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Farmacognosia 
 Profª. Farm. Jennifer Ferreira de O. Silva 
1 
 
 
Farmacognosia 
Termo criado em 1815 pelo médico pesquisador Aenotheus Seydler. 
 
 
 
 
 (= Fármaco) (conhecimento) 
 
Conceito de Farmacognosia 
É a ciência farmacêutica que se ocupa do estudo das drogas e 
substâncias medicamentosas de origem natural: vegetal e animal (incluindo-se 
o microbiano). Estuda tanto substâncias com propriedades terapêuticas como 
substâncias tóxicas, excipientes ou outras substâncias de interesse 
farmacêutico. 
 A farmacognosia é uma matéria interdisciplinar, onde seu estudo se dá, 
devido à junção de diversas matérias: 
 
Farmacognosia 
Etnofarmacologia 
Botânica 
Química 
Farmacologia 
Toxicologia 
Farmacotécnica 
Clínica 
Agronomia 
Farmacognosia 
“farmakon” “gnosis” 
 Farmacognosia 
 Profª. Farm. Jennifer Ferreira de O. Silva 
2 
 
 
 As plantas medicinais foram descobertas pelo homem através da 
procura por alimentos, e desde então, foram aplicadas empiricamente para o 
tratamento de patologias, divididas em 4 classes: 
 Plantas com propriedades conservantes; 
 Plantas com propriedades cosméticas; 
 Plantas com propriedades medicinais; 
 Plantas com propriedades tóxicas. 
 
História 
 3000 a.C – O chinês Shen Nung Pen Ts’ao, descreveu 365 
medicamentos derivados de plantas medicinais; 
 1535 a.C – O Egípsio George Ebers, descreveu em um papiro (Papiro 
de Ebers) 7000 substâncias medicinais incluídas em mais de 800 
fórmulas; 
 400 a.C – Hipócrates (Pai da medicina) – escreveu um livro intitulado 
Natureza como guia na escolha dos remédios, nele ele recomendava o 
uso das folhas de salgueiro para doenças nos olhos e para o parto. 
 300 a.C – Teofrasto (discípulo de Aristóteles) - escreveu um livro 
intitulado Historia plantarum - De causis plantarum, nele descreveu pela 
primeira vez as partes das plantas e suas funções. 
 60 d.C – O botânico e farmacologista grego Pedanios Dioscorides – 
escreveu um livro intitulado De Matéria Médica – contendo a descrição 
de 600 plantas medicinais, produtos minerais e animais. 
Ele é considerado o fundador da farmacognosia por intermédio da sua 
obra, que foi a precursora das farmacopeias. 
 Em 1815 - o médico pesquisador Aenotheus Seydler publicou um livro 
de 32 páginas com o nome de (Analecta Pharmacognostica), onde o 
mesmo criou o termo farmacognosia para designar a ciência que 
estudava as matérias de origem natural, usadas no tratamento de 
enfermidades. 
 Final do século XIX – nascimento da química farmacêutica com a 
síntese de um grande número de substâncias orgânicas, tendo alguns 
deles atividade terapêutica. 
 2°Guerra Mundial – Houve um declínio da farmacognosia. 
 Renascimento da Farmacognosia 
1°fato 
o Descoberta dos medicamentos de origem vegetal pelos leigos; 
o Insatisfação com eficácia e custo da medicina moderna; 
o Revolução verde. 
 Farmacognosia 
 Profª. Farm. Jennifer Ferreira de O. Silva 
3 
 
 
2°fato 
o Reconhecimento pelas indústrias farmacêuticas do valor de 
certas plantas de uso popular; 
o Uso destas plantas como fonte de novos medicamentos ou uso 
de seus constituintes como protótipos de novos fármacos. 
Cronologia da descoberta de fármacos protótipos da categoria 
farmacêutica, obtidos a partir de plantas 
Gênero Fármaco Data de 
isolamento 
Categoria 
farmacêutica 
Papaver Morfina 1803 Hipnoanalgésico 
Cinchona Quinina 1819 Antimalárico 
Pilocarpus Pilocarpina 1875 Colinérgico 
Ephedra Efedrina 1887 Adrenérgico 
Melilotus Dicumarol 1941 Anticoagulante 
Rauvolfia Reserpina 1952 Neuroléptico 
 
3°fato – Em fase de desenvolvimento (Farmacobiotecnologia) 
Exemplo: produção de insulina humana através da alteração genética 
de uma cepa não patogênica de E. coli. 
 
Ramos da Farmacognosia 
 Farmacoergasia – cultivo e coleta da droga vegetal 
 Farmacoquímica ou Fitoquímica – define a percentagem dos 
constituintes químicos, investiga e determina a composição química das 
drogas ou bases medicamentosas. 
 Farmacofísica – métodos espectroscópicos, métodos cromatográficos e 
índices físicos. 
 Farmacobotânica – conhecimento botânico do fármaco; 
 Farmacoetmologia – ramo da farmacognosia que se preocupa com a 
origem do nome da droga de origem natural. 
Exemplo: Atropa belladonna 
Linnaeus, em 1700 denominou esta planta de Atropa belladonna. 
Atropa baseando-se em Atropos que era, segundo a mitologia grega, a 
divindade responsável pela morte das pessoas; 
“belladonna” (mulher bela). Extrato de Atropa nos olhos, efeito 
midriático. 
 Farmacozoologia – conhecimento do fármaco de origem animal. 
 Etnobotânica – se preocupa com o estudo do conhecimento e das 
conceituações desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito do 
 Farmacognosia 
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4 
 
mundo vegetal; Este estudo engloba tanto a maneira como um grupo 
social classifica as plantas, como os usos que dá a elas. 
 Etnofarmacologia – consiste numa transferência que trata de práticas 
medicinais, especialmente remédios, usadas em sistemas tradicionais 
da medicina. 
 
 
 
 
 
 
Conceitos 
 Droga – É todo produto de origem vegetal ou animal, que coletada ou 
separada da natureza e submetida a processo de preparo e 
conservação, tem composição e propriedades tais, dentro da sua 
complexidade, que constitui a forma bruta de medicamento. 
Origem: mineral, vegetal e animal. 
 
 Droga derivada – são produtos derivados de animal ou vegetal, obtidos 
diretamente, isto é, sem o uso de processos extrativos delicados. 
Exemplo: látex da papoula usado na produção de ópio; e mel de abelha. 
 
Condições para que a matéria seja considerada droga em 
farmacognosia: 
o Ser de origem animal ou vegetal; 
o Ter sido submetida aos processos de coleta e extração; 
o Encerrar propriedades farmacodinâmicas ou ser considerada 
como necessidade farmacêutica; 
o Constituinte químico; 
o Princípio ativo; 
o Marcador químico (ex: ácido mecônico identifica o pão de ópio na 
presença de cloreto férrico – apresentando coloração vinho). 
 
 Fármaco ou medicamento – substâncias que independentemente da 
sua origem, composição, forma e apresentação são empregados em 
determinada dose para prevenção e tratamento de doenças ou para 
modificar sistemas fisiológicos. 
 
Sociedades avançadas 
Farmacopéias 
Etnofarmacologia como 
ferramenta de transferência 
Sociedades primitivas 
(pajés, curandeiros e raizeiros) 
 Farmacognosia 
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5 
 
 Fitoterápicos - são produtos feitos exclusivamente de matéria-prima 
vegetal, que possuem seus efeitos comprovados, bem como seus 
riscos. 
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define fitoterápicos 
como aqueles produtos que são obtidos a partir de derivados vegetais e 
que os riscos, os mecanismos de ação e onde agem no nosso corpo são 
conhecidos. Esses medicamentos são feitos exclusivamente de matéria-
prima vegetal. É importante destacar que não é considerado um 
fitoterápico aquele medicamento que contém substâncias ativas 
isoladas, bem como sua associação com extratos vegetais. 
Todo fitoterápico deve ter sua ação comprovada através de estudos 
farmacológicos e toxicológicos. Além disso, deve-se fazer um 
levantamento dos artigos publicados, bem como do conhecimento 
tradicionalsobre determinada espécie vegetal. Só depois de 
confirmadas sua ação e qualidade, ele é registrado. 
Os medicamentos fitoterápicos possuem seus benefícios comprovados 
pela Organização Mundial de Saúde e, como qualquer medicamento, só 
deve ser usado com recomendação médica e/ou farmacêutica. Lembre-
se também de que o prescritor deve ser informado sobre a utilização de 
qualquer um desses produtos, inclusive do uso de plantas medicinais. 
Isso é válido principalmente para pessoas que realizarão procedimentos 
cirúrgicos. 
 Fito fármaco – é a substância ativa, isolada de matérias-primas 
vegetais ou mesmo, mistura de substâncias ativas de origem vegetal. 
 
