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Percepções Paula - BM - Aula 3

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Bruno Mota - Vº semestre (2020.2)
2
 UNIFACS – UNIVERSIDADE SALVADOR
Curso: Medicina
Disciplina: Cérebro e Comportamento
Data: 09/09/2020PERCEPÇÕES
PRINCIPAIS CONCEITOS DA NEUROCIÊNCIA – Resumo do Roberto Lent
Processos Perceptivos:
PERCEPÇÃO: “Capacidade de associar as informações sensoriais à memória e à cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos de modo a orientar nosso comportamento.” Nós processamos diversos estímulos inconscientemente.
· Percepção é a tradução da sensação. Esse possui receptores e há a transdução para o SNC gerando a percepção.
· Limiar absoluto e limiar neural: Intensidade mínima para produzir sensação em 50% das vezes. Permite sentir apenas o que podemos suportar e o que é útil para nossa espécie; esforço de atenção: baixa o limiar; distração e fadiga aumenta o limiar. 
Percepção: 
· inata x adquirida (aprendida). A maioria das habilidades básicas de percepção nos RN encontram-se desenvolvidas; a visão é a que demora mais. Reação positiva quando coloca a mesma música durante a gravidez e depois de nascido.
· RN tem acuidade auditiva, ouvem quase tão bem quanto adultos, dificuldade maior com os tons agudos. 
· Os RN têm capacidade de perceber a localização dos sons: Percebem a direção geral; viram a cabeça na direção certa; Se aprimora ao longo dos meses; e aos 18 meses se assemelha ao adulto. Em relação ao paladar, os RN respondem diferentemente aos quatro sabores básicos (doce, salgado, azedo e amargo) e com uma semana já são capazes de perceber cheiros. 
· Acuidade visual depende da mielinização, desenvolvimento dendrítico e cerebral (poda) e se completa no final do 1 ano de vida. As crianças cegas desenvolvem outras sensações como olfato e audição.
PERCEPÇÃO DA FORMA
· Os distraidores não dificultam o processo de identificação (se só tiver uma letra azul no meio de tantas outras verdes, não importa quantas verdes tiverem), mas, quanto maior a semelhança entre distraidores e estímulo alvo maior a dificuldade para a identificação. Enquanto que quanto maior o conhecimento prévio, melhor a identificação. 
Processos cooperativos possuem duas vias, mas que agem juntas, pois são dois aspectos de uma mesma operação cerebral:
1) Via dorsal – identifica ONDE, relacionado à localização espacial dos objetos. A informação passa do occipital para o lobo parietal. (na figura V5)
2) Via ventral – identifica O QUE. A informação parte do Lobo occipital para os lobos temporais. (na figura V4)
· Os hemisférios cerebrais identificam coisas diferentes e algumas coisas são identificadas nos dois, como as faces.Anotações durante a aula:
Exemplos:
1. Cromoagnosia: deficiência da associação de cores com objetos. Área 18 do lado direito
1. Agnosia visuo-espacial: Visão estereoscópica. Comprometimento das áreas 18, 37 direitas
1. Agnosia do movimento: Distinção do movimento de um objeto comprometida. Lesão da área médio temporal bilateral.
· A percepção da forma é uma característica dos animais mais desenvolvidos filogeneticamente (ex. anfíbios não identificam), depende de um amadurecimento cortical, se desenvolve em uma idade precoce. O campo de receptor faz com haja uma inibição lateral da imagem, dando uma ideia de contorno, já que o que está na periferia do foco não é bem capitado (vele lembrar que o que é inibido também é informação). O córtex visual primário (V1) está relacionado à ambas as vias, dorsal e ventral, tendo importante papel na percepção da forma.
Para percebermos a forma, dependemos de dois princípios: 
1) separá-los do demais objetos do fundo;
2) mantê-los percentualmente constantes = ter a informação prévia de como é esse objeto em forma, estrutura, etc.
A TEORIA DA GESTALT diz que o todo é mais do que a soma das partes, é a associação entre as formas. E que a percepção envolve diversas funções psicológicas. Essa teoria tem vários princípios:
1. Simplicidade, lei da boa forma ou lei de Pragnanz: Os objetos são vistos de uma maneira que faz parecer tão simples quanto possível
1. Figura e fundo: algumas coisas se destacam e outros surgem gradualmente no plano de fundo. Sendo a figura um grupo integrado de contornos.
1. Agrupamento: organização da figura de forma significativa. Pode ocorrer simultaneamente, bem como induzir a erros.
Proximidade: agrupamos figuras próximas
Semelhança: agrupamos figuras similares
Continuidade: percebemos padrões regulares e contínuos
Fechamento / clausura: preenchimento das falhas para a criação de objetos
**Achei esse artigo que fala sobre isso, explicando cada um acima: https://webartebravagente.files.wordpress.com/2010/02/aula-2-lei-da-gestalt-e-a-psicologia-das-formas-e-cores.pdf
CONSTÂNCIA PERCEPTIVA: percebe um objeto como inalterado, embora mudem os estímulos que dele recebemos; apesar das modificações ocorridas no estímulo visual em nossas rotinas, nossa percepção do objeto permaneceu constante; nos permite perceber os objetos e nossos semelhantes de maneira razoavelmente constante. Cor, forma, tamanho (depende da distância) e localização.
