Buscar

AULA - Direito Civil 1 - Introdução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Direito civil 
Conceito 
· O Direito Civil é o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade.
Princípios
· Princípio da Personalidade – aceita todo ser humano como sujeito de direitos e deveres. 
· Princípio da Autonomia da Vontade – reconhece a capacidade jurídica do ser humano conferindo-lhe o poder de praticar ou abster-se de praticar determinados atos, de acordo com sua vontade. 
· Princípio da Liberdade e da Estipulação Negocial – outorga de direitos e deveres que originam negócios jurídicos. 
· Princípio da Propriedade Individual – o homem, através de seu trabalho e outras formas legais, exterioriza sua personalidade em bens que constituem seu patrimônio. 
· Princípio da Intangibilidade Familiar – reconhece a família como seu “ser” pessoal. 
· Princípio da Legitimidade da Herança e do Direito de Testar – poder de transmitir os bens (total ou parcialmente) aos seus herdeiros. 
· Princípio da Solidariedade – concilia as exigências da coletividade com os interesses particulares (negócios jurídicos).
· Princípio da eticidade – significa a valorização da ética, da boa-fé objetiva, dos bons costumes. Qualquer conduta que viole essa eticidade constitui abuso de direito, nos termos do art. 187 do CC.
· Princípio da socialidade – significa o rompimento com o individualismo anterior. Pelo atual Código Civil, tudo tem função social, característica de todos os institutos privados.
· Princípio da operabilidade – visualizado no aspecto da facilitação do Direito Civil, também denominado princípio da simplicidade, bem como da efetividade ou concretude do Direito Privado, mediante a existência de um sistema de cláusulas gerais. Esse sistema de conceitos abertos, que devem ser preenchidos pelo juiz, é criticado por alguns autores. Assim, há a operabilidade/ simplicidade e a operabilidade/ efetividade, respectivamente.
Da personalidade e da capacidade (art. 1º a 10 CC) 
Da Personalidade (art. 2º CC)
· É a aptidão, reconhecida pela ordem jurídica a alguém, para exercer e adquirir direito patrimoniais (direitos e contrair obrigações) e extrapatrimoniais (direitos da personalidade).
· Nascituro goza de direitos pessoais, os patrimoniais e deveres somente após o nascimento, ainda que venha a falecer instantes depois, seus interesses, retroagem ao momento da concepção (art. 1º CC).
· Direitos de personalidade cessão com a morte (art. 6º CC).
· Prole eventual – embrião que ainda não foi concebido.
Correntes sobre o nascituro:
a) Natalista – ela prevalece entre todos os autores, corrente que considera o nascituro uma pessoa só após o nascimento com vida (art. 1º CC).
b) Da personalidade condicionada – a personalidade se inicia com a vida, mas os direitos do nascituro retroagem a sua concepção.
c) Concepcionista – nascituro é pessoa humana, tem direitos resguardados pela lei (art. 1º CC), direitos extrapatrimoniais (doutrina majoritária).
· A concepção do embrião deve ser dentro do útero em processo de gestação.
Da Capacidade e incapacidade (art. 3º a 5º CC)
Distinções 
· Capacidade - é a medida da personalidade.
· Legitimação - aptidão especial para celebrar determinado ato;
· Legitimidade – aptidão processual para ser parte em uma relação processual; potestativo (direito que independe da outra parte).
Capacidade de:
· Direito - titular de direitos e obrigações.
· Fato – aptidão para exercer atos da vida civil pessoalmente.
· Todos nascem com capacidade limitada (direito), adquirindo a capacidade plena (direito e fato), somente quando atingir a maioridade, salvo exceções previstas em lei.
Incapacidade:
· Relativa: Permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido, sob pena de anulação (art. 171, I, CC).
· Exceção de assistência: atos sem teor econômico.
· Os pródigos podem exercer atos que não envolvam a administração direta de seus bens.
· Prodigo só será declarado por sentença judicial (art. 1.782 CC).
· Índios são incapazes, até que preencham os requisitos (art. 9 lei 6.0001/73).
· Absoluta: São absolutamente incapazes, os menores de 16 anos, podendo praticar atos da vida civil somente através de representação.
· Escusa de menoridade (art. 180, CC).
· Os menores incapazes estão sujeitos à tutela, e os maiores incapazes, à curatela.
Da cessação da incapacidade (art. 5º CC)
· A cessação da incapacidade pode ser suprida de duas formas: maioridade civil ou emancipação.
Emancipação
· Instituto jurídico civil, que permite a antecipação da capacidade plena, para data anterior aos dezoito anos, através das seguintes formas:
a) Voluntaria;
· Persiste a responsabilidade civil dos pais pelo ato ilícito do menor até os 18 anos, apesar de estar tecnicamente emancipado.
b) Judicial;
c) 
d) Legal 
· 
· Não se admite casamento do menor de 16 anos (art. 1.520 CC).
· União estável não emancipa.
· Somente casamento de boa-fé mantém a emancipação (art. 1.561 §2º CC).
· Não estão inclusos, cargo em comissão, ou temporário.
· A emancipação constitui ato irretratável e irrevogável, salvo existência de fraude, a qual possibilita a revogação (Enunciado n. 397). Desse modo, é possível a sua anulação por erro ou dolo.
· A emancipação serve apenas para o direito privado, não antecipando a imputabilidade penal.
Fim da personalidade (art. 6º a 8º CC)
· O fim da personalidade vem com a morte real, ou seja, com a certidão de óbito (art. 3º , lei 9.434/97).
· Princ. da saisine - a partir da morte do indivíduo, cessa sua personalidade e os seus bens se transferem aos herdeiros.
· Morte presumida – quando o indivíduo se encontra em eminente risco de morte e se esgota as buscas. Deve-se tomar cuidado em decretar morte presumida, em razão do CC não prever o ressurgimento do presumido.
· Retorno do presumido? Ele terá que ingressar com um procedimento para obter a declaração oficial da inexistência do ato que declarou sua morte.
· Morte presumida sem decretação de ausência enseja a abertura de sucessão definitiva
· Morte simultânea ou comoriência (art. 8º do CC) - acontece na hipótese de dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar qual deles morreu primeiro. Não há transferência de bens entre comorientes.
· Morte Civil - existente no direito romano (escravos). Considera morto o indivíduo na seara jurídica, conquanto vivo, há resquício art. 1.816 do C.C., que trata do herdeiro, afastado da herança por indignidade, como se ele “morto fosse antes da abertura da sucessão”.
Registros e averbações (art. 9º, 10 CC)
· É o conjunto de atos autênticos tendentes a ministrar prova segura e certa do estado das pessoas (físicas ou jurídicas), de títulos e documentos, da propriedade imobiliária e do inadimplemento do devedor.
· O homem possui informações que dizem respeito não somente a ele, mas são de interesse coletivo. Registro é informação inaugural.