 Farmacognosia 
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6 
 
 
 
 Remédio – um termo amplo, referindo-se a qualquer processo ou meios 
usados com a finalidade de cura e prevenção. 
 Veneno – toda substância que administrada em excesso ocasiona 
envenenamento ou morte. 
 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA - Marcos Regulatórios 
 
 Portaria n°22, de 30 de Outubro de 1967 – O Ministério da Saúde 
estabelece normas para o emprego de preparações fitoterápicas. 
 
 Portaria n°123, de 19 de Outubro de 1994 – O Ministério da Saúde e o 
Sistema de Vigilância Sanitária estabelecem as normas para registro de 
produtos fitoterápicos. 
 
 Farmacognosia 
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 Portaria n°6, de 31 de Janeiro de 1995 – A ANVISA institui e normatiza 
o registro de produtos fitoterápicos junto ao Sistema de Vigilância 
Sanitária. 
 
 Resolução RDC n°17, de 24 de Fevereiro de 2000 – Dispõe sobre o 
registro de medicamentos fitoterápicos. 
 
 RDC n°48, de 16 de Março de 2004 – A ANVISA dispõe sobre o 
registro de medicamentos fitoterápicos. 
 
 Portaria n°971, de 03 de Maio de 2006 – O Ministério da Saúde aprova 
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) 
no Sistema Único de Saúde. 
Incluindo práticas como: Fitoterapia, Homeopatia, acupuntura, 
Termalismo social/ Crenoterapia. 
 
 Decreto n°5.813, de 22 de Junho de 2006 – A Presidência da 
República aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e 
Fitoterápicos e dá outras providências. 
Objetivo geral – Garantir à população brasileira o acesso seguro e o 
uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso 
sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e 
da indústria nacional. 
 
 RDC n°14, de 31 de Março de 2010 (ATUAL) – A ANVISA dispõe sobre 
o registro de medicamentos fitoterápicos. 
 Suas principais alterações em relação à RDC n°48/2004 são: 
o Listagem de literaturas que podem fundamentar a pontuação de 
medicamentos fitoterápicos (eficácia e segurança); 
o Possibilidade de registro de medicamentos utilizando a droga 
vegetal; 
o Laudos de análises de todos os excipientes empregados na 
fabricação do produto acabado. 
o Controle de qualidade do derivado vegetal: informações 
referentes aos resíduos de solventes (para extratos não obtidos 
por etanol ou água) e avaliação da ausência de aflatoxinas. 
o Resultado do perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica 
para o derivado vegetal. (a diferença e que na RDC 48/2004 
esses testes eram exigidos apenas em produto acabado). 
 
 
 
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 RDC n° 17, de 16 de Abril de 2010 – A ANVISA dispõe sobre as boas 
práticas de fabricação de medicamentos. 
o Sobre a produção de fitoterápicos, os responsáveis são 
laboratórios farmacêuticos, públicos ou privados, com autorização 
de funcionamento, licença sanitária e condição satisfatória de 
produção. 
 
 RDC n° 10, de 9 de Março de 2010 - Dispõe sobre a notificação de 
drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. 
 
o Esta RDC tem como objetivo de regulamentar a notificação de drogas 
vegetais, as quais poderão ter alegações terapêuticas padronizadas 
baseadas no uso tradicional. A norma traz uma lista de 66 espécies 
vegetais que foram selecionadas com base no uso tradicional. Para 
cada espécie foram padronizadas indicações terapêuticas, forma de 
uso, quantidade a ser ingerida e os cuidados e restrições a serem 
observados no seu uso. Esses produtos não se enquadraram como 
medicamentos e terão, em breve, um Guia para boas práticas de 
fabricação específicas, ainda a ser publicado pela ANVISA. 
o Essa proposta de resolução vem preencher as demandas da Política 
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Decreto 5813/06, e da 
Política de Prática Integrativas e Complementares no SUS, Portaria 
GM/MS 971/06. 
A RDC 10/10 foi elaborada com base na normativa Alemã para os “Chás 
Medicinais”, seguindo os requisitos de qualidades citados naquela legislação. 
Também foi determinado o limite máximo de carga bacteriana, fúngica e de 
aflatoxinas que pode estar presente nesses produtos, conforme determina a 
OMS. Outros controles preconizados são da quantidade de outros 
contaminantes, tais como metais pesados, partes não permitidas da própria 
planta, outras plantas medicinais, etc. 
As drogas vegetais industrializadas e notificadas na ANVISA, conforme 
essa norma é destinada ao uso episódico, oral ou tópico, para o alívio 
sintomático das doenças, devendo ser disponibilizadas exclusivamente na 
forma de droga vegetal para o preparo de infusões, decocções e macerações. 
Cápsula, tintura, comprimido, extrato, xarope, entre outras formas 
farmacêuticas, não se enquadram nessa categoria, ou seja, drogas vegetais 
não podem ser confundidas com medicamentos fitoterápicos. Ambos são 
obtidos de plantas medicinais, porém elaborados de forma diferenciada: 
enquanto as drogas vegetais são constituídas da planta seca, inteira ou 
rasurada (partida em pedaços menores) e utilizadas na preparação dos 
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populares “chás”, os medicamentos fitoterápicos são produtos tecnicamente 
mais elaborados, apresentados na forma final de uso (comprimidos, cápsulas e 
xaropes). A forma de uso, se infusão, decocção ou maceração, como também 
o tempo de uso das drogas vegetais foi determinado na RDC 10/10. 
 
NOMENCLATURA DAS DENOMINAÇÕES COMUNS BRASILEIRAS – DCB 
 Na RDC n°63, de 28 de Dezembro de 2012, a ANVISA juntamente com 
o Ministério da Saúde, esclarece que: 
Art. 1º O objetivo desta Resolução é estabelecer regras de nomenclatura 
para padronizar e uniformizar a atribuição e utilização dos nomes de 
substâncias de interesse para a área da saúde. 
Art. 2º Esta Resolução se aplica à nomenclatura genérica atribuída aos 
insumos farmacêuticos, soros hiperimunes, vacinas, radiofármacos, plantas 
medicinais e substâncias homeopáticas e biológicas, empregada nos 
processos de registro, rotulagens, bulas, licitação, importação, exportação, 
comercialização, propaganda, publicidade, informação, prescrição, 
dispensação e em materiais de divulgação didático, técnico e científico no país. 
Sendo assim, as plantas medicinais é composta pelo nome científico da 
planta de origem, constituído por gênero e espécie, de acordo com as 
seguintes regras: 
I - o nome científico da planta deve ser grafado em itálico; 
Exemplo: Aesculus hippocastanum L. ou Aesculus hippocastanum L. 
II - a primeira letra do nome científico da planta, referente ao gênero, deve 
ser maiúscula; 
Exemplo: Curcuma longa L. 
III - as demais letrasdo nome científico da planta devem ser minúsculas; 
IV - após o nome científico da planta deve seguir o nome do autor, 
separado apenas por um espaço; 
Exemplo: Echinacea purpurea (L.) Moench 
V - o nome do autor não deve estar em itálico, podendo, em alguns casos, 
ser abreviado, conforme sugerido nas referências bibliográficas adotadas pela 
Farmacopeia Brasileira. 
Exemplo: Myroxylon balsamum (L.) Harms var. pereirae (Royle) Harms 
 
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Nomenclatura botânica 
As regras da nomenclatura vegetal são enunciados no Código Internacional 
da Nomenclatura botânica (ICBN). As regras atuais são coordenadas pelo 
Comitê de Nomenclatura do Congresso Internacional de Botânica (IBC). 
O objetivo da ICBN é proporcionar um método estável de dar nomes dos 
grupos taxonômicos. 
o Princípio I – a nomenclatura botânica é independente da 
nomenclatura zoológica e bacteriológica; 
o Princípio II – os nomes dos grupos taxonômicos são determinados 
pelos tipos; 
o Princípio III – nomenclatura do grupo taxonômico se baseia na 
prioridade da publicação. 
Dar nome – o propósito de dar nome a um grupo taxonômico não é indicar que 
seus atributos ou história, mas sim fornecer uma maneira de ser referenciada e 
indicar seu nível taxonômico. 
 Exemplos de nomes científicos de plantas medicinais: 
 Melilotus officinalis (L.) Pall. 
 Matricaria chamomilla L. 
 Passiflora incarnata L. 
 Plantago psyllium L. 
 Serenoa repens (W. Bartram) Small 
 Taraxacum officinale F.H. Wigg. 
 Valeriana officinalis L 
 Vitis vinifera L. 
 
