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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Professor Me. Fernando Guiraud de Brito Professor Me. Paulo Pardo Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz GraduaçãO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção de Operações Chrystiano Mincoff Coordenação de Sistemas Fabrício ricardo Lazilha Coordenação de Polos reginaldo Carneiro Coordenação de Pós-Graduação, Extensão e Produção de Materiais renato dutra Coordenação de Graduação Kátia Coelho Coordenação Administrativa/Serviços Compartilhados Evandro Bolsoni Coordenação de Curso aliciane Kolm Gerência de Inteligência de Mercado/Digital Bruno Jorge Gerência de Marketing Harrisson Brait Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nalva aparecida da rosa Moura Supervisão de Materiais Nádila de almeida Toledo Design Educacional Fernando Henrique Mendes rossana Costa Giani Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Editoração Jaime de Marchi Junior Humberto Garcia da Silva Revisão Textual Nayara Valenciano rhaysa ricci Correa Susana Inácio Ilustração robson Yuiti Saito CENTrO uNIVErSITÁrIO dE MarINGÁ. Núcleo de Educação a distância: C397 BrITO, Fernando Guiraud/PardO, Paulo/ VaZ, Fabio Oliveira. Gestão da Cadeia de Suprimentos, Maringá - Pr, 2014. 160 p. “Graduação - Ead”. 1. Gestão. 2. Cadeia de Suprimentos. 3. Logística. Ead. I. Título. ISBN Cdd - 22 ed. 658.4 CIP - NBr 12899 - aaCr/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CrB-8 - 6828 Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. a busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos fará grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro universitário Cesumar – assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. diante disso, o Centro universitário Cesumar al- meja ser reconhecida como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quan- do investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequente- mente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. de que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa- zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa- tível com os desafios que surgem no mundo contem- porâneo. O Centro universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó- gica e encontram-se integrados à proposta pedagó- gica, contribuindo no processo educacional, comple- mentando sua formação profissional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inse- ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproxi- mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi- bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pes- soal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cres- cimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. utilize os diversos recursos peda- gógicos que o Centro universitário Cesumar lhe possi- bilita. Ou seja, acesse regularmente o aVa – ambiente Virtual de aprendizagem, interaja nos fóruns e en- quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus- sões. além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui- lidade e segurança sua trajetória acadêmica. Professor Me. Fernando Guiraud de Brito Possui graduação em administração de Empresas pela Faculdade Católica de administração e Economia (2001) e Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas pela Pontifícia universidade Católica do Paraná (2007). atualmente é professor no MBa em Planejamento e Gestão de Negócios na universidade Positivo, professor de ensino superior – uNIFaE – CENTrO uNIVErSITÁrIO FraNCISCaNO. Formado no MBa em Gestão de Sistemas Logísticos pela uFPr e Especialista em Gestão da Qualidade – Six Sigma pela FaE CdE em Curitiba (Pr). Tem experiência na área de administração, com ênfase em administração da Produção, Qualidade e Logística, atuando principalmente nos seguintes temas: logística, supply chain, PCP, manutenção, tpm, teoria das restrições, produção, gestão industrial, projetos e qualidade. A U TO RE S Professor Me. Paulo Pardo Mestre em administração pela universidade Estadual de Londrina. atualmente é coordenador do curso de Gestão Pública do Núcleo de Educação a distância da unicesumar. Trabalha na coordenação do projeto de pós graduação na unicesumar. Tem experiência na área de administração, com ênfase em administração de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: logística, sistema financeiro nacional, bolsa de valores, mercado de ações, marketing e gestão ambiental. É professor de pós-graduação na área de administração da unicesumar, na cidade de Maringá-Pr. É autor de livros didáticos para Educação a distância nas áreas de Logística, Mercado Financeiro e de Capitais, Marketing e Gestão ambiental, Teoria Geral da administração. É consultor na área de marketing com foco em pesquisa de mercado. Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz Mestrando em administração com a linha de pesquisa Gestão de Pessoas e Organizações pela Faculdade Metodista (SP). Pós-Graduado MBa em Marketing pela Faculdades Maringá (Pr). Possui graduação em administração pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (2007). atualmente é professor – Cespri – Centro de Ensino Superior de Primavera – SP e da Fatecie – Faculdade de Tecnologia do Norte do Paraná. Professor de pós-graduação do Instituto Paranaense de Ensino – Maringá – Pr e da MaxPós (Faculdade Ingá) de dourados – MS. Tem experiência na área de administração e Marketing. Coordenador da agênciade Marketing da Faculdade Fatecie de Paranavaí-Pr. atuação na área do Marketing digital, E-Commerce, M-Commerce e E-Business. ApRESENtAção GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS SEjA BEM-VINDO(A)! Prezado(a) aluno(a), é com grande prazer que iniciamos a disciplina Gestão da Cadeia de Suprimentos. Esta é uma disciplina fundamental na formação de um gestor logístico e, por essa ra- zão, nos esforçamos trazer para você bons fundamentos que lhe possibilitará obter uma visão geral do Supply Chain Management, ao