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TDAH (TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE) Linha do Tempo TDAH definição segundo o V DSM (2013): · Quadro persistente de mais de 06 meses de duração com um mínimo de 06 (05 se adulto) sintomas de cada categoria de: · Falta de atenção; · Hiperatividade-impulsividade, inapropriada para a idade, que iniciou antes dos 07 (12) anos, que se apresenta em 02 ou mais contextos e que altera o funcionamento social, acadêmico e laboral apropriado durante o desenvolvimento; · O diagnóstico se baseia unicamente na observação e avaliação clínica. Lista dos sintomas de desatenção: · Não presta atenção aos detalhes ou comete erros por descuido. · Apresenta dificuldade em manter a atenção. · Parecem não ouvir quando lhe dirigem a palavra. · Não seguem instruções e não termina os deveres escolares, tarefas rotineiras ou de trabalho. · Apresenta dificuldades com organização. · Evita ou reluta em dedicar-se a tarefas que exijam esforço mental constante. · Perde coisas necessárias para as tarefas e atividades. · Distrai-se facilmente com estímulos externos. · Esquece as atividades diárias. Obs: O sintoma deve ocorrer frequentemente. Lista dos sintomas de hiperatividade/impulsividade: · É inquieto com as mãos, pés ou se remexe na cadeira. · Levanta-se da cadeira em sala de aula ou em outras situações em que se esperaria que ficasse sentado. · Corre ou pula excessivamente em situações inapropriadas (em adolescentes limita-se a uma sensação subjetiva de inquietude). · É barulhento nos jogos ou atividades de lazer. · Está ‘a mil por hora’ ou age como se fosse movido por um motor. · Fala em excesso. · Responde às perguntas antes de elas terem sido terminadas. · Tem dificuldade em aguardar a sua vez. · Interrompe ou se intromete nos assuntos dos adultos. Obs: O sintoma deve ocorrer frequentemente. TDAH · A maioria dos diagnósticos não é adequado. · Constitui cerca de 40% de todos os encaminhamentos para clínicas de orientação infantil. · Transtorno neurológico do desenvolvimento de maior prevalência: 5 a 10% das crianças (com uma relação H/M = 3/1). · Prevalecem na vida adulta em 65% dos casos, o que dá uma prevalência de 3 a 5%. Anotações durante a aula: Apresentações (subtipos) de TDAH: 1. Predomínio de desatenção. 2. Predomínio de hiperatividade/impulsividade. 3. Combinado (os dois tipos). Obs: Pode ser classificada em leve, moderada e grave (V DSM). Anotações durante a aula: Fatores de resiliência (o que diminui a chance de ter TDAH): · Ausência de dificuldade de aprendizagem. · Ausência de transtorno de conduta/agressividade. · Ausência de comportamento criminoso dos pais. Fisiopatologia · A falta de dopamina e noradrenalina é causa ou consequência? (consequência de problemas familiares, nutricionais, gestacionais...). · Desequilíbrio neuroquímico cerebral provocado por produção insuficiente de neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) em certas regiões do cérebro (sistema reticular ascendente, frontal e sistema límbico) que são responsáveis pelo estado de vigília, atenção e pelo controle das emoções. Isto acarreta alterações do sono, comportamentos agressivos, impulsivos, depressivos e os distúrbios da atenção que podem estar associados ao quadro de hiperatividade. · Há uma diminuição da função do córtex pré-frontal (CPF) com modificação do circuito que o liga ao estriado e ao cerebelo. Há diminuição também dos neurotransmissores noradrenalina e dopamina. Anotações durante a aula: Transtornos concomitantes: · Transtorno de aprendizagem: 10% em meninas e 25% em meninos. · Transtorno de oposição desafiante (TOD) problema com hierarquia em 60% dos casos. · Transtorno de conduto em 15% dos casos. · Transtorno de ânimo e ansiedade em 25% dos casos. Comorbidades: · Extremamente comum em indivíduos com TDAH e deve ser ativamente checada durante a fase diagnóstica. A associação de TDAH com outras condições clínicas encontra-se entre 30 e 50% dos casos. Etiologia: · Fatores genético-familiares: estudos de história familiar, de gêmeos e de adoção. · Adversidade ambiental (biológica): complicações na gravidez e parto. · 50% dos pais com TDA têm uma criança com TDA. · 10 a 35% das crianças com TDAH têm um familiar com TDAH. · Alelo 480 bp do gen para o transportador da dopamina (DAT) e o alelo da repetição 7 do gen D4 para o receptor da dopamina. Obs: o comportamento influencia muito mais que a genética. Anotações durante a aula: Genética: · Alterações nos genes transportador (DAT) e receptor de dopamina (DRD4) estão frequentemente implicadas na susceptibilidade ao TDAH, embora resultados negativos também sejam relatados, sugerindo ser o TDAH condição heterogênea de etiologia multifatorial genética e não-genética. Obs: Há mais pais hiper-passivos que filhos hiperativos. Epigenética: · Vincula fatores ambientais controláveis com a modulação da expressão gênica. · A metilação do DNA se correlaciona com a