Lista DCB Plantas Medicinais atualizada em 07 de Junho de 2018 
 Em referencia a RDC n°230, de 5 de Junho de 2018. 
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ESPÉCIES VEGETAIS MAIS REGISTRADAS 
 
PLANTA NOME CIENTÍFICO n° 
REGISTROS 
Ginkgo Ginkgo biloba 33 
Castanha da Índia Aesculus hippocastanum 29 
Alcachofra Cynara scolymus 21 
Hipérico ou 
Erva de São João 
Hypericum perforatum 20 
Soja Glycine Max 20 
Valeriana Valeriana officinalis 20 
Ginseng Panax ginseng 17 
Sene Senna alexandrina 14 
Cimicifuga Cimicifuga racemosa 14 
Guaco Mikania glomerata 14 
Espinheira Santa Maytenus ilicifolia 13 
Boldo Peumos boldus 13 
Guaraná Paullinia cupana 12 
 
Vantagens e riscos relacionados ao uso de fitoterápicos 
 
 Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do 
mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças através 
de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. 
O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo das 
plantas (substância responsável pelos efeitos terapêuticos) é uma das 
prioridades da farmacologia. Enquanto o princípio ativo não é isolado, as 
plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de 
chás, ultra diluições ou sob a forma industrializada, através do extrato 
homogêneo da planta. 
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento 
de riscos. Além do princípio ativo terapêutico, a planta pode conter substâncias 
tóxicas, substâncias alergênicas, contaminação por agrotóxicos ou por metais 
pesados e pode interagir com outras medicações, causando danos à saúde. 
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico enquanto utilizado em 
sua dose terapêutica, sendo tóxico quando utilizado em excesso. 
A variação de concentração de um princípio ativo em chás pode ser 
muito grande, sendo praticamente impossível atingir uma faixa terapêutica 
segura em algumas plantas. Na forma industrializada, o risco de 
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contaminações pode ser reduzido, através do controle de qualidade da matéria 
prima, e mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo pode 
chegar a 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, não riscos 
intoxicação por excesso de determinado princípio ativo. 
À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e 
refinados, de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses 
terapêuticas e tóxicas são definidas com segurança. 
Entretanto, o isolamento e o refino dos princípios ativos também não são 
isentos de riscos, uma vez que pretende substituir o conhecimento popular 
tradicional por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas 
muitas vezes antagônicas. Além disso, ao se extrair os princípios ativos são 
desprezados diversos elementos existentes na planta que naturalmente se 
mantêm em proporções adequadas. 
O uso de fitoterápicos de laboratório também poderia introduzir novos 
efeitos colaterais ou adversos, devido a ausência de sinergismo ou 
antagonismo parcial entre os diversos princípios ativos existentes na planta. 
 
Entre o conhecimento popular e o científico 
 A fitoterapia tem se tornado cada vez mais popular entre os povos de 
todo o mundo. Há inúmeros medicamentos no mercado que utilizam em seus 
rótulos o termo “produto natural”. Eles prometem, além de maior eficácia 
terapêutica, ausência de efeitos colaterais. 
Grande parte desses medicamentos utiliza plantas da flora estrangeira 
ou brasileira como matéria-prima e possuem diversas finalidades: acalmar, 
cicatrizar, expectorar, engordar, emagrecer e muitos outros. É a utilização das 
plantas para o tratamento de doenças que constitui, hoje, o ramo da medicina 
conhecido como Fitoterapia. 
O uso das plantas como remédio é provavelmente tão antigo quanto à 
própria humanidade. Nas Ilhas Oceânicas, por exemplo, há séculos a planta 
kava kava (Piper methysticum) é usada como calmante e durante muito tempo 
ela foi utilizada em cerimônias religiosas. Hoje já é comprovado que seu extrato 
tem efeito no combate à ansiedade. 
 
 
 Kava-kava 
Piper methysticum 
 
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Entretanto, ao se utilizar as plantas como medicamentos é preciso ter 
cautela. A crença popular de que as plantas não fazem mal, estimulada por 
fortes apelos de marketing, acaba distorcendo os usos e reais benefícios das 
plantas. “O conceito pré-estabelecido, popular, de que o que vem da natureza 
não faz mal é incorreto”. Como exemplo temos a planta “Comigo ninguém 
pode” (Dieffenbachia seguine) é extremamente tóxica e pode matar. 
 
 
 
Comigo ninguém pode 
Dieffenbachia seguine 
 
Todo medicamento, inclusive os fitoterápicos, deve ser usado segundo 
orientação médica ou farmacêutica. É claro que dificilmente chega-se a uma 
overdose de chá de boldo. Mas há ainda muitas plantas cujos efeitos não sãobem conhecidos e seu uso indiscriminado pode prejudicar a saúde. Por outro 
lado, vários estudos científicos comprovam que a fitoterapia pode oferecer 
soluções eficazes e mais baratas para diversas doenças. 
Os preconceitos em relação ao uso de fitoterápicos estão diminuindo. “O 
uso da fitoterapia como prescrição até há pouco tempo não era aceito pelos 
próprios cientistas. Ela era considerada uma medicina inferior, alternativa, 
principalmente por conta dos benefícios propagados por aproveitadores e 
charlatões. Era vista como “medicina popular”, desenvolvida à base de plantas 
que podiam ser encontradas na quitanda, na loja de artigos de umbanda, casas 
de chás, praças, etc. 
O conceito de uso dos fitoterápicos vem sendo modificado graças a 
produtos que os próprios médicos vêm utilizando e que têm base científica 
comprovada: O crescimento do uso de fitoterápicos deve-se à competência 
científica de estudar, testar e recomendar o uso de determinadas plantas para 
usos específicos. 
É considerado fitoterápico toda preparação farmacêutica (extratos, 
tinturas, pomadas e cápsulas) que utiliza como matéria-prima parte de plantas, 
como folhas, caules, raízes, flores e sementes, com conhecido efeito 
farmacológico. O uso adequado dessas preparações traz uma série de 
benefícios para a saúde humana ajudando no combate a doenças infecciosas, 
disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros. 
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Associado às suas atividades terapêuticas está o seu baixo custo; a grande 
disponibilidade de matéria-prima (plantas), principalmente nos países tropicais; 
e a cultura relacionada ao seu uso. 
 
COLETA DE PLANTAS MEDICINAIS E OBTENÇÃO DA DROGA VEGETAL 
 Parâmetros de qualidade: FARMACOPÉIAS (Brasileira e de outros 
países: Alemã, Francesa, Britânica, Americana) E CÓDIGOS OFICIAIS. 
 
 Maioria das plantas medicinais brasileiras encontra-se na 1ª. ed da 
Farmacopéia Brasileira. 4ª. ed. Da Farmacopéia Brasileira (1997, 
2000, 2002) apresenta 23 monografias de plantas brasileiras (a grande 
maioria são de espécies importadas). 
 
 Espécies que não constam em uma Farmacopéia, devem ter uma 
monografia elaborada estabelecendo seus padrões de qualidade pela 
empresa que a utiliza. 
 
Importância da identificação botânica correta das espécies medicinais 
 A planta deve estar classificada e identificada corretamente, para a não 
ocorrência de confusões entre plantas denominadas popularmente pelos 
mesmos nomes. 
 Deve-se herborizar (secar e preparar a exsicata) o material vegetal para 
depositar o exemplar em um herbário reconhecido. 
 Para identificação das espécies, estas devem estar floridas. 
 Usar nomenclatura científica corretamente (regras de nomenclatura 
botânica) – os nomes populares não tem importância em trabalhos 
científicos. 
 As características morfológicas da planta são importantes com porte, 
filotaxia (distribuição das folhas no caule), organização das flores 
(identificação da família à qual pertence a espécie). 
 
Cultivo 
Fatores que influenciam: 
o Climáticos: temperatura, luminosidade; 
o Climático-edáficos: umidade, gás carbônico; 
o Edáficos: físicos, químicos, microbiológicos; 
o Outros: latitude, fertilização, pragas e doenças. 
 
