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Outros Pioneiros na História da Psicologia

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História da Psicologia – Professora Rosana Bustamante
Outros Pioneiros Europeus
Pioneiros Europeus da Psicologia
· Hermann Ebbinghaus (1850-1909) 
· Franz Brentano (1838-1917) 
· Georg Elias Müller (1850-1934) 
· Carl Stumpf (1848-1936) 
· Oswald Külpe (1862-1915) e a Escola de Würzburg 
Considerações Iniciais Sobre os Outros Pioneiros
· Tinham pontos de vista distintos entre si
· Todos estavam voltados para fazer avançar a psicologia como ciência
· Seus esforços, ao lado dos de Wundt, fizeram da Alemanha o centro indiscutível do movimento
· As ideias da Inglaterra iriam influenciar o progresso da psicologia nos Estados Unidos, muito mais do que a obra de Wundt 
· Pouco depois de ser fundada por Wundt, a psicologia se dividiu em facções.
HERMANN EBBINGHAUS (1850-1909)
· Wundt havia afirmado não ser possível fazer experimentos com os processos mentais superiores
· Ebbinghaus, um psicólogo então desconhecido, trabalhando sozinho e longe de qualquer centro de psicologia, começou a fazer bem-sucedidos experimentos com esses processos
· Tornou-se o primeiro psicólogo a pesquisar experimentalmente a aprendizagem e a memória.
· Opôs-se a Wundt e modificou a maneira pela qual a associação ou a aprendizagem podiam ser examinadas – o desenvolvimento das associações e não como já formadas 
· Nascido perto de Bonn, Alemanha, em 1850
· Fez seus estudos universitários primeiro na Universidade de Bonn e, mais tarde, nas de Halle e de Berlim.
· Seus interesses passaram da história e da literatura para a filosofia, na qual se graduou em 1873
· Permaneceu sete anos como aluno independente na Inglaterra e na França, inclinando-se desta vez para a ciência.
· Por volta de 1876 - Elements of Psychophysis (Elementos de Psicofísica) de Fechner o influenciou de modo profundo.
· Resolveu fazer pelo estudo da memória o que Fechner tinha feito pela psicofísica, usando medidas rígidas e sistemáticas
Métodos e Estudos
· Realizou sozinho, por um período de cinco anos, uma série de estudos cuidadosamente controlado e minuciosos, usando a si mesmo como sujeito
· Adaptou uma técnica dos associacionista que destacava o princípio da frequência de associações como condição da recordação. 
· Raciocinou que a dificuldade do material de aprendizagem poderia ser medida pela contagem do número de repetições necessárias para que se conseguisse uma perfeita reprodução material 
· Usava listas de sílabas semelhantes mas não idênticas como material a ser aprendido e repetia a tarefa frequentemente para ter certeza da precisão dos resultados 
· Assim, podia cancelar erros variáveis de tentativa para tentativa e tirar a média 
Material a Ser Aprendido - sílabas sem sentido
· Uniformemente não associado, completamente homogêneo e igualmente desconhecido, com bem poucas associações passadas 
· Reconheceu dificuldades inerente ao uso da prosa ou da poesia como materiais de estímulo 
· Os significados ou associações já estão associados às palavras por aqueles que conhecem a língua 
· Podem facilitar a aprendizagem do material e, como já estão presentes quando o experimento é feito, não podem ser controladas pelo pesquisador 
· Em geral formadas por duas consoantes com uma vogal no meio (como lef, bok ou /aí) 
Correções
· Gundlach, 1986 - descobriu que as sílabas não eram necessariamente sem sentido, nem se limitavam a três letras 
· Revelou que algumas de suas sílabas tinham quatro, cinco ou seis letras. 
