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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE FONOAUDIOLOGIA VOZ AVALIAÇÃO E TERAPIA TIPOS DE VOZES - CLASSIFICAÇÃO Emily Nascimento Lopes Professor(a): Eda Mariza Franco Canoas 23 de março de 2020. RESUMO DO VÍDEO (AS 4 CAUSAS SUBJACENTES DE UMA VOZ ROUCA) Caixa de voz perfeitamente normal: quando as PPVV se unem e vibram o movimento é simétrico e a vibração é par e cíclica. Voz rouca - 4 possíveis causas: pode ser causada por uma ou mais anomalias, por exemplo se a voz sair mais profunda que o normal significa que as PPVV estão inchadas, quanto mais espessa fica mais profundo o tom, quanto mais fina mais alta. Quando as PPVV estão inflamadas ficam grossas, vermelhas e inchadas, a qualidade vocal e clara mais o som e mais profundo que o normal. A chave para uma voz boa, é um bom fluxo de ar junto com as PPVV, se houver uma lacuna entre as PPVV, o excesso de ar sai causando um som mais fraco e ofegante, mesmo que a qualidade vocal seja clara. Por exemplo se as PPVV não se unem com a força adequada, acabam ficando mais curvados por estarem diminuídas, o mesmo acontece quando há uma paralisia em uma das PPVV. Se a voz não soar clara somente na parte superior, conhecida como quebra de arremesso ou atraso de início, isso indica um pequeno galo (calombo). Uma pausa de tom é quando a voz desaparece de repente em certas partes. Atraso de início é quando há uma pequena pausa do momento da vocalização pretendida até onde realmente começa. Esses pequenos inchaços normalmente incluem, nódulos, cistos e pólipos, mas pode raramente ser um pequeno crescimento canceroso. Esses solavancos são mais notados quando se canta na faixa alta. Uma pequena colisão na PPVV afeta o som, a principal coisa a se observar é que enquanto o movimento de vibração da PPVV e maior do que a colisão em si, a voz soa mais clara, mas no momento em que a colisão é do mesmo tamanho ou maior que o movimento vibratório, a vibração é interrompida e sai um som estridente. Consequentemente para este princípio, quando bate a PPVV, torna - se maior a voz e afeta não só no alto alcance mas também na faixa intermediária, isso ocorre quando uma pessoa continua a usar agressivamente sua voz, irritando a colisão fazendo com que fique maior. Ao descansar a voz, quando dorme por exemplo a voz soa melhor quando acorda, porque o galo diminuiu devido a falta de irritação do uso da voz. Toda fraqueza ou perda completa da voz ocorre tipicamente devido a uma infecção, envolvendo toda a PPVV, impedindo a vibração suave e uniforme em qualquer nível de pitch. No entanto, pode haver outras anormalidades, que pode levar ao som anormal. Exemplos de patologias que afetam a PPVV causando um som rouco em todas as faixas de tom, ou até mesmo perda de voz: ulceração das PPVV, câncer nas PPVV, laringite fúngica, e laringite bacteriana. Existe uma condição chamada tensão muscular é uma disfonia que pode imitar todos os problemas, é o mesmo princípio de quando uma pessoa tenta fingir uma voz rouca manipulando o aperto dos músculos da caixa de som, nesta disfonia as PPVV aparecem normais mas quando se fala os músculos fazem com que as PPVV se tornem literalmente cobertas. Se a voz soar mais profunda que o normal as PPVV estão inchadas. Se a voz soar fraca e ofegante, é porque as PPVV não estão se unindo com força. Se a voz soa rouca apenas na parte superior, pode haver um pequeno solavanco nas PPVV. Se a voz soar rouca em todos os intervalos, algo afetou toda a PPVV. A voz rouca pode ser causada por um ou mais problemas e ainda tem a disfonia muscular que imita os sintomas. TIPOS DE VOZES A voz nunca deve ser avaliada isoladamente, devemos considerar também os fatores hereditários, de saúde geral, natureza psicológica, nível sócio econômico e cultural do indivíduo. VOZ ROUCA: manifesta o vocal mais comum, de qualidade ruidosa, indica irregularidade de vibração das pregas vocais. A frequência e intensidade estão diminuídas. Geralmente está relacionada a lesões orgânicas e quadros organofuncionais; como vasodilatação, edema, presença de massa de característica flácida, como nódulos ou pólipos. Voz típica das gripes. VOZ ÁSPERA: o que chama mais atenção nesta voz é a característica desagradável da emissão. O