Quanto maior o contato com o estímulo que você está tentando identificar, mais fácil fica de identificar – constância.Anotações durante a aula:
TEORIAS DA PERCEPÇÃO
1. Teoria de Marr: Tenta identificar qual o esboço primitivo naquela imagem que estamos vendo. Imagem-> esboço primitivo -> esboço 2D e meio -> modelo 3D.Anotações durante a aula:
1. Teoria de biederman: Identifica os esboços primitivos; conjunto de geones que a união deles formamos objetos.
PERCEPÇÃO DAS CORES
Detectamos aproximadamente 1 milhão de cores diferentes. Trata se de uma interpretação psicológica, não uma propriedade física da luz, depende da inter-relação entre suas propriedades.
1. Matiz: determinada pelo comportamento de uma onda de luz; 
1. Saturação: Pureza da tonalidade;
1. Luminosidade: Relacionado com a amplitude da onda (intensidade);
TEORIA TRICOMATA 
3 tipos de receptores (cones): mais sensível a luz azul (ondas curtas), tons de verde (ondas médias) e vermelho (ondas longas).
Daltonismo (cegueira para cores) 
TRICROMATAS: Proporções anormais dos três tipos de cones:
1. Deficiência no clorolábio – mais frequente (verde)
1. Deficiência no eritrolábio – poucos casos (vermelho)
1. Deficiência no cianolábio – casos raros (azul)
DICROMATAS
MONOCROMATAS OU ACROMATAS
1. Teste de Ishiara – bolinhas com cores verde vermelho e laranja com letras
Enxergar a letra U a visão está normal. Caso veja a letra G há uma deficiência para percepção das cores Vermelha e Verde.
Teoria dos processos oponentes
As células são organizadas em pares de cores oponentes; a excitação de um elemento inibe o outro. Produzem tons de cinza quando misturadas. Por exemplo vermelho-verde; azul-amarelo; preto-branco.
Percepção de profundidade: todos os sentidos estão envolvidos na percepção de espaço; percepção é uma representação muito mais acurada do estímulo distal (estimulo físico) do que poderíamos esperar com base apenas na estimulação proximal (luz que chega na retina).
As imagens são projetas na retina que é bidimensional e o cérebro capta tridimensional.
1. Deixas binoculares: 
i. disparidade binocular (visão estereoscópica);
ii. Útil para objetos próximos.
1. Deixas monoculares ou pictóricos: 
i. feito com um olho só;
ii. Utilizados quando se deseja criar a percepção de espaço em fotografias, desenhos e pinturas
Indícios monoculares: são fatores que alteram o tamanho de um objeto na imagem; tamanho relativo entre dois objetos; perspectiva linear: convergência e distancia; gradiente de textura, densidade: nitidez; oclusão; tamanho familiar; movimento relativo: proximidade e rapidez (informação cinética)
DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO VISUAL
1. Bebês de 4 meses: informações binoculares; 5 meses associam informações monoculares;
1. Bebes com horas de vida: preferem olhar para o rosto da mãe; antes dos dois meses: olham para os limites do rosto – queixo e cabelo- autistas não olham para os olhos; entre dois e três meses: começam a sair da fase autista / começam a focar as característicasinternas dos rostos (olhos).
DIREÇÃO DO OLHAR DO BEBÊ
1. Até 2 meses: – Presença de objetos – Movimento – Contraste claro/escuro;
1. Entre 2 e 3 meses: – Tipo de objeto (identificação) – Percebem detalhes.
PERCEPÇÃO DA DISTÂNCIA: O tamanho da imagem retinal de um objeto depende da distância do objeto relativa ao observador: quanto mais distante estiver, menor a imagem retinal” (GAZZANIGA, 2005, P.168).
Ilusões de ótica: percepção incorreta do estímulo distal;
PERCEPÇÃO DO MOVIMENTO: Existência de neurônios especializados, sensíveis ao movimento; 
• Efeitos secundários do movimento: quando olhamos para uma imagem em movimento por um período prolongado e depois para uma cena estacionária (efeito cascata);
• Fatores compensatórios: como saber se são seus olhos ou o objeto que estão se movendo? (Monitoração do movimento dos olhos, cabeça e retina ao seguir um objeto; efeito da estrutura de referência);
Um caso de agnosia para o movimento:
Uma paciente com campos visuais intactos perdeu toda a percepção de movimento e não conseguia distinguir entre objetos estacionários e em movimento. A desordem visual de que a doente se queixava era uma perda da visão do movimento em todas as três dimensões. Ela tinha dificuldade, por exemplo, em deitar chá ou café para uma chávena porque o líquido parecia congelado. Para além disso, não conseguia parar de servir na altura exata porque não percebia o movimento de subida do líquido na taça. Tinha também dificuldades em seguir um diálogo porque não conseguia ver os movimentos da face e, especialmente, da boca do emissor. Numa sala onde mais de duas pessoas estivessem a andar, sentia-se insegura e desconfortável, e normalmente saía imediatamente da sala, porque “as pessoas estavam subitamente aqui ou ali, mas eu não as vi deslocarem-se”. 
A doente experimentava o mesmo problema, mas numa dimensão ainda maior em ruas ou locais movimentados, que evitava o mais possível. Não conseguia atravessar a rua devido à sua incapacidade de calcular a velocidade de um carro, mas conseguia identificar o carro sem qualquer dificuldade. “Quando estou a olhar para o carro ao princípio, ele parece estar longe. Mas quando quero atravessar a rua de repente o carro está muito próximo”. Ela gradualmente aprendeu a “estimar” a distância de veículos em movimento através do aumento do som.Anotações durante a aula:

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