7. Quais as adaptações fisiológicas cardiorrespiratórias e termorregulatórias do RN? - Cardiorrespiratórias Cardiovascular: o sistema circulatório fetal funciona como se fosse duas bombas interligadas funcionando em paralelo. ● Após o nascimento o arranjo dos ventrículos faz com que a circulação neonatal funcione como uma conexão em série. ● TRANSIÇÃO: circulação fetal necessita sofrer modificações para se tornar neonatal (principais modificações: desaparecimento da circulação placento-fetal / aumento do fluxo sanguíneo pulmonar / fechamento dos shunts fetais). ● Quando o RN tem sua primeira respiração, a resistência vascular sistêmica aumenta e o fluxo de sangue através do ducto arterioso declina. Em resposta a um volume sanguíneo aumentado no coração e nos pulmões, a pressão arterial esquerda se eleva. Combinada com a resistência sistêmica elevada, essa elevação da pressão resulta no fechamento funcional do forame oval (dentro de vários meses o forame oval sofre fechamento anatômico). A instalação do esforço respiratório e os efeitos do aumento da pressão parcial de oxigênio arterial causam uma constrição do ducto arterioso, que fecha funcionalmente 15 a 24 horas após o nascimento. O ducto venoso se fecha anatomicamente em torno da primeira ou segunda semana. Após o nascimento, as veias umbilicais se obliteram. ● Fechamento funcionaldas estruturas cardíacas fetais (forame oval / canal arterial / ducto venoso) acontece progressivamente: completa-se em torno de um a dois dias de vida (fechamento anatômico pode durar semanas). ● Shunts se fecham funcionalmente antes de se fecharem anatomicamente: podendo ocorrer aberturas intermitentes dessas estruturas (ocorrendo passagem de sangue não oxigenado do lado direito para o esquerdo do coração - podendo fazer o RN apresentar CIANOSE TRANSITÓRIA e com o choro o aumento de pressão da veia cava e átrio direito, levando ao aparecimento de SOPROS). O fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais (forame oval, canal arterial e ducto venoso), acontece progressivamente, e completa-se em torno de um a dois dias de vida. - Termorregulatórias Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com temperatura em torno de 37,5o C, para o ambiente seco e frio da sala de parto propicia importante perda de calor por evaporação e por convecção. Se não houver intervenção, a temperatura cutânea do RN diminui rapidamente, em torno de 0,3C por minuto. Essa queda desencadeia resposta termorregulatória mediada pelo sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina nas terminações nervosas da gordura marrom, com liberação do hormônio estimulante da tireoide. Os hormônios tireoidianos, especialmente a triiodotironina (T3), atuam de forma sinérgica com a noradrenalina promovendo a oxidação de ácidos graxos livres e o aumento de uma proteína designada termogenina, resultando em produção de calor, porém com grande consumo de energia. Respiratório: na gravidez, o feto tem seu sangue oxigenado e gás carbônico eliminado através da placenta (pulmões inativos). ● Após nascimento: RN deve estabelecer respiração através dos alvéolos, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico no primeiro minuto de vida (de maneira apropriada). ● Durante a 24ª e a 30ª semana de gestação: é produzido surfactante pelas células alveolares, que diminui a tensão superficial, evitando o colabamento dos alvéolos ao término da expiração (esse processo faz com que as trocas gasosas sejam facilitadas / pressão para a insuflação necessária para abertura das vias respiratórias diminuídas / complacência pulmonar melhorada / esforço respiratório diminuído). ● Antes do nascimento: PULMÃO repleto de líquido e com 10% a 15% de débito cardíaco total. ● Início da função respiratória é estabelecida por estímulos: químicos / térmicos / físicos / sensoriais (ex: dor, luminosidade). ● Primeira respiração deve ocorrer dentro de 20s após o parto. ● Aumento do fluxo sanguíneo em oito a dez vezes. ● Líquido pulmonar: ⅓ expelido, pelo nariz e boca, ao passar pela compressão do tórax no canal vaginal e ⅔ absorvidos pela circulação pulmonar e sistema linfático. OBS: O choro cria uma pressão intratorácica negativa, fazendo uma expansão pulmonar, mantendo os alvéolos abertos, forçando o líquido restante para os capilares e sistema linfático. ● Mecanismos de perda de calor no período neonatal São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN: 1) Evaporação (é a principal forma de perda de calor em RN) Corresponde à perda insensível de água pela pele. As principais causas dessa perda são pele ou cobertas molhadas e baixa umidade do ambiente ou do ar inspirado. É especialmente importante em crianças em berços aquecidos. 