Buscar

SP 1 - Triagem neonatal

Prévia do material em texto

UCT 7 - Pediatria - SP 1 DIFERENÇAS
Criança: indivíduo até 12 (doze) anos de idade incompletos;
● PERGUNTAS
1. Quais os processos envolvidos na triagem neonatal? Qual sua
importância?
O programa nacional de triagem neonatal (PNTN) tem como
finalidade o rastreamento de doenças que possuem elevada
morbidade e mortalidade, as quais devem ser diagnosticadas e
tratadas precocemente.
Exames de Triagem Neonatal
Todo bebê que nasce no Brasil tem direito a realizar gratuitamente (4) quatro
exames muito importantes para a sua saúde. São os chamados exames da
triagem neonatal:
● Teste do Pezinho
● Teste do Olhinho
● Teste da Orelhinha
● Teste do Coraçãozinho
Teste do pezinho
O teste do pezinho é uma das principais formas de diagnosticar sete doenças (7)
(teste básico) que, quanto mais cedo forem identificadas, melhores são as
chances de tratamento. São elas:
- Fenilcetonúria
- Hipotireoidismo congênito
- Doença falciforme
- Fibrose cística
- Deficiência de biotinidase
- Hiperplasia adrenal congênita
- Toxoplasmose congênita
● Fenilcetonúria (doença autossômica recessiva)
- Causa lesões irreversíveis no SNC
- Comportamento agitado
● Hipotireoidismo congênito
- Defeito na formação da tireóide (85%) ou na síntese dos
hormônios (15%)
- Os hormônios produzidos pela tireóide são essenciais para o
desenvolvimento do SNC
- Dosagem de T4 livre e TSH
- Tratamento:
Reposição hormonal = LEVOTIROXINA (se não for reposta em até 2
semanas leva a lesão irreversível no SNC).
● Anemia falciforme (autossômica recessiva) e
Hemoglobinopatias
- Alterações estruturais da hemoglobina
- As hemácias em foice NÃO transportam adequadamente a
quantidade necessária/suficiente de oxigênio
Pode levar a: infecções, crise álgica, síndrome torácica águda,
sequestro esplênico, AVC…..
- Tratamento: Hidroxiureia, penicilina oral, transfusões
sanguíneas profiláticas.
- Triagem da doença: ELETROFORESE de HEMOGLOBINA
HbFA = normal em RN
HbFS = anemia falciforme em RN
HbA = normal
HbSS ou HbS = Anemia falciforme
● Fibrose Cística (doença autossômica recessiva)
CFTR (Canal de cloro das células epiteliais)
Infecções de repetição
Insuficiência pancreática exócrina
Distúrbio hidroeletrolítico
- Tratamento: repor enzimas pancreáticas, clearence mucociliar,
tratamento de exacerbações pulmonares.
- Triagem: dosagem do IRT (filtro)
- *** Atenção para o ÍLEO MECONIAL ***
- Teste do Cloro no SUOR (padrão ouro)
● Deficiência da biotinidase (doença autossômica recessiva)
- Distúrbio no metabolismo da biotina
- Distúrbios neurológicos e cutâneos
- Epilepsia, hipotonia, atraso DNPM
- Alopecia, dermatite eczematoide
- Tratamento: reposição diária da biotinidase
● Hiperplasia da adrenal congênita (doença autossômica
recessiva)
- Deficiência enzimática na síntese dos esteroides adrenais
- Mais comum (deficiência da 21 hidroxilase
- Síndrome perdedora de sal
- Virilização em meninas (aumento do clítoris)
- Tratamento: Corticóides e mineralocorticóides
- Triagem: dosagem da 17-hidroxiprogesterona
Para realizar o teste do pezinho, a família deve levar o recém-nascido a uma
unidade básica de saúde entre o 3° e o 5° dia de vida. É fundamental ter atenção
a esse prazo.
Punção do Calcanhar - nas laterais
Fazer o exame no máximo até o primeiro 1 mês de vida.
● Em recém-nascidos PREMATUROS a coleta de sangue é venosa
periférica feita em 3 momentos diferentes (em decorrência da maior
probabilidade de falso-positivo).
1) Ao nascer
2) Entre 48h - 72h de vida
3) À alta hospitalar ou aos 28 dias de vida
Teste do Olhinho - Teste do reflexo vermelho
Reflexo da superfície RETINIANA para ver se o reflexo óptico está livre
- Avalia a qualidade dos meios transparentes do olho
- Deve ser feito em sala em PENUMBRA (lugar mais escura)
(favorece a dilatação da pupila fisiológica)
- Recém-nascido com eixo visual ALINHADO
- Oftalmoscópio:
1) Feixe de luz a 40cm - 50cm dos olhos
2) Incidir ao mesmo tempo nos 2 olhos
3) Observar reflexo obtido (que deve ser VERMELHO)
Nesse caso, pode ser:
- Catarata
- Retinocoroidite
- Retinoblastoma
- Glaucoma congênito
● Encaminhar ao oftalmologista
● Repetir este teste em TODA consulta de puericultura até os 2-3
anos.
É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo
vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é
semelhante ao observado nas fotografias.
O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo
visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação
precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da
visão.
O exame é realizado nas maternidades públicas até a alta do recém-nascido. A
recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se
isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento.
Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da
criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum
problema, vai encaminhar a criança para avaliação do oftalmologista.
Teste da Orelhinha
- 50% das perdas auditivas são IDIOPÁTICAS
Entre os procedimentos realizados ainda na maternidade, logo após o nascimento do
bebê, está a triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha. O exame é feito,
geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê e identifica problemas auditivos
no recém-nascido. Desde 2010 é determinado por lei que nenhuma criança saia da
maternidade sem ter feito o teste, que é gratuito. As crianças nascidas fora do ambiente
hospitalar devem fazê-lo antes de completarem 3 meses de vida. O Teste da Orelhinha é
realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa
de picadas ou sangue do bebê, não tem contraindicações e dura em torno de 10 minutos.