mesmo tempo fornecendo indicativos de complementação de seus estudos, fundamental para todo profissional de sucesso. Somos os professores Fernando Guiraud de Brito, Fábio Oliveira Vaz e Paulo Pardo. Procuramos vincular nossa experiência prática com o assunto em uma pesquisa deta- lhada do que o mercado vem praticando, aliado a uma fundamentação teórica sólida, que lhe propicie um entendimento amplo de todos os assuntos que abordaremos. Primeiramente, gostaríamos de apresentar-lhe o que você encontrará nos seus estudos ao longo das cinco unidades. Na unidade I você será apresentado(a) aos fundamentos e a história do Supply Chain Management. Esta unidade terá também, como objetivo, apresentar de forma clara e objetiva a evolução produtiva e logística ao longo do tempo, e seus reflexos nas estra- tégias gerenciais dos recursos empresariais. apresentaremos também os aspectos que definem as melhores estratégias de abastecimento entre os diversos integrantes que fazem parte de uma cadeia de suprimentos, bem como seus papéis para gerar e agregar valor ao longo das atividades aos produtos e/ou serviços. a unidade II terá como objetivo compreender os fatores externos ao negócio que afe- tam a cadeia de suprimentos e apresentar-lhe a importância dos sistemas de informa- ção como ferramentas de vantagem competitiva. um ponto muito interessante e que ganha cada vez mais relevância você também verá abordado aqui: trata-se da logística reversa e como esta influencia a cadeia de suprimentos. a unidade III mostrará a necessidade de cooperação na Cadeia de Suprimentos, como essa cooperação pode ser desenvolvida ao nível de alianças estratégicas. Podemos adian- tar que, sem o desenvolvimento dessa cooperação, os gestores têm muito mais dificulda- de em estabelecer parcerias duradouras, que possam ser usadas como diferencial frente à concorrência. a unidade também considerará os impactos financeiros nas decisões da cadeia de suprimentos. Ficará claro para você como as decisões que são tomadas pela logística refletem-se nos resultados financeiros organizacionais, positiva ou negativamen- te. É importante que você saiba que a lucratividade é necessária para a sobrevivência da empresa e para que ela possa traçar estratégias de crescimento ou de competitividade. Na unidade IV abordaremos alguns pontos essenciais para a Cadeia de Suprimentos. Você verá o processo de compras e sua importância estratégica para os resultados fi- nanceiros e para o nível de serviços a ser ofertado aos clientes. Também você será apre- sentado ao cenário atual da logística em relação às compras da organização, principal- mente nos aspectos da influência dos estoques sobre os resultados financeiros. Este aprendizado será muito importante para você na tomada de decisão sobre níveis de estoque e estratégias de reposição. Finalizando o conteúdo deste livro, na unidade V trataremos do conceito de nível de serviço ao cliente e suas implicações sobre as decisões logísticas. Você perceberá que a organização precisa conhecer sua capacidade de atendimento atual para tra- çar estratégias de oferta de nível de serviços. Neste mundo altamente competitivo em que o cliente ganha mais poder a cada dia, não se pode fazer promessas que não possam ser cumpridas. a confiança é fundamental nas relações de negócio. Por isso, a empresa precisa monitorar constantemente seus processos logísticos. Neste ponto você será apresentado aos Indicadores de desempenho, que possibilitam es- tabelecer um controle efetivo sobre os processos, mensurando resultados e compa- rando-os com as melhores práticas do setor. Introduzindo o conteúdo, passaremos a considerar alguns aspectos importantes a respeito do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. No artigo “desenho e análise da Cadeia de Suprimentos de Pacotes de Lazer para o Nordeste Brasileiro”, os autores Fernando Serson, Luiz Carlos di Serio e Luciel Hen- rique de Oliveira nos fornecem uma análise possível a respeito da Cadeia de Supri- mentos que citaremos a seguir. Para di Serio e Santos (2005), a gestão da cadeia de suprimentos pode ser definida como sendo o gerenciamento de toda a gama de organizações, as quais se relacio- nam com fornecedores e clientes, bem como dos distintos processos e atividades que agregam valor por meio de serviços, informações e produtos que estão em evo- lução contínua e desta forma influenciando a lucratividade de toda a cadeia. ainda segundo di Serio e Santos (2005), a gestão da cadeia não apenas viabiliza a disponibilização de produtos e serviços aos clientes ou usuários finais desses, mas possibilita o equilíbrio eficiente de toda a cadeia, o que é condição necessária para uma distribuição dentro dos padrões desejados pelo mercado. O mapeamento (desenho) da cadeia de suprimentos é definido por Fine (1998) de forma análoga ao mapeamento do genoma humano, ou seja, para que uma em- presa consiga compreender a cadeia de capacidades e suprimentos, na qual está envolvido, ele deve iniciar com um mapa, o qual identifica todas as organizações envolvidas no rol das atividades dessa empresa – objeto de análise – bem como os subsistemas proporcionados por essas companhias e, a capacidade e contribuições que elas trazem para a proposição de valor; e, ainda, a contribuição tecnológica de cada uma delas para o produto ou serviço final da empresa. desta forma, fica mais fácil o processo de identificação das oportunidades de melhoria a serem tratadas. Já para Bertaglia (2003), a demanda deve ser o ponto inicial para todo projeto de dis- tribuição e abastecimento e esse deve possuir como objetivo, deixar clara as ações tomadas para garantirem uma cadeia que satisfaça adequadamente a demanda em um processo confiável e sem rupturas. Fine (1998) propõe que, ao se fazer o mapeamento da cadeia de suprimentos pode trabalhar com múltiplas cadeias distintas, atuando de forma sinérgica e gerando ApRESENtAção fortalecimento. desta forma, projetam-se mapas distintos, cada um com referên- cia a uma determinada