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19 
 
Coleta da planta 
 Observar o horário de coleta; 
 Não coletar partes do vegetal que estiverem afetadas por doenças. 
 Pelo menos, dois ramos floridos devem ser coletados para a confecção 
de exsicatas a serem depositadas em herbários oficiais (identificação 
botânica correta da espécie coletada/produzida). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preparo do material vegetal 
O material fresco pode ser imprescindível para a detecção de alguns 
compostos específicos. Já o material seco possui maior estabilidade química, 
por interromper os processos metabólicos que ocorrem após a coleta das 
plantas. 
 
Estabilização e secagem 
Tem como objetivo impedir a ação enzimática devido à alteração da 
composição química dos vegetais frescos. A estabilização pode ser realizada 
por agentes desidratantes (colocando o material em etanol) ou pelo calor 
(colocar o material vegetal em estufa com temperatura superior a 60º.C, por 
pouco tempo – horas). A secagem ao sol, além de promover a degradação de 
princípios ativos, acaba por gerar uma secagem rápida das bordas dos órgãos 
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20 
 
vegetais e a criação de uma crosta relativamente impermeável à água nessas 
regiões (seco externamente e úmido no seu interior). 
Para a secagem de folhas e flores a temperatura deve estar 
em torno de 38ºC (secagem durante alguns dias – 3 a 5 dias). Para 
cascas e raízes, temperaturas até 60ºC são aceitáveis. Temperaturas 
acima desses limites aceleram o processo de secagem, promovendo a 
degradação de muitos princípios ativos. A secagem das plantas deve ser 
individual, para não haver misturas de elementos voláteis, para a não 
ocorrência de reações de hidrólise e crescimento de microorganismos. Os 
modelos de estufa providos de um sistema de circulação forçada de ar são 
mais eficazes, por ocasionarem a renovação constante do ar, removendo o ar 
saturado de umidade, permitindo que a secagem se processe mais facilmente. 
 Secagem por: 
o Aquecimento; 
o Circulação de ar; 
o Aquecimento com circulação de ar; 
o Outros: vácuo; liofilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
 
 
Armazenamento 
 Ambiente seco; 
 Janelas com telas para evitar a entrada de 
insetos e outros animais. 
 As espécies devem ser armazenadas em embalagens apropriadas 
(sacos de papel) e vedadas adequadamente. 
 As espécies devem ser armazenadas separadamente uma das outras, 
sobretudo as aromáticas, para a não ocorrência de contaminação 
cruzada (com outras espécies). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS E EXTRATIVOS VEGETAIS 
Todas as etapas devem ser monitoradas: a fim de atestar a qualidade da 
matéria-prima vegetal, produtos intermediários e do produto final. 
Objetivo 
Garantir que o que esta sendo produzido na forma como ocorre o 
processo produtivo está conduzindo a obtenção de um produto com 
características necessárias à utilização como medicamento. 
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22 
 
O controle de qualidade de fármacos vegetais deve ser realizado em 
todas as etapas que envolvem a produção de drogas, como seleção da 
espécie, cultivo racional (solo, luminosidade, temperatura, irrigação), coleta 
planejada, limpeza da parte usada, secagem controlada, expurgo da 
matéria estranha, embalagem e armazenagem adequadas, para que o 
produto final atenda aos requisitos de qualidade. 
Muitas drogas vegetais à venda no comércio têm-se revelado mal 
preparadas ou em condições impróprias para o consumo. Essa situação se 
agrava à medida que grande parte delas é comercializada como 
fitoterápicos considerados medicamentos, e sujeitos à legislação que 
exige segurança e eficácia. 
O controle de qualidade procura avaliar as drogas, quanto a 
identificação correta (parte usadae espécie botânica), pesquisas qualitativa 
e quantitativa de marcadores químicos (muitos deles, princípios ativos) e 
de impurezas e falsificações, segundo as monografias das farmacopeias 
nacionais, internacionais e publicações científicas. Na ausência de 
parâmetros estabelecidos, padrões de drogas são utilizados para 
comparação. 
 
Análise farmacognóstica de fármacos vegetais 
1. Dados da amostra: 
Informações fornecidas pelo fabricante, constantes da embalagem ou bula, 
que são referidas no laudo exatamente como grafadas pelo 
produtor. 
2. Pesquisa bibliográfica: 
Consulta a obras especializadas (farmacopéias, livros, periódicos). 
Obs.: na ausência de publicações que tratem do assunto, comparação com 
droga-padrão. 
3. Especificação da análise: 
 
 Determinação do peso líquido 
o E, sendo o caso, do número de unidades (saquinhos ou sachets). 
 
 
 Identificação da amostra: 
o Análise macroscópica (incluindo, organoléptica) – para drogas 
inteiras ou parcialmente fragmentadas, onde essencialmente se 
verificam tamanho e forma. 
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23 
 
 
 
 
Folhas coriáceas, brilhantes e 
margens providas de espinhos pouco 
rígidos; 
Espinheira santa (Maytenus ilicifolia) 
 
 
 
 
Espécies conhecidas de Boldo (Características microscópicas) 
 
OBS.: separação da matéria orgânica estranha e observação da presença 
de fungos, insetos..., que devem constar no item respectivo. 
 
o Análise microscópica – material pulverizado, fragmentado, ou 
seccionado transversalmente e longitudinalmente, para 
determinação de características estruturais. 
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 Pesquisa de marcadores químicos / princípios ativos: 
 
o Qualitativa (reações gerais para grupos químicos e específicas); 
o Quantitativa (doseamentos). 
 
 Pesquisa de impurezas: 
 
o Matéria orgânica estranha; 
o Matéria inorgânica (cinzas, cinzas insolúveis em ácido). 
 
 Pesquisa de falsificações: 
 
o Ensaios especificados na monografia da droga. 
 
Amostragem da matéria prima vegetal 
 
Moagem da matéria prima vegetal 
Tem por finalidade reduzir, mecanicamente, o material vegetal a 
fragmentos de pequenas dimensões, preparando-o, assim, para a extração. 
Pode se feita no gral (redução a fragmentos por meio de choques 
repetidos), moinho ou liquidificador. Quanto menor as partículas do material 
vegetal (droga vegetal), maior será a superfície de contato com o líquido 
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25 
 
extrato, por isso a preferência no uso de drogas pulverizadas nos processos de 
extração. Para uma maior homogeneidade, após a pulverização, a droga 
vegetal deve ser tamisada (“peneirada”). 
 Amostragem 
A análise de qualidade de um lote de matéria-prima é realizada 
por amostragem, sendo a tomada da amostra um fator determinante 
para a confiabilidade do resultado. A amostra deve ser representativa do 
todo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), todas as 
embalagens devem ser inspecionadas individualmente, devendo-se analisar as 
condições dos recipientes e a uniformidade do conteúdo – dados presentes nos 
rótulos). As Farmacopéias e a OMS estabelecem algumas regras gerais de 
amostragem considerando, principalmente, grandes quantidades de matéria-
prima. 
 
 De cada embalagem (Lote) selecionada, devem ser retiradas três 
amostras iguais das regiões superior, intermediária e inferior da mesma. 
 A quantidade de material a ser retirado depende do grau de divisão do 
material e da quantidade disponível. Para quantidade entre 1 e 5Kg, as 
quantidades retiradas devem ser suficientes para a realização de todos 
os ensaios. 
 Para quantidades superiores a 5kg , são tomadas amostras de, no 
mínimo, 250g cada (WHO, 1998). Quantidades superiores a 100kg e em 
fragmentos maiores que 1cm, deve-se retirar 500g (Farmacopéia, 1998). 
 As três amostras retiradas de cada uma das embalagens amostradas 
são misturadas e dessa mistura obtém-se, por quarteamento, a amostra 
para a análise. O quarteamento consiste na distribuição uniforme da 
droga sobre uma área quadrada, dividindo-se a área em quatro partes 
iguais. As porções contidas nos dois quadrados opostos diagonalmente 
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26 
 
são retiradas, misturando se novamente as restantes, repetindo a 
distribuição e a divisão, se necessário. 
 Para quantidades de droga menores do que 10kg, a amostra deve ser 
constituída de, no mínimo, 125g (Farmacopéia, 1988). 
 As análises da amostra permitem certificar se a matéria prima poderá 
ser empregada na elaboração de medicamentos, devendo, portanto, 
durante todo o procedimento de análise, permanecer armazenada 
separadamente, em quarentena, aguardando o laudo técnico e, 
consequentemente, a sua liberação. De acordo com as normas de boas 
práticas de fabricação (Brasil, 1994, 2001), deve-se guardar como 
contraprova uma quantidade de amostra utilizada na análise, caso seja 
necessário repetir os ensaios. O procedimento de amostragem deverá 
ser documentado e etiquetas apropriadas devem ser colocadas no 
material em quarentena e também nas amostras enviadas ao 
laboratório. 
 