Princípios Gerais 
· Publicidade - propiciando a publicidade em relação a todos os terceiros, no sentido mais amplo, produz o efeito de afirmar a boa-fé dos que praticam atos jurídicos.
· Autenticidade - é a qualidade do que é confirmado por ato de autoridade. 
· Segurança - como libertação do risco, é, em parte, atingida pelos registros públicos. Aperfeiçoando-se seus sistemas de controle e sendo obrigatórias as remissões recíprocas, tendem a constituir malha firme e completa de informações. 
· Eficácia - é a aptidão para produzir efeitos jurídicos, calcada na segurança dos assentos, na autenticidade dos negócios e declarações para ele transpostos. 
Efeitos
· Constitutivos: sem o registro o direito não nasce (ex.: emancipação); 
· Comprobatórios: o registro prova e existência e a veracidade do ato ao qual se reporta (ex: assento de óbito de pessoa presumidamente morta).
· Publicitários: o ato registrado, com raras exceções, é acessível ao conhecimento de todos, interessados e não interessados (ex.: interdição e declaração de ausência).
Estado 
· Soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos.· Individual – diz respeito às características físicas da pessoa (idade, sexo, cor, altura, etc.) 
· Familiar – indica a sua situação na família, em relação ao matrimonio e ao parentesco. 
· Político – concerne a posição do indivíduo na sociedade política.
Direitos da personalidade (art. 11 ao 21 CC)
· São direitos essências a proteção da dignidade humana, proteção dada às relações com particulares.
· Característica: extrapatrimoniais; intransitiveis; oponíveis; impenhoráveis; irrenunciáveis; intransmissíveis; inatos ou decorrentes; perpétuos e insuscetíveis de apropriação, salvo se lei autorizar ou segundo a doutrina, for temporário, especifico e relativo (en. 4 e 139 JDC).
· Danos iatrogênicos – decorre do tratamento médico, resultado ou efeitos do tratamento, não se confunde com o erro médico, respondendo somente se não for informado sobre os efeitos.
· A imagem pode ser utilizada em casos jornalísticos, não comerciais, publicitárias.
· Não existe direito de personalidade do morto, entretanto, pode-se falar em tutela jurídica dos direitos da personalidade do morto (art. 12 § uni, e 20 §uni CC).
· Não se equipara a legitimidade extraordinário ou herança de direito, quem pleiteia tem legitimidade ordinária.
Corpo vivo (art. 13 CC)
· A regra obriga os médicos, nos casos mais graves, a não atuarem sem previa autorização do paciente, que tem a prerrogativa de se recusar a se submeter a um tratamento perigoso.
· Requisitos para dispor do corpo para fins de transplante: 
· Órgãos dúplices ou regeneráveis, cuja perda não implique risco de vida ou deformidade ao doador. 
· Gratuidade do ato (tecnicamente é uma dação e não doação).
· Beneficiário e doador devem integrar o mesmo grupo familiar, caso contrário, somente com autorização judicial (exceto medula óssea).
Corpo morto (art. 14 CC)
· O direito ao cadáver é expressão do direito à integridade física, ou seja, integra os direitos da personalidade.
· Doação somente com autorização (art. 4º lei de transplantes, en. 227 JDC).
· Em se tratando de pessoa indigente, não poderá haver retirada de órgãos para fins de transplantes. Entretanto, ela pode ter seu corpo encaminhado para estudos.
· Violação do cadáver é possível somente em duas hipóteses: 
· Produção de provas em processo penal; 
· Transplantes.
· Requisitos para disposição do cadáver é possível (Lei 9.434/97): 
· Gratuidade; 
· Possibilidade de disposição integral do corpo; 
· Impossibilidade de escolha do beneficiário (pois existe fila de receptadores de órgãos, por critério de urgência); 
Nome (art. 16 a 19 CC)
· Escolha livre desde que não exponha ao ridículo; servidor pode se recusar a registrar nesses casos (art. 55 §único LRP);
· Prenome - identificação da pessoa, primeiro nome.
· Sobrenome - apelido de família; indica origem da pessoa (art. 16 CC);
· Agnome - Partícula diferenciadora que distingue pessoas que pertencem à mesma família e possuem o mesmo nome (Jr, filho, neto); 
· Hipocorístico - é uma alcunha (apelido) que serve para identificar alguém pessoal e profissionalmente.
Alteração (art. 55 a 60 lei 6.015/73) 
· O nome somente poderá ser modificado mediante justa causa (decisão judicial) ou nos casos previstos em lei.
a) Quando houver erro gráfico, mudança de sexo, casamento e divórcio (art. 1.565 CC), expuser seu portador ao ridículo, apelido público e notório, necessidade de proteger testemunhas de crimes, prenome de uso.
b) Em caso de homonímia; 
c) Em caso de tradução de nomes estrangeiros, de adoção, de reconhecimento de filho, de casamento e de dissolução de sociedade conjugal.
Direito a imagem 
· Imagem retrato: Características fisionômicas da pessoa. Diz respeito ao pôster da pessoa. 
· Imagem atributo: Diz respeito às características emocionais da pessoa. Exteriorização da personalidade do indivíduo. Essa imagem também é aplicável à Pessoa Jurídica. 
· Imagem voz: Timbre sonoro identificador.
Ausência (art. 22 ao 39 CC)
· Quando não há indicativos da morte ou risco de morte do indivíduo e sim do desaparecimento. 
Curadoria (art. 22 a 25 CC)
· A requerimento de qualquer interessado, ou do MP, o juiz declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador (caso não haja cônjuge, pais ou descendentes), que durante 1 ou 3 anos levantará o inventario e entregará ao curador; publicará editais de 2 em 2 meses; cessa a curadoria com: o retorno do ausente; pela certeza da morte; ou pela sucessão provisória.
Sucessão provisória (art. 26 a 36 CC)
· Após passado 1 ano com curador, ou 3 anos caso haja representante ou procurados; os herdeiros irão cuidar provisoriamente durante 10 anos, dos bens (qualquer alteração nos patrimônios do desaparecido, deverá o herdeiro dar uma caução, por motivos de retorno do ausente); cessa com: o aparecimento do ausente; ou sucessão definitiva
· Bens móveis podem ser alienados sem qualquer restrição, já os imóveis, somente por desapropriação ou por ordem judicial, para evitar a ruína (art. 31 CC). 
Sucessão definitiva (art. 37 a 39 CC)
· Converte- se em sucessão definitiva: ao passar 10 anos em julgado a sentença de abertura da sucessão provisória (caso o ausente retorne, terá seus bens de volta os patrimônios que estivessem em seu nome de forma intacta), fase na qual o ausente é considerado morto.
· Como a curadoria do ausente fica restrita aos bens, não produzindo efeitos de ordem pessoal, o cônjuge do ausente não é considerado viúvo(a). 
· Para se casar, terá de promover o divórcio citando o ausente por edital (CC, art. 1.571, § 1º).
Pessoa jurídica (art. 40 a 69 CC)
· São entidades as quais a lei confere personalidade, capacitando-as a ser sujeitas de direitos e obrigações. Atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem.