região. Inicialmente, projeta-se o mapa das capacidades às condições e possibilidades de cada um dos componentes da cadeia; depois se projeta o mapa das tecnologias envolvidas onde são colocadas as competências tecnológicas de cada um dos componentes da cadeia; e finalmente projetado o mapa das empresas envolvidas na cadeia, que deixa claro quais as interações entre empresas que fazem parte desta cadeia. Slack, Chambers e Johnston (2002) definem o termo rede de suprimentos como de- terminação de todas as unidades de negócios que se encontram conectadas, a fim de prover os suprimentos de bens e serviços até os clientes finais. Para estes autores, a gestão da cadeia de suprimentos é a gestão da interconexão das empresas que se relacionam por meio de ligação à montante e à jusante entre os diferentes processos que agregam valor e geram lucratividade na forma de pro- dutos e serviços para os consumidores finais desta cadeia. decorrente das transformações com o avanço da tecnologia empregada pelas em- presas no âmbito global, as empresas não apenas precisam ser mais ágeis na per- cepção das mudanças no ambiente em que atuam, mas também ter condições de reagir a elas. Os autores Prahalad e ramaswamy (2000) deixam claro o quão neces- sário é o desenvolvimento de processos dinâmicos de suprimentos, principalmenteapós a Internet estar tão presente em nosso meio, quando os consumidores tiveram a possibilidade de se comunicar com as fontes de produtos e serviços de forma di- reta. Para ambos, os consumidores deixam de ser agentes passivos e se tornando então, de modo e com participação realmente proativa, gerando um processo de co-criação, como demonstrado no Quadro 1 a seguir. CONSuMIdOrES COMO aGENTES PaSSIVOS aGENTES aTIVOS Persuadir grupos Pré-determinados de Consumidores Transações Visam compradores individualmente Ligações dura- douras Com consumidores Consumidores parti- cipam da Criação de valor Período anos 70 e 80 Incio dos anos 90 década de 1990 ano 2000 em diante Papel do Consumidor Consumidor é visto como comprador passivo, com Papel de consumo pré-determinado O Consumidor ajuda a criar e a extrair valor dos negócios Ponto de vista da direção do Negócio O Cliente é uma Média estatística O Cliente é uma estatística unitária em uma transação O cliente é uma pessoa; confiança e relacionamento são cultivados O cliente não é só um Individuo; faz parte do tecido social e cultura Emergente Fluxo de Informações Comunicação de mão única database marke- ting – Comunica- ção de duas vias Marketing de relacionamento: acesso à comunica- ção de duas vias diálogo ativo com o cliente para apreender as expectativas e criar burburinho. acesso e comunicação em vários níveis Quadro 1 – Evolução da Transformação dos Consumidores Fonte: Prahalad e ramaswamy, 2000 ApRESENtAção assim, conforme Batezzatti e Magnani (2000), para ter condições de atuar em am- bientes tão dinâmicos, provendo produtos ou serviços customizados sem que exis- ta um aumento excessivo nos custos, as organizações podem, em relação à cadeia de suprimentos, adotar opções tais como a Cadeia de suprimentos enxuta ou a Ca- deia de suprimentos ágil. Na chamada cadeia de suprimentos enxuta projeta-se uma cadeia de relaciona- mentos entre várias empresas componentes da cadeia, com capacidade de gerar rapidez com eficiência seus componentes e de forma sincronizada com as expecta- tivas dos consumidores. Para tanto, se faz necessária a eliminação de perdas de for- ma efetiva, bem como uma administração eficaz e eficiente em estoques, sistemas e processos. Técnicas como Just in Time (JIT), Lean Manufacturing, Vendor Managed Inventory (VMI) e Efficient Consumer Response (ECr) são exemplos de estratégias ti- picamente adotadas. Em uma cadeia de suprimentos ágil desenvolve-se uma cadeia de negócios capaz de prosperar de forma rápida em processos mutáveis nos aspectos ambientais e/ou de demanda. Nesta cadeia, as estruturas organizacionais e os processos administra- tivos são estruturados de modo a possibilitar e viabilizar a conversão ágil e consis- tente das decisões de seus participantes, agregando valor pela agilidade, pontuali- dade, sincronismo e capacidade de reação. Figura 1: Cadeia Ágil, Cadeia Enxuta e Cadeia Lean and Agile Fonte: adaptado de SaMPaIO (2003); NaYLOr, NarIN e BErrY (1999). Em outra análise podemos afirmar que os conceitos relacionados à Cadeia de Supri- mentos estão ligados diretamente ao papel dos integrantes que compõe a Cadeia Suprimentos e também às ações realizadas por eles. Exemplo disso são as explica- ApRESENtAção CADEIA ENXUTA CADEIA LEAGILE CADEIA ÁGIL FORNECEDOR PROCESSO ÁGIL CONSUMIDOR PROCESSO ÁGIL PONTO DE DESLOCAMENTO FORNECEDOR PROCESSO ENXUTO CONSUMIDOR FORNECEDOR PROCESSO ENXUTO CONSUMIDOR ções de Chopra e Meindi (2001) sobre as informações que se tornam necessárias para a tomada de decisão no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (termo pri- mário constituído pelo Council of Logistics Management que vem de Supply Chain Management). a tecnologia da informação aplicada aos processos logísticos é uma ferramenta que pode identificar, reunir e promover informações imprescindíveis para que o processo de tomada de decisão sobre sistemas logísticos seja otimizado. Para termos uma noção mais realista deste conceito, pode-se confirmar esta exem- plificação por meio do fato de que as empresas como um todo estão deixando de ser sistemas puramente fechados para tornarem-se sistemas abertos. Neste ponto entramos no interessante conceito de Lead Time. Para Lambert (1993), Lead Time é o tempo decorrente entre o momento de entrada do bem até sua efe- tiva saída do inventário organizacional, ou seja, deixa de ser um estoque e passa a ser um produto de venda. Vamos entender melhor: Todo processo de transferência entre integrantes de uma cadeia de suprimentos está intimamente ligado ao tempo de deslocamento, sejam produtos ou informações. Este tempo é então relacionado ao custo efetivo nele em- pregado para gerar valores