Métodos de análise em drogas vegetais 
Especificações: Farmacopéia IV ed. e RDC 67/07. 
 
Ensaios de qualidade - Preconizados nas Farmacopéias e em diferentes 
literaturas da área. 
Segundo a RDC 67/07, Anexo I, item 7.3.13 “Devem ser realizados, nas 
matérias primas de origem vegetal, os testes para determinação dos caracteres 
organolépticos, determinação de materiais estranhos, pesquisas de 
contaminação microbiológica, umidade e determinação de cinzas totais. E 
ainda, avaliação dos caracteres macroscópicos para plantas íntegras ou 
grosseiramente rasuradas; caracteres microscópicos para materiais 
fragmentados ou pó. Para as matérias primas líquidas de origem vegetal, além 
dos testes mencionados (quando aplicáveis), deve ser realizada a 
determinação da densidade). 
a) Análise sensorial ou organoléptica: aspecto visual (pó fino de 
cor castanho esverdeado, por exemplo), do sabor (amargo, por 
exemplo), do odor (doce, por exemplo) e da percepção ao tato. 
 
b) Verificação da autenticidade: identidade botânica através de 
ensaios macroscópicos e microscópicos (determinados por 
tipos celulares e/ou estruturas características); presença de 
constituintes químicos ativos e/ou característicos da espécie 
(drogas pulverizadas devem ser avaliadas microscopicamente, 
complementadas com análises químicas). Testes 
histoquímicos que verificam a presença de alguns constituintes 
através de reações específicas (preconizadas pelas 
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27 
 
Farmacopéias). Ex: presença de taninos – cloreto férrico 
(coloração azul escura = positivo). Caracterização 
cromatográfica (processo físico-químico) – separação dos 
constituintes de uma mistura. Várias técnicas: Cromatografia 
em camada delgada; cromatografia em papel; Cromatografia 
líquida de alta eficiência e a cromatografia gasosa. 
 
c) Verificação da pureza da amostra: - presença de elementos 
estranhos à droga, teor de umidade,contaminação 
microbiológica e parasitária, resíduos de pesticidas e de metais 
pesados (estabelecidos nas Farmacopéias). Pesquisa de 
elementos estranhos. Ex: restos de caules em 
flores de camomila, fragmentos de outras plantas como 
gramíneas e plantas invasoras. A Farmacopéia Brasileira 
(2000) inclui como impurezas: fungos, insetos e outros 
materiais contaminantes. 
 
- Pesquisa de constituintes químicos indesejáveis: frutos 
de erva-doce (Pimpinella anisum L.) – reação com hidróxido de 
potássio e verificação do desprendimento de odor 
desagradável (parecido com a da urina de rato), 
caracterizando a presença de coniina (alcaloide tóxico 
presente em frutos de cicuta (Conium maculatum L.), planta da 
mesma família, cujo fruto apresenta semelhanças 
morfológicas). Presença de aflatoxinas (substâncias tóxicas 
produzidas pelo fungo Aspergillus flavus) em drogas 
oleaginosas. 
 
- Determinação do teor de cinzas: O ensaio de cinzas totais 
tem por finalidade determinar a quantidade de substâncias 
residual não volátil no processo de incineração, restando 
apenas à parte inorgânica, que é formada pelos constituintes 
das plantas (cinzas fisiológicas) e pelo material 
estranho (cinzas não fisiológicas). O teor de cinzas indica o 
cuidado no preparo e armazenamento da planta, assim como a 
adulteração (Ex: adição de areia e/ou terra), condições de 
cultivo (uso de fertilizantes). Coloca-se o material em cadinho 
de porcelana ou de platina e quantitativamente 
incinerado, até peso constante. Cinzas insolúveis em ácido: 
verificar a porcentagem de sílica e material silicoso (indicativo 
de pureza do insumo fitoterápico). 
 
 
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28 
 
 
Cinzas totais e insolúveis em ácido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Determinação do teor de umidade: Farmacopéia Brasileira 
(1988) preconiza o método gravimétrico (determinação do 
percentual de material volatizado após a dessecação–
secagem). O teor de umidade permitido está 
entre 8 a 14%. Este método não é recomendado quando a 
droga contém substâncias voláteis além da água. Outros 
métodos, também preconizados em Farmacopéias, podem ser 
utilizados para determinar o teor de umidade 
em drogas vegetais: destilação de tolueno (azeotrópico) e 
volumétrico (Karl Fischer), porém requerem equipamentos 
especiais e compreendem técnicas mais complexas. 
 
- Pesquisa de contaminantes microbiológicos: existem 
limites de tolerabilidade (frequentemente, aceitos os mesmos 
valores estabelecidos para alimentos). 
 
- Pesquisa de agrotóxicos e pesticidas: os limites toleráveis 
de agrotóxicos seguem as mesmas regulamentações dos 
alimentos. Empregam-se métodos cromatográficos para estas 
determinações. 
 
- Pesquisa de metais pesados: espectrofotometria de 
absorção atômica, espectrofotometria de emissão atômica ou 
volumetria inversa. 
 Ensaios quantitativos e semi-quantitativos de 
constituintes químicos: determinam o teor de 
substâncias ativas presentes nas drogas vegetais e 
dependem da classe dessas substâncias. O teor de 
constituintes químicos pode variar consideravelmente 
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29 
 
com a época e local de coleta, formas de cultivo, 
condições climáticas, idade do material vegetal, período 
e condições de armazenamento, entre outros. Definição 
do limite mínimo aceitável: ex: teor de óleo 
volátil de flores de camomila pode variar entre 0,3 e 1,5 
%, sendo preconizado, na maioria das Farmacopéias, 
um mínimo de 0,4%. 
- Drogas contendo óleos essenciais: arraste de vapor 
d’água. 
- Drogas contendo flavonóides, taninos, alcalóides, 
antraquinonas e outros grupos podem ser dosados 
empregando-se métodos titulométricos ou 
espectroscópicos (ultravioleta). 
- métodos semi-quantitativos: baseados em atividades 
biológicas ou propriedades físico-químicas. Exs.: índice 
de amargor (plantas amargas); índice de hemólise e de 
espuma (saponinas). 
 
 DOCUMENTAÇÃO E PROTOCOLOS DE ANÁLISE: 
deve haver uma ficha com as informações agronômicas 
da planta colhida (parte da planta colhida; método de 
secagem; condições do tempo durante a coleta; material 
cultivado ou silvestre etc.). Nos Protocolos de 
controle de qualidade de matéria-prima (Certificados de 
Análise) deve constar, entre outros itens: nome 
científico do vegetal; no. do lote; no. da exsicata 
(herbário); análise sensorial (organoléptica); 
características botânicas macroscópicas e 
microscópicas; reações químicas de caracterização 
(compostos químicos presentes); verificação de pureza 
(cinzas, dessecação etc.). 
 
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Exemplo de Laudo 
 
 
Aplicação dos métodos de cromatografia 
 
A cromatografia é um método analítico usado para o controle de 
qualidade de ativos e formas farmacêuticas. 
Atuação 
Atua em várias áreas de atribuição do controle de qualidade, como: 
 Determinação da porcentagem do princípio ativo; 
 Quantificação das impurezas de um produto; 
 Determinação da composição ou formulação de um produto; 
 Estudo de estabilidade e degradação de um produto. 
Desta forma, o controle de qualidade se beneficia ao usar uma técnica 
que permite obter resultados em curto espaço de tempo (em geral, 1 a 20 
minutos) e com alta precisão e exatidão. 
 
