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Fraturas Ósseas

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Clínica Cirúrgica Tayana Bastos – ATM 23 
 
FRATURAS E LUXAÇÕES EM ADULTOS 
 
Luxações 
• Lesões que ocorrem perda total da congruência articular (sai do lugar). 
• Quando grave, deve ser reduzida na urgência – no menor tempo possível – risco de lesão 
neuro-vascular e condral, além da dor intensa. 
• Pode permanecer com instabilidade articular e/ou rigidez articular. 
 
• A luxação de ombro é a que mais se vê nas emergências e é a mais comum de médicos não 
ortopedistas reduzirem. 
 
• É importante ter atenção se não 
há luxação do carpo, muitas 
vezes, passa na emergência pois 
eles prestam mais atenção em 
fratura. 
 
• Sinal da dragona no ombro, é 
importante fazer RX p/ saber se 
não tem fratura. 
 
 
FRATURAS 
 
Classificação dos Ossos: 
1. Longos: 
• Diáfise e epífise 
• Metáfise 
• Canal medular 
• Distribuição do osso esponjoso e compacto. 
 
Fratura dos Ossos longos: 
 Fêmur, tíbia, ossos do antebraço, metatarso, metacarpo. 
• O importante das fraturas dos ossos longos é manter o 
alinhamento angular e rotacional sem encurtamento. 
• Não há necessidade de redução anatômica (perfeita) e sim 
preservar a vascularização óssea e o hematoma da fratura 
que possuem características osteogênicas. 
• O que é necessário prestar atenção numa fratura de diáfise dos ossos longos: 
o Manter um alinhamento tanto no eixo frontal, quanto lateral, que não tenha rotação 
e que tenha um encurtamento de no máximo 1,5 cm. 
 
Tratamento: 
• Não cirúrgico: 
o As fraturas sem desvio (ou com desvio mínimo < que 5 graus) dos ossos longos podem 
ser tratados com gesso e órteses – com exceção da fratura do fêmur e dos ossos do 
antebraço. 
o Menor que 1,5 cm de encurtamento. 
o Não ter deformidade rotacional. 
 
 
Clínica Cirúrgica Tayana Bastos – ATM 23 
• Cirúrgica: 
o Fratura do Fêmur 
o Atenção para o antebraço: pois se tiver qualquer grau de rotação, tende a perder o 
movimento de prona/supinação. 
 
• Estabilidade Relativa: Mantém o comprimento e o alinhamento angular e o rotacional, não 
abre o foco da fratura (chama-se cirurgia biológica) preserva o foco da fratura e o hematoma 
fraturário, ou seja, preserva as células que irão formar o calo ósseo. 
o Haste intramedular para dar estabilidade ao pcte para ele caminhar, mas que não 
tenha movimento suficiente para não ter consolidação. 
o É o PADRÃO OURO! 
 
• Estabilidade absoluta: redução anatômica com abertura do foco da fratura – técnica não 
biológica – é indicada para fraturas dos ossos do antebraço (considerado fratura articular), 
fíbula distal, tornozelo e fratura articulares. 
 
FRATURAS ARTICULARES 
 
• Necessita da redução anatômica com abertura de foco de fratura (estabilidade absoluta), para 
minimizar o risco de artrose e fixação estável para permitir tratamento sem gesso e realizar 
mobilidade precoce da articulação para evitar rigidez articular. 
• Desvio no MÁXIMO aceitável é de 2 mm – na maior parte das articulações. 
• Pois há tendência que a fratura evolua para uma artrose progressiva, por isso é necessário 
fazer a redução anatômica (estabilidade absoluta); 
• A fixação tem que ser a mais rígida possível, com uma placa/parafusos bem espesso/pesada. 
• Tto não cirúrgico: é reservado apenas para fraturas sem NENHUM DESVIO! 
o Se a gnt trata de forma conservadora o pcte demora um tempo maior para ter a 
mobilidade. 
 
• Traumas de alta energia: 
o Queda de altura, acidentes de moto, veículos... 
o Nesses traumas é necessário utilizar uma fixação externa provisória, mantendo o 
comprimento e o alinhamento do membro até melhorar o edema para realizar a 
cirurgia definitiva. 
 
• Nos traumas de baixa energia: pode ser utilizado imobilização com tala gessada até a data da 
cirurgia. 
 
POLITRAUMATIZADO 
 
ATLS – FRATURA DA PELVE 
C: Circulação 
• Deve SEMPRE fazer Rx da pelve em AP nos politraumatizados. 
• Risco de lesar o plexo sacral posterior. 
• Sinal de Destot: hematoma na bolsa escrotal, nas mulheres é hematoma nos grandes lábios. 
• Trauma de uretra: sangue no meato uretral, 14% dos casos → NÃO SONDAR pctes com 
sangue no meato uretral 
• Choque hipovolêmico: fixar a pelve na urgência! Normalmente, faz com fixação externa! 
 