quantitativos que irão ser analisados e colocados como oportunidade de competitividade na própria cadeia. Ou seja, o Lead Time deve ser considerado em todas as atividades, pois está associado de forma direta ao custo das operações que compõem o sistema operacional. Sob este aspecto, a integração da cadeia é capaz de desenvolver relacionamentos cooperativos entre os diversos participantes, baseados em confiabilidade, capacita- ção técnica e na troca de informações de forma planejada entre seus integrantes. a integração externa pode permitir também a redução de retrabalhos, redundâncias, redução nos custos, aceleração no processo de aprendizado e personalização das atividades de apoio. Em um trecho de seu livro, Lambert coloca o Gerenciamento da Cadeia de Supri- mentos como: [...] a integração dos processos-chave de negócios desde o usuário final até os fornecedores originais que provêem produtos, serviços e informações que agregam valor para os consumidores e demais interessados no negócio (LaMBErT, 1993, p. 231). Mesmo no Brasil começamos a observar um aumento significativo na competitivi- dade entre as corporações, que como ponto positivo, resulta em uma melhora na qualidade das matérias primas, produtos e serviços prestados, no avanço tecnoló- gico e na diminuição dos custos produtivos e qualidade do serviço prestado aos clientes. Você pode perceber que estes pontos começaram a ser fortemente anali- sados a partir do início dos anos 90, através da abertura comercial do país aos pro- dutos estrangeiros e, por consequência, da globalização crescente. Estas mudanças qualitativas, fruto da ruptura das tendências anteriormente observadas, causaram ApRESENtAção 12 - 13 alterações no processo de tomada de decisão, passando a exigir dos gestores uma maior análise do risco associado ao planejamento. Surge assim o conceito de estratégia de localização na Cadeia de Suprimentos, que tem como objetivo fundamental uma boa administração, seja para uma indústria ou para uma prestadora de serviços. Em geral, as indústrias são localizadas próximas aos recursos primários. Como exemplo, temos boa parte das montadoras que for- mam grandes condomínios empresariais para buscar vantagem competitiva. No caso das prestadoras de serviços, geralmente se instalam conforme o mercado, pois o serviço passa a existir no momento de sua execução. É através de uma análise criteriosa de fatores que se decide tal operação, como mes- mo cita Moreira: as atividades industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra capacitada. as atividades de serviços, sejam públicas ou privadas, se orientarão mais para fatores como proximidade do mercado, tráfego facilitando a acessibilidade, e acompanhamento das ações dos concorrentes (MOrEIra, 1990, p.176). Todos estes fatores que elencamos até o momento são importantes para a tomada de decisão que resultem em melhores níveis de serviço a serem ofertados aos clien- tes, bem como para aumentaro retorno para os proprietários das organizações. Es- ses fundamentos permeiam o gerenciamento da cadeia de suprimentos, conforme você verá ao longo deste livro. desejamos a você, bons estudos! ApRESENtAção sumário 12 - 13 uNIdadE I GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 19 Introdução 20 Evolução Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 24 Gestão da Cadeia de Suprimentos 30 Estratégias das Cadeias 36 Componentes dos processos nas Cadeias de Suprimentos 40 Considerações Finais uNIdadE II GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 47 Introdução 48 Forças Externas que Afetam a Cadeia de Suprimentos 53 Sistemas e Gestão na Cadeia de Suprimentos 59 Impactos do Comércio Eletrônico na Cadeia de Suprimentos 63 Logística Reversa 66 Considerações Finais sumário 14 - 15 uNIdadE III ALIANÇAS ESTRATÉGICAS COMO VANTAGEM COMPETITIVA 73 Introdução 74 Supply Chain Management – Necessidade de Cooperação 78 Relacionamento na Cadeia de Suprimentos 87 Impactos de Fatores Financeiros nas Decisões da Cadeia de Suprimentos 93 Considerações Finais uNIdadE IV COMPRAS E ESTRATÉGIA DE DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAGEM 99 Introdução 99 Compras e Estratégia de Distribuição e Armazenagem 100 Informações Básicas Sobre Compras 103 Cadastro de Fornecedores 106 Análise de propostas 107 Negociação de Compras 109 Função e objetivos de Compras 112 Estratégias de Distribuição 116 Considerações Finais sumário 14 - 15 uNIdadE V NÍVEL DE SERVIÇO E INDICADORES DE DESEMPENHO 121 Introdução 122 Nível de Serviços – Entendendo o Conceito 127 Entendendo as Implicações do Serviço ao Cliente para a Logística 133 Compreendendo a Capacidade de Atendimento ao Cliente 137 o Serviço perfeito 139 Valor Agregado para o Cliente no SCM 140 Indicadores de Desempenho Logísticos 151 Considerações Finais 155 Conclusão 157 Referências U N ID A D E I Professor Me. Fernando Guiraud de Brito GEStão DA CADEIA DE SUpRIMENtoS Objetivos de Aprendizagem ■ apresentar a evolução produtiva e logística ao longo do tempo e seus reflexos nas estratégias gerenciais dos recursos empresariais; ■ Compreender os aspectos que definem as melhores estratégias de abastecimento entre os diversos integrantes que fazem parte de uma cadeia de suprimentos, bem como seus papéis para gerar e agregar valor ao longo das atividades aos produtos e/ou serviços. Plano de Estudo a seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Evolução da Logística ■ Conceituação da Cadeia de Suprimentos ■ Importância da Gestão Estratégica da Cadeia de Suprimentos ■ Principais Elementos que compõem a Cadeia de Suprimentos ■ Forças externas que influenciam as Cadeias de Suprimentos ■ Compreensão do planejamento integrado das organizações e dos processos de execução nas operações da cadeia 18 - 19 INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), nessa disciplina você entenderá como ao longo dos anos, o pla- nejamento e gerenciamento do setor produtivo foi aprimorado para gerar valor aos produtos e serviços e, ao mesmo tempo, manter a