· O que Ebbinghaus denominou "série sem sentido de sílabas" foi traduzido incorretamente para o inglês como uma "série de sílabas sem sentido". 
· Não eram as sílabas individuais que não deviam ter sentido (embora muitas delas não tivessem), mas toda a série de sílabas. 
· Ou seja, a própria lista de sílabas foi construída para não ter sentido nem interconexões 
Alguns Experimentos
· Planejou alguns experimentos usando sua série sem sentido de sílabas para determinar a influência de várias condições sobre a aprendizagem e a retenção 
· Investigou a diferença entre sua velocidade de memorizar as listas de sílabas e sua velocidade de memorizar materiais mais significativos 
· Concluiu que o material sem sentido ou desprovido de associações apresenta uma dificuldade nove vezes maior de aprendizagem do que o material significativo 
· Estudou o efeito da extensão do material a ser aprendido sobre o rum repetições necessário para uma perfeita reprodução 
· Concluiu que o material mais extenso requer mais repetições e, em consequência, mais tempo de aprendizagem 
· Descobriu que o tempo médio necessário à memorização de uma sílaba aumentava quando era aumentado o número de sílabas a serem aprendidas 
· Importância: cuidadoso controle das condições experimentais, a análise quantitativa dados e a descoberta de que tanto o tempo total de aprendizagem como o tempo por si aumentam com listas mais extensas de sílabas 
Outras Variáveis no Estudo da Aprendizagem e Memória
· Ultra-aprendizagem 
· Repetição das listas mais vezes do que o necessário para uma perfeita reprodução 
· As associações próximas e remotas dentro próprias listas 
· A aprendizagem repetida ou recapitulação 
· A influência do tempo entre aprendizagem e a recordação 
· Curva de esquecimento de Ebbinghaus - demonstra que o material é esquecido bem rapidamente nas primeiras horas depois da aprendizagem e com mais lentidão daí por diante 
Outras Contribuições
· Em 1880 foi nomeado para um cargo acadêmico na Universidade de Berlim – deu continuidade às pesquisas, reproduzindo e verificando seus estudos anteriores 
· Publicou Über das GedSchtnis (Sobre a Memória) em 1885 que representa o que talvez seja a mais brilhante pesquisa individual da história da psicologia experimental 
· Fundou laboratório e, em 1890, fundou uma revista com o físico Arthur Kõnig, a Zeitschrífi Psychologie and Physiologie der Simesorgane (Revista de Psicologia e Fisiologia dos Órgãos dos Sentidos) 
· Fizeram uma audaciosa defesa das duas disciplinas incluídas no título: a psicologia e a fisiologia 
· Em 1897, desenvolveu um teste de completar sentenças, provavelmene o primeiro teste bem-sucedido dos processos mentais superiores. 
· Em 1902, Ebbinghaus publicou um manual geral altamente bem-sucedido, Die Gruiicge der Psychologie (Princípios de Psicologia), dedicado à memória de Fechner 
Conclusões
· Ebbinghaus não fez contribuições teóricas à psicologia 
· Não criou um sistema formal nem teve discípulos importantes para a psicologia 
· Não fundou uma escola nem parece tê-lo desejado 
· Tem grande importância não somente para o estudo da aprendizagem e da memória como também para a psicologia experimental como um todo 
Uma medida do valor histórico geral de um cientista é o quanto sua posição e suas conclusões resistem ao teste do tempo.
· Pode-se sugerir que Ebbinghaus é mais importante do que Wundt: suas pesquisas conferiram objetividade, quantificação e experimentação ao estudo da aprendizagem
· A ele deve-se o fato de o trabalho sobre o conceito de associação ter abandonado a especulação acerca dos seus atributos e passado à investigação científica formal