· Constituída na forma da lei, por uma ou conjunto de pessoas naturais, ou conjunto de bens, com personalidades distinta da dos seus integrantes.
· Registro (art. 45 CC) - A personalidade jurídica é adquirida com o registro desse ato constitutivo (contrato social ou estatuto) no órgão competente. Se não há o registro, será uma sociedade de fato, irregular ou não personificada.
Requisitos para constituição da PJ
· Vontade humana - Surgem pela vontade humana (direito privado) ou pela lei (direito público); “affectio societates”.
· Licitude de seus objetos - objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica (art. 69, CC).
· Observações das condições legais - Deve ser levado a registro para que comece, então, a existência legal da pessoa jurídica de direito privado (art. 45 CC). Antes do registro, não passara de mera “sociedade de fato” ou “sociedade não personificada”.
Pessoas Jurídicas de Direito Público
· Externo – ONU, OTAN, OEA e os países. 
· Interno - Administração Direita e Indireta (art. 41 CC).
Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
· Associações – entidades, agrupamento de pessoas que não tem fins lucrativos, mas morais, culturais, desportivos ou beneficentes; não há “affectio societates”; extinção da associação somente com trânsito em julgado (art. 53 a 61 CC, art. 5º XVIII, XIX, XX, XXI CF).
· Sociedades.
· Fundações.
· Organizações Religiosas - tem fins pastorais e evangélicos e tratam da complexa questão da fé, distinguindo-se das demais associações civis.
· Partidos Políticos - tem fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não.
· Sindicatos - embora não mencionados no art. 44 do CC, tem a natureza de associação civil (art. 8º, CF; art. 511 e 512 CLT). 
· Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada - foram incluídas no rol do art. 44 do CC pela lei. 12.441/2011.
Desconsideração da pessoa jurídica (art. 50 CC, art. 28 CDC, art. 133 CPC)
· Suspensão episódica dos efeitos dos atos constitutivos da pessoa jurídica.
· Desconsidera a pessoa jurídica em razão de possíveis fraudes dos sócios, que podem esconder seu patrimônio na sociedade, ou vice versa. O nosso ordenamento jurídico abre essa exceção para evitar tais fraudes.
· Previsto também no art. 34, lei 12.529/11, e art. 4º, lei 9.605/98.	Comment by Adilson: Art. 34. A personalidade jurídicado responsável por infração da ordem econômica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.Parágrafo único. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.	Comment by Adilson: Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
· Em regra, deve haver requerimento da parte, salvo direito do consumidor, do trabalho, ambiental podem ser de oficio.
· Não é necessária a comprovação da insolvência, pois não requisito e sim uma causa.
· A simples prática do ato ultra vires (excede o objeto social da PJ) não gera desconsideração.
· A responsabilidade do sócio alcançado, não se limita ao percentual de cotas que o mesmo titulariza.
· O simples encerramento irregular da PJ não gera desconsideração (S. 435 STJ).	Comment by Adilson: Súmula 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente
· Desconsideração por ato administrativo é licita, sanção atinge PJ e seus sócios. 
· Socio da PJ deve ser citado para decidir sobre a desconsideração.
Espécies:
· Inversa – atinge os bens da PJ por dividas pessoais do sócio (en. 283 JDC, art. 133, § 2º CPC).	Comment by Adilson: É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros
· Indireta – empresas controladoras se utilizam da personalidade jurídica da empresa para prejuízo de terceiros ou para obtenção de vantagens indevidas.
· Extensiva – visa atingir o socio oculto, na sociedade por conta de participação.
Fundações (art. 62 a 69 CC)
· A fundação privada é uma pessoa jurídica de direito privado criada por iniciativa de um particular que decide separar um patrimônio e destiná-lo para que seja utilizado na realização de determinada finalidade de interesse coletivo.
· Não tem fins lucrativos, receita gerada deve ser gasta com a própria entidade.
· acervo de bens que recebe personalidade para a realização de fins determinados
Sociedades
· A sociedade é uma espécie de corporação dotada de personalidade jurídica própria, instituída por meio de contrato social visando a finalidade econômica ou lucrativa.
· O ato constitutivo da sociedade é o contrato social, não estatuto (art. 981 CC).
· Espécies:
· Simples - tem fim econômico e são constituídas, em geral, por profissionais liberais ou prestadores de serviços.
· Empresarias - também visam lucro. Distinguem-se das sociedades simples jurídicas porque tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro (art. 967 do CC).
Ente despersonalizados (art. 986 CC)
· Coletividades de seres humanos ou de bens que não possuem personalidade jurídica própria.
· A capacidade jurídica permite ao ente despersonalizado exercer relações patrimoniais, mas jamais existenciais. Ou seja, a proteção aos direitos da personalidade se aplica a todos os sujeitos detentores de personalidade jurídica, não se aplicando, no entanto, aos chamados entes despersonalizados.
· Elas não têm personalidade jurídica, pois não obtém o “affectio societatis” (intensão união para objetivo comum), salvo sociedade de fato ou irregular (en. 58 da JDC); e tem somente o objetivo de organização interna.
· São eles: Espolio, massa falida, herança jacente e vacante, sociedades de fato ou irregulares, grupos de consórcios ou convênios médicos e condomínio.
· É reconhecido a personalidade jurídica do condomínio edilício (en. 90 da JDC).
· Responde solidariamente e ilimitadamente (art. 990 e 1.024 CC).
Extinção da PJ de direito privado
· Convencional: por deliberação de seus membros, conforme o quórum previsto nos estatutos ou na lei. 
· Legal: em razão de motivo determinante na lei (CC, art. 1.034).
· Administrativa: quando as pessoas jurídicas dependem de autorização do Governo e praticam atos nocivos ou contrários aos seus fins. 
· Natural: resulta da morte de seus membros, se não ficou estabelecido que prosseguira com os herdeiros. 
· Judicial: quando se configura algum dos casos de dissolução previstos em lei ou no estatuto e a sociedade continua a existir, obrigando um dos sócios a ingressar em juízo.
Domicilio (art. 70 a 78 CC)
· Conceito é a junção de dois elementos: 
· Objetivo - Estada habitual da pessoa em determinada localidade
· Subjetivo - Animus de permanecer em definitivo.
· Local onde responde por suas obrigações; se presume presente para efeitos de direito.
Modalidade 
· Profissional (art. 72 CC).
· Pessoa jurídica (art. 75 CC).
· Necessário ou legal (art. 76 CC) – determinado pela lei;
· Voluntario 
· Geral - quando escolhido livremente pela pessoa. 
· Especial - pode ser, o foro do contrato (art. 78 CC) e o foro de eleição (art. 111 CPC). 
· Agente diplomático (art. 77 CC).
Observações importantes
· Teoria da pluralidade domiciliar (art. 71 CC) - foi adotada pelo CC.
· Mudança (art. 74 CC) - Muda-se o domicilio, transferindo a residência com a intenção manifesta de o mudar.