competitividade dos negó- cios com custos e qualidade no serviço prestado em níveis aceitáveis. Busca-se definir que a gestão da cadeia de suprimentos é um elemento essencial para a execução efetiva de um negócio, desde a aquisição de uma maté- ria-prima ou insumo até contratação de um serviço de apoio e identificação de parceiros de negócios, tais como transportadores, armazenadores entre outros. Mesmo assim, as empresas em geral levam estas ações suficientemente a sério e com isso percebe-se um desconhecimento em relação aos processos para uma gestão adequada da cadeia de suprimentos, gerando desta forma altos custos, desrespeito a prazos e qualidade inferior em relação às expectativas dos clientes. É sabido por todos que a concorrência entre as empresas é cada vez mais agressiva, e a cada dia observamos organizações abrindo capital para ampliar o seu fluxo financeiro, de tecnologia e de conhecimentos e, a partir de agora você poderá ter uma noção mais clara que a consolidação de compras e aquisições torna-se necessária para que a geração de uma cadeia de suprimentos de forma adequada e profissional funciona para a perpetuidade das empresas no mercado de forma sustentável. E você que está atualizado em relação ao mundo contemporâneo, percebeu que estamos em constante mudança onde culturas diversas se relacionam e não existem mais limites para a venda de produtos e serviços, o que nos levou a uma situação de acirrada concorrência. Obter vantagem competitiva já não é uma estratégia da logística e sim de toda a cadeia de suprimentos de forma integrada e com efetiva comunicação entre seus participantes. Não basta mais ter uma equipe logística excelente se a produção não está voltada para o mesmo foco de garantir o nível de serviço ao cliente, ou ter todo o processo dentro da organização funcionando bem se o meu fornecedor não consegue entregar a matéria-prima no prazo e qualidade estipulados. É nesse ambiente que a empresa deve planejar sua estratégia, na gestão, na integração da cadeia e fatores como qualidade, agilidade e flexibilidade deixaram Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 18 - 19 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 20 - 21I de ser vantagens e passaram a ser obrigatoriedades do produto e serviço dispo- nibilizados ao mercado. Por isso busquei com esta apostila mostrar a você os pontos mais importan- tes de uma Cadeia de Suprimentos e como desenvolvê-la da forma mais eficiente e eficaz possível. E agora é contigo, a parte de tornar-se o melhor profissional da área de logística, utilizando e adaptando o que for aprendido em seu ambiente de trabalho em busca das suas metas e de sua empresa. EVOLUÇÃO LOGÍSTICA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Desde o início de nossos estudos, foram apresentados diversos momentos em que a civilização humana passou por transformações que a levaram a mudar ou melho- rar seus processos já existentes. No ambiente produtivo em geral não foi diferente. No início tínhamos a produção que ocorria de forma artesanal, onde pra- ticamente um elemento era responsável por todo o fluxo operacional, desde a extração da matéria-prima da natureza até a disponibilização de um produto manufaturado para consumo. Depois verificamos que este sistema “caseiro” de produção foi substituído durante a Revolução Industrial que ocorreu na Inglaterra em meados de 1700. O principal ponto aqui foi a inven- ção da máquina a vapor por James Watt no ano de 1764. A invenção propiciou dois interessantes efeitos positivos, o primeiro foi a energia de forma mecanizada que permi- tiu a substituição da força humana, e o segundo, o sistema fabril ini- ciou um novo processo conhecido como produção em massa. ©shutterstock Evolução Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 20 - 21 Chegamos então no período pós-guerra, em que os processos produtivos foram mais bem delineados e a necessidade de padronização surgiu com maior força (a famosa administração científica). Surge o Sistema Toyota de Produção, visando à redução de custos internos junto a um planejamento sistêmico entre fornecedores e clientes, a fim de dispor e controlar os materiaise processos de forma adequada. Aqui, não somente a produção ganhou novos rumos, mas também as ati- vidades ligadas ao ambiente logístico começaram a ter força para garantir os suprimentos necessários (matérias-primas) à transformação e, logo após, a dis- tribuição dos produtos acabados. Exemplo desses acontecimentos são as atividades militares que iniciaram o estudo das primeiras ações logísticas. Podemos entender a partir deste ponto que o interesse por manter os víncu- los entre fornecedores e clientes não somente ocorre pelo apelo comercial, mas sim pela própria necessidade de manter competitividade no mercado de atuação. Esta competitividade está vinculada também à operação logística, que como a própria citação de Ballou (2006), busca permitir o acesso à mercadoria solici- tada no local negociado com o cliente, na quantidade desejada e com o padrão de qualidade aceitável. Com isso, o produto e/ou serviço terá valor palpável para o cliente, sendo a eficiência na gestão logística uma das principais responsáveis para a obtenção de tal objetivo. Avançando um pouco neste conceito, chegamos ao princípio de que, quanto mais informações forem trocadas entre os membros de um sistema, maior será a possibilidade de obtenção desta vantagem competitiva sobre os demais concor- rentes. É neste momento que ocorre a interação total dos personagens e processos envolvidos no que chamamos de Cadeia de Suprimentos. Quais são os aspectos principais que interferiram na evolução logística? GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 22 - 23I Vamos entender melhor o conceito: Basicamente, a Cadeia de Suprimentos é a relação de um conjunto de instala- ções que estão deslocadas geograficamente e, ao mesmo tempo, interagindo entre si. Para ficar mais fácil a compreensão, temos como exemplos de instala- ções, fornecedores