· Muitas de suas conclusões sobre a natureza da aprendizagem e da memória permanecem válidas um século depois de ele as ter publicado
GEORG ELIAS MÜLLER (1850-1934)
· Fisiologista e filósofo por formação, tinha um forte interesse pela psicologia, que manifestou numa carreira de quarenta anos na Universidade de Gõttingen, Alemanha
· Seu bem equipado laboratório rivalizou com o de Wundt em Leipzig, atraindo muitos alunos da Europa e dos Estados Unidos 
· Fez um trabalho considerável acerca da visão cromática, tendo criticado amplamente, bem como reformulado, o trabalho de Fechner no campo da psicofísica 
· Suas pesquisas verificaram e ampliaram muitas das descobertas de Ebbinghaus 
· A abordagem deste último fora estritamente objetiva 
· Müller acreditava que a abordagem de Ebbinghaus tendia a fazer o processo de aprendizagem parecer demasiado mecânico ou automático 
· Achava que a mente tinha um envolvimento mais ativo no processo 
· Os resultados queobteve confirmaram que a aprendizagem não se produz mecanicamente 
· Seus sujeitos tinham um envolvimento ativo no agrupamento e na organização conscientes do material, e até encontraram significados nas listas de sílabas sem sentido.
· Sugeriu que um conjunto de fenômenos mentais, tais como prontidão, hesitação e dúvida (as chamadas atitudes conscientes), tem influência decisiva sobre a aprendizagem 
Teoria do Esquecimento por Interferência
· Primeiro a propor e a demonstrar no laboratório 
· O esquecimento era menos uma função da decadência da memória ao longo do tempo do que da interferência de novos dados na recordação de material aprendido antes
Tambor de Memória
· Um tambor giratório que permite a apresentação uniforme do material a ser aprendido
· É significativo por ter aumentado a precisão e objetividade da pesquisa sobre aprendizagem e memória 
FRANZ BRENTANO (1838-1917)
· Aos dezesseis anos de idade, Franz Brentano iniciou sua formação para o sacerdócio estudando nas universidades de Berlim, de Munique e de Tübingen, na Alemanha
· Graduou-se em filosofia em Tübingen no ano de 1864
· Ordenado no mesmo ano
· Dois anos mais tarde começou a ensinar filosofia na Universidade de Würzburg e a escrever e dar palestras sobre Aristóteles.
· Em 1870, o Concilio Vaticano, reunido em Roma, aceitou a doutrina da infalibilidade papal, algo com que Brentano não podia concordar
· Pediu demissão do cargo professor, para o qual fora nomeado na qualidade de padre, e deixou a Igreja
· Representou pouca, mas importante influência na psicologia e na filosofia 
Psicologia do Ponto de Vista Empírico – 1874
· Constituía uma oposição direta à concepção wundtiana, comprovando a dissidência já evidente na psicologia
· Foi nomeado professor de filosofia da Universidade Viena, Áustria, onde permaneceu por vinte anos
· Alunos que alcançaram destaque na história: Carl Stumpf, Christian von Ehrenfels, Sigmund Freud, e Edmund Husserl.
· Precursor intelectual psicologia gestaltista e da psicologia humanista
· Enquanto a psicologia de Wundt era experimental, a sua era empírica: o principal método da psicologia seria a observação e não a experimentação 
· Se opôs à ideia wundtiana fundamental de que a psicologia deveria estudar o conteúdo da experiência consciente
· Afirmou que o objeto de estudo próprio da psicologia é a atividade mental — o ato mental de ver, por exemplo, em vez do conteúdo mental daquilo que é visto
· A psicologia do ato contrariava a visão Wundt de que os processos mentais envolvem conteúdos
· Alegou que é preciso estabelecer uma distinção entre a experiência como estrutura e como atividade