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Técnicas usadas 
Entre as técnicas mais utilizadas estão: 
 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
A CLAE é uma técnica físico-química de separação de compostos em 
que a amostra é introduzida no equipamento através de um injetor. Os 
compostos dessa amostra são arrastados por uma fase móvel (solventes como 
metanol, acetonitrila, água e outros) e passam por uma fase chamada 
estacionária (colunas cromatográficas conhecidas como C18, C8 e outras). 
A CLAE tem sido usada para determinação da porcentagem do produto 
ativo, na quantificação das impurezas de um produto, na determinação da 
composição ou formulação de um produto, e também no estudo de estabilidade 
e degradação de um produto. Em alguns casos, tem sido usada também para 
purificação de princípio ativo, área conhecida como cromatografia líquida 
preparativa. “Outro campo de aplicação é quando usada como ferramenta 
analítica para descoberta de novos medicamentos ou estudos de 
bioequivalência”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cromatografia em Fase Gasosa (GC). 
A Cromatografia em Fase Gasosa (CG) é uma técnica físico-química de 
separação de compostos. O processo é semelhante à CLAE, porém, a fase 
móvel que arrasta os compostos da amostra é um gás (H2, He, N2 e outros). O 
equipamento CG é composto de um compartimento de injetor, forno para 
coluna e detector. 
 
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A CG em indústrias farmacêuticas tem sido usada fundamentalmente 
para monitoramento de matérias-primas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagense desvantagens das técnicas cromatográficas 
A grande vantagem das técnicas cromatográficas está na capacidade de 
realizar separações e análises quantitativas de um grande número de 
compostos presentes em vários tipos de amostra, em uma escala de tempo 
relativamente pequena, com alta resolução, eficiência e sensibilidade. 
A única desvantagem da cromatografia gasosa seria o fato de ser 
aplicável somente a amostras voláteis ou volatilizáveis. A Cromatografia 
Líquida de Alta Eficiência tem uma sensibilidade menor quando comparada à 
cromatografia gasosa. 
As técnicas possibilitam realização de ensaios com resultados de alta 
confiabilidade, muitas vezes se constituindo em ensaios exclusivos que 
nenhuma outra técnica realiza. Por outro lado, o laboratório deve dispor de um 
investimento na aquisição, manutenção e treinamento dos usuários. 
 
Melhor escolha 
A escolha correta de colunas cromatográficas é etapa importante na 
montagem do sistema a ser utilizado. O conhecimento da matriz a ser 
analisada ou o analíto a ser detectável/quantificável é ponto de partida para a 
seleção da fase estacionária (coluna cromatográfica). 
Na área farmacêutica existem diretrizes a serem seguidas. A principal 
refere-se às metodologias encontradas nas farmacopeias brasileira ou 
internacional. Nestas encontram-se recomendações das colunas a serem 
usadas. Quando o ensaio não está previsto em uma farmacopeia, o usuário 
pode procurar na literatura (publicações, artigos, manuais e outros), ou então, a 
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34 
 
escolha pode depender de testes realizados com várias colunas no próprio 
laboratório. 
 
Objetivo dos testes cromatográficos 
O objetivo sempre será de trabalhar com uma coluna que permita que o 
sinal obtido do composto de interesse seja exclusivo deste composto. A 
escolha da coluna cromatográfica deve se basear nas características da 
amostra (estrutura dos compostos presentes, solubilidade e pKa) e nas 
diferenças químicas entre os compostos de interesse. Além disso, deve-se 
levar em consideração a estrutura química da fase estacionária, sua 
capacidade de retenção, o tamanho de partícula e as dimensões da coluna. 
 
PROCESSOS EXTRATIVOS 
 
 Etapas que devem ser realizadas antes da extração: 
 Coleta do material vegetal; 
 Secagem (temperatura abaixo dos 50º.C e com circulação de ar para 
que não haja saturação do mesmo). 
 Moagem (obtenção da droga vegetal pulverizada): aumenta a área de 
contato entre o material sólido e o líquido extrator, tornando a operação 
mais eficiente. TAMISAÇÃO: tornar o material o mais homogêneo 
possível e com uma granulometria estabelecida. 
 
EXTRAÇÃO 
 
Conceito 
Retirar de forma mais seletiva e completa, substâncias ou fração 
ativa contida na droga vegetal, usando-se um líquido ou mistura de líquidos 
apropriados e toxicologicamente seguros. 
Considerações importantes: 
 Características do material vegetal; 
 Seu grau de divisão; 
 O meu extrator (solvente); 
 Metodologia. 
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35 
 
Observação: quanto mais rígido for o material vegetal, menor deve ser sua 
granulometria. 
 Solvente 
De acordo com as substâncias que se deseja extrair – depende da 
polaridade (quando não se conhece a polaridade das substâncias a serem 
extraídas, faz-se uma extração fracionada, com ordem de polaridade crescente 
do solvente). Ex: para extração de alcalóides (subs. Alcalina) usa-se soluções 
ácidas = extração determinada pelo pH do líquido extrator. 
 
Obs: Praticamente todos os constituintes de interesse para análise 
fitoquímica, apresentam alguma solubilidade em misturas etanólicas ou 
metanólicas a 80%. Deve-se levar em consideração o risco no manuseio do 
solvente. 
o Velocidade de dissolução → agitação abrevia 
consideravelmente a duração do processo extrativo. 
 
o Aumento da temperatura → aumenta a solubilidade de qualquer 
substância (nem sempre o calor pode ser empregado, devido 
algumas substâncias das plantas serem instáveis em altas 
temperaturas). 
 
 
Tipos de Extração: 
a) Extração a Frio 
 Maceração 
 Percolação 
 
I) Maceração 
Extração em recipiente fechado, em diversas temperaturas, durante 
um período prolongado (horas/dias) sob agitação ocasional e sem 
renovação do líquido extrator. 
Obs: não conduz ao esgotamento da matéria-prima vegetal, devido 
a saturação do líquido extrator ou equilíbrio entre os meios. 
 
 
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Variações: 
o Digestão: ocorre em temperaturas de 40-60º.C 
o Dinâmica: sob agitação mecânica constante 
o Remaceração: renovando-se o líquido extrator e mantendo o 
mesmo material vegetal. 
 
Maceração de sementes de 
erva-doce (Pimpinella anisum L.) 
e azeite de oliva extra virgem. 
 
 
 
 
Drogas indicadas para este tipo de extração: 
 Que não apresentam gomas, resinas e alginatos. 
 Para tinturas-mãe (Homeopatia) e tinturas oficinais → usa-se etanol 
e soluções hidroetanólicas (o etanol não deve ser inferior a 20%). 
 
II) Percolação 
Extração exaustiva das substâncias ativas. 
A droga vegetal moída é colocada em recipiente cônico ou 
cilíndrico (percolador/funil de separação) de vidro ou de metal, 
através do qual é feito passar o líquido extrator. Há dois tipos: 
percolação simples e percolação fracionada. 
Operação dinâmica: indicada na extração de substâncias 
farmacologicamente muito ativas, presentes em pequenas 
quantidades ou pouco solúveis; quando o preço da droga é 
relevante. 
Percolação Simples 
Procedimento: 
o Intumescimento prévio da droga com o líquido extrator (1 a 2 
horas), fora do percolador. 
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37 
 
o Altura do enchimento do percolador: na proporção de 5:1 em 
relação ao diâmetro médio deste. Ex: percoladores oficinais (0,5 a 
1,0 ml/min/Kg) = lenta; (2,0 a 5,0 ml/min/Kg) = rápida. 
o As partículas devem ser de 1 a 3 mm – partículas menores 
podem ocasionar uma compactação, podendo comprometer o 
qualidade do processo. 
Desvantagem: a quantidade de líquido extrator requerida para 
esgotar a droga vegetal. Para solucionar este problema deve-se usar 
um sistema de percoladores em série: bateria de percolação (três ou 
mais percoladores são interconectados de tal modo que as frações 
mais diluídas de um percolador passam a alimentar o percolador 
seguinte, seguindo um esquema sequencial de percolação fracionada). 
 
Extração em carrossel 
Extração em contra-corrente – cada compartimento representa uma 
percolação separada, junto com a extração fracionada, representa dois 
exemplos de técnicas exaustivas utilizadas em grande escala. 
 
 
 
 
Extrator contínuo horizontal tipo 
carrossel. 
 
 
Percolação fracionada 
Separação das 2 ou 3 primeiras frações 
de percolado (75 a 80% das substâncias 
passíveis de serem extraídas); as frações mais 
diluídas são destinadas à fase posterior de 
concentração ou de simples ajuste do volume 
final. 
 
 
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III) Turbo-Extração 
Extração com simultânea redução de partícula – rompimento das 
células ocasionando rápida dissolução das substâncias ativas.Há uma 
limitação do emprego neste processo de líquidos voláteis e limitação do uso de 
caules, raízes. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Extrações a quente em sistemas abertos 
 
 INFUSÃO – material vegetal em água fervente, num recipiente 
tapado, durante certo tempo. Indicado para estruturas moles como: 
folhas e flores. 
 