· Adônidas (art. 73 CC) - Pessoas que não obtém domicilio.
Bens (art. 79 a 103 CC)
· Coisa é tudo aquilo que existe com exclusão do homem. Logo, coisa é gênero do qual se destaca como espécie os bens, sendo que para os bens serem considerados como jurídicos devem possuir as características de apropriabilidade e pecuniaridade.
Espécies
Imóveis (art. 79 a 81 CC)
· Acessões Artificial – construídos pelo homem, incorporado ao solo.
· Acessões Natural – desenvolvimento, força natural (árvore).
· Acessões industrial ou artificial (art. 1.253 ao 1.259 CC).
· Teoria da acessão – toda construção presume-se feita pelo proprietário (art. 1.253 CC), presunção relativa.
· Teoria da acessão inversa (art. 1.255 §uni CC).
· Acessões intelectual – bem móvel inseridos no imóvel se tronando imóvel (superado por pertenças, art. 93).
· Por determinação legal (art. 80 e 81) – Direitos reais sobre os imóveis e as ações que os asseguram.
· Obs.: Adquire com transcrição, Outorga uxória para alienação, Prazo para usucapião maior; Na ausência, a alienação só por sentença judicial; garantia por hipoteca
Moveis (art. 82 a 84 CC)
· Propriamente dito – qualquer bem que você possa deslocar, sem perda de sua qualidade ou valor.
· Antecipação de uso (art. 95 CC) – bens imóveis criados para se tornarem moveis; temporariamente imóvel (ex.: cana de açúcar).
· Por determinação legal (art. 83 CC) – lei determina se bem é móvel ou não.
· Semoventes – são animais.
· Obs.: Adquire com tradição; Prazo para usucapião menor; garantia como penhor.
Classificação
· Bens corpóreos - Ocupam lugar no espaço; físicos; existência.
· Bens incorpóreos - Existência abstrata (marcas, patentes, etc).
· Bens fungíveis (art. 85 CC);
· Bens infungíveis - os que não podem ser substituídos; inclusive pela vontade das partes (ex. contrato de comodato, que se trata de empréstimo de coisa infungível);
· Bens consumíveis (Art. 86 CC) - uso importa a destruição imediata.
· Não pode ser objeto de direitos reais de coisa alheia em fruição.
· Bens inconsumíveis;
· Bens divisíveis (Art. 87 CC);
· Bens indivisíveis
· Por natureza 
· Por lei (menor que um módulo rural, ou 03 alqueires). 
· Por vontade das partes (Condomínio, pelo prazo máximo de 05 (cinco) anos). 
· Singulares (Art. 89 CC);
· Coletivos (Art. 90 CC);
· Principais - é aquele que existe por si, ou seja, não depende da existência de nenhum outro bem, possui existência própria. (ex. carro)
· Acessórios: Por sua vez, bem acessório é aquele que depende da existência do bem principal. Exemplo: a árvore é bem principal, já os frutos são bens acessórios; fiança (ex. som).
· Para que não ocorra isso deve ser convencionado(art. 1269 a 1271 e art. 1284 CC). 
Espécies de bens acessórios
· Acessões;
· Frutos – são benefícios retirados do bem principal que se renovam ciclicamente (art. 1.214 e 1.216 CC).
· Natural - se renovam ciclicamente pela natureza.
· Pendentes – não foram destacados do bem principal.
· Percebidos - já foram destacados do bem principal.
· Consumíveis - tem destinação econômica.
· Industrial – se renovam ciclicamente por força do ser humano.
· Civis - Benefícios retirados do bem principal representados por dinheiro que se renovam ciclicamente (ex. aluguel).
· Produtos – Benefícios retirados do bem principal que não se renovam ciclicamente (ex. petróleo).
· Pertenças (art. 93 e 566, I CC).
· Benfeitorias (art. 96 CC) - Melhorias feitas no bem principal.
· Não são benfeitorias: os acréscimos na coisa principal decorrente das acessões naturais (aluvião, avulsão – art. 1.250 e 1.251, CC); os acréscimos na coisa principal decorrentes de acessões artificiais (art. 79 cc 1.253 a 1.259), que são as construções e plantações, consideradas obras que criam coisa nova, que se adere à propriedade já existente (art. 1.269 a 1.271, CC).
· Posse (art. 1219, CC). 
· Benfeitorias úteis e necessárias são indenizáveis, caso o possuidor esteja de boa-fé. Em relação às voluptuárias tem direito de levantá-las, se não lhe forem pagas. Tem ainda direito de retenção pelas úteis e necessárias.
Forma de aquisição dos bens
· Pela sucessão hereditária; 
· Pela usucapião (art. 1238 a 1228, § 4º, art. 1260 a 1262 CC);
· Escritura pública no Registro de Imóveis (art. 1245 CC); 
· Pela acessão (art. 1248 CC); 
· Pela ocupação (art. 1263 CC);
· Achado de tesouro (art. 1264 CC);
· Tradição (art. 1267 CC);
· Especificação (art. 1269 a 1271 CC);
· Pela confusão, adjunção, comissão (art. 1272 a 1274 CC);
Bens públicos (art. 98 a 103 CC)
· Os bens públicos são aqueles pertencentes à União, aos Estados ou aos Municípios. Todos os demais são particulares, ou seja, pertencem às pessoas naturais ou jurídicas de direito privado. Relembre-se que existem coisas que não pertencem a ninguém (res nullius) e coisas que foram abandonadas pelo titular (res derelicta).
Espécies de bens públicos (art. 99 CC, en. 287 JDC)	Comment by Adilson: O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos.
· Uso comum do povo - Pertencem a alguma pessoa jurídica de direito público interno, admitindo utilização por qualquer pessoa, indiscriminadamente, seja a título gratuito, seja a título oneroso. 
· Podem ser restrito o acesso em prol da soberania ou da segurança nacional.
· Cobrança de taxa ou tarifa para ter acesso não o desnatura como tal.
· Uso especial - São utilizados pelo Poder Público, constituindo-se por imóveis aplicados ao serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal. Bens de uso especial, se desafetados, podem ser objeto de alienação
· Dominicais - são os bens públicos que integram o patrimônio disponível estatal, porque não afetados para uma finalidade específica. Podem ser alienados desde que assim autorizado pelo legislativo. (Ex.: terras devolutas, títulos da dívida pública, terrenos da marinha etc).
Características dos bens públicos:
· Inalienáveis - estão fora do comércio, salvo se forem desafetados. 
· Exceção: Os dominicais podem ser alienados, desde que por meio do processo de licitação (art. 101 CC). 
· Exceção: os bem de uso comum e especial também podem ser alienáveis, desde que ele seja desafetados.
· Imprescritíveis – não podem ser atingidos pela usucapião (art. 191, par. ún. CF). 
· Impenhoráveis – não podem passar do patrimônio do devedor (Estado) ao do credor por força de execução judicial. Não sujeitos a ônus reais (hipoteca, penhor).