· Por exemplo, o conteúdo sensorial do vermelho é distinto da atividade de perceber o vermelho. Para Brentano, o ato experiência é o verdadeiro objeto de estudo da psicologia.
· Uma cor não é u qualidade mental, mas estritamente uma qualidade física. O ato de ver a cor, no entanto é mental 
CARL STUMPF (1848-1936)
· Desde muito cedo teve contato com a ciência, o que não o impediu de ter maior interesse pela música
Trajetória
· Aos sete anos, começou a estudar violino e, aos dez, compunha música
· Como aluno da Universidade de Würzburg, interessou-se pela obra de Brentano e voltou a sua atenção para a filosofia e a ciência.
· Por sugestão de Brentano, Stumpf foi para a Universidade de Gõttingen, onde se doutorou em 1864
· É com frequência considerado o principal competidor de Wundt 
· Treinou os psicólogos que iriam fundar a psicologia da Gestalt 
Fenomenologia
· Tipo de introspecção favorecida por Stumpf 
· Refere-se ao exame da experiência não distorcida, isto é a experiência tal como ocorre
· Não concordava com Wundt no tocante a decompor a experiência em elementos - Fazê-lo é tornar a experiência artificial e abstrata e, portanto, não mais natural.
· Edmund Husserl, aluno de Stumpf, mais tarde propôs corrente filosófica da fenomenologia, movimento precursor de outras formas de psicologia notadamente da psicologia da Gestalt
OSWALD KÜLPE (1862-1915) E A ESCOLA DE WÜRZBURG
· Treinado em Leipzig, Oswald Külpe e sua escola de Würzburg ampliaram o objeto de estudo d psicologia ao incluírem nele os processos mentais superiores 
Considerações
· Liderou um grupo de alunos num movimento voltado para romper com o que considerava as limitações da obra do fundador 
· O movimento foi uma declaração de liberdade contra a estreiteza de algumas concepções de Wundt 
· Trabalhou com inúmeros problemas que a psicologia de Wundt desconsiderara 
Trajetória
· Iniciou seus estudos na Universidade de Leipzig aos dezenove anos
· Sua intenção era estudar história - sob a influência de Wundt, voltou-se para a filosofia e para a psicologia experimental
· Continuou a sentir forte atração pela história; depois de um ano de estudos com Wundt, voltou a dedicar se a ela em Berlim
· Depois de duas outras incursões na psicologia e na história, voltou a trabalhar com Wundt em 1886, tendo permanecido em Leipzig por oito anos 
· Diplomando-se em Leipzig, lá ficou como professor-assistente e assistente de Wundt fazendo pesquisas no laboratório
· Escreveu um manual, Gnmdriss der Psychologie (Esboço de Psicologia), publicado em 1893 e dedicado a Wundt.
· Nele definiu a psicologia como a ciência dos fatos da experiência, dependente do indivíduo que passa pela experiência 
· Em 1894 tornou-se professor da Universidade de Würzburg, onde instalou um laboratório que cedo ameaçou rivalizar com o de Wundt em importância
· Entre os alunos atraídos para Würzburg, havia vários americanos; um deles, James Rowland Angell, tornou-se um figura importante no desenvolvimento do funcionalismo 
Discordâncias de Wundt
· Os processos de pensamento podiam ser estudados experimentalmente: 
· A memória, outro processo mental superior, fora estudada assim por Ebbinghaus 
· Se a memória podia ser estudada no laboratório, por que não o pensamento? 
· A formulação dessa pergunta pôs Külpe em oposição direta ao seu antigo mestre, porque Wundt enfatizara que os processo mentais superiores não podiam ser objeto de um estudo experimental 
Introspecção Experimental Sistemática