de matéria-prima, transformadores, plantas produtivas e/ou montadoras, centros de distribuição e/ou representantes, varejistas, estoques em trânsito de produtos intermediários e produtos acabados. Foi sobre esta percepção que o Council of Logistics Management, que é uma entidade americana de profissionais de logística, definiu que o Gerenciamento da cadeia de suprimentos é a coordenação estratégi- ca e sistêmica das funções de negócio tradicionais bem como as ações táticas que perpassam essas funções numa companhia e através de ne- gócios dentro da cadeia logística com o propósito de aprimorar a per- formance de longo prazo das companhias individualmente e da cadeia de suprimentos como um todo (COUNCIL OF LOGISTICS MANA- GEMENT 2003). Para ficar ainda mais claro este aspecto, podemos perceber esta interação na Figura 1, que está representando os principais fluxogramas entre os integrantes de uma determinada cadeia de suprimentos. Figura 1: Fluxos da Cadeia de Suprimentos Fonte: adaptado pelo autor de Ballou, 2006. Fluxo de Informações Fluxo Financeiro e de Produto Fornecedor Indústria Distribuição ConsumidorVarejo ©shutterstock Evolução Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 22 - 23 Mesmo sendo um conceito genérico sobre o objetivo básico de logística, isto causou a evolução de vários outros conceitos, que é “colocar o produto certo, na hora certa, no local certo e ao menor custo possível”, reflete essa abrangência da atividade e seu papel fundamental para que tudo ocorra de forma padronizada e o mais próximo possível da excelência operacional. A própria explicação de Porter (2000) mostra para nós que uma Cadeia de Valor é composta por várias atividades e, que juntas têm como objetivo satisfazer as necessidades de determinados clientes, desde as relações com os fornecedores, passando pelos ciclos de produção e chegando à fase da distribuição para a venda ao consumi- dor final. Lembrando que cada elo dessa cadeia é interligado uns aos outros. A Cadeia de Valor tem relação direta com a Cadeia de Suprimentos, já que o objetivo tanto de uma como de outra é identificar e focar atividades que agreguem valor às empresas e pessoas envolvidas com elas. Em resumo, podemos Como se definiu que os principais fluxos em uma cadeia são de Informação, Produto e Financeiro? Qual é a principal função do fluxo de Informações no contexto da Cadeia de Suprimentos? Você percebeu também que a Cadeia de Suprimentos possui um fluxo fi- nanceiro bem determinado? Por que será? GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 24 - 25I dizer como ambas buscam agregar valor aos clientes e parceiros de diversas for- mas, entre elas: ■ Melhorando a qualidade do atendimento a seus clientes; ■ Atuando de forma mais eficiente em relação à redução de custos e pra- zos de atendimento; ■ Identificando oportunidades de melhoria e evoluindo constantemente em busca de melhorias que reflitam de forma integrada em toda a Cadeia. Podemos então evoluir o conceito e afirmar que a cadeia de suprimentos pode ser considerada parte de uma Cadeia de Valor, que tem como objetivo a obten- ção de matérias primas, insumos, produção, vendas e distribuição de produtos finalizados que atendam às necessidades de prazo, quantidade e custo desejados. É fundamental que o compartilhamento de informações seja um ponto importante de análise, já que é a base para a integração dos processos de negó- cios e das atividades chave de uma cadeia de suprimentos, desta forma, gerando maior visibilidade entre as empresas facilitando o processo de tomada de deci- sões, ampliando a lucratividade no decorrer de toda a cadeia. Não podemos deixar de evidenciar a importância da avaliação de desempe- nho dos integrantes da cadeia, desta forma permitindo, o fornecimento de meios de identificação dos níveis de eficácia atingidos e melhor observação das diver- sas oportunidades de melhoria apresentadas através das atividades de controle dos resultados desta avaliação de desempenho. Em uma mensuração de desem- penho, as atividades avaliadas devem ser monitoradas e controladas de forma integrada entre os participantes da cadeia. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Alguns conceitos relacionados à Cadeia de Suprimentos estão ligados direta- mente ao papel dos integrantes e também às ações realizadas por eles. Chopra e Meindl (2001) evidenciam que se tornam fundamentais para o Gestão da Cadeia de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 24 - 25 processo de tomada de decisões de forma coerente em relação ao Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. É importante salientar que a tecnologia de informa- ção também deve ser considerada, já que pode reunir essas informações de forma mais adequada e apoiar a análise, gerando uma decisão melhor dos gestores da cadeia de suprimentos através de relatórios e indicadores. As organizações de modo geral estão deixando de ser sistemas fechados para transformarem-se em sistemas cada vez mais abertos. Neste ponto refor- çamos o interessante conceito de Lead Time, que para o autor Lambert (1993), é o tempo decorrente entre o momento de entrada do material até sua efetiva saída do estoque da empresa. Para entendermos melhor, temos que todo processo de transferência entre integrantes de uma cadeia de suprimentos está intimimamente ligado ao tempo de deslocamento, sejam produtos ou informações. Este tempo é então relacio- nado ao custo efetivo neleempregado para gerar valores quantitativos que irão ser analisados e colocados como oportunidade de competitividade na própria cadeia. Ou seja, o Lead Time deve ser considerado em todas as atividades, pois está associado de forma direta ao custo das operações que compõem o sistema operacional. Podemos então concluir que, a integração da cadeia de suprimentos busca o desenvovimento de relações de cooperação com todos os participantes, focando em confiabilidade, capacitação e melhoria na comunicação por meio de méto- dos eficazes de troca de informações. Neste