Teste do Coraçãozinho
Todo bebê tem direito de realizar o teste de coraçãozinho ainda na maternidade,
entre 24h a 48h após o nascimento. O teste é simples, gratuito e indolor. Consiste em
medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o
auxílio de um oxímetro - espécie de pulseirinha - no pulso e no pé do bebê. Caso
algum problema seja detectado, o bebê é encaminhado para fazer um
ecocardiograma. Se alterado, é encaminhado para um centro de referência em
cardiopatia para tratamento.
Problemas no coração são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos. Por
isso, quanto mais cedo for diagnosticado, melhores são as chances do tratamento.
Conduta
- Vitamina K e colírio (procedimento obrigatório ou não?)
- Colírio
O uso do colírio é realizado para prevenir a Conjuntivite Gonocócica, causada
pela bactéria Gonococo, que pode ser transmitida através do contato com a
vagina de uma mulher com gonorreia.
Essas gotinhas podem causar uma reação nos olhos ainda frágeis: é a chamada
conjuntivite química. Em alguns lugares, caso a mãe comprove que não tem
gonorreia e outras doenças bacterianas, é possível assinar um termo para
impedir a aplicação do produto.
Converse com seu médico se necessário realize antes uma cultura endovaginal,
dando negativo a gonorréia coloque no seu plano de parto que não autoriza o
uso de nitrato de prata em seu bebê.
Quanto tempo após o nascimento deve ser realizado o Método de
Credé?
A profilaxia pelo Método de Credé deve ser realizada na primeira hora
após o nascimento para que o gonococo não tenha tempo de invadir
as células da córnea e provocar a oftalmia neonatal gonocócica.
Importante lembrar que esta conduta independe do tipo de parto, ou
seja, normal ou operatório.
Qual é o mecanismo de ação do nitrato de prata sobre o gonococo?
O íon prata livre combina-se com as proteínas dos microorganismos,
precipitando-as.
O NP é usado como antisséptico e adstringente. Seu poder germicida
deve-se à combinação do íon prata com certos grupamentos das
proteínas dos microrganismos, levando à sua desnaturação, com a
consequente ruptura e morte do germe. O NP destrói a maioriados
micro-organismos na concentração de 0,1%; concentrações menores
têm propriedades bacteriostáticas.
10. QUANDO É NECESSÁRIA A ADMINISTRAÇÃO DE INJEÇÃO DE
VITAMINA K NO RN E QUAL A FINALIDADE?
A vitamina K pode prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido.
A ADMINISTRAÇÃO DE INJEÇÃO DE VITAMINA K É OBRIGATÓRIO
PARA TODAS AS CRIANÇAS IMEDIATAMENTE depois do nascimento
para prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido.
● Suplementação de ferro e vitamina A (obrigatório em todas as
crianças de 6 a 18 meses.
2. Apgar: Este procedimento passou a ser rotineiro após os partos
desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em
1952.
a) Critérios de classificação - Interpretação
- Cor ( A - appearance )
- Frequência cardíaca ( P - pulse )
- Irritabilidade ( G - grimace )
- Tônus muscular ( A - activity )
- Respiração ( R - respiration )
b) Importância
É fundamental no diagnóstico precoce de possíveis doenças fatais para
o RN.
c) Como é realizado
É realizado no Primeiro, Quinto e Décimo minuto de vida extrauterina.
3. Caracterize peso, comprimento, e idade gestacional
(prematuridade) do RN em relação aos parâmetros normais
Idade gestacional: duração da gestação medida do primeiro dia do
último período normal de menstruação até o nascimento; expressa em
dias ou semanas completos.
- Pré-termo: menos do que 37 semanas completas (menos do que
259 dias completos).
● Prematuro tardio: de 34 semanas a 36 e 6/7 sem.
- Termo: de 37 semanas completas até menos de 42 semanas
completas (259 a 293 dias).
- Pós-termo: 42 semanas completas ou mais (294 dias ou mais).
- Método de Capurro (para avaliar a Idade gestacional)
Peso: primeiro peso do ou recém-nascido (RN) obtido após o
nascimento. Nos casos onde o contato pele a pele da primeira hora de
vida foi estabelecido, realizar a pesagem a posteriori.
- Acima do peso: 4.000 gramas
- Baixo peso: peso ao nascer inferior a 2500 gramas.
- Muito baixo peso: peso ao nascer inferior a 1500 gramas.
- Extremo baixo peso: peso ao nascer inferior a 1000 gramas
Comprimento
- Média de 50 cm devendo aumentar no primeiro ano de vida
50%, sendo 15 cm no primeiro semestre e 10cm no segundo
semestre.
- O perímetro craniano mede, em média, 34 cm, enquanto que o
perímetro torácico é de cerca de 32 cm.
Relação IG com peso: O RN pode ainda ser classificado conforme a
adequação do peso à IG, considerando como referencial uma curva
de crescimento adequada. Esse parâmetro reflete a qualidade do
crescimento fetal e permite a determinação de risco para problemas
neonatais. O RN pode ser classificado em:
***************************************************
***********************************
• Adequado para a idade (AIG): peso ao nascer entre os percentis 10
e 90.
• Pequeno para a idade gestacional (PIG): abaixo do percentil 10.
• Grande para a idade (GIG): acima do percentil 90.
****************************************************
**********************************
4. Existe uma perda de peso fisiológica e qual o limiar aceitável?
É normal uma perda fisiológica do bebê nos primeiros dias de vida,
entretanto o RN deve recuperar o peso de nascimento até o décimo dia.