2) Radiação Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em contato com ele. A principal causa dessa perda é a grande área da pele exposta a ambiente frio, o que pode ocorrer no RN despido em incubadora, que perde calor para as paredes da mesma. A utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno minimiza este efeito. É por este mecanismo que os berços aquecidos fornecem calor aos bebês. 3) Convecção Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor. O principal fator desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na pele ou mucosas. A manutenção das portinholas das incubadoras fechadas, assim como a lateral dos berços aquecidos levantadas, são importantes métodos de prevenção deste tipo de perda de calor. 4) Condução Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com ele. Geralmente essa perda é pequena, pois os RN são colocados em superfícies aquecidas. ● Perda de calor por irradiação: a pele descoberta é exposta a um ambiente contendo objetos com temperatura mais fria. ● Perda de calor por evaporação: neonatos estão úmidos pelo líquido amniótico. ● Perda de calor por condução: neonatos são colocados em contato com uma superfície ou objeto frio. ● Perda de calor por convecção: fluxo de ar ambiente mais frio afasta o calor do neonato. 8 . Qual a importância da criação do vínculo mãe e filho, após o nascimento. Alojamento conjunto : é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta da maternidade. Deixar mãe e bebê juntos é uma prioridade para o Ministério da Saúde e tem várias vantagens: I - favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho; II - propicia a interação de outros membros da família com o recém-nascido; III - favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o apoio, promoção e proteção, de acordo com as necessidades da mulher e do recém-nascido, respeitando as características individuais; IV - propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém-nascido, possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade; V - fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional; VI - diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e VII - propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da avaliação da mulher e do recém-nascido, e durante a realização de outros cuidados. 9. Como é a caderneta da criança e como funciona o acompanhamento na UBS? Caderneta da criança Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar. A Caderneta é um documento importante para acompanhar a saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de idade. A primeira parte da caderneta é mais direcionada a família/quem cuida da criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros. A segunda parte da Caderneta da Criança é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas. Elas são distribuídas pelo Ministério da Saúde (são impressas e distribuídas cerca de 3,5 milhões ANUALMENTE). Acompanhamento da criança na UBS Para que a criança cresça e se desenvolva bem, é fundamental comparecer à unidade de saúde para fazer o acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento. Nas consultas de rotina, peça orientações sobre os cuidados necessários para que a criança tenha boa saúde e esclareça as suas dúvidas. Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar sobre: ● Alimentação da criança. ● Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos). ● Vacinas. ● Desenvolvimento. ● Prevenção de acidentes. ● Identificação de problemas ou riscos para a saúde. ● Outros cuidados para uma boa saúde. 10. Quais são as estratégias públicas de saúde em relação ao período perinatal? Ações, programas e iniciativas O Ministério daSaúde tem algumas ações, programas e iniciativas voltadas especificamente para o atendimento a mães e crianças, desde o pré-natal, passando pelo parto e puerpério. Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC A IHAC é um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, instituídos pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para ser amigo da criança, o hospital deve também respeitar outros critérios, como o cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto, garantir livre acesso à mãe e ao pai e permanência deles junto ao recém-nascido internado, durante 24 horas, e cumprir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL). Método Canguru A iniciativa, que integra a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, busca melhorar a qualidade da atenção prestada à gestante, ao recém-nascido e sua família, promovendo, a partir de uma abordagem humanizada e segura, o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre a mãe/pai e o bebê, de forma gradual e progressiva, favorecendo vínculo afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e o desenvolvimento do bebê. ****Benefícios do Método Canguru**** ● Menor tempo de internação do bebê ● Oxigenação adequada ● Aumento da temperatura do corpo e estabilidade ● Menos episódios de apneia – paradas respiratórias durante o sono ● Diminuição do choro ● Aumento do aleitamento materno ● Aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família ● Diminuição do tempo de separação pai-mãe-bebê-família ● Melhor relacionamento família/equipe ● Estimulação sensorial positiva ● Diminuição de infecção hospitalar ● Controle e alívio da dor https://www.saude.gov.br/promocao-da-saude/alimentacao-e-nutricao/10-passos-para-uma-alimentacao-saudavel/passos-para-uma-alimentacao-saudavel-para-criancas-ate-dois-anos https://www.unicef.org/brazil/pt/ https://nacoesunidas.org/agencia/opasoms/ http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=417743&_101_type=content&_101_groupId=33916&_101_urlTitle=norma-brasileira-de-comercializacao-de-alimentos-para-lactentes-e-criancas-de-primeira-infancia-bic&inheritRedirect=true http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=417743&_101_type=content&_101_groupId=33916&_101_urlTitle=norma-brasileira-de-comercializacao-de-alimentos-para-lactentes-e-criancas-de-primeira-infancia-bic&inheritRedirect=true http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=417743&_101_type=content&_101_groupId=33916&_101_urlTitle=norma-brasileira-de-comercializacao-de-alimentos-para-lactentes-e-criancas-de-primeira-infancia-bic&inheritRedirect=true ● Acolhimento ao bebê e sua família ● Respeito às individualidades ● Promoção do contato pele a pele precoce Acompanhante para o bebê durante todo o período de internação Caso o bebê precise ficar internado após o parto, é direito do pai e da mãe ter livre acesso ao recém-nascido durante todo o período de internação, 24 horas por dia, mesmo no caso de recém-nascidos críticos que estejam internados em Unidades de Terapia Neonatal Intensiva (UTI neonatal). O acompanhante para o bebê internado em período integral é um direito previsto no Artigo 12 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, e na Portaria nº 930, de 10 de maio de 2012, que define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O Método Canguru é, portanto, uma tecnologia de saúde que vem mudando o paradigma da assistência neonatal no Brasil, pois amplia os cuidados prestados ao bebê para além de suas necessidades biológicas na perspectiva da clínica ampliada. Essa abrangência deriva da compreensão de que o sucesso do tratamento de um recém-nascido internado em UTI Neonatal não é determinado apenas pela sua sobrevivência e alta hospitalar, mas que para cada bebê deve ser construído um projeto de cuidado singular envolvendo pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social. Estratégia QualiNeo Visando superar o desafio de diminuir a mortalidade neonatal o Ministério da Saúde apresenta a “Estratégia QualiNEO (EQN) ”, que objetiva ofertar apoio técnico de forma sistemática e integrada às maternidades prioritárias para qualificação das práticas de gestão e atenção ao recém-nascido a fim de que possam contribuir para a redução da mortalidade infantil, em especial em seu componente neonatal. Nessa direção, busca-se a formação e qualificação do cuidado e da gestão a partir do estabelecimento de relações colaborativas nos espaços coletivos de trabalho, promovendo interações, trocas de experiências e conhecimento. Incorporando também estratégias e instrumentos de pactuação de compromissos e corresponsabilização com as práticas sanitárias no campo materno-infantil. No mais, busca ofertar métodos de monitoramento cotidiano das práticas de atenção neonatal visando a correção de rumos de modo dinâmica e permanente. Visitas domiciliares para o DPI por agentes de saúde O foco das visitas é acompanhar a saúde da mãe/bebê, além de empoderar as famílias para o cuidado e o estímulo ao desenvolvimento das crianças. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html Além da capacitação dos agentes, o projeto prevê a supervisão e apoio permanente ao trabalho desenvolvido por eles com as famílias. As primeiras experiências estão acontecendo nos dois municípios (Fortaleza e São Paulo) com famílias com renda per capita até R$ 77. AIDPI Neonatal A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI Neonatal) é uma estratégia BASEADA EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS utilizada por profissionais de saúde capacitados pelo Ministério da Saúde, que permite avaliar, classificar e tratar precocemente as principais doenças e fatores de risco que afetam crianças de zero a dois meses de idade. Essa linha de atenção integrada tem por objetivo reduzir a incidência e o agravamento de doenças que atingem as crianças de zero a dois meses, além de minimizar possíveis sequelas ou complicações que podem afetar a saúde futuramente. Nas Ondas do Rádio Desde 2013, a Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno sensibiliza radialistas de diversas partes do país no tema da violência contra crianças e adolescentes. O objetivo é ter os radialistas como parceiros do Ministério da Saúde atuando na prevenção da violência e na promoção de uma cultura de paz. O radialista sensibilizado torna-se apto a trabalhar com a temática no dia a dia da programação das rádios em que atua, ampliando conhecimentos e sensibilizando a população acerca da prevenção da violência, notificação dos casos e promoção de direitos de crianças e adolescentes. Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB)", lançada em 2012, tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa é o resultado da integração de duas ações importantesdo Ministério da Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), que se uniram para formar essa nova estratégia, que tem como compromisso a formação de recursos humanos na atenção básica. A base legal adotada para a formulação da estratégia são políticas e programas já existentes como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC- pactuada, aguardando publicação), a Rede Cegonha, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). ● Política Nacional de Atenção Integral à saúde da Criança (PNAISC) Composta por 7 pilares ● Rede Cegonha A Rede Cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. A proposta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto). Quais são os quatro componentes da Rede Cegonha? I - Pré-natal; II - Parto e nascimento; III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e IV - Sistema logístico (transporte sanitário e regulação). Entre as ações da Rede Cegonha está a implantação de Centros de Parto Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra ou obstetriz, num ambiente preparado para que possa exercer as suas https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/rede-cegonha escolhas, como se movimentar livremente, ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor. Um fator fundamental neste atendimento é a ambiência, com projetos arquitetônicos que buscam privilegiar cores harmônicas, conforto luminoso, térmico e acústico. Outro objetivo do CPN é reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna e neonatal e as ocorrências de cesarianas desnecessárias na rede pública de saúde. Organização Mundial da Saúde - Atenção perinatal Os dez princípios fundamentais da atenção perinatal, assinalados pela OMS, indicam que o cuidado na gestação e no parto normais deve: 1. Não ser medicalizado, o que significa que o cuidado fundamental deve ser previsto, utilizando conjunto mínimo de intervenções que sejam realmente necessárias; 2. Ser baseado no uso de tecnologia apropriada, o que se define como conjunto de ações que inclui métodos, procedimentos, tecnologia, equipamento e outras ferramentas, todas aplicadas para resolver um problema específico. Esse princípio é direcionado a reduzir o uso excessivo de tecnologia, ou a aplicação de tecnologia sofisticada, ou complexa, quando procedimentos mais simples podem ser suficientes, ou ainda ser superiores; 3. Ser baseado em evidências, o que significa ser embasado pela melhor evidência científica disponível, e por estudos controlados aleatorizados, quando seja possível, e apropriado; 4. Ser regionalizado e baseado em sistema eficiente de referência de centros de cuidado primário para centros de cuidado secundário e terciário; 5. Ser multidisciplinar e multiprofissional, com a participação de médicos(as), enfermeiras(os), técnicos(as) de enfermagem, agentes comunitários de saúde, educadores, parteiras tradicionais e cientistas sociais; 6. Ser integral e levar em conta necessidades intelectuais, emocionais, sociais e culturais das mulheres, seus filhos e famílias, e não somente um cuidado biológico; 7. Estar centrado nas famílias e ser dirigido para as necessidades não só da mulher e seu filho, mas do casal; 8. Ser apropriado, tendo em conta as diferentes pautas culturais para permitir lograr seus objetivos; 9. Compartilhar a tomada de decisão com as mulheres; 10. Respeitar a privacidade, a dignidade e a confidencialidade das mulheres. 