Fato Jurídico 
· Direito ciclo vital, nasce, desenvolve e extingue. Fases denominam de Fatos Jurídicos produzindo efeito jurídico.
· Acontecimento social cumulado com a norma jurídica.
· Savingny: Fatos jurídicos são acontecimento em virtude dos quais as relações do direito nascem e se extinguem.
Fatos jurídicos (lato sensu)
Fatos naturais (stricto senso)
· Originário: coisas que acontecem naturalmente (Morte, nascimento, maioridade, decurso de tempo - prescrição etc).
· Extraordinário: são acontecimentos que não conseguimos prever (Terremoto, tempestade, inundação, enchente etc).
Ato-fato jurídico 
· Embora o comportamento derive do homem e deflagre efeitos jurídicos, é desprovido de voluntariedade e consciência em direção ao resultado jurídico existente.
Fatos humanos ou atos jurídicos
· Toda manifestação de vontade apta a criar, modificar ou extinguir direito e obrigações
· Lícitos: lei difere os efeitos almejados pelo agente, pois praticados em conformidade como o O.J.
· Atos não negociais ou atos jurídicos (stricto sensu): manifestação da vontade pré-determinada na lei, bastando a mera intenção humana para alcançar o efeito; E sempre unilateral. Sem negociação (Ex: reconhecimento de paternidade, testamento).
· Atos negociais: em regra bilateral há ação humana visa diretamente o alcance de um fim praticado permitido na lei, dentre a multiplicidade de efeitos possíveis a manifestação da vontade tem finalidade negocial em regra bilateral, efeito múltiplo. 
· Ilícito: em regra, se resultar em dano, ou praticados em desacordo com o prescrito, deverá ser reparado.
Modos de aquisição de direito
· A aquisição de um direito é a sua conjunção com o seu titular. Assim surge a prioridade quando o bem se subordina a um “dominus”.
Pode ser:
· Originário: quando o direito nasce no momento de apropriação de um bem de maneira direta (Ex: pesca, caça, usucapião).
· Derivado: quando houver transmissão de direito de proprietário de uma pessoa a outra (Ex: compra e venda, doação).
· Gratuito: Não houver contraprestação (Ex: doação, herança).
· Oneroso: se o patrimônio aumenta em razão de pagamento (Ex: compra e venda).
· A titulo universal: acontece quando o adquirente substitui o seu antecessor na totalidade de seus direitos e obrigações bens (Ex: herdeiro necessário).
· Titulo singular: pessoa adquiriu uma ou várias coisas determinadas apenas no que concerne aos direitos (Ex: herdeiro legatório, testamento).
· Simples: quando o fato gerador da relação jurídica consiste em um só fato (Ex: compra e venda, (documento único)).
· Complexo: é necessária a sucessiva de mais de um fato (Ex: usucapião (provar com mais de 1 documento).
Negócio jurídico (art. 104 a 184 CC)
· Composição de interesses que resulta em regramento bilateral (em regra) de condutas. Prerrogativa que o ordenamento jurídico confere ao individuo de, por sua livre vontade, criar relações a que o direito empresta validade, desde que em conformidade com a ordem jurídica e social.
· Representado reserva mental (art. 110 do CC) - Ocorre a reserva mental quando um dos declarantes oculta sua verdadeira intenção isso é quando não quer um efeito jurídico que declara querer. Tem por objetivo enganar o outro contratante (ex: estrangeiro se casa com nacional para adquirir nacionalidade).Pode ser anulado pela ausência de vontade.
Classificação dos negócios jurídicos.
Vontade 
· Unilaterais: E se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade suficiente para a produção dos efeitos jurídicos pretendidos (ex. Testamento.)
· Recepticios: Nos quais a manifestação da vontade depende do conhecimento da outra pessoa (ex. notificação).
· Não recepticios: nos quais o conhecimento pela outra parte é irrelevante (ex.Testamento.)
· Bilateral: se perfazem com duas manifestações de vontade coincidente sobre o objeto (ex. número de vontade.).
· Simples: só uma das partes aufere vantagens enquanto a outra suporta o encargo (ex. doação art. 538 do C.C.)
· Sinalagmáticos: a reciprocidade dos direitos e obrigações (ex. compra e venda artigo 481 do CC.)
· Plurilaterais: negócios jurídicos que envolvem manifestação de mais de duas vontades nos polos de relação(ex. S/A.)
Valor
· Gratuitos/benéficos: só uma das partes aufere vantagens ou benefícios, a diminuição de patrimonial de uma delas com aumento patrimonial da outra (ex. doação ou comodato.)
· Oneroso: ambos contratantes auferem vantagem às quais pode corresponder uma contraprestação (ex. compra e venda.)
· Comutativo: Nos quais as prestações são previamente determinadas (ex. financiamento , compra e venda).
· Aleatório: a prestação de uma das partes depende do acontecimento incerto e inesperado (ex. seguro Art. 757 a 802 CC).
· Neutros: não podem ser incluídos na categoria nem nos onerosos e nem dos gratuitos pois lhes falta atribuição patrimonial e caracterizam-se pela destinação dos bens vinculação de um bem que o torna indisponível pelas cláusulas de inabilidade e que impede sua comunicação com eventuais com juiz mediante a cláusula de incomunicabilidade.
· Bifrontes: pode ser oneroso ou gratuito segundo a vontade das partes (Art.658 CC, Ex: Mandato).
Momento efeito
· Inter-vivos: destina-se a produzir efeitos desde logo, isto é, estando às partes envolvidas ainda vivas (ex. quase a totalidade do negócio jurídico.)
· Mortis causa: destinam-se a produzir efeitos após a morte do agente regulam o patrimônio de uma pessoa após a sua morte (ex. testamento seguro de vida.)
Bem
· Principais: são os que têm existência própria e não depende da existência de qualquer outra (ex. locação.).
· Acessórios: são os que têm sua existência subordinada as resistências dos contratos principais (ex. fiança.)
· Solenes/ formais: dos negócios jurídicos que só tem validade de revestidos de determinada forma (Art. 108 e 1.536 CC).
· Não solenes/informais: de forma livre não exige forma especial prevalecendo (art. 107 CC).
· Simples: constituem-se por ato único (ex. compra e venda de um bem móvel.)
· Complexos: resultam de fusão de vários atos sem eficácia dependente (ex. bem imóvel valor maior de 30 vezes salário mínimo.)
· Coligados: compõe-se de vários negócios jurídicos. (ex. assina o negócio jurídico com isso veio vários.) 
Planos de negócio jurídico
Plano da existência (art. 104 CC)
1. Manifestação da vontade, sem vícios, livre e de boa-fé.
· Expressa (falada e escrita, gestual); Tácita (quando o proceder do agente indica a aceitação (Ex. aceita pagamento atrasado)); Presumida (quando a lei prevê essa forma (art. 324 CC)); Silencio: pode ser interpretado, não importa a anuência salvo exceções (art. 111 CC).