Os RN por parto vaginal perdem menos peso que os RN nascidos por
cesárea!
Há mecanismos disponíveis que permitem ao bebê usar suas reservas
de gorduras e proteínas até que receba o leite materno 2 a 3 dias
depois. Assim, em geral o peso do bebê reduz de 5% a 10% nos
primeiros 2 a 3 dias de vida (maior parte representa perda de líquidos
ao invés de sólidos).
A recuperação do PN ocorre em média no período de 10 a 14 dias,
podendo chegar até 21 dias em RN prematuros.
Em casos de RN prematuros a perda ponderal pode chegar até 15%,
sendo inversamente proporcional a idade gestacional.
Causas: eliminação de mecônio, sudorese, urina, alimentação.
5. Diferencie icterícia patológica e fisiológica do RN.
A hiperbilirrubinemia indireta costuma se manifestar clinicamente
como icterícia quando atinge níveis séricos superiores a 5 mg/dL, o
que acontece em aproximadamente 60% dos recém-nascidos (RN)
a termo e 80% dos prematuros tardios na primeira semana de vida,
permanecendo por 30 dias ou mais em cerca de 10% dos bebês em
aleitamento materno
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
Ocorre por alguns mecanismos:
- O aumento do volume eritrócitos/kg e menor tempo de
sobrevida dos eritrócitos (90x120 dias) comparado com adulto;
- O maior eritropoiese inefetiva;
- O aumento da circulação enterohepática;
- Menor captação da bilirrubina plasmática;
- O menor conjugação da bilirrubina indireta (BI);
- O redução na excreção hepática de bilirrubina.
ICTERÍCIA PATOLÓGICA
Pode ser confundida com a fisiológica, porém algumas situações
sugerem o diagnóstico de icterícia patológica:
- O icterícia precoce, antes de 24h de vida; o associação com
outros sinais clínicos ou doenças do RN como anemia,
plaquetopenia, letargia, perda de peso etc.
- O icterícia prolongada (>8 dias no a termo e acima de 14 dias no
pré-termo);
- O bilirrubina direta > 1,5mg/dl ou >10% da BT;
- O progressão diária da BT >5mg/dl ou >0,5mg/dl/h.
Algumas das causas mais comuns de icterícia neonatal incluem
1) Hiperbilirrubinemia fisiológica
2) Icterícia por amamentação
3) Icterícia pelo leite materno
4) Hiperbilirrubinemia patológica por doença hemolítica
1) Hiperbilirrubinemia fisiológica ocorre em quase todos os
recém-nascidos. A vida média mais curta da hemácia neonatal
aumenta a produção de bilirrubina; a conjugação deficiente devido à
deficiência da UGT diminui a depuração; e o baixo nível de bactérias
intestinais, combinado com o aumento da hidrólise da bilirrubina
conjugada, aumenta a circulação êntero-hepática. Os níveis de
bilirrubina se elevam para 18 mg/dL, até o 3o ou 4o dia de vida (7 dias
nos recém-nascidos asiáticos), e diminuem a seguir.
2) Icterícia da amamentação aparece em (⅙) um sexto dos lactentes
durante a primeira semana de vida. A amamentação aumenta a
circulação êntero-hepática da bilirrubina em alguns lactentes que
diminuíram a ingestão de leite e que tiveram desidratação ou baixa
ingestão calórica. O aumento da circulação êntero-hepática também
pode resultar da redução bacteriana intestinal que converte a
bilirrubina a metabólitos não reabsorvíveis.
3) Icterícia pelo leite do peito é diferente de icterícia pela
amamentação. Aparece após os primeiros 5 a 7 dias de vida, com pico
por volta de 2 semanas. Admite-se que seja causada pelo aumento da
concentração da β-glucuronidase no leite do peito, causando aumento
da desconjugação e reabsorção da bilirrubina.
4) Hiperbilirrubinemia patológica nos recém-nascidos a termo é
diagnosticada se
● Icterícia aparece nas primeiras 24 h, após a primeira
semana de vida, ou demora > 2 semanas
● Bilirrubina total no soro (BTS) aumenta > 5 mg/dL/dia
● BTS é > 18 mg/dL
● O lactente mostra sinais ou sintomas de doença grave
Algumas das causas patológicas mais comuns são
● Anemia hemolítica imunitária ou não imunitária
● Deficiência de G6PD
● Reabsorção de hematoma
● Sepse
● Hipotireoidismo congênito
Momento
A icterícia que aparece nas primeiras 24 a 48 h ou que persiste por > 2
semanas têm maior probabilidade de ser patológica. A icterícia que
não se torna evidente após 2 ou 3 dias é mais consistente com a
fisiológica, pela amamentação ou pelo leite do peito.
Exames
A suspeita diagnóstica é levantada pela coloração e confirmada pelas
medidas de bilirrubina sérica.
O tratamento definitivo da hiperbilirrubinemia envolve:
● Fototerapia (aumento da excreção): É o uso da luz para
fotoisomerização da bilirrubina não conjugada,
transformando-a em formas mais hidrossolúveis e que
possam ser excretadas rapidamente pelo fígado.
● Exsanguinotransfusão (retirada mecânica)
FOTOTERAPIA
Baseia-se no fato que quando a bilirrubina absorve a luz ocorrem 3
reações fotoquímicas: fotoisomerização, isomerização estrutural e
foto oxidação, levando a um aumento da excreção.
No entanto, a fototerapia tem sua eficácia influenciada por alguns
fatores:
- O tipo de luz:lâmpadas azuis especiais são as mais eficientes;
- A dose de irradiância – deve ultrapassar 5microW/cm2/nm a
425 a 475 nM; o RN deverá permanecer despido, exceto por
proteção ocular, para maior exposição cutânea;
- A distância entra a fonte iluminadora e o paciente – aparelhos
convencionais devem ser posicionados a 30 cm do paciente.