· Método que envolvia a realização de uma tarefa complexa (como o estabelecimento de ligações lógicas entre conceitos), depois do qual se pedia aos sujeitos que fizessem um relato retrospectivo dos seus processos cognitivos durante a realização da tarefa
· Pedia-se aos sujeitos que realizassem algum processo mental, tal como pensar ou julgar, e depois examinassem de que maneira tinham pensado ou julgado
· Wundt tinha rejeitado o uso do relato retrospectivo em seu laboratório. Acreditava em estudar a experiência consciente tal como ocorria, e não a memória dei depois da ocorrência
· Era sistemático - nele, a experiência como um todo era descrita de maneira precisa mediante o seu fracionamento em períodos de tempo
· Tarefas semelhantes eram repetidas muitas vezes para que os relatos introspectivos pudessem ser corrigidos, corroborados e ampliados
· Acentuava os relatórios subjetivos, qualitativos e detalhados feitos pelos sujeitos acerca da natureza dos seus processos de pensamento
· Külpe não rejeitou o foco de Wundt sobre a experiência consciente, o instrumento de pesquisa que era a introspecção, nem a tarefa fundamental de analisar a consciência em seus elementos
· O alvo do seu trabalho era expandir a concepção de objeto de estudo da psicologia de Wundt a fim de incluir os processos mentais superiores, bem como aprimorar o método da introspecção 
· Resultados:
· Wundt acentuava que a experiência consciente podia ser reduzida aos seus elementos sensoriais ou imaginais componentes: toda experiência se compõe de sensações ou imagens.
· A introspecção sistemática encontrara provas para sustentar que o pensamento pode ocorrer sem conteúdos sensoriais ou imaginais
· Essa descoberta veio a ser identificada como pensamento sem imagens - representa a noção de sentidos no pensamento que não parecem envolver quaisquer imagens específicas
· A pesquisa de Külpe identificou uma forma ou aspecto não sensorialda consciência. 
Os Tópicos do Laboratório de Würzburg
· Karl Marbe - julgamento comparativo de pesos
· Embora estivessem presentes durante a tarefa, as sensações e imagens pareciam não ter papel no processo de julgamento
· Henry Watt - tarefa de associação de palavras 
· Nessa tarefa o sujeito tinha poucas informações relevantes para contar sobre seu processo consciente de julgamento
· Os sujeitos podiam responder corretamente sem ter consciência de pretender fazê-lo no momento da resposta
· Aparentemente estabeleciam um conjunto ou tendência determinante inconsciente para reagir da forma desejada 
· Karl Bühler - iniciou-se um novo período na escola de Würzburg
· Seu método de pesquisa envolvia a apresentação ao sujeito de uma questão que exigia certa reflexão antes de poder ser respondida
· Pedia-se a sujeitos que fizessem o relato mais completo possível das etapas envolvidas na formulação da resposta, enquanto o experimentador intercalava perguntas sobre o processo
· Os resultados obtidos por Bühler reforçaram a noção dos elementos não sensoriais da experiência
· Afirmou que esses novos tipos de elementos estruturais são vitais para o processo de pensamento
· O interesse de Würzburg pela área da motivação constitui uma importante contribuição à psicologia moderna
· O conceito de Conjunto ou tendência dominante certamente tem relação direta com os trabalhos atuais do campo
· A demonstração de que a experiência depende não apenas de elementos conscientes mas também de tendências determinantes inconscientes sugere o papel de determinantes inconscientes do comportamento – por exemplo, tal como o demonstra Freud 
Referência
Schultz, D. P. e Schultz, S. E. (1994). História da Psicologia Moderna. 5ª Edição. São Paulo: Cultrix. 
História da Psicologia 
–
 