 
 
 
Clínica Cirúrgica Tayana Bastos – ATM 23 
E – Controle de Danos (Exposição) 
• Fixação EXTERNA de fratura dos ossos longos e da pelve no politraumatizado, é uma forma de 
controle de Danos! 
• Diminui a morbidade e a mortalidade. 
• Diminui a incidência de embolia gordurosa 
• Facilita o manejo pela equipe hospitalar. 
 
 
FRATURAS EXPOSTAS 
 
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILLO: 
1) Grau I: Fratura exposta com ferimento de menos de 01 cm (também chamada de fratura 
puntiforme, sai um pedaço do osso) 
2) Grau II: fratura exposta com ferimento entre 1 e 10 cm (normalmente é considerado Grau I e 
Grau II como trauma de baixa energia). 
3) Grau III: Já é considerado trauma de alta energia 
a. Ferimento mais de 10 cm sem perda de substância e ferimento por arma de fogo 
calibre maior que .38 
b. Ferimento com mais de 10 cm com perda de substância (esmagamento) 
c. Ferimento com mais de 10 cm com lesão neuro-vascular (maior taxa de amputação, 
infecção). 
 
• Trauma geralmente de alta energia os ossos da perna são frequentemente afetados. 
 
Tratamento: 
 
1) 1º Passo: ATB (cobertura para bactérias gram + e -; anaeróbios*). 
o Os ATB para anaeróbios a gente deixa para dar a partir de grau III a ou grau I e grau II 
quando a fratura ocorre em zona rural, ou tem contato com terra. 
o Deve ser feito na sala de emergência como primeira medida. 
o A ferida não deve ser exposta no pronto socorro. 
 
2) 2º Passo: O tempo do trauma até a cirurgia não deve passar de 6h! Após isso a fratura torna-
se contaminada. 
 
3) 3º Passo: Lavagem e desbridamento radical: 
o Irrigação com soro fisiológico, de 10 à 20 litros e desbridamento (retirar TODOS os 
tecidos desvitalizados). 
o As vezes, a amputação é a única saída. 
o Utiliza-se a escala de MESS para ajudar a decidir a amputação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clínica Cirúrgica Tayana Bastos – ATM 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) 4º Passo: Estabilização da fratura 
o Pode ser temporária (fixação externa para controle de danos) e depois faz a cirurgia 
definitiva. 
o Em fraturas de baixa energia faz o tratamento definitivo (grau I ou grau II) faz direto a 
fixação definitiva. 
 
COMPLICAÇÕES: é comum complicações 
a) Osteomielite: infecção crônica, é mt comum na 3b e 3c. 
b) Lesão Neurológica: acontece no trauma, não tem o que fazer 
c) Consolidações viciosas / deformidade: traumas com perda óssea, deformidades, pcte instável 
com outros problemas clínicos e não consegue fazer a cirurgia na hora certa. 
d) Não consolidação: não é mt comum. 
 
 
FRATURA NO IDOSO 
 
• População envelhecendo, prevalência aumentando. 
• Mulheres são amis acometidas → questão hormonal 
• Trauma de baixa energia → quedas domiciliares 
• Ocorre por associação de osteoporose e diminuição de equilíbrio dos idosos. 
• Locais mais acometidos: Quadril e punho (rádio distal) – Punho é fratura de defesa, quando 
tem a queda ele protege com o punho. 
 
Fratura do rádio distal: Fratura de Colles. 
O tto depende mt do grau de atividade do pcte: 
- Se ele for mt ativo, dai tu pensa em tto cirúrgico. 
- Se ele for mais tranquilo dai tto com gesso. 
 
Tu só trata com tto cirúrgico se tiver desvio. 
 
 
 
Clínica Cirúrgica Tayana Bastos – ATM 23Fratura do fêmur proximal no idoso 
• As fraturas do quadril mais comuns são as do colo e a transtrocanteriana do fêmur. 
• Ocorrem em ossos osteoporóticos 
• 9 em cada 10 fraturas ocorrem em pctes com mais de 65 anos. 
• 3 mulheres para cada homem. 
• Até 1 ano pós-fratura o índice de mortalidade desses pctes é de 21,6% maior que o das pessoas 
de mesma idade. 
• O tto deve ser realizado o mais breve possível pois a mortalidade dobra se a cirurgia não é feita 
até 48h após a fratura. 
• Atualmente existem placas especiais para ossos osteoporótico, ela é denominada bloqueada pois 
o parafuso tanto é aparafusado no osso como na própria placa o que evita a soltura e as próteses 
de substituição (principalmente em quadril e ombro).

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