● Nomograma de Bhutani
● Zonas de Kramer - Progressão CEFALOCAUDAL
● Kernicterus = FORMA CRÔNICA da encefalopatia bilirrubínica
É uma complicação da icterícia neonatal que provoca lesões no cérebro
do recém-nascido, quando o excesso de bilirrubina não é tratado de
forma adequada.
O kernicterus refere-se à lesão cerebral provocada pela deposição de
bilirrubina não conjugada nos gânglios da base e núcleos do tronco
cerebral.
EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
6. Em que consiste o Plano de Cuidados ao RN?
- Vitaminas
O sol estimula a produção de vitamina D, que já é tida como um
pró-hormônio para muitos médicos e, quando em quantidades ideais,
apresenta inúmeras vantagens, como: desenvolvimento e
fortalecimento dos ossos e prevenção de diabetes, icterícia, depressão,
doença cardiovascular etc.
- Banho de sol
- auxiliar no crescimento saudável dos ossos e dentes;
- aumentar a absorção de fósforo e cálcio;
- evitar o raquitismo e, assim, o retardo no crescimento e
deformidades ósseas;
- diminuir a bilirrubina, substância que quando em excesso
provoca icterícia;
http://www.cordvida.com.br/blog/o-que-e-ictericia-e-como-lidar-com-ela/
http://www.cordvida.com.br/blog/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-nascimento-dos-dentes-do-bebe/
- aumentar a imunidade e combater gripes, resfriados e doenças
autoimunes;
- diminuir a predisposição a desenvolver depressão;
- reduzir a incidência de doenças cardiovasculares durante a vida;
- aumentar a produção de renina, o que previne o diabetes;
- ajudar no desenvolvimento cognitivo, tendo um cérebro
saudável;
- auxiliar na prevenção de câncer
- Coto umbilical
Para realizá-la, levante o coto umbilical e limpe bem com a gaze ou
cotonete. A limpeza deve continuar da mesma forma mesmo depois da
queda do umbigo, e não devem ser realizados curativos fechados no coto
umbilical, como faixas, gazes ou curativos. No banho o coto umbilical deve
ser bem limpo com água e sabão.
- Alimentação
Aleitamento exclusivo até os 6 meses, após pode ser feita a IA com
alimentos pastosos mas com a continuação do aleitamento até os 2
anos.
- ***Temperatura / Vestimenta - adaptação de termorregulação
A capacidade de manter constante a temperatura corporal
quando a temperatura ambiental varia (homeotermia) é limitada no
RN, e o estresse do frio ocorre quando a perda de calor excede a
capacidade de produção.
O controle térmico depende da idade gestacional e pós-natal,
do peso de nascimento e das condições clínicas do RN
Quanto menor a idade gestacional e pós-natal e pior o estado
clínico do RN pré-termo, maior será a necessidade de suporte
térmico ambiental para mantê-lo normotérmico.
O ambiente intrauterino é termoestável e o controle térmico
fetal é dependente da mãe. O feto tem taxa metabólica basal elevada
e produz duas vezes mais calor por unidade de peso corporal que o
adulto. Assim, a temperatura fetal é 0,5 a 1o C maior que a da mãe,
estabelecendo um gradiente que propicia a transferência de calor
do feto para o organismo materno.
O calor fetal é eliminado predominantemente (85%) pela
circulação placentária. Apenas 15% é eliminado pela pele fetal para
o líquido amniótico e deste para a parede uterina. Assim, o
organismo materno é um reservatório de calor para o feto. Por esse
motivo, é importante alertar para algumas situações que podem
aumentar a temperatura materna e fetal no parto, como: trabalho de
parto prolongado, rotura prolongada de membranas,
corioamnionite, infecção urinária e anestesia peridural, enquanto
que na cesariana pode haver diminuição da temperatura materna e,
consequentemente, do feto.
http://www.cordvida.com.br/blog/vacina-da-gripe-para-gestantes-esclareca-suas-duvidas-agora/
http://www.cordvida.com.br/blog/doencas-de-inverno-veja-o-que-fazer-para-proteger-o-seu-filho/
http://www.cordvida.com.br/blog/celulas-tronco-de-tecido-do-cordao-umbilical-e-diabetes/
http://www.cordvida.com.br/blog/celulas-tronco-sao-uma-das-tecnicas-mais-promissoras-no-combate-ao-cancer/
Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com
temperatura em torno de 37,5º C, para o ambiente seco e frio da
sala de parto propicia importante perda de calor por evaporação e
por convecção. Se não houver intervenção, a temperatura cutânea
do RN diminui rapidamente, em torno de 0,3º C por minuto.
Essa queda desencadeia resposta termorregulatória mediada
pelo sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina
nas terminações nervosas da gordura marrom, com liberação do
hormônio estimulante da tireoide. Os hormônios tireoidianos,
especialmente a triiodotironina (T3), atuam de forma sinérgica com
a noradrenalina promovendo a oxidação de ácidos graxos livres e o
aumento de uma proteína designada termogenina, resultando em
produção de calor, porém com grande consumo de energia.
A termogênese química é o principal mecanismo de produção
de calor no RN
A gordura marrom deposita-se em alguns locais específicos,
como tecido subcutâneo nucal, mediastino, axilas e regiões
interescapular, paravertebral e perirrenal. É altamente
vascularizada (por isso sua coloração escura) e, embora esteja
presente em fetos de 25 semanas de gestação, sua atividade
metabólica é muito reduzida antes de 32 semanas de gestação. A
termogênese química é fortemente influenciada pelo grau de
oxigenação e está bastante diminuída em RN pequenos para a idade
gestacional
- RGE
O Refluxo gastroesofágico ou regurgitação é comum nas primeiras
semanas de vida devido à baixa tonicidade do esfíncter esofágico inferior.