· A manifestação obriga o contratante: “Pacta sunt servanda”: à vontade uma vez manifestada, obriga o contratante, segundo o princ. da obrigatoriedade dos contratos; “Rebuis sic stantbus”: ao qual se opõe o princípio da onerosidade excessiva também chamada de princípio da revisão dos contratos (art. 479 CC).
2. Agente capaz e legitimado – emissor da vontade, podendo ser suprido pelos meios legais (representante e assistência).
3. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável - é o que não atenta contra a lei, moral ou os bons costumes. Deve ser possível pois quando o impossível o negócio é nulo. Ocorre a possibilidade jurídica do objeto quando a lei proíbe negócios a respeito de determinado bem (Art. 426 CC). 
· Idoneidade do objeto - à vontade deve recair sobre objeto apto que possibilite a realização do negócio que se tem em vista, uma vez que cada contrato (negócio jurídico) tem objeto específico. 
4. Forma prescrita e não defesa em lei: Em regra a forma é livre a não ser nos casos que a lei exige a forma escrita pública ou particular (Art. 107 CC).
Termo, condição e encargo (art. 121 a 137 CC)
· Plano da eficiência ou Elementos acidentais - porque não são exigidos como indispensáveis introduzidos facultativamente pela vontade das partes, mas se convencionadas integram o negócio jurídico de forma indissolúvel. 
1. Termo: evento futuro e certo que determina a eficácia do negócio jurídico é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico.
· Inicial: começa no dia estipulado não no ato.
· Final: data que cessa o ato.
· Obs: termo não se com funde com prazo, prazo é um intervalo entre o termo Inicial e o final. 
2. Condição: evento futuro e incerto que determina a eficácia do negócio jurídico é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico (Art.121 CC).
· Lícita e possível.
· Suspensiva: quando a condição não acontece, o direito não se realiza.
· Resolutiva: o negócio jurídico acaba se a condição acontecer (ex. contrato financiamento estudantil).
3. Encargo: trata-se de cláusula acessória a liberalidade pela qual se impõe um ônus e obriga o beneficiário.
· Efeito (art. 136 CC).
· Características: obrigatoriedade.
Interpretação dos negócios jurídicos.
· Não só a lei, mas contrato devem ser interpretados, em ambas as situações procuramos fixar o verdadeiro sentimento da manifestação da vontade. 
· O que prevalece é a teoria da vontade sobre a teoria da declaração (Art.112 CC). 
· Boa-fé presumida, má-fé deve ser provada, o intérprete deve presumir que o contratante procede com a lealdade (Art. 113 CC). 
· Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente (Art.114 CC).
· Quando houver no contrato de adesão, cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente (Art.423 CC).
· A transação interpreta-se restritivamente (Art.843 CC).
· A fiança não admite interpretação extensiva (Art.819 CC).
· Intenção das partes pode ser apurada pelo modo que viam executando contrato de comum acordo. 
· Devem ser interpretar contratos na dívida de maneira menos onerosa para o devedor. 
· As cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em conjunto com as demais.
Representação (Art. 115 a 120 CC)
· Situação de legitimação específica, não admite representação: testamento, curatela, depoimento testemunhal, prestação de serviço militar. 
· Mandato é a forma pela qual se torna conhecida a representação por vontade dos interessados é um negócio jurídico que se instrumentaliza através da procuração. 
· Prazo decadencial (art. 119 § único CC).
Representação legal.
· Ocorre quando a lei estabelece para certas situações uma representação, nesses casos é necessária o poder de administrar e quais situações em que se admite dispor de direitos do representado (ex. incapazes, tutela, curatela, pais em nome de seus filhos menores, síndico em nome do condomínio).
Representação voluntária (Art. 118 e 653 CC)
· É baseada em regra no mandato cujo o instrumento é a procuração é importante que o terceiro tem a ciência de representação sobre pena de inviabilizar os negócios jurídicos. 
· Atos praticados contra os interesses e representado (Art. 119 CC).
· Terceiro de boa-fé sempre é protegido.
Efeitos da representação 
· Uma vez realizado o negócio jurídico pelo representante, é como se o representado houvesse atuado, pois seus efeitos repercutem diretamente sobre o último. 
· Deve-se examinar se a representação foi corretamente exercida.
· Na representação legal é na lei que se procura o teor do poder outorgado. 
· Na representação voluntaria, é na vontade emitida pelo representado que se deve encontrar a extensão dos poderes outorgados ao representante.
A figura do núncio.
· Porta-voz atuação limitada o mensageiro é uma pessoa encarregada de levar e transmitir um recado de outra é o que pode se chamar de porta-voz.
· Entrega documento com declaração ou reproduz a declaração de alguém, cooperando com a conclusão do negócio, mas não atua pelo titular, podendo ser responsabilizado por perdas e danos e o interessado pode anular o negócio por erro.
· Sua atuação não figura representação.
Contrato consigo mesmo ou autocontrato (art. 117 do CC)
· Como contrato por definição é um acordo de vontade não se admite a existência de contrato consigo mesmo, salvo se a lei permitir ou o representado (art. 685 CC).
· Pode ser anulado.
Dos defeitos dos negócios jurídicos (art. 138 a 165 CC)
· São considerados como vícios do consentimento: o erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão.
· São considerados como vícios sociais: fraude contracredores e simulação.
Erro (art. 138 a 144 CC)
· Erro é falsa percepção da realidade, o agente engana-se sozinho. Já a Ignorância é completa ausência de conhecimento. 
· Requisitos:
a) Substancial (art.139 CC)
· À natureza do negócio jurídico “Error in ipso negotio” - ex. assina doação pensando que é venda.
· Despeito ao objeto principal “Error in ipso corpore” - Ex: O comprador pensa que está comprando obra autêntica, mas é uma cópia. 
· Das qualidades do objeto “Error in corpore” - ex. A compradora pensa que está comprando um candelabro de bronze, mas, na verdade está comprando, um candelabro de latão.
· Qualidade essencial da pessoa “Error in persona” - Ex.: casar com um assassino.
· Erro de direito “Error júris” - A ignorância da lei pode ser alegada para anular o contrato, sem que com isso se pretenda que a lei seja descumprida (art. 139 CC). 
b) Real - é o erro efetivo causador do real prejuízo ao interessado.
c) Erro acidental - se opõe ao real, não vicia o negócio jurídico (Ex: alguém compra uma casa pensando que a mesma tem quatro janelas frontais e, na verdade, o imóvel possui apenas três janelas frontais.)
d) Justificável - é exatamente o contrário do erro grosseiro de corrente do não emprego da diligência ordinária (saber se é o proprietário). Critérios para aferição:
· Homem médio: compara conduta do agente com a conduta da Média das pessoas (art. 138 CC).
· Caso concreto: consideram em cada hipótese as condições pessoais que quem alega o erro.
e) Erro obstativo ou impróprio - É o que impede ou obsta a própria formação do negócio, tal a gravidade do engano, tornando-o anulável.