11. Qual a importância da família no período pré-natal? A formação do vínculo materno não é automática e imediata, pelo contrário, é gradativa e, portanto necessita de tempo, compreensão e amor para que possa existir e funcionar adequadamente. O vínculo mãe-bebê é fortalecido no momento da amamentação, pois a primeira relação social do bebê seria com a figura da mãe, representada pelo seio materno. O leite, o calor e o contato com o corpo da mãe, seu cheiro (que ele reconhece) e o som dos batimentos cardíacos o instigam. As adaptações fisiológicas cardiorrespiratórias e termorregulatórias do RN? Após o nascimento passa por um período de transição que compreende suas primeiras 24 horas de vida, mas a maioria tem esse processo completo nas primeiras 4 - 6 horas de vida ● ADAPTAÇÃO CARDIOVASCULAR - Desde o início do desprendimento materno, com o pinçamento do cordão umbilical, as principais modificações são o desaparecimento da circulação placento-fetal, aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e fechamento do shunts fetais. - Fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais (forame oval, canal arterial e ducto venoso), acontece progressivamente, e completa-se em torno de um a dois dias de vida, sendo que o fechamento anatômico pode durar semanas. - Cianose transitória: Devido ao fechamento funcional mas não anatômico podem ocorrer aberturas intermitentes dessas estruturas, tendo passagem de sangue não oxigenado do lado direito para o lado esquerdo do coração - Aparecimento de sopros: Devido ao aumento do choro e consequentemente aumenta a pressão da veia cava e átrio direito. Por si só não são um problema porém acompanhado de cianose e dificuldade cardíaca e respiratória devem ser investigados. ● ADAPTAÇÕES RESPIRATÓRIAS - Antes a respiração era realizado pela placenta, logo após o nascimento o RN deve estabelecer a respiração através do alvéolo, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico de forma apropriada no primeiro minuto de vida. - Na 24ª-30ª semana de gestação é produzido surfactante pelas células alveolares para diminuir a tensão superficial e evitando o colabamento dos alvéolos ao término da expiração - diminuindo a complacência - O estímulo da respiração é feito por meio químicos,térmicos, físicos e sensoriais, como a dor e luminosidade, sendo que a primeira respiração deve ocorrer nos primeiros 20s de vida. - Com a compressão do torax durante o parto, boa parte do líquido é expelido pela boca e nariz o resto é absorvido pela circulação pulmonar e sistema linfático dentro de 6-24 horas após o nascimento. - O choro cria uma compressão intratorácica positiva que provoca a expansão pulmonar completa - Ducto venoso e ducto arterial tem seu fechamento ● ADAPTAÇÕES TÉRMICAS A gordura marrom deposita-se em alguns locais específicos, como tecido subcutâneo nucal, mediastino, axilas e regiões interescapular, perivertebral e perirrenal. É altamente vascularizada (por isso sua coloração escura) e, embora esteja presente em fetos de 25 semanas de gestação, sua atividade metabólica é muito reduzida antes de 32 semanas de gestação. É fortemente influenciada pelo grau de oxigenação e está bastante diminuída em RN pequenos para a idade gestacional. Além da prematuridade, a hipóxia e a restrição do crescimento intrauterino são condições que comprometem a termogênese neonatal e aumentam o risco de hipotermia. São muito vascularizados e enervados que quando sofrem estresse pelo frio aumentam a produção de noradrenalina que atua nesses depósitos estimulando a lipólise e gerando calor. - Controle vasomotor: vasoconstrição ou vasodilatação → dissipando calor - Isolamento térmico: gordura subcutânea - Atividade muscular - Termogênese sem calafrios: lipólise da gordura marrom Instabilidade térmica: risco de prematuridade, anomalias congênitas, septicemia, asfixia, hipóxia, comprometimento do SNC, aporte nutricional e calórico inadequado, diminuição dos movimentos voluntários, imaturidade do sistema de controle térmicoHIPERTERMIA: 37,4º
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