A maioria dos bebês precisa apenas de algumas medidas para diminuir
o RGE. São elas: evitar balançá-los; não vestir roupas que apertem
suas barrigas; não deixar chorarem por muito tempo; colocar um calço
de 10 cm para manter a cabeceira do berço elevada cerca de 30 graus;
ter uma boa posição durante as mamadas para prevenir a entrada de ar
pela boca; e, após terminar, deixá-los no colo, na posição vertical, por
mais ou menos 30 minutos.
- Equipe multiprofissional (papel)
Após o nascimento o RN recebe atendimento dentro do hospital, pelo
médico pediatra, equipe de enfermagem, e outros profissionais. Ao ser
liberado o RN é acompanhado pela equipe da UBS, recebendo visitas
periódicas das ACS para serem efetuadas explicações sobre
aleitamento, vacinas etc. Caso a mãe não consiga deslocar-se até a
UBS o médico desloca-se até a casa da puérpera.
7. Quais as adaptações fisiológicas cardiorrespiratórias e
termorregulatórias do RN?
- Cardiorrespiratórias
Cardiovascular: o sistema circulatório fetal funciona como se fosse
duas bombas interligadas funcionando em paralelo.
● Após o nascimento o arranjo dos ventrículos faz com que a
circulação neonatal funcione como uma conexão em série.
● TRANSIÇÃO: circulação fetal necessita sofrer modificações para
se tornar neonatal (principais modificações: desaparecimento
da circulação placento-fetal / aumento do fluxo sanguíneo
pulmonar / fechamento dos shunts fetais).
● Quando o RN tem sua primeira respiração, a resistência vascular
sistêmica aumenta e o fluxo de sangue através do ducto
arterioso declina. Em resposta a um volume sanguíneo
aumentado no coração e nos pulmões, a pressão arterial
esquerda se eleva. Combinada com a resistência sistêmica
elevada, essa elevação da pressão resulta no fechamento
funcional do forame oval (dentro de vários meses o forame oval
sofre fechamento anatômico). A instalação do esforço
respiratório e os efeitos do aumento da pressão parcial de
oxigênio arterial causam uma constrição do ducto arterioso, que
fecha funcionalmente 15 a 24 horas após o nascimento. O ducto
venoso se fecha anatomicamente em torno da primeira ou
segunda semana. Após o nascimento, as veias umbilicais se
obliteram.
● Fechamento funcionaldas estruturas cardíacas fetais (forame
oval / canal arterial / ducto venoso) acontece progressivamente:
completa-se em torno de um a dois dias de vida (fechamento
anatômico pode durar semanas).
● Shunts se fecham funcionalmente antes de se fecharem
anatomicamente: podendo ocorrer aberturas intermitentes
dessas estruturas (ocorrendo passagem de sangue não
oxigenado do lado direito para o esquerdo do coração - podendo
fazer o RN apresentar CIANOSE TRANSITÓRIA e com o choro o
aumento de pressão da veia cava e átrio direito, levando ao
aparecimento de SOPROS).
O fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais (forame oval,
canal arterial e ducto venoso), acontece progressivamente, e
completa-se em torno de um a dois dias de vida.
- Termorregulatórias
Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com
temperatura em torno de 37,5o C, para o ambiente seco e frio da sala de
parto propicia importante perda de calor por evaporação e por
convecção. Se não houver intervenção, a temperatura cutânea do RN
diminui rapidamente, em torno de 0,3C por minuto. Essa queda
desencadeia resposta termorregulatória mediada pelo sistema nervoso
simpático com liberação de noradrenalina nas terminações nervosas da
gordura marrom, com liberação do hormônio estimulante da tireoide.
Os hormônios tireoidianos, especialmente a triiodotironina (T3),
atuam de forma sinérgica com a noradrenalina promovendo a oxidação
de ácidos graxos livres e o aumento de uma proteína designada
termogenina, resultando em produção de calor, porém com grande
consumo de energia.
Respiratório: na gravidez, o feto tem seu sangue oxigenado e gás carbônico
eliminado através da placenta (pulmões inativos).
● Após nascimento: RN deve estabelecer respiração através dos
alvéolos, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico no
primeiro minuto de vida (de maneira apropriada).
● Durante a 24ª e a 30ª semana de gestação: é produzido
surfactante pelas células alveolares, que diminui a tensão
superficial, evitando o colabamento dos alvéolos ao término da
expiração (esse processo faz com que as trocas gasosas sejam
facilitadas / pressão para a insuflação necessária para abertura
das vias respiratórias diminuídas / complacência pulmonar
melhorada / esforço respiratório diminuído).
● Antes do nascimento: PULMÃO repleto de líquido e com 10% a
15% de débito cardíaco total.
● Início da função respiratória é estabelecida por estímulos:
químicos / térmicos / físicos / sensoriais (ex: dor,
luminosidade).
● Primeira respiração deve ocorrer dentro de 20s após o parto.
● Aumento do fluxo sanguíneo em oito a dez vezes.
● Líquido pulmonar: ⅓ expelido, pelo nariz e boca, ao passar pela
compressão do tórax no canal vaginal e ⅔ absorvidos pela
circulação pulmonar e sistema linfático.
OBS: O choro cria uma pressão intratorácica negativa, fazendo uma
expansão pulmonar, mantendo os alvéolos abertos, forçando o líquido
restante para os capilares e sistema linfático.
● Mecanismos de perda de calor no período neonatal
São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN:
1) Evaporação (é a principal forma de perda de calor em RN)
Corresponde à perda insensível de água pela pele.
As principais causas dessa perda são pele ou cobertas molhadas e baixa
umidade do ambiente ou do ar inspirado. É especialmente importante em
crianças em berços aquecidos.