Ex: Chá das folhas de hortelã 
Mentha piperita 
 
 
 
 
 DECOCÇÃO – manter o material vegetal em contato, durante 
certo tempo, com um solvente (normalmente água) em ebulição. 
Indicado para materiais duros como: raízes e cascas. 
 
 
 
 
Ex: Chá da casca da canela 
Cinnamomum verum 
 
 
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c) Extrações a quente em sistemas fechados 
 
 Extração sob refluxo – extração com solvente em ebulição – 
acoplado a um condensador. O solvente é recuperado e retorne 
ao conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Extração em aparelho de Soxhlet – usado para extrair 
sólidos com solventes voláteis. Em cada ciclo da operação, o 
material vegetal entra em contato com o solvente renovado. A 
extração é altamente eficiente, empregando-se uma reduzida 
quantidade de solvente. 
 
 
 
PURIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES EXTRATIVAS 
Depois da obtenção das soluções extrativas, existe a finalidade da 
separação da solução extrativa de resíduos vegetai e material em suspensão, 
formados após a extração. Dentre os principais tipos de operações de 
separação, destacam-se: a sedimentação, decantação, centrifugação e 
filtração. 
 
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TIPOS DE EXTRATOS 
Matéria-prima usada no preparo dos diversos tipos de extratos. 
 Droga vegetal moída ou rasurada – para a preparação de infusos e 
decoctos (chás). Podem ser acondicionadas em saches ou em 
envelopes plásticos. 
 Pós (droga vegetal pulverizada) – infusão; para extratos e/ou produtos 
seco para a dissolução a quente ou a frio. 
 
LIQUIDOS 
 Suco – preparações fitoterápicas aquosas obtidas por diversos 
métodos. 
 
 Extratos – produtos obtidos a partir de matérias-primas vegetais, 
através de várias metodologias de extração ou dissolução, através do 
emprego de misturas de solventes adequadas, em qualquer relação de 
concentração entre a matéria-prima vegetal e o meio líquido, tendo 
como objetivo retirar, com maior ou menor especificidade, determinados 
componentes. 
o Extratos líquidos: podem ser também preparados pela 
reconstituição de produtos secos ou concentrados. Um produto 
5:1 indica que uma parte do extrato representa cinco partes da 
matéria-prima vegetal original (Farmacopéia indicará a 
concentração usual). O material de acondicionamento do extrato 
influi na qualidade do extrato. 
o Extratos aquosos: devem ser preparados para uso imediato 
devido sua susceptibilidade de degradação e de contaminação 
microbiana. 
 
 Alcoolaturas: são preparadas de plantas frescas, por maceração em 
temperaturas ambiente com etanol. 
 
 Extratos fluidos: preparações líquidas mais concentradas – em geral 
com misturas hidroetanólicas como solvente. Em cada mililitro de extrato 
contém os constituintes ativos correspondentes a 1 g da droga 
(Farmacopéia, 1988). Concentração teórica de 100%, isto é, de 1 quilo 
de planta seca obtém-se 1 litro de extrato fluído. É mais concentrado 
que a tintura e, por conseguinte mais caro. 
 
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 Tinturas: são soluções extrativas alcoólicas ou hidroalcoólicas 
preparadas a partir de matérias-primas vegetais ou ainda como extratos 
de plantas preparados com etanol, misturas hidroalcoólicas em várias 
concentrações, éter ou misturas destes, de tal modo que uma parte da 
droga é extraída com mais de duas partes, mas menos que dez partes 
de líquido extrator, isto é, 10 ml de tintura devem corresponder aos 
componentes solúveis de 1 g de droga seca (Farmacopéia, 1988). As 
tinturas são classificadas em simples e compostas, conforme 
preparadas com uma ou mais matérias-primas vegetais. 
 
SEMI-SÓLIDOS 
 Extratos Moles: são preparações de consistência pastosa obtidos por 
evaporação parcial do solvente utilizado na sua preparação. São obtidos 
utilizando-se como solvente unicamente etanol, água e misturas 
etanol/água na proporção adequada. Apresentam no mínimo 70% de 
resíduo seco. Os extratos moles podem ser adicionados de 
conservantes para inibir o crescimento microbiano. 
 
SÓLIDOS 
 Extratos secos – Pode ser obtido tanto a partir da tintura como do 
extrato fluido, pode-se submeter os extratos líquidos à evaporação dos 
solventes até soluções bastante concentradas, de aspecto xaroposo. Tal 
solução recebe a adição de quantidades variáveis de excipientes sólidos 
(amido, por exemplo), e é então adicionada a um equipamento 
específico chamado atomizador (spray-dry *) onde, por vaporização em 
ambiente de vácuo, o extrato concentrado com excipiente sofre uma 
sublimação, perde todo o solvente ainda existente e se transforma no 
extrato seco. É um processo industrial que deve ser feito em grandes 
empresas, com potencial adequado de monitoramento de processo. 
 
o Secador Tipo Spray Dryer: O Spray Dryer 
é um equipamento destinado à secagem 
contínua e automática dos mais diversos 
produtos diluídos em água, que ocorre 
pulverizando-se a mistura para secar numa 
câmara juntamente com uma corrente de 
ar quente. Essa técnica permite uma 
secagem uniforme e perfeitamente 
controlada dentro dos parâmetros 
desejados. 
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 Liofilização (freeze drying): trabalha congelando a matéria-prima, 
passando-se então para a produção de vácuo e o aumento gradativo da 
temperatura, reduzindo-se deste modo a pressão circunvizinha, o que 
permite à água congelada no material passar diretamente da fase sólida 
ao gás. A aplicação do vácuo elevado na liofilização faz com que o gelo 
sublime muito mais rapidamente, tornando um processo de secagem 
deliberado. Uma câmara fria do condensador e/ou as placas do 
condensador fornecem uma superfície para o vapor se solidificar. A 
liofilização não causa, geralmente, o encolhimento ou endurecimento do 
material que está sendo desidratado, e os sabores/cheiros permanecem, 
também, virtualmente inalterados. A liofilização aumenta também a vida 
útil das drogas por muitos anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Rotavapor: concentração do extrato sob pressão reduzida. 
 
 
 
 
 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS: SÓLIDAS, SEMI-SÓLIDAS E LÍQUIDAS 
 (FITOTERÁPICOS) 
 
Estado físico de apresentação de agentes terapêuticos, constituído de 
componentes farmacologicamente ativos e de adjuvantes farmacêuticos. 
 
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SÓLIDAS 
 Granulados – aglomeração de matérias-primas pulvéreas e de outros 
adjuvantes farmacêuticos através do emprego de aglutinantes. 
 Cápsulas – dose individualizada de produtos secos (pós, granulados). 
Uso de extrato seco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Comprimidos – dose de componentes ativos individualizados na própria 
forma, pela compactação de matérias-primas sólidas (pós e granulados). 
Uso de extrato seco.Farmacognosia 
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SEMI-SÓLIDAS 
 Pomadas ou cremes de consistência elevada – aplicação sobre a 
pele. Abrange matéria-prima sólida, como os extratos secos e pós, até 
as líquidas, como soluções extrativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Emulsões – contendo extratos vegetais são obtidas através das 
metodologias usuais de emulsificação (dissolução ou suspensão de 
extratos líquidos, concentrados ou secos na fase mais adequada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍQUIDAS 
 
Os extratos líquidos podem ser adicionados a outras tinturas ou 
extratos fluídos gerando formas líquidas mistas, ou a xaropes, elixires, ou 
formas sólidas como pomadas, géis, fornecendo outros tipos de 
produtos. 
 Elixires: preparações líquidas, límpidas, hidroalcoólicas, apresentando 
teor etanólico na faixa de 20 a 50%. São preparados por dissolução ou 
diluição simples de extratos secos ou concentrados. 
 
 Xaropes: soluções aquosas que apresentam alta concentração de 
sacarose, normalmente superiores a 40%. Podem ser obtidos pela 
dissolução de extratos líquidos ou concentrados ou através da extração 
de drogas vegetais (percolação ou maceração) a frio ou a quente. 
 