Dolo (art. 145 a 150 CC)
· É o induzimento malicioso de alguém, a prática de um ato que lhe é prejudicial, mas proveitoso ao autor do dolo ou a terceiro. 
· Dolo principal (dolus causam): é aquele que se revela como sendo a causa determinante do ato (ex. uma pessoa muito pobre é induzida a vender, por preço baixo, seu quinhão hereditário valioso). 
· Dolo acidental (dolus incidens): é aquele, que a despeito de sua existência, o ato seria praticado (ex. exagero em qualidades).
· O dolus bonus - é aquele tolerável, ou seja, não acarreta a anulabilidade do negócio jurídico (vendedor que exalta as qualidades do produto). 
· O dolus malus - é aquele que gera ou poderá gerar a anulabilidade do negócio jurídico, é praticado com o objetivo de prejudicar alguém.
· Conclusão: o dolo apto a gerar a anulabilidade do negócio jurídico deve ser o malus e principal. O dolo acidental, quando muito, pode gerar o dever de indenizar por perdas e danos. 
· Dolo comissivo (ou positivo): qual seja, se compõe de um artifício astucioso que se revela por afirmações falsas a respeito da qualidade da coisa (art. 147 CC). 
· Dolo por omissão (ou negativo): também se compõe de manobras astuciosas que se revelam por ocultações sobre a qualidade de uma coisa, que uma vez conhecidas da outra parte impediriam que o negócio fosse concluído (Ex: o vendedor vende uma casa cheia de trincas e esconde, dolosamente, tal fato do comprador.) 
· Dolo de terceiro (art. 148 CC) - só acarreta a anulabilidade se a outra parte, beneficiada, o conhecia. Se não, cabe apenas pedido de perdas e danos contra o autor do dolo (art. 148 CC). 
· Dolo da parte e do representante (art. 149 CC) - O do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder até a importância do proveito que teve. Se for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos, por ter escolhido mal o mandatário.
· Dolo bilateral (art. 150 CC) - um dolo anula o outro. Se ambas as partes procedem com dolo, não há boa-fé a defender. Princ. basilar do Direito: “A ninguém é dado alegar a própria torpeza para dela tirar proveito”. 
Coação (art. 151 a 155 CC)
· Toda ameaça ou pressão exercida sobre um indivíduo para forçá-lo contra sua vontade a praticar um ato ou realizar um negócio.
· Espécies:
a) Absoluta - exercida mediante emprego de força física. Não ocorre qualquer manifestação de vontade e por isso o negócio jurídico é inexistente.
b) Relativa - moral neste caso o coator faz uma grave ameaça a vítima deixando uma opção ou praticar o ato exercido ou correr o risco de sofrer as consequências da ameaça que foi feita.
c) Da outra parte ou de terceiros - só acarreta anulação do negócio jurídico se a outra parte beneficiada a conhecia se não caberá apenas pedido de Perdas e Danos contra o autor da coação (art. 155 CC).
· Requisitos: 
· 
· Deve ser a causa determinante do negócio. 
· Deve ser grave, ou seja, incutir na vítima um fundado temor. 
· Deve ser injusta, contrária ao direito. 
· Deve ser de causar dano atual ou iminente. 
· Deve constituir ameaça de prejuízo a pessoa ou a bens da vítima, ou pessoas de sua família
Estado de perigo (art. 156 CC)
· Efeitos: o CC considera anulável o negócio realizado em estado de perigo, não será anulado, todavia se a obrigação assumida não for excessivamente onerosa, se for deverá o juiz para evitar o enriquecimento sem causa apenas reduzir a uma proporção razoável anulando o excesso, mas não todo o negócio.
Lesão (art. 157 CC)
· É o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de um contrato no momento de sua celebração determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes (ex: despejarem durante a noite).
· Espécies
· Usuário (real): quando a lei exige além da Necessidade ou inexperiência do lesionado o dolo de aproveitamento.
· Especial: quando a lei limita-se a exigência de obtenção de vantagem desproporcional sem indagação da má-fé da parte beneficiada. 
· Efeitos - Há uma ressalva, não se decretando anulação se for oferecido suplemento suficiente ou se a parte favorecida concordar com a redução de proveito (art. 157, §2º e 178, II CC).
Fraude contra credores (art. 158 a 165 CC)
· Configura-se quando devedor desfalca o seu patrimônio a ponto de se tornar insolvente com o intuito de prejudicar credores
· Hipóteses legais:
a) Transmissão onerosa: para anula-las os credores terão provar: 
· Eventus Damni: que é alienação reduziu o devedor à insolvência.
· Concilium fraudes: que é a má-fé do terceiro adquirente.
b) Transmissão gratuita: nesses não são necessários provar o Concílium fraudes, pois a lei presume fraude (art. 158 CC).
c) Quando o devedor já insolvente paga a credor quirografário dívida ainda não vencida (art. 162 CC). 
d) Quando o devedor já insolvente concede garantias de dividas a algum credor, colocando-o em posição mais vantajosa do que os demais (art. 163 C.C.).
· Ação Pauliana ou Revocatória - Tem natureza desconstitutiva pois anula a alienações ou concessões fraudulentas, determinando o retorno do bem ao patrimônio do devedor. 
· Fraude à execução - É incidente do processo civil, regulado pelo direito público, enquanto a fraude contra credores é regulada no direito civil. 
Simulação
· É um vício social com fraude contra credores é uma declaração enganosa da vontade visando aparentar negócio diverso do efeito efetivamente desejado com a finalidade de prejudicar terceiro. 
· Absoluto: é a parte não realizam nenhum negócio apenas fingem para criar uma aparência de realidade.
· Relativa: as partes procuram ocultar o negócio verdadeiro prejudicial à terceiro ou realizado em fraude à lei dando-lhe aparência de inversa compõe-se de dois negócios o simulado (ex. empréstimo) aparenta eu dissimulado (ex. divida de jogo) oculta, mas verdadeiramente desejado.
Das invalidades do negócio jurídico (art. 166 a 184 CC)
· A invalidade abrange a nulidade e a anulabilidade.
Nulidade absoluta (art. 166 e 170 CC)
· Ofende preceitos de ordem que interessam a sociedade; pode ser arguido a qualquer tempo por qualquer interessado ou pelo MP, sem prazo prescricional (art. 169 CC).
· Negócio nulo, “ex tunc”.
· Não pode ser sanada pela confirmação nem suprida pelo juiz.
· Deve ser pronunciada de oficio (“ex officio”) pelo juiz (art. 168 §único CC).
Nulidade relativa (art. 171 CC)
· Atinge interesse particular pessoa que o legislador pretendeu proteger,tem o prazo decadencial de 4 anos para ser arguida pelas partes (art. 178 CC).
· Negocio anulável, “ex nunc”.
· Pode ser suprida pelo juiz a requerimento das partes ou sanada pela confirmação (art. 168 § único e 172 CC).