2) Radiação
Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias
que não estão em contato com ele. A principal causa dessa perda é a
grande área da pele exposta a ambiente frio, o que pode ocorrer no RN
despido em incubadora, que perde calor para as paredes da mesma. A
utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno
minimiza este efeito. É por este mecanismo que os berços aquecidos
fornecem calor aos bebês.
3) Convecção
Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu
redor. O principal fator desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na
pele ou mucosas. A manutenção das portinholas das incubadoras
fechadas, assim como a lateral dos berços aquecidos levantadas, são
importantes métodos de prevenção deste tipo de perda de calor.
4) Condução
Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com
ele. Geralmente essa perda é pequena, pois os RN são colocados em
superfícies aquecidas.
● Perda de calor por irradiação: a pele descoberta é exposta a
um ambiente contendo objetos com temperatura mais fria.
● Perda de calor por evaporação: neonatos estão úmidos pelo
líquido amniótico.
● Perda de calor por condução: neonatos são colocados em
contato com uma superfície ou objeto frio.
● Perda de calor por convecção: fluxo de ar ambiente mais
frio afasta o calor do neonato.
8 . Qual a importância da criação do vínculo mãe e filho, após o
nascimento.
Alojamento conjunto : é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio,
logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta
da maternidade. Deixar mãe e bebê juntos é uma prioridade para o
Ministério da Saúde e tem várias vantagens:
I - favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe
e filho;
II - propicia a interação de outros membros da família com o
recém-nascido;
III - favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o
apoio, promoção e proteção, de acordo com as necessidades da mulher e do
recém-nascido, respeitando as características individuais;
IV - propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes
ao recém-nascido, possibilitando a comunicação imediata de qualquer
anormalidade;
V - fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de
atividades de educação em saúde desenvolvidas pela equipe
multiprofissional;
VI - diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de
saúde; e
VII - propicia o contato dos pais e familiares com a equipe
multiprofissional por ocasião da avaliação da mulher e do recém-nascido, e
durante a realização de outros cuidados.
9. Como é a caderneta da criança e como funciona o
acompanhamento na UBS?
Caderneta da criança
Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem
direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança que deve ser
devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta
hospitalar.
A Caderneta é um documento importante para acompanhar a saúde,
crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de
idade.
A primeira parte da caderneta é mais direcionada a família/quem cuida da
criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e
dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável,
vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves,
prevenção de violências e acidentes, entre outros.
A segunda parte da Caderneta da Criança é destinada aos profissionais de
saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à
saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos
de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas.
Elas são distribuídas pelo Ministério da Saúde (são impressas e distribuídas
cerca de 3,5 milhões ANUALMENTE).
Acompanhamento da criança na UBS
Para que a criança cresça e se desenvolva bem, é fundamental comparecer
à unidade de saúde para fazer o acompanhamento do seu crescimento e
desenvolvimento.
Nas consultas de rotina, peça orientações sobre os cuidados necessários
para que a criança tenha boa saúde e esclareça as suas dúvidas.
Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e
orientar sobre:
● Alimentação da criança.
● Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este
último até os 2 anos).
● Vacinas.
● Desenvolvimento.
● Prevenção de acidentes.
● Identificação de problemas ou riscos para a saúde.
● Outros cuidados para uma boa saúde.
10. Quais são as estratégias públicas de saúde em relação ao
período perinatal?
Ações, programas e iniciativas
O Ministério daSaúde tem algumas ações, programas e iniciativas voltadas
especificamente para o atendimento a mães e crianças, desde o pré-natal,
passando pelo parto e puerpério.
Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC
A IHAC é um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos
hospitais que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno,
instituídos pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). Para ser amigo da criança, o hospital
deve também respeitar outros critérios, como o cuidado respeitoso e
humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto, garantir
livre acesso à mãe e ao pai e permanência deles junto ao recém-nascido
internado, durante 24 horas, e cumprir a Norma Brasileira de
Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira
Infância (NBCAL).
Método Canguru
A iniciativa, que integra a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo
Peso, busca melhorar a qualidade da atenção prestada à gestante, ao
recém-nascido e sua família, promovendo, a partir de uma abordagem
humanizada e segura, o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre
a mãe/pai e o bebê, de forma gradual e progressiva, favorecendo vínculo
afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e o desenvolvimento
do bebê.
****Benefícios do Método Canguru****
● Menor tempo de internação do bebê
● Oxigenação adequada
● Aumento da temperatura do corpo e estabilidade
● Menos episódios de apneia – paradas respiratórias durante o
sono
● Diminuição do choro
● Aumento do aleitamento materno
● Aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família
● Diminuição do tempo de separação pai-mãe-bebê-família
● Melhor relacionamento família/equipe
● Estimulação sensorial positiva
● Diminuição de infecção hospitalar
● Controle e alívio da dor
https://www.saude.gov.br/promocao-da-saude/alimentacao-e-nutricao/10-passos-para-uma-alimentacao-saudavel/passos-para-uma-alimentacao-saudavel-para-criancas-ate-dois-anos
https://www.unicef.org/brazil/pt/
https://nacoesunidas.org/agencia/opasoms/
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=417743&_101_type=content&_101_groupId=33916&_101_urlTitle=norma-brasileira-de-comercializacao-de-alimentos-para-lactentes-e-criancas-de-primeira-infancia-bic&inheritRedirect=true
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=417743&_101_type=content&_101_groupId=33916&_101_urlTitle=norma-brasileira-de-comercializacao-de-alimentos-para-lactentes-e-criancas-de-primeira-infancia-bic&inheritRedirect=true
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_assetEntryId=417743&_101_type=content&_101_groupId=33916&_101_urlTitle=norma-brasileira-de-comercializacao-de-alimentos-para-lactentes-e-criancas-de-primeira-infancia-bic&inheritRedirect=true
● Acolhimento ao bebê e sua família
● Respeito às individualidades
● Promoção do contato pele a pele precoce
Acompanhante para o bebê durante todo o período de internação
Caso o bebê precise ficar internado após o parto, é direito do pai e da mãe
ter livre acesso ao recém-nascido durante todo o período de internação, 24
horas por dia, mesmo no caso de recém-nascidos críticos que estejam
internados em Unidades de Terapia Neonatal Intensiva (UTI neonatal).