Professora Rosana Bustamante
 
Outros Pioneiros Europeus
 
Pioneiros Europeus da Psicologia
 
·
 
Hermann Ebbinghaus (1850
-
1909)
 
 
·
 
Franz Brentano (1838
-
1917)
 
 
·
 
Georg Elias Müller (1850
-
1934)
 
 
·
 
Carl Stumpf (1848
-
1936)
 
 
·
 
Oswald Külpe (1862
-
1915) e a Escola de Würzburg
 
 
 
 
 
Considerações Iniciais Sobre os Outros Pioneiros
 
·
 
Tinham pontos de vista 
distintos entre si
 
·
 
Todos estavam voltados para fazer avançar a psicologia como 
ciência
 
·
 
Seus esforços, ao lado dos de Wundt, fizeram da Alemanha o 
centro indiscutível do movimento
 
·
 
As ideias da Inglaterra iriam influenciar o progresso da 
psicologia nos Es
tados Unidos, muito mais do que a obra de 
Wundt 
 
·
 
Pouco depois de ser fundada por Wundt, a psicologia se 
dividiu em facções.
 
 
H
ERMANN EBBINGHAUS
 
(1850
-
1909)
 
·
 
Wundt havia afirmado não ser possível fazer experimentos com os processos mentais superiores
 
·
 
Ebbinghaus, um psicólogo então desco
nhecido, trabalhando sozinho e longe de qualquer centro de psicologia, começou a fazer bem
-
sucedidos experimentos com esses processos
 
·
 
Tornou
-
se o primeiro psicólogo a pesquisar experimentalmen
te a aprendizagem e a memória.
 
·
 
Opôs
-
se a Wundt e modificou 
a maneira pela qual a associação ou a aprendizagem podiam ser examinadas 
–
 
o desenvolvimento das 
associações e não como já formadas 
 
·
 
Nascido perto de Bonn, Alemanha, em 1850
 
·
 
Fez seus estudos universitários primeiro na Universidade de Bonn e, mais tarde, 
nas de Halle e de Berlim.
 
·
 
Seus interesses passaram da história e da literatura para a filosofia, na qual se graduou em 1873
 
·
 
Permaneceu sete anos como aluno independente na Inglaterra e na França, inclinando
-
se desta vez para a ciência.
 
·
 
Por volta de 1876
 
-
 
Elements of Psychophysis (Elementos de Psicofísica) 
de Fechner o influenciou de modo profundo.
 
·
 
Resolveu fazer pelo estudo da memória o que Fechner tinha feito pela psicofísica, usando medidas rígidas e sistemáticas
 
 
Métodos e Estudos
 
·
 
Realizou sozinho, por um período de 
cinco anos, uma série de estudos cuidadosamente controlado e minuciosos, usando a si mesmo 
como sujeito
 
·
 
Adaptou uma técnica dos associacionista que destacava o princípio da frequência de associações como condição da recordação. 
 
·
 
Raciocinou que a dificuld
ade do material de aprendizagem poderia ser medida pela contagem do número de repetições necessárias para 
que se conseguisse uma perfeita reprodução material 
 
·
 
Usava listas de sílabas semelhantes mas não idênticas como material a ser aprendido e repetia a 
tarefa frequentemente para ter certeza 
da precisão dos resultados 
 
·
 
Assim, podia cancelar erros variáveis de tentativa para tentativa e tirar a média 
 
 
Material a 
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A
prendido 
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sílabas sem sentido
 
·
 
Uniformemente 
não associado
, completamente homogêneo 
e i
gualmente desconhecido, com bem poucas associações 
passadas 
 
·
 
Reconheceu dificuldades inerente ao uso da prosa ou da 
poesia como materiais de estímulo 
 
Ø
 
Os significados ou associações já estão associados às 
palavras por aqueles que conhecem a língua 
 
Ø
 
Podem facilitar a aprendizagem do material e, como já 
estão presentes quando o experimento é feito, não 
podem ser controla
das pelo pesquisador 
 
·
 
Em geral formadas por duas consoantes com uma vogal no 
meio (como 
lef, bok 
ou /aí) 
 
Correções
 
·
 
Gundlach, 1
986 
-
 
descobriu que as sílabas não eram 
necessariamente sem sentido, nem se limitavam a três letras 
 
·
 
R
evelou que algumas de suas sílabas tinham quatro, cinco ou 
seis letras. 
 
·
 
O que Ebbinghaus denominou "série sem sentido de sílabas" 
foi traduzido incorre
tamente para o inglês como uma "série 
de sílabas sem sentido". 
 
·
 
Não eram as sílabas individuais que não deviam ter sentido 
(embora muitas delas não tivessem), mas toda a série de 
sílabas. 
 
·
 
Ou seja, a própria lista de sílabas foi construída para não ter 
s
entido nem interconexões

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