 
PADRONIZAÇÃO DE EXTRATOS 
O primeiro critério a ser observado é a relação entre a droga e o extrato, 
isto é, quanto em peso foi inicialmente utilizado da planta seca para fornecer 
que quantidade de extrato seco. Normalmente, uma planta seca após 
extração e filtração fornece um extrato líquido que, se levado à resíduo 
por evaporação, fornece uma quantidade de pó (sem adição de 
excipientes) na proporção de cerca de 30%, havendo casos em que a 
variação vai de 5- 50% segundo a solubilidade dos ativos. 
Em 30% → a relação droga-extrato é de 3:1 representando que 
foram necessários 3 quilos da planta seca para fornecer 1 quilo de extrato 
em pó; para a planta que fornece 50% de resíduo, a proporção é de 2:1 e 
no caso da planta com 5% a proporção é de dez vezes maior, portanto, 
20:1. 
Como quase sempre ocorre adição de excipientes com objetivos de permitir 
que o processo industrial ocorra facilmente e diminuir a absorção de umidade 
do ambiente pelo extrato seco, essas proporções diminuem um pouco, mas 
sempre representam a concentração do extrato de modo geral. Entretanto, há 
casos absurdos no mercado em que, 1 quilo de planta é usado para se obter 2 
quilos de extrato seco (1:2). Isso evidencia um extrato no qual os ativos 
(geralmente na proporção de 30% do quilo inicial), estão diluídos em 170% de 
excipiente gerando um extrato quase “homeopático”, de tão pequenas são as 
concentrações de ativos disponíveis”. 
 
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Outra forma de padronização envolve o doseamento das substâncias 
químicas relacionadas aos efeitos terapêuticos, geralmente simbolizados em 
um ou outra delas que ocorrem na droga de maneira mais expressiva em 
quantidade ou potência farmacológica. Essas poucas substâncias são também 
chamadas de marcadores, geralmente os próprios princípios ativos ou, no caso 
de não se conhecer exatamente qual é o ativo, o que ocorre em abundância na 
planta. O emprego de extratos padronizados é condição essencial para que os 
efeitos terapêuticos sejam obtidos. 
 
METABOLISMO VEGETAL 
Definição 
 Conjunto de reações químicas que acontecem nas células das plantas e 
que tem como produto final moléculas denominadas metabólitos. Este 
metabolismo é dividido em primário e secundário. 
 
Conceitos 
 Plantas - constituem o reino vegetal (Plantae). São elas: briófitas, 
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. 
 Medicinal - é a planta que possui um ou mais de um princípio ativo, 
conferindo-lhe atividade terapêutica. 
 Princípio ativo - as plantas sintetizam compostos químicos a partir dos 
nutrientes da água e luz que recebem. Esses compostos podem 
provocar reações nos organismos, são os princípios ativos. São 
compostos sintetizados a partir do metabolismo secundário. 
 
Metabolismo Primário 
Relacionado aos processos vitais dos seres vivos. Produção de energia 
para manutenção da vida. 
São processos metabólicos que desempenham uma função essencial no 
vegetal: 
 Fotossíntese; 
 Respiração; 
 Transporte de solutos; 
 
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 Fermentação; 
 Síntese de ácidos graxos; 
 Síntese proteica; 
 Duplicação do DNA. 
 
 
 
 
 
Os compostos envolvidos no metabolismo primário possuem uma 
distribuição universal nas plantas: 
 Aminoácidos; 
 Nucleotídeos; 
 Lipídios; 
 Carboidratos; 
 Clorofila. 
 
Metabolismo Secundário 
O metabolismo secundário origina compostos que não possuem uma 
distribuição universal, pois não são necessários para todas as plantas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os compostos sintetizados por outras vias e que aparentam não ter grande 
utilidade na sobrevivência das espécies fazem parte do metabolismo 
secundário, por isso são chamados compostos secundários. 
Os pontos de origem e produção dos compostos secundários diferenciados 
são: 
a) Ácido chiquímico - precursor de compostos aromáticos. 
b) Aminoácidos – fonte de alcaloides peptídeos. 
c) Acetato malonato – precursor de ácidos graxos, polifenóis, isopreno, 
prostaglandinas e etc. 
 
Importância dos Metabólitos secundários 
Embora o metabolismo secundário nem sempre seja necessário para que 
uma planta complete seu ciclo da vida, ele desempenha um papel importante 
na interação das plantas com o meio ambiente. 
 Atividade contra ataque de herbívoros e patógenos; 
 Competição entre plantas; 
 Atração de polinizadores (dispersão de semente); 
 Absorção de raios UV; 
 Ação antimicrobiana; 
 Atividade antioxidante. 
 
Os compostos secundários podem ser utilizados em estudos taxonômicos 
(quimiossistemática). Ex.: Antocianinas e Betalaninas. 
Sua produção é condicionada por fatores genéticos, estágio de 
desenvolvimento, condições de saúde e fatores ambientais. 
Possuem ação protetora em relação a estresses abióticos, como aqueles 
associados com mudanças de temperatura, conteúdo de água, níveis de luz, 
exposição à UV e deficiência de nutrientes minerais. 
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Principais grupos de Metabólitos Secundários 
 Compostos Fenólicos – Ácidos fenólicos, Flavonoides, Antocianinas, 
Taninos, Quinonas, cumarinas e derivados. 
 Compostos Lipídicos – Terpenóides, Fenilpropanóides, Ligninas, 
Esteróides. 
 Compostos Sulfurados – Glicosinolatos, Allina. 
 Compostos Nitrogenados – Alcalóides, Melxannas, Aminas 
biogênicas, Compostos Cianogênicos. 
 
Todo o metabolismo vegetal está condicionado aos processos de 
fotossintéticos. Destes resultam todas as substâncias do metabolismo primário, 
as quais por sua vez irão originar metabólitos secundários. Através do 
metabolismo da glicose são formados praticamente todos os metabólitos 
primários e secundários.Farmacognosia 
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Síntese dos Metabólitos Secundários 
 
 
 
Alcaloides e terpenos são as classes químicas com mais potencialidades 
de fornecer compostos com atividade farmacológica. 
 Alcaloides: nicotina, pilocarpina, vincristina, vimblastina, emetina, 
morfina, beberina, catequina, dopamina, efedrina, etc. 
 
 Terpenos: citral, linalol, c‚nfora, carvacrol, carotenoides. 
 
 Flavonoides: flavus → amarelo das flores (atração de polinizadores). 
São exclusivos de plantas superiores. Anti-inflamatório, fortalecem vasos 
capilares, antibacterianos, diuréticos, etc. 
 
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 Taninos: proteção da planta contra herbívoros, são adstringentes, 
provocam a contração de vasos capilares, cicatrização de queimaduras 
e antidiarreico. 
 
 Óleos essenciais: substâncias voláteis conhecidas pelo aroma que 
caracteriza certas plantas, ex: mentol, eucaliptol. Propriedades: 
bactericida, antivirótico, antiespasmódico, analgésico, cicatrizante, 
expectorante, relaxante, vermífugo, etc. 
 
 Cumarinas: gramíneas e umbelíferas são particularmente ricas em 
cumarinas, podem apresentar odor. Propriedades: antibacteriano, 
estimulam a pigmentação da pele. 
 
 Antraquinonas: são purgativos, estimulam os movimentos peristálticos. 
 
 Ácidos orgânicos: málico, cítrico, tartárico, oxálico. Os ácidos têm ação 
laxativa, outros aumentam o fluxo de saliva, contribuindo para reduzir o 
número de bactérias que causam cáries. Geralmente os ácidos são 
laxativos e diuréticos. O ácido oxálico estimula o surgimento de cálculos 
renais e reduz a proporção de cálcio no sangue, afetando o coração. 
 
 Mucilagens: laxativos, aumentam a secreção de muco. 
 
 Substâncias amargas: estimula no organismo o funcionamento das 
glândulas, produzindo vários efeitos: Aumenta a secreção de sucos 
digestivos, aguçando o apetite, e a produção e fluxo da bílis. 
 
 Saponinas: formam espuma em água. Ação anti-inflamatória, laxativo 
suave, diurético e expectorante. 
 
 Compostos fenólicos: originam diversos outros, como os taninos Ex: 
ácido salicílico, que tem ação antisséptica, analgésica e anti-
inflamatória. 
 
 Compostos inorgânicos: sais de cálcio e potássio → diuréticos. 
Cálcio → Formação da estrutura óssea. 
Sais de silício → Fortalecimento do tecido conjuntivo. 
 
 
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Metabólitos derivados do Acetato 
 
Metabólitos derivados do Mevalonato: Isoprenóides 
 
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