O acompanhante para o bebê internado em período integral é um direito
previsto no Artigo 12 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de
1990, e na Portaria nº 930, de 10 de maio de 2012, que define as diretrizes e
objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao
recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de
classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).
O Método Canguru é, portanto, uma tecnologia de saúde que vem mudando
o paradigma da assistência neonatal no Brasil, pois amplia os cuidados
prestados ao bebê para além de suas necessidades biológicas na perspectiva
da clínica ampliada. Essa abrangência deriva da compreensão de que o
sucesso do tratamento de um recém-nascido internado em UTI Neonatal
não é determinado apenas pela sua sobrevivência e alta hospitalar, mas que
para cada bebê deve ser construído um projeto de cuidado singular
envolvendo pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social.
Estratégia QualiNeo
Visando superar o desafio de diminuir a mortalidade neonatal o Ministério
da Saúde apresenta a “Estratégia QualiNEO (EQN) ”, que objetiva ofertar
apoio técnico de forma sistemática e integrada às maternidades prioritárias
para qualificação das práticas de gestão e atenção ao recém-nascido a fim
de que possam contribuir para a redução da mortalidade infantil, em
especial em seu componente neonatal.
Nessa direção, busca-se a formação e qualificação do cuidado e da gestão a
partir do estabelecimento de relações colaborativas nos espaços coletivos
de trabalho, promovendo interações, trocas de experiências e
conhecimento. Incorporando também estratégias e instrumentos de
pactuação de compromissos e corresponsabilização com as práticas
sanitárias no campo materno-infantil. No mais, busca ofertar métodos de
monitoramento cotidiano das práticas de atenção neonatal visando a
correção de rumos de modo dinâmica e permanente.
Visitas domiciliares para o DPI por agentes de saúde
O foco das visitas é acompanhar a saúde da mãe/bebê, além de empoderar
as famílias para o cuidado e o estímulo ao desenvolvimento das crianças.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html
Além da capacitação dos agentes, o projeto prevê a supervisão e apoio
permanente ao trabalho desenvolvido por eles com as famílias. As
primeiras experiências estão acontecendo nos dois municípios (Fortaleza e
São Paulo) com famílias com renda per capita até R$ 77.
AIDPI Neonatal
A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI Neonatal) é
uma estratégia BASEADA EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS utilizada por
profissionais de saúde capacitados pelo Ministério da Saúde, que permite
avaliar, classificar e tratar precocemente as principais doenças e fatores de
risco que afetam crianças de zero a dois meses de idade.
Essa linha de atenção integrada tem por objetivo reduzir a incidência e o
agravamento de doenças que atingem as crianças de zero a dois meses,
além de minimizar possíveis sequelas ou complicações que podem afetar a
saúde futuramente.
Nas Ondas do Rádio
Desde 2013, a Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento
Materno sensibiliza radialistas de diversas partes do país no tema da
violência contra crianças e adolescentes. O objetivo é ter os radialistas
como parceiros do Ministério da Saúde atuando na prevenção da violência e
na promoção de uma cultura de paz. O radialista sensibilizado torna-se
apto a trabalhar com a temática no dia a dia da programação das rádios em
que atua, ampliando conhecimentos e sensibilizando a população acerca da
prevenção da violência, notificação dos casos e promoção de direitos de
crianças e adolescentes.
Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil
A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e
Alimenta Brasil (EAAB)", lançada em 2012, tem como objetivo
qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica
com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento
materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois
anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa é o
resultado da integração de duas ações importantesdo Ministério da
Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a
Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), que se uniram para
formar essa nova estratégia, que tem como compromisso a formação
de recursos humanos na atenção básica.
A base legal adotada para a formulação da estratégia são políticas e
programas já existentes como a Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Criança (PNAISC- pactuada, aguardando publicação), a Rede
Cegonha, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a Política
Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN).
● Política Nacional de Atenção Integral à saúde da Criança
(PNAISC)
Composta por 7 pilares
● Rede Cegonha
A Rede Cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal
para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar
durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os
dois primeiros anos de vida. Tem o objetivo de reduzir a mortalidade
materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de
mulheres, homens, jovens e adolescentes. A proposta qualifica os
serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento
familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no
puerpério (28 dias após o parto).
Quais são os quatro componentes da Rede Cegonha?
I - Pré-natal;
II - Parto e nascimento;
III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e
IV - Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).
Entre as ações da Rede Cegonha está a implantação de Centros de Parto
Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra
ou obstetriz, num ambiente preparado para que possa exercer as suas
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/rede-cegonha
escolhas, como se movimentar livremente, ter acesso a métodos não
farmacológicos de alívio da dor.
Um fator fundamental neste atendimento é a ambiência, com projetos
arquitetônicos que buscam privilegiar cores harmônicas, conforto
luminoso, térmico e acústico. Outro objetivo do CPN é reduzir cada vez mais
a taxa de mortalidade materna e neonatal e as ocorrências de cesarianas
desnecessárias na rede pública de saúde.