inativação gênica. · Fatores que afetam a metilação: dieta, medicamentos, substâncias químicas e hormônios. Causas ambientais: · Fatores sociais e culturais: · Tensão crônica na etapa neonatal. · Violência, stress crônico, sobrecarga de atividades. · Toxinas ambientais: · 80.000 substâncias químicas no mercado. · 632 são liberadas (1%), sendo que 296 (quase 50%) são neurotoxinas. · Um só composto pode afetar múltiplos sistemas. · 5 classes principais: metais pesados, dioxinas, pesticidas, solventes e nicotina. · Campos eletromagnéticos. Anotações durante a aula: Causa: · Multifatorial; · Sistemática (família); · Contextual (social e cultural). Diagnóstico: · TDAH é um diagnóstico clínico; testes neuropsicológicos são úteis para avaliar déficits específicos. · Não existem dados suficientes que indiquem a utilidade de exames de neuroimagem como ferramentas clínicas, embora sejam promissores. · O teste atencional mais utilizado, o Continuous Performance Test (CPT), foi desenvolvido, a princípio, para identificação de déficits atencionais em traumatismos craniencefálicos. · A desatenção deve ser sempre considerada como um sintoma inespecífico e nunca como sinônimo de TDAH. Anotações durante a aula: Tratamento alopático: · Metilfenidato (Ritalina): 5, 10, 20mg · Supressão da estatura 1cm/ano e do peso 1,25kg/ano; insônia, cefaleia, irritabilidade, alucinações, psicose, convulsões. · Advertência: arritmias, aneurisma cerebral... · Atomoxetina; · Antidepressivos tricíclicos; · Bupropiona. Fitoterapia: · Melatonina · Camomila · Valeriana · Hipérico · Gingko Aromaterapia: · Lavanda – calmante e sonífero. Melhora cálculos matemáticos. · Alecrim – desânimo e estimular a memória. · Melhoram o ambiente familiar. Nutrição: · Oito categorias de risco: · Alergia, sensibilidade a alimentos e aditivos · Metais pesados e outras toxinas ambientais · Dietas ricas em carboidratos · Desequilíbrios minerais · Deficiência de ácidos graxos essenciais · Deficiências de aminoácidos · Deficiências de vitamina B · Transtornos da tireoide Evitar substâncias alergênicas: · Trabalhos com corantes (vermelho, amarelo–tartrazina) e saborizantes. · Trabalhos negando com doses de 1,6 a 26mg, comparado com a dose da dieta média da FDA que era de 59 a 300. · Principalmente crianças entre 3 e 6 anos. Metais pesados, toxinas ambientais: · Mercúrio, chumbo; · Dioxinas, PCB (policlorobifenilos); · Pesticidas; Carboidratos refinados: · Aumenta a serotonina sonolência · Hipoglicemia reativa com liberação de catecolaminas inquietude e ansiedade. · Testes de provocação: aumenta a agressividade e inquietação nos que têm TDAH e aumenta os movimentos totais nos que não têm. Desequilíbrios minerais: · Ferro – estado de alerta e atenção. · Zinco · Metabolismo da melatonina (que ajuda a regular a dopamina); · Metabolismo da vitamina B6 e de ácidos graxos; · Concentra no hipocampo (metalotioneína); · Magnésio · Hipomagnesemia eritrocítica em 50% TDAH · Reposição melhora 75% da conduta (escala de Conners) Deficiência de ácidos graxos: · 60% peso do cérebro; · Decisivos na mielinização de zonas críticas do desenvolvimentorelacionadas com as funções superiores e sua capacidade de regulação, como o circuito pré-frontal que se completa na adolescência. · É indicado consumo maior de ômega 3. Deficiência de vitamina (do complexo) B: · Suplementação com B1, B6, B9 e C, com acréscimo adicional de B3, B5 e B12 e aminoácidos com melhoria significativa. · Comparativo com Metilfenidato, com resultados similares. Distúrbios da tireoide: Deficiência de iodo estudos em andamento. Anotações durante a aula: Exercício: · Melhora fisicamente o organismo e promove relaxamento mental e fisiológico. · Melhora o estado de ânimo. · Melhora a coordenação psicomotora (déficit relativo de 52% em TDAH). Espiritualidade: · Ambiente de confiança e amor. · Aprendem com exemplo mais que com palavras. · Sentir admiração e apoio dos pais. Técnicas mente-corpo: · Meditação: grupo e com yoga; · Imagens dirigidas; · Hipnose; · Biofeedback: EEG – ondas cerebrais Técnicas biomecânicas: · Massagem terapêutica Maior atividade vagal contribui para o estado de alerta e relaxamento. · Manipulação osteopática crânio-sacral (RN); · Integração sensorial (hipoterapia, musicoterapia, hidroterapia). Bioenergética: · Homeopatia: · Três trabalhos bem desenhados · Hyosciamus, Stramonium, Lycopodium · Yoga, Tai Chi, Qi gong: · Ritmo da respiração conecta mente e corpo, modula a neuroquímica, ativa o tônus parassimpático. · Gestantes têm menos parto prematuro. · MTC, Acupuntura: Dieta, fitoterapia e laser. Tratamento: · A atenção às pessoas com TDAH verdadeiramente requer um tratamento centrado na família.Anotações durante a aula: Intoxicações: · Maior parte das intoxicações no Brasil são medicamentosas. · Em crianças: 35% das intoxicações são de correntes de uso inadequado de medicamentos.Anotações durante a aula:
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