· Não pode ser pronunciada de oficio.
Dos atos jurídicos lícitos e ilícitos (art. 185 a 188 CC)
Lícitos 
· São os atos humanos a que a lei defere os efeitos almejados pelo agente. Praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, produzem efeitos jurídicos voluntários, queridos pelo agente. 
· Os atos jurídicos lícitos dividem-se em: ato jurídico em sentido estrito e negócio jurídico.
Ilícito 
· É praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem. Tal dever imposto a todos nos artigos 186 e 927 CC. Também o comete aquele que pratica abuso do direito (art. 187 CC).
Responsabilidade 
· Penal: o agente infringe uma norma penal de direito público. É pessoal, responde o réu com a sua privação de liberdade.
· Civil: o interesse diretamente ligado é interesse privado. É patrimônio do devedor que responde por suas obrigações. 
· Contratual: o rendimento contratual acarreta a responsabilidade de indenizar as perdas e danos. O inadimplemento se presume culposo.
· Extracontratual: quando responsabilidade deriva da infração ao dever legal previsto no art. 927 CC que ela é extracontratual ou aquiliana. A culpa deve ser provada.
· Obs.: nas duas responsabilidades a consequência é a mesma obrigação de ressarcir o prejuízo causado.
Pressuposto de responsabilidade extracontratual 
· Ação ou omissão: ato próprio; ato terceiro; fato de coisa ou do animal.
· Culpa: dolo, culpa (imprudência; negligência e imperícia).
· Relação de causalidade: é o nexo causal entre a ação ou omissão do agente e o dano verificado. Vem Expresso no verbo “causar” empregado no artigo 186. Sem ela não existe obrigação de indenizar. 
· Dano: é o pressuposto inafastável, sem o qual ninguém pode ser responsabilizado civilmente pode ser patrimonial chamado de material ou extrapatrimonial.
Responsabilidade
· Subjetiva: a responsabilidade de quando se está na ideia de culpa. A prova da culpa passa a ser pressuposto necessário do dano de indenizar.
· Objetiva: se funda na ideia de risco. Prescinde da culpa e se satisfaz apenas com o dano ou nexo de causalidade.
· Obs.: no código civil filiou-se Como regra a teoria subjetiva sem prejuízo de adoção da responsabilidade objetiva em vários dispositivos esparsos (art. 927 § único e 933 CC).
Prescrição e da decadência (art. 189 a 211 CC)
Prescrição (art. 189 a 206 CC)
· Perda do direito de agir.
· Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes (art. 192 CC).
· Dois são os requisitos para a validade da renúncia da prescrição: 
· Que esta já esteja consumada; 
· Que não prejudique terceiro (art. 191 CC).
· A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita (art. 193 CC) devendo ser declarada de oficio pelo juiz (CPC, art. 219, §5º CC).
· Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes que derem causa à prescrição ou não a alegarem oportunamente (art. 195 CC). 
· A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. 
· Causas que impedem ou suspendem a prescrição (Art. 197 a 200 CC).
· Causas que interrompem a prescrição (Art. 202 CC) - Ressalte-se que outras causas de interrupção da prescrição são previstas em leis especiais.
Espécies de prescrição 
· Aquisitiva (usucapião).
· Extintiva - é extinção da pretensão e por via de consequência do direito de ação em razão do decurso de tempo pelo fato de o titular não ter exercido nos prazos que a lei estabelece. 
Requisitos:
· Violação do direito. 
· Inércia do titular do direito.
· Decurso do tempo estabelecido em lei. 
Pretensões Imprescritíveis 
· Os direitos da personalidade; 
· Diretos quanto ao estado das pessoas; 
· Direitos cujo exercício é facultativo; 
· Bens públicos; 
· Direitos de propriedade; 
· Direito de reaver bens confiados à guarda de outrem; 
· Direito de anular inscrição de nome empresarial (art. 1.967 C.C.). 
Decadência (art. 207 a 211 CC)
· É a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período determinado em lei.
· Decadência legal: deve o juiz conhece-la de oficio (art. 210 CC). 
· Decadência convencional: a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação (art. 211 CC). 
· São prescricionais somente os prazos determinados nos art. 205 e 206 CC, sendo decadenciais todos os demais estabelecidos como complemento de cada artigo que rege a matéria. 
· Institutos afins:
· Preclusão – é de ordem processual. Consiste na perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio. 
· Perempção – Também é de natureza processual. Consiste na perda do direito de ação pelo autor contumaz, que deu causa a três arquivamentos sucessivos (CPC, art. 486, par. ún.). Não extingue o direito material nem a pretensão, que passam a ser oponíveis somente como defesa. 
Prova (Art. 212 a 232 CC, art. 442 do NCPC)
· O Art. 212, CC trás em seus incisos os meios de prova. Trata-se de um rol exemplificativo, visto que além dos meios especificados, ainda tem-se a possibilidade de existência de outros meios também citados pelo legislador em outros dispositivos, como a reprodução fotográfica ou cinematográfica, a reprodução mecânica ou eletrônica. (art. 225, CC).
a) Confissão – ato espontâneo ou não pelo qual a parte admite a verdade do fato contrário a seus interesses e favorável aos interesses do adversário. Pode ocorrer judicial ou extrajudicialmente. A confissão poderá ocorrer pela parte (confitente) ou por seu mandatário, desde que este tenha poderes especiais. Caso a confissão seja decorrente de vícios, como erro ou coação, poderá ser invalidada.
b) Documento – É tratado pela lei com especial atenção, pois considerou que o documento firmado deve possuir presunção relativa no tocante a seu teor (art. 219, CC). O documento pode ser público ou particular, sendo aquele praticado por agente público no exercício de suas funções (art. 215 a 218, CC) e dotado de fé pública. O particular, por sua vez, tem a veracidade das informações certificadas pela assinatura, mas não produz efeitos perante terceiros antes do registro público. 
c) Testemunha – A prova testemunhal é obtida por meio da inquirição da testemunha, dando esta o depoimento sobre algo que presenciou ou que, não presenciou mas ouviu.
· Pessoa com deficiência (Art. 228, § 2º CC).
· Impedidos (art. 228, I, IV e V e 447 do CC). 
· É admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, (art. 444 do NCPC).
· Desobrigados (art. 229 do CC)
d) Presunção – um dos meios de prova do negócio jurídico é a presunção. Verifica-se a presunção quando se retira de um fato conhecido elementos que demonstrem um fato desconhecido. A presunção pode ser “juris et de jure" (ou absoluta) ou “juris tantum" (ou relativa). Nesta temos regra de inversão de ônus da prova e naquela o fato se tona incontroverso.
e) Perícia – Ocorre por meio de um técnico quando o fato não pode ser comprovado por meio de testemunha comum.
· O legislador retirou a obrigatoriedade do indivíduo de se submeter a perícia, mas permitiu que o julgador, com base nos demais meios probatórios, julgue de forma desfavorável àquele que recusou (Art. 231 CC).

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes