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Direito de Nacionalidade

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Direito Constitucional II| Maria Eduarda Q. Andrade 
 
DIREITO DE NACIONALIDADE 
Doutrina base: Direito Constitucional- Alexandre de Moraes 
 
CONCEITO 
 
Nacionalidade é o vinculo jurídico-político que liga um indivíduo a um certo e determinado Estado, 
fazendo deste indivíduo um componente do povo. Nacional é o brasileiro nato ou naturalizado. 
Falta juridicidade ao termo nacionalidade, que vem de Nação, indivíduo pertencente à determinado 
grupo ligado a raça, religião, hábitos e costumes. 
 
Þ Essa terminologia encontra-se generalizada com diversos ordenamentos jurídicos 
Þ Capacita o individuo a exigir sua proteção e sujeitando-o ao cumprimento de deveres impostos. 
Þ Essa matéria (direito de nacionalidade) sempre vai ter uma natureza constitucional. Natureza 
Pública. 
 
DEFINIÇÕES RELACIONADAS 
 
Þ Alguns conceitos estão relacionados com o estudo do direito de nacionalidade. São eles: 
 
1. Elementos do Estado: povo, território, poder soberano e determinadas finalidades. 
2. Nação: Subjetividade do Estado. Agrupamento humano, em geral numeroso cujos membros, fixados num 
território, são ligados por laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos. 
3. Povo: é o conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado- seu elemento humano. O povo está unido 
ao Estado pelo vínculo jurídico da nacionalidade. Nacionais de determinado Estado. 
4. População: é o conjunto de habitantes de um território, de um país, de uma região, de uma cidade 
engloba os nacionais e estrangeiros, desde que habitantes de um mesmo território 
5. Cidadão: É o nacional (brasileiro nato ou naturalizado) no gozo dos direitos políticos e participantes da 
vida do Estado. 
 
 
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE 
A competência para legislar sobre nacionalidade é exclusiva do próprio Estado, sendo incontroversa a total 
impossibilidade de ingerência normativa de direito estrangeiro. 
A nacionalidade é divida em duas espécies: primária e secundária 
Þ Nacionalidade primária ou originária: é aquela que resulta do nascimento, através de critérios sanguíneos, 
territoriais ou mistos. Isto é, seja por ter nascido filho de um brasileiro ou por ter nascido em território 
brasileiro. 
¨ Fato natural do nascimento. 
Þ Nacionalidade secundária ou adquirida: é a que se adquire por vontade própria, após o nascimento e, em 
regra, pela naturalização. 
¨ Fato voluntário. 
Possuí o título de 
eleitor. 
 
Direito Constitucional II| Maria Eduarda Q. Andrade 
 
BRASILEIROS NATOS 
 
Brasileiro Nato = Nacionalidade Originária. 
 
CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DE NACIONALIDADE ORIGINÁRIA 
 
Os critérios de atribuição de nacionalidade originária são ius sanguinis e o ius soli, aplicando-os a partir de um 
fato natural: o nascimento. 
 
¨ IUS SANGUINIS (origem sanguínea): esse critério diz que será nacional todo descendente de nacionais, 
independentemente do local do nascimento. 
 
¨ IUS SOLIS (origem territorial): esse critério diz que será nacional o nascido em território do Estado, 
independentemente da nacionalidade dos pais. – Critério adotado pela CF Brasileira. 
HPÓTESES DE AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA 
 
Þ A regra adotada é a ius soli, mas mitigada pela adoção do ius sanguinis + determinados requisitos. 
 
Somente serão BRASILEIROS NATOS aqueles que preencherem os requisitos constitucionais apresentado no art. 
12 da CF: 
 
Art. 12, inc. I, a: Os nascidos na Republica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país 
¨ adotou o ius soli 
 
Então basta ter nascido em território brasileiro, para ser considerado brasileiro nato, independentemente da 
nacionalidade dos pais. 
 
 Exceção: exclui-se a nacionalidade brasileira os filhos de estrangeiros, que estejam a serviço do seu país. Não se 
trata da adoção pura do critério ius sanguinis, mas da conjugação de dois requisitos: 
 
Ambos os pais estrangeiros + um dos pais, no mínimo, estar no território brasileiro, a serviço do seu país de 
origem. 
 
Art. 12, inc. I, b: Os nacidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja 
a seriviço da República Federativa do Brasil. 
¨ ius sanguinis (ser filho de pai ou mãe brasileira) + critério funcional (os pais estarem a seviço da RFB) 
 
Art. 12, inc I, c: Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na 
RFB e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 
¨ Ius sanguinis + critério residencial + opção confirmativa 
¨ Nacionalidade Potestativa: Hipótese de nacionalidade originaria pelo critério ius sanguinis. 
 
Então, para tal, os requisitos para aquisição da nacionalidade originária, de acordo com a EC nº 54 de 2007, são: 
Þ Nascidos de pai brasileiro ou mãe brasileira; 
Þ Pais que não estivessem a serviço do Brasil; 
Þ Fixação de residência a qualquer tempo. Residência no Brasil; 
Direito Constitucional II| Maria Eduarda Q. Andrade 
 
Þ Realização da opção (escolher a nacionalidade brasileira ou não) a qualquer tempo, desde que 
posteriormente à maioridade. 
A OPÇÃO 
 
Þ Consiste na declaração unilateral da vontade de conservar a nacionalidade brasileira primária, na 
nacionalidade potestativa. 
Þ A opção é uma condição confirmativa ou não formativa de nacionalidade, que deverá ocorrer após a 
maioridade. 
 
Portanto, entende-se que no momento em que o filho de pais brasileiros (que não estão a serviço do BR) nasce 
no estrangeiro, e posteriormente fixasse residência no Brasil, adquire a NACIONALIDADE PROVISÓRIA, e que seria 
confirmada com a opção a partir da maioridade. 
 
Fixação de residência Fator gerador de nacionalidade Sujeito a condição confirmativa = opção 
 
Þ Atingida a maioridade, enquanto a pessoa não manifesta a opção, esta passa a constituir-se em condição 
suspensiva da nacionalidade brasileira, isto é, depois de alcançada a maioridade, até que optem pela 
nacionalidade brasileira, sua condição de brasileiro nato fica suspensa. 
 
BRASILEIRO NATURALIZADO 
 
Brasileiro Naturalizado = Nacionalidade secundária/ adquirida 
 
Þ é um ato voluntário, isto é, a pessoa decide ter a nacionalidade brasileira. 
Þ A naturalização é o único meio derivado de aquisição de nacionalidade, permitindo-se ao estrangeiro (possui 
outra nacionalidade) ou o apátrida assumir a nacionalidade do país. 
 
¨ O processo de naturalização é um processo formal, é necessário pedir (o estrangeiro precisa requerer). 
¨ É um ato discricionário do Poder Executivo, aceitar ou não esse pedido. Isto é, Brasil é quem decide se vai 
aceitar aquele estrangeiro como brasileiro naturalizado. 
 
ESPÉCIES DE NATURALIZAÇÃO 
 
Divide-se em tácita ou expressa. 
 
¨ Naturalização tácita: é descrita no art. 69, §4º da CF de 24 de fev. de 1891. Foi prevista com um prazo 
fatal. 
Já não é mais valida, foi suprimida pela CF de 88 
 
¨ Naturalização expressa: depende de requerimento do interessado, demonstrando sua manifestação de 
vontade em adquirir a nacionalidade brasileira. Divide-se em: originária e extraordinária. 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional II| Maria Eduarda Q. Andrade 
 
NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA 
 
Þ Deve ser respeitado os requisitos legais 
Þ Será entregue pelo magistrado um certificado de naturalização ao estrangeiro, a qual será a efetiva aquisição 
da naturalidade. 
¨ Enquanto não for feita a entrega, o estrangeiro ainda não é brasileiro e poderá ser excluído no território 
nacional. 
 
Þ Divide-se o estudo da naturalização ordinária em três partes: 
 
¨ Estrangeiros, excluídos os originários de países de língua portuguesa: 
 
São, portanto, estrangeiros de outras nacionalidades ou os apátridas. Deve ser seguido o Estatuto dos 
Estrangeiros (Lei nº 8.815, de 19-8-1980), que em seu art. 112 prevê os seguintes requisitos: 
 
1. Capacidade civil segundo a lei brasileira;2. Ser registrado como permanente no Brasil (visto permanente) 
3. Residência contínua pelo prazo de quatro anos 
4. Ler e escrever em português 
5. Boa conduta e boa saúde 
6. Exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família 
7. Bom procedimento 
8. Inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso. 
 
¨ Estrangeiros originários de países de língua portuguesa, exceto os portugueses residentes no Brasil 
 
A constituição prevê somente dois requisitos: 
 
1. Residência por um ano ininterrupto 
2. Idoneidade moral 
 
O fato de os requisitos serem previstos constitucionalmente, não afasta a natureza discricionária do Poder 
Executivo. 
 
¨ Os portugueses residentes no Brasil 
 São aqueles “quase brasileiros” 
 
Além dos requisitos listados anteriormente para a aquisição da nacionalidade, a CF também prevê a possibilidade 
de aos portugueses com residência permanente no país, desde que haja RECIPROCIDADE em favor de brasileiros. 
Há duas hipóteses previstas aos portugueses: 
 
 1º Aquisição da nacionalidade brasileira derivada: neste caso seguirá todos os requisitos da naturalização 
para originários de países de língua portuguesa. 
 
 2º Aquisição da equiparação com brasileiro naturalizado, sem perder a nacionalidade portuguesa (é uma 
quase nacionalidade). Hipótese prevista no art. 12, § 1 da CF. 
 
Para os portugueses, é possível não requererem a nacionalidade brasileira (continuam com a nacionalidade 
portuguesa), mas podem ter os mesmos direitos que os brasileiros, ou seja, se tornar cidadão brasileiro. 
Previsto no art. 12, II, a da CF 
Direito Constitucional II| Maria Eduarda Q. Andrade 
 
Mas para que essa hipótese aconteça, é necessário haver a RECIPROCIDADE, isto é, a CF também exige que 
Portugal também dê esse direito aos brasileiros. 
 
NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA OU QINZENÁRIA 
 
Se refere a qualquer estrangeiro. O art. 12, II, b da CF exige os seguintes requisitos: 
 
1. Residência fixa no país há mais de 15 anos; 
2. Ausência de condenação penal 
3. Requerimento do interessado.

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