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Analise do documentário Pro Dia Nascer Feliz

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES 
GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
DISCIPLINA: POLITICAS DE JUVENTUDE 
ALUNA: THAÍS DA COSTA ARAÚJO 
 
. Os jovens de 15 aos 29 anos representam ¼ da população brasileira, 30% deles 
vêm de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e 84% vivem em regiões 
urbanas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Muitos desses 
jovens vivem nas periferias e estão desde a infância convivendo diariamente com a 
violência e ausência do Estado. No aspecto de conceituação, juventude está atrelada 
diretamente a uma categoria sociológica (SILVA; LOPES, 2010). Podendo ser entendida, 
então, como um fenômeno social, que indica a caminhada deste jovem em direção à vida 
adulta e suas responsabilidades. 
Por ter esta categoria sociológica, é de extrema importância levar consideração 
a sua construção em um aspecto cultural e histórico. O conceito de juventude não é, e não 
deve ser, universal, pois há uma pluralidade nessa construção. Segundo Peralva (1997), a 
juventude é uma condição social ao mesmo tempo que é uma representação. Existe uma 
diversidade e ela é baseada em condições sociais, culturais, de gênero e também 
geográfica (DAYRELL, 2003, p. 40-52). 
O filme Pro Dia Nascer Feliz, do diretor João Jardim, traz relatos dessa juventude 
plural com depoimentos de jovens estudantes sobre seus medos, ansiedades e desafios, 
com ênfase do sistema educacional. Tais depoimentos vêm de jovens que residem desde 
o sertão nordestino, com escolas públicas precárias, até de alunos de uma escola particular 
conceituada de São Paulo. 
Em Manari, um pequeno município de Pernambuco, não havia ensino médio na 
cidade, então os alunos tinham de estudar em uma cidade vizinha a 31km. O prefeito 
disponibilizava dois ônibus para levar e trazer os jovens da aula. Porém, no filme é 
relatado que em duas semanas de filmagem os alunos só foram às aulas duas vezes, pois 
os ônibus disponibilizados estavam com defeitos. A escola de Manari foi, então, 
reformada e passou a ter o ensino médio no local em 2006. 
Um dos pontos relevantes na filmagem em Manari é o demonstração do talento 
de Valéria, uma jovem que escreve poemas magníficos sobre sua realidade e desejos. Ela 
revela que quando os professores solicitam uma redação muitas vezes a sua nota é zerada 
pelos docentes, por não acreditarem em sua legitima autoria. 
Em contrapartida, Cissa, estudante de uma escola particular luxuosa de São 
Paulo, chama atenção pelo seu desempenho e notas na escola, além de suas participações 
em Olimpíadas, como a de Física. Brilhando os olhos de outras escolas particulares, 
chovendo convites para a jovem estudar nelas. 
Ambas as jovens com igual potencial, porém realidades sociais, culturais e 
geográficas distintas. Enquanto uma tem seu talento aos poucos decapitado pelo próprio 
sistema educacional, a outra vira alvo do mercantilismo educacional. 
Podemos concluir que o tão falado protagonismo jovem também é um privilégio. 
As nossas juventudes vêm lutando para ter o mínimo de ensino, por suas vidas e para 
chegar de maneira acelerada na vida adulta, com esperança de fugir da realidade que estão 
inseridas. Então, em que momento resta tempo para o protagonismo jovem? Assim sendo, 
as políticas de juventude devem ter isto também como objetivo: ressaltar o jovem como 
um sujeito social e autor de sua própria história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências 
 
SILVA, C. R; LOPES, R.E. Adolescência e juventude: entre conceitos e políticas 
públicas. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 17, n. 2, 2010. 
DAYRELL, J. O jovem como sujeito social. Revista brasileira de educação, n. 24, p. 
40-52, 2003. 
Censo, I. B. G. E. (2010). Disponível em:http://www. censo2010. ibge. gov. br/. Acesso 
em: 22 de fevereiro de 2021. 
 
PRO dia nascer feliz. Direção: João Jardim. [Brasil]: Tambelini Filmes, 2007.

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