esforço para falar é visível, e existem ataques vocais bruscos. Voz típica de rigidez da mucosa, como nas leucoplasias, retrações cicatriciais. Existe pouca mucosa e vibração. Pela situação de rigidez , a frequência fundamental é aguda. VOZ SOPROSA: presença de ar não sonorizado, ruído e fonação. A falta de coaptação das pregas vocais, mostra o fluxo contínuo de ar passando pela glote. Típica de intensidade baixa e frequência grave, mas é compensado com o esforço para reduzir o escape de ar, portanto podemos encontrar forte intensidade. Apresenta-se em quadros de fadiga vocal, disfonias hipercinéticas, paralisia de prega vocal entre outros. VOZ SUSSURRADA: O extremo da voz soprosa, onde nenhuma parte do ar é modulada pela glote. Podemos observar presença de fenda paralela. Mucosa rígida. VOZ FLUIDA: é um estágio intermediário entre a voz neutra e soprosa. Auditivamente percebemos uma emissão agradável, com frequência fundamental grave, laringe baixa, e amplo movimento de mucosa. Voz de locução comercial, é encontrada em edema de mucosa. VOZ GUTURAL: emissão tensa com abafamento de harmônicos, predomínio da ressonância laringofaríngea. VOZ COMPRIMIDA: contração exagerada que pode envolver vestíbulo laríngeo antero-posterior. A vibração da mucosa é pouco extensa, ataques vocais bruscos estão presentes, alto índice de pressão subglótica. VOZ TENSA ESTRANGULADA: pouca quantidade de ar transglótico, quebra de frequência e sonoridade, tensão de todo o trato vocal. A incoordenação pneumofonoarticulatória é evidente. VOZ BITONAL: caracterizada por dois diferentes sons, com frequência , intensidade e qualidade vocal diversas. Desnivelamento das pregas vocais no plano horizontal, ou de diferença de tensão, massa ou tamanho. VOZ DIPLOFÔNICA: semelhante a voz bitonal, porém sem desnivelamento das pregas vocais. VOZ POLIFÔNICA: irregularidade na qualidade vocal, encontra-se rouquidão soprosidade, aspereza, com comprometimento severo na fonte glótica. VOZ MONÓTONA: caracterizada pela monoaultura, mono intensidade, associada a gama tonal, inflexões e tessitura diminuída. VOZ TRÊMULA: variações acentuadas de frequência fundamental, produzindo sensação de instabilidade e emissão. VOZ PASTOSA: diminuição da ressonância orofaríngea, como se o paciente tivesse uma batata na boca. VOZ BRANCA OU DESTIMBRADA: diminuição das características, voz com poucos harmônicos, tom grave e gama tonal restrita. Características de timidez e introversão. VOZ CREPITANTE: caracterizada por tom grave, pequena intensidade, grande aperiodicidade, e laringe com pregas vocais grossas e encurtadas. VOZ INFANTILIZADA: tom agudo, elevação da laringe, anteriorização da língua, articulação distorcida. VOZ FEMINILIZADA: apresenta um tom agudo superior a faixa masculina (entre 149 e 150 hz), e na tessitura feminina, acima de 150 hz. VOZ VIRILIZADA: apresenta tom grave, é encontrada em mulheres com grande edemas de prega vocal. VOZ PRESBIFONICA: falta sustentação de frequência, intensidade e qualidade de emissão. Observada em indivíduos idosos, sendo mais comum no sexo masculino. VOZ HIPERNASAL: uso excessivo da cavidade nasal, também chamado de rinolalia aberta, a produção glótica é normal, neste caso o som é modificado na cavidade de ressonância. Típico de fissuras lábio palatinas. VOZ HIPONASAL: diminuição do componente nasal, normalmente esperado na fala. Os pacientes com essa característica tendem a substituir as consoantes M - N - NH por B - D - G ,como quando estamos resfriados. Também chamando de rinolalia fechada. Voz com qualidade abafada e semriqueza de harmônicos. VOZ NASAL MISTA: qualidade vocal resultante de insuficiência velar, associada a obstrução nasal. ****** Qualidade vocal: adequada, alterada ou adaptada Ressonância: equilibrada, faringe a, laringofaringe, hiponasal ou hipernasal Loudness: forte, fraco ou adequado ao contexto Pitch: grave agudo ou adequado ao contexto Articulação: precisa, imprecisa, travada, frouxa, exagerada Pronúncia: normal, sotaque (outro país) regionalismo (baiano) Velocidade: adequada, aumentada, diminuída Entonação: Natural, excessiva, deslocada ou pobre Vocabulário: Rico, mediano ou pobre Ataque vocal: isocrônico, brusco ou aspirado.
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