Organização Mundial da Saúde - Atenção perinatal
Os dez princípios fundamentais da atenção perinatal, assinalados pela OMS,
indicam que o cuidado na gestação e no parto normais deve:
1. Não ser medicalizado, o que significa que o cuidado fundamental deve ser
previsto, utilizando conjunto mínimo de intervenções que sejam realmente
necessárias;
2. Ser baseado no uso de tecnologia apropriada, o que se define como
conjunto de ações que inclui métodos, procedimentos, tecnologia,
equipamento e outras ferramentas, todas aplicadas para resolver um
problema específico. Esse princípio é direcionado a reduzir o uso excessivo de
tecnologia, ou a aplicação de tecnologia sofisticada, ou complexa, quando
procedimentos mais simples podem ser suficientes, ou ainda ser superiores;
3. Ser baseado em evidências, o que significa ser embasado pela melhor
evidência científica disponível, e por estudos controlados aleatorizados,
quando seja possível, e apropriado;
4. Ser regionalizado e baseado em sistema eficiente de referência de centros
de cuidado primário para centros de cuidado secundário e terciário;
5. Ser multidisciplinar e multiprofissional, com a participação de
médicos(as), enfermeiras(os), técnicos(as) de enfermagem, agentes
comunitários de saúde, educadores, parteiras tradicionais e cientistas
sociais;
6. Ser integral e levar em conta necessidades intelectuais, emocionais,
sociais e culturais das mulheres, seus filhos e famílias, e não somente um
cuidado biológico;
7. Estar centrado nas famílias e ser dirigido para as necessidades não só da
mulher e seu filho, mas do casal;
8. Ser apropriado, tendo em conta as diferentes pautas culturais para
permitir lograr seus objetivos;
9. Compartilhar a tomada de decisão com as mulheres;
10. Respeitar a privacidade, a dignidade e a confidencialidade das mulheres.
11. Qual a importância da família no período pré-natal?
A formação do vínculo materno não é automática e imediata,
pelo contrário, é gradativa e, portanto necessita de tempo,
compreensão e amor para que possa existir e funcionar
adequadamente.
O vínculo mãe-bebê é fortalecido no momento da
amamentação, pois a primeira relação social do bebê seria com a
figura da mãe, representada pelo seio materno. O leite, o calor e o
contato com o corpo da mãe, seu cheiro (que ele reconhece) e o som
dos batimentos cardíacos o instigam.
As adaptações fisiológicas cardiorrespiratórias e
termorregulatórias do RN?
Após o nascimento passa por um período de transição que compreende
suas primeiras 24 horas de vida, mas a maioria tem esse processo
completo nas primeiras 4 - 6 horas de vida
● ADAPTAÇÃO CARDIOVASCULAR
- Desde o início do desprendimento materno, com o pinçamento
do cordão umbilical, as principais modificações são o
desaparecimento da circulação placento-fetal, aumento do fluxo
sanguíneo pulmonar e fechamento do shunts fetais.
- Fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais (forame
oval, canal arterial e ducto venoso), acontece progressivamente,
e completa-se em torno de um a dois dias de vida, sendo que o
fechamento anatômico pode durar semanas.
- Cianose transitória: Devido ao fechamento funcional mas não
anatômico podem ocorrer aberturas intermitentes dessas
estruturas, tendo passagem de sangue não oxigenado do lado
direito para o lado esquerdo do coração
- Aparecimento de sopros: Devido ao aumento do choro e
consequentemente aumenta a pressão da veia cava e átrio
direito. Por si só não são um problema porém acompanhado de
cianose e dificuldade cardíaca e respiratória devem ser
investigados.
● ADAPTAÇÕES RESPIRATÓRIAS
- Antes a respiração era realizado pela placenta, logo após o
nascimento o RN deve estabelecer a respiração através do
alvéolo, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico de
forma apropriada no primeiro minuto de vida.
- Na 24ª-30ª semana de gestação é produzido surfactante pelas
células alveolares para diminuir a tensão superficial e evitando
o colabamento dos alvéolos ao término da expiração -
diminuindo a complacência
- O estímulo da respiração é feito por meio químicos,térmicos,
físicos e sensoriais, como a dor e luminosidade, sendo que a
primeira respiração deve ocorrer nos primeiros 20s de vida.
- Com a compressão do torax durante o parto, boa parte do líquido
é expelido pela boca e nariz o resto é absorvido pela circulação
pulmonar e sistema linfático dentro de 6-24 horas após o
nascimento.
- O choro cria uma compressão intratorácica positiva que provoca
a expansão pulmonar completa
- Ducto venoso e ducto arterial tem seu fechamento
● ADAPTAÇÕES TÉRMICAS
A gordura marrom deposita-se em alguns locais específicos, como
tecido subcutâneo nucal, mediastino, axilas e regiões interescapular,
perivertebral e perirrenal. É altamente vascularizada (por isso sua
coloração escura) e, embora esteja presente em fetos de 25 semanas de
gestação, sua atividade metabólica é muito reduzida antes de 32
semanas de gestação. É fortemente influenciada pelo grau de
oxigenação e está bastante diminuída em RN pequenos para a idade
gestacional. Além da prematuridade, a hipóxia e a restrição do
crescimento intrauterino são condições que comprometem a
termogênese neonatal e aumentam o risco de hipotermia. São muito
vascularizados e enervados que quando sofrem estresse pelo frio
aumentam a produção de noradrenalina que atua nesses depósitos
estimulando a lipólise e gerando calor.
- Controle vasomotor: vasoconstrição ou vasodilatação →
dissipando calor
- Isolamento térmico: gordura subcutânea
- Atividade muscular
- Termogênese sem calafrios: lipólise da gordura marrom
Instabilidade térmica: risco de prematuridade, anomalias congênitas,
septicemia, asfixia, hipóxia, comprometimento do SNC, aporte
nutricional e calórico inadequado, diminuição dos movimentos
voluntários, imaturidade do sistema de controle térmicoHIPERTERMIA: 37,4º

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes