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RESUMO - Idade Moderna (ENEM)

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Idade Moderna 
 
A Idade Moderna caracteriza-se por 
transformações estruturais profundas: 
Modo de produção feudal→Mercantilismo; 
Política descentralizada→Absolutismo; 
Igreja Católica poderosa→Reforma 
Protestante; 
Teocentrismo→Renascimento/Iluminismo; 
 
A formação dos Estados Nacionais foi um 
processo que procurou conduzir as 
problemáticas do século XIV, mantendo, 
por meio de acordos entre a Igreja, a 
nobreza e a burguesia, privilégios 
políticos, econômicos e sociais. As 
principais características desse 
movimento foram a centralização do poder 
na figura de Reis e Príncipes, a 
unificação de pesos e medidas, a 
tributação, a criação de um exército 
nacional, a proteção do território e de 
fronteiras e a garantia de monopólio 
comercial sob as regiões dominadas. Era 
comum, além disso, a oficialização de um 
idioma, a composição de uma Constituição 
e de um corpo de funcionários públicos. 
O absolutismo monárquico é uma forma de 
organização política que concentrou 
destaque durante o fim da Idade Média e 
parte da Era Moderna. Caracterizado pela 
concentração de poderes estatais na 
figura do soberano, o qual emergia como 
Rei por meio da manutenção de uma 
dinastia familiar. A monarquia era 
legitimada pelo catolicismo – teoria da 
vontade divina – e por pactos com a 
aristocracia e com a burguesia. Apesar 
de possuir delineamentos específicos às 
regiões em que predominava, havia 
características gerais no que tange à 
sua constituição. Quanto à disposição 
econômica moderna, o mercantilismo, com 
suas práticas comerciais que visavam o 
acúmulo de capital na Metrópole, foi a 
fase inicial do modo de produção 
capitalista. Dentre as suas 
características: 
→Intervenção estatal na economia; era 
de interesse do Estado o 
intervencionismo econômico a fim de 
realizar a manutenção da balança 
comercial favorável. 
→Protecionismo alfandegário; taxação 
dos produtos estrangeiros. 
→Metalismo ou bulismo; busca por metais 
preciosos. 
→Pacto colonial e monopólio comercial 
em relação às colônias. 
O primeiro Estado Nacional unificado foi 
Portugal (séc. XIV). As cruzadas 
permitiram a expulsão dos mouros da 
Península Ibérica e a Guerra dos Cem 
anos, ao interromper temporariamente as 
rotas centrais europeias, corroborou o 
desenvolvimento das cidades litorâneas 
portuguesas e a criação de novos 
trajetos marítimos. Nesse sentido, após 
crise sucessória que resultou na 
Revolução de Avis e na formulação de uma 
nova dinastia, a centralização foi 
finalizada. Desse processo elaborou-se 
a união entre burguesia e nobreza, a 
libertação dos servos e a promulgação da 
Lei das Sesmarias (obrigação de tornar 
as terras produtivas). Acompanhando essa 
tendência, a futura Espanha, comandada 
pelos Reis Fernando de Aragão e Isabel 
de Castela, reuniu, por laços 
matrimoniais e pela 
reconquista da Península, as condições iniciais para a unificação. Esse novo 
território, tutelado pela Igreja Católica, iniciou a construção de uma unidade 
política e administrativa em torno da religião e da língua castelhana. Essa 
centralização, contudo, não foi homogênea e as diferenças culturais e políticas 
prevaleceram. A exemplo, hoje, a Catalunha – região autônoma espanhola – defende a 
sua independência política do restante da Espanha. 
 
Os anglo-saxões, tribos de origem germânica ocidental, se instalaram na parte oriental 
da Grã-Bretanha no século V e vieram a exercer domínio sobre a Inglaterra e também 
sobre partes da Baixa Escócia no decorrer dos séculos seguintes, regiões que, no 
século VII, se converteram ao cristianismo. Dentre os inúmeros processos históricos 
que decorrem da sua centralização, a assinatura da Carta Magna, documento que previa 
certas limitações ao Rei e a formação de um Conselho composto pelo Clero e pela 
Nobreza, foi um importante evento que determinaria a constituição futura da monarquia 
parlamentar inglesa. Além disso, a Guerra dos Cem Anos (século XV) entre França e 
Inglaterra, permitiu a consolidação de uma nascente consciência nacional e 
territorial, além de um exército e a centralização do poder. Enfim, com a ascensão 
da Dinastia Tudor após a Guerra das Duas Rosas, o Estado Nacional inglês é formado. 
 
Já a França, além de ter a sua centralização projetada pela Guerra dos Cem Anos, foi 
influenciada pelo enriquecimento da Dinastia Capetíngia por meio do recolhimento de 
tributos em vias comerciais. Essa família formulou um projeto de Estado Nacional que 
foi fortalecido ao longo de diversos reinados, apesar da momentânea retração durante 
o conflito com a Inglaterra. As derrotas iniciais, a fome e a Peste geraram 
insatisfação para a burguesia, o que colaborou para o aumento das tensões no campo e 
para a eclosão das jacqueries, revoltas servis surgidas no contexto de 
superexploração. Esse momento foi finalizado após a derrota inglesa e a ascensão da 
Dinastia dos Valois. 
Absolutismo 
Esse tipo de governo prevaleceu em grande parte dos países europeus entre os séculos 
XVI e XVIII. Possui como característica principal a concentração do poder na figura 
do governante, o qual era creditado como uma escolha divina. Esse monarca, legitimado 
pela Igreja, pertencia a uma dinastia principal. A sociedade dessa época, dado a 
importância creditada às origens sociais e familiares, era marcada pela divisão em 
camadas hierarquizadas. Aos níveis superiores pertenciam o Clero e a nobreza, e aos 
inferiores a burguesia e a plebe. Importante destacar que essa divisão, sobretudo no 
que tange à nobreza, permitiu a manutenção, por meio de privilégios concedidos pelo 
Rei, do poder centralizado em sua figura; a acomodação 
de interesses diversos possibilitava aos governantes a expansão, em 
maior ou menor grau, de suas respectivas governabilidades. 
Um dos casos mais emblemáticos da história europeia ocidental foi o 
francês. Após inúmeros conflitos religiosos entre católicos e 
protestantes – que impediam a unificação hegemônica – um casamento 
(Bourbon + Valois) foi apontado como a solução para a problemática. 
Contudo, o crescimento dos aderentes ao calvinismo exigiu, da rainha 
católica Caterina de Médici, plano mais eficaz de combate. Desse modo, 
uma trama arquitetou-se a fim de assassinar almirante Coligny, 
principal chefe huguenote. A situação saiu de controle e o que se 
observou foi o massacre dos protestantes comandado pela população 
francesa, de maioria católica, episódio conhecido como a Noite de São 
Bartolomeu, em 1572, quando cerca de trinta mil protestantes foram 
assassinados. A saída para o embate se deu a partir da ascensão de 
Henrique IV que, apesar de ser protestante, manteve o catolicismo 
como a religião oficial da França e garantiu tolerância aos huguenotes 
– essa estratégia foi consolidada através da assinatura do Édito de 
Nantes (direitos religiosos, civis e políticos). Essa flexibilidade 
seria, posteriormente, revogada no reinado de Luis XIV (Édito de 
Fontainebleau; revogava o Edito de Nantes, ordenando a destruição de 
igrejas huguenotes e o fechamento de escolas protestantes.). 
Em paralelo, na Inglaterra, a existência da monarquia foi 
caracterizada de maneira diferente. A Magna Carta, promulgada por um 
Conselho embrionário no tocante ao Parlamento atual, dimensionou e 
sugestionou a autoridade real. Henrique VIII, monarca Tudor, foi um 
dos personagens principais na centralização e consolidação da 
monarquia inglesa. Foi ele o responsável pela distensão com a Igreja 
Católica Romano e pela criação da Igreja Anglicana. A Reforma 
Protestante na Inglaterra, além de estabelecer o rei como chefe 
supremo da nova Igreja, permitiu o enriquecimento do Estado por meio 
do confisco de terras e bens do clero católico. 
 
Mercantilismo 
O mercantilismo foi um sistema de práticas comerciais dos Estados 
Nacionais modernos que objetivavam a acumulação de capitais. É uma 
fase inicialdo modo de produção capitalista. Possuía as seguintes 
características: 
- Intervenção estatal: era interesse do Estado a cobrança excessiva 
de impostos; 
- Balança comercial favorável; 
- Investimento e/ou concessão de privilégios aos produtores 
manufatureiros locais; 
- Protecionismo alfandegário (a fim de proteger a produção interna); 
- Metalismo; 
- Pacto Colonial (permitia o monopólio comercial com as colônias). 
Na França ficou conhecido como Colbertismo e na Inglaterra como 
comercialismo. 
 
Expansão Marítima 
Processo no qual os estados nacionais europeus voltaram-se à 
exploração marítima, consequência direta da transformação das ideias 
sociais, econômicas e políticas da época. O Metalismo, o mercantilismo 
e a modificação das estruturas estáticas medievais fizeram o homem 
perceber o mundo por meio de dinâmicas novas. Desse evento, rotas 
comerciais foram inauguradas e o controle colonial das Américas foi 
instaurado. Inicialmente, Portugal foi uma das nações a experimentar 
inovações que contribuíram com a navegação, tais qual o astrolábio, 
a caravela e a cartografia. Ademais, sua localização geográfica era 
privilegiada. O objetivo inicial desse era, naquele momento, a procura 
por um modo de chegar às Índias. A busca por caminhos alternativos 
se deu, sobretudo, em razão do controle exercido pelas cidades 
italianas sob o comércio do Mar Mediterrâneo e por comerciantes 
nômades sob os impostos dos produtos que saiam da Ásia. Válido 
elucidar que, apesar da retração desses territórios e o fechamento 
do entreposto com a invasão turca em 1453, o aparato naval português 
não acompanhou o encolhimento, pelo contrário, teve o seu fomento 
intensificado. Além disso, a produção de excedentes – característica 
principal do desenvolvimento de um mercado capitalista – fez 
imprescindível a conquista de novos mercados consumidores. Para além 
dos motivos destacados, o espírito cruzadista corroborou a procura 
por regiões inexploradas, já que o encontro com povos – desconhecidos 
ou não – representava a ampliação da fé católica. A Espanha também 
foi protagonista da expansão além-mar que, oposta a Portugal, apostou 
na busca por uma rota não contornasse o continente africano, mas 
Elementos importantes: A conquista, por Portugal, da cidade de Ceuta, 
em 1415, a qual concede o controle da entrada do Mar Mediterrâneo 
(Estreito de Gibraltar). Conquista do Cabo Bojador em 1434. Travessia 
realizada por Bartolomeu Dias do Cabo das Tormentas (Atualmente Cabo 
da Boa Esperança). Chegada, em 1492, de Cristóvão Colombo à América 
Central. Essa descoberta gera conflito entre as duas principais nações 
católicas. A divisão desse território fica, por fim, acordada mediante 
o Tratado de Tordesilhas, em 1494. 
 
Renascimento 
O termo Renascimento designa um conjunto de transformações na 
mentalidade do homem europeu ocorrido entre o final da Idade Média e 
o início da Idade Moderna. Essas mudanças se refletiam na crescente 
valorização e estudo das atividades humanas – o humanismo – e em uma 
postura mais racional e individualista diante do mundo em que viviam 
aqueles homens. 
Apesar da difusão de alguns aspectos considerados inéditos para aquele 
momento histórico, como a criação da Imprensa por Gutenberg, a 
Renascença não foi um movimento uniforme e experimentado por toda a 
sociedade moderna. Foi algo que aconteceu, majoritariamente, nas 
cidades e nas camadas sociais mais altas. A religiosidade não foi 
totalmente abandonada e, no meio rural, a consciência medieval 
permaneceu por vários séculos. Além disso, eram características do 
Renascimento: 
- Antropocentrismo; 
- Humanismo; 
- Racionalismo; 
- Individualismo; 
- Naturalismo; 
- Retomada dos valores clássicos; 
- Mecenato; 
- Busca pela perfeição; 
 
Reforma 
Momento no qual a cristandade ocidental se dividiu. Ocorreu o 
surgimento de religiões protestantes e a contestação das normas 
instituídas pela Igreja Católica. Diversos fatores contribuíram para 
isso, destacando-se o fortalecimento da classe burguesa, a crescente 
valorização da razão e o aperfeiçoamento da imprensa. Além disso, a 
tradução da Bíblia, a crítica às indulgências, ao luxo e a corrupção 
do Clero foram componentes essenciais na contestação do catolicismo. 
→Primeira Cisma do Ocidente – Separação entre a Igreja Católica 
Romana e a Igreja Ortodoxa Bizantina (Por quê? Questionamento da 
autoridade papal, crítica à adoração de imagens religiosas e à 
idolatria.). Discussões e críticas aos dogmas católicos, no entanto, 
se intensificaram com o desenvolvimento da modernidade. 
A religião católica caracterizou-se, em um momento pré-
contrarreforma, por alguns elementos principais. A heresia, nomeação 
concedida pela Igreja aos pecados cometidos por indivíduos diversos, 
foi uma delas. O responsável pelo controle e pela punição dessas era 
o Tribunal do Santo Ofício. Foi alvo de críticas por franciscanos e 
cátaros. O monopólio da Bíblia – superado posteriormente com traduções 
ao inglês, ao francês e ao alemão – concedia o poder de controle da 
interpretação dos escritos. Não obstante, as indulgências vendidas 
pela Igreja, a belicosidade do Clero, o excessivo luxo, a corrupção 
e a cobrança de dízimos demarcaram esse período. Havia, ainda, a 
relação dessa Instituição com o poder real – por vezes, conflituosa, 
apesar da defesa da posição de Reis, por meio da ideia do direito 
divino, pelo catolicismo. Por fim, a busca pelo lucro empreendida 
pela burguesia foi um aspecto duramente condenado pela Igreja. 
Reforma Calvinista / Reforma Luterana / Reforma Anglicana: 
 
Contrarreforma 
Resposta concedida pela Igreja Católica Romana aos movimentos 
reformistas. Mediante a adoção de um conjunto de medidas que visavam 
o enfraquecimento das “heresias protestantes”, a instituição promoveu 
uma modificação em parte de suas estruturas. Concílio de Trento (1545-
1563) – Reconhecimento da Companhia de Jesus, punição dos hereges 
pela Inquisição, publicação de uma lista (Index) com livros proibidos 
aos católicos, proibição da venda de indulgências e criação de 
seminários (escolas especializadas na formação dos membros do clero). 
 
Revolução Inglesa 
Para diversos historiadores, a idade média na Inglaterra foi 
finalizada com a eclosão da Revolução Inglesa (século XVII). Durante 
esse processo, houve a submissão do poder real ao Parlamento e a 
abolição dos direitos feudais.

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