conceito de integração externa, ainda © sh ut te rs to ck GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 26 - 27I podemos acrescentar ganhos provenientes da eliminação de duplicidades, redun- dâncias de atividades, redução nos custos, aprendizado acelerado e customização dos serviços oferecidos nas atividades de suporte. A globalização vem de encontro a esta questão, afirmando que as empresas, em geral transnacionais, que buscarem utilizar uma visão mais estratégica nas cadeias de suprimento a nível global, poderão resultar em economias de escala significativas, além de melhor abrangência e rapidez, aspectos imprescindíveis para ser competitiva mundialmente. Mesmo no Brasil começamos a observar um aumento significativo na compe- titividade entre as corporações, que como ponto positivo resulta em uma melhora na qualidade das matérias primas, produtos e serviços prestados, no avanço tec- nológico, na diminuição dos custos produtivos e qualidade do serviço prestado aos clientes. E você pode perceber que estes pontos começaram a ser fortemente analisados a partir do início dos anos 90, por meio da abertura comercial do país aos produtos estrangeiros e, por consequência, da globalização crescente. Estas mudanças qualitativas, fruto da ruptura das tendências anteriormente observadas, causaram alterações no processo de tomada de decisão, passando a exigir dos gestores uma maior análise do risco associado ao planejamento. Surge assim, o conceito de estratégia de localização na Cadeia de Suprimentos, que tem como objetivo fundamental uma boa administração, seja para uma indústria ou para uma prestadora de serviços. Em geral, as indústrias são loca- lizadas próximas aos recursos primários. Como exemplo, temos boa parte das montadoras, que formam grandes condomínios empresariais para buscar vanta- gem competitiva, condomínios estes muito comuns nas montadoras brasileiras como já aplicado em empresas como a Volkswagen em São José dos Pinhais no Estado do Paraná, que possui seus dezesseis principais fornecedores no mesmo condomínio onde a montadora se encontra. No caso das prestadoras de serviços, geralmente se instalam conforme o mer- cado, pois o serviço passa a existir no momento de sua execução. E é através de uma análise criteriosa de fatores que se decide tal operação, como mesmo cita Moreira: [...] As atividades industriais são, de modo geral, fortemente orienta- das para o local onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e Gestão da Cadeia de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 26 - 27 mão-de-obra. As atividades de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade do mercado (clien- tes), tráfego (facilidades de acesso), e localização dos competidores (MOREIRA, 1990, p.176). Outros fatores que podem decidir sobre a localização na Cadeia de Suprimentos são os Insumos, as comunidades onde estão inseridas, os clientes ou mercado consumidor e a infraestrutura. Estes fatores podem ser somados ou trabalhados de forma isolada como na Figura 2. Figura 2: Fatores de decisão na localização da Cadeia de Suprimentos Fonte: Elaborado pelo autor INSUMOS Normalmente, as empresas evitam se onerar com custos elevados de capacita- ção de pessoal, mesmo que para outras isso seja comum por possuir atividades com muitas especificidades, por exemplo, empresas alimentícias, de alta tecno- logia ou laboratoriais. INFRAESTRUTURA INSUMOS CONSUMIDOR COMUNIDADE DECISÃO DE LOCALIZAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 28 - 29I Outro fator refere-se às matérias-primas. Se forem perecíveis, restrições de obtenção ou mesmo de difícil transporte, é muito importante a proximidade da empresa ao seu fornecedor. Os perecíveis geralmente requerem cuidados espe- ciais no manejo e na necessidade de um transporte rápido. Matérias-prima de grande volume e baixa densidade, ou muito pesadas podem gerar custos de trans- porte altos. Então, a redução de custos (sejam eles de mão de obra ou frete) pode ser obtida por meio da proximidade aos diversos fornecedores. Moreira cita que: [...] no estudo da localização das fábricas, distâncias são medidas em custos de frete, uma vez que os custos relativos de estocagem de maté- ria-prima e distribuição de produtos acabados variam de indústria pra indústria, o custo local de matérias-primas e mercados diferirá em cada caso (MOREIRA, 1990, p.2). COMUNIDADE Para entendermos os pontos relacionados à comunidade em que a empresa está situada, devemos analisar fatores como a cultura ou idioma, que podem influenciar os resultados da empresa por meio das relações pessoais dentro da organização que podem ser complexas. Para Slack (2007), os pontos focados na comunidade são os que influenciam os custos de uma operação e que fazem parte do macro ambiente, como o polí- tico, o econômico e o social do local. Por que é importante para uma companhia verificar se os locais pré-sele- cionados para a localização possuem uma boa oferta de mão de obra (com quantidade e qualidade suficientes para atendimento à demanda) e se pos- suem recursos como matérias-primas que as atendam? Gestão da Cadeia de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 28 - 29 É bom considerar também que os possíveis incentivos do governo são impor- tantes para decisão quanto à localização da organização, pois podem representar grandes reduções nos custos ligados às instalações. MERCADO CONSUMIDOR Por ser o cliente o personagem mais importante na Cadeia de Suprimentos, todas as atividades, principalmente de serviços deve se localizar próximas a eles, sempre buscando atingir uma grande parcela visada. Assim, a escolha do local definitivo para situar uma empresa deve ter como base os clientes potenciais de toda a cadeia. É importante analisar o perfil dos consumidores locais, dando atenção ao hábito e comportamento de aquisição, grau de fidelidade e frequên- cia destas aquisições. O foco na integração de cada um dos componentes de uma Cadeia de Suprimentos é essencial para a maximização da eficiência e garantir uma maior satisfação do cliente e consequente aumento da participação da empresa no mer- cado em que atua. RECURSOS DE INFRAESTRUTURA E ACESSIBILIDADE Um dos fatores críticos de sucesso de uma Cadeia de Suprimentos é justamente a disponibilidade de recursos de infraestrutura, e também o grau de acessibili- dade entre os integrantes. Exemplos destas infraestruturas e suas alternativas são os próprios modais de transporte, como o Rodoviário, Aéreo, Ferroviário, Marítimo e Dutoviário, e seus pontos de contato, como rodovias pavimentadas, aeroportos e trilhos padronizados. É possível perceber com clareza que mais importanteque a distância entre os integrantes da cadeia, são as infraestruturas bem resolvidas para agilizar os processos logísticos. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 30 - 31I ESTRATÉGIAS DAS CADEIAS A gestão da Cadeia de Suprimentos teve início por consequência das mudan- ças bruscas nos ambientes de negócios e também dos novos desafios do meio empresarial. Diante deste fato, nota-se que há uma junção dentro da Cadeia de Suprimentos, que está embasado no fluxo de bens e serviços. Desta forma, podemos compreender que, o que faz uma cadeia de supri- mentos fluir de forma efetiva é além do seu adequado gerenciamento, também a constante ação para redução de custos de transportes, movimentações e esto- ques. Sendo assim, fica claro que a integração desses fatores é complexa e, apesar de difícil, não é impossível o atendimento das necessidades de clientes que bus- cam simultaneamente um alto grau no nível de serviço a um custo aceitável. Observando estas informações, podemos perceber que as estratégias asso- ciadas às Cadeias de Suprimentos geralmente apresentam relações de ganhos e perdas entre si. Esta análise estratégica da cadeia precisa possuir uma visão sis- têmica dos seus objetivos, ou seja, maximizar todos os elementos ao contrário de priorizar cada um deles individualmente. Por isso, em todas estas relações existe a influência de um conceito denomi- nado Trade off. Vamos analisar a Figura 3: O conceito de trade off salienta que qualquer decisão sobre uma das variáveis irá afetar diretamente todas as outras variáveis. Outro ponto a ser avaliado é que a otimização de uma das variáveis não significará a melhoria do modelo completo. Em um exemplo simples fornecido por Carvalho (2002), ele explica que se uma determinada empresa optar por uma política de estoque reduzido, reali- zando a compra de lotes menores e com maior frequência, certamente ela vai diminuir os seus custos com estoque e armazenagem, porém irá aumentar os custos de transporte, pedidos e os de uso da tecnologia de informação. Em termos de estratégia, a Gestão da Cadeia de Suprimentos tem proporcio- nado na área da literatura ou nas empresas, algumas confusões no seu significado. Alguns autores definem a Gestão Estratégica da Cadeia de Suprimentos como uma questão operacional, direcionando um fluxo de matérias-primas e produ- tos acabados, outros autores indicam como uma filosofia de gestão empresarial e outros ainda como um processo. Estratégias das Cadeias Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 30 - 31 Em uma análise, Carvalho (2002) mostra como a abordagem corrente da cadeia de suprimentos consiste em primeiramente formular uma estratégia glo- bal da organização e, posteriormente definir a estratégia correta da cadeia de suprimentos que possa permitir o cumprimento dos objetivos globais inicial- mente traçados. A cadeia de suprimentos é encarada desta forma como um sistema de apoio às organizações e, ao mesmo tempo, torna-se uma ferramenta de estratégia glo- bal. Os maiores efeitos nestas organizações seriam a evolução e melhoria nos processos. É comum encontrarmos abordagens baseadas nas competências da Cadeia de Suprimentos, sendo estas capazes de equilibrar os fatores tempo, local e Tecnologia de Informação Transporte Armazém Estoques e Vendas Compras e Pedidos Serviço ao Cliente Figura 3: Trade-offs na cadeia de suprimentos Fonte: Adaptado de Lambert e Stock (1993) GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 32 - 33I quantidade, integrando os processos das empresas no decorrer de toda a cadeia, gerando assim uma visão linear, criando outras capacidades que solucionem necessidades diversas. Desta forma, fica claro perceber que a própria cadeia de suprimentos pode ser considerada geradora de vantagem competitiva para a empresa, sendo tam- bém, em alguns casos, o próprio motor propulsor da sua estratégia, possibilitando mudança e uma completa revolução nos resultados nas empresas. ALINHAMENTO ESTRATÉGICO DAS CADEIAS DE SUPRIMENTOS De modo geral, podemos avaliar que as empresas têm procurado desenvolver estratégias para aumento do nível de satisfação do cliente como forma de obte- rem vantagem competitiva. Ou seja, a satisfação do cliente passou a despertar nos últimos tempos grande interesse por parte das empresas, e entender esta satisfação é fundamental para desenvolver estratégias que sejam capazes de atin- gir esse objetivo. Neste contexto, muitas empresas atualmente estão questionando qual é o real custo de atendimento à demanda e, se estes custos superam ou não o retorno sobre o investimento. Tendências como estas consistem em uma consolidação e também revisão estrutural de toda a base de parcerias estratégicas da empresa. O foco basicamente é a diminuição na quantidade de fornecedores, tornando assim o alinhamento estratégico entre as empresas mais ágil e eficiente. a gestão de fornecedores de forma estratégica tende a confrontar dois ide- ais de relação na cadeia de suprimentos: a primeira consiste em manter mui- tos fornecedores para não haver dependência e a segunda é centralizar os suprimentos para criar um vínculo maior entre os parceiros. Em sua opinião, em quais momentos estas estratégias devem ser utilizadas? Estratégias das Cadeias Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 32 - 33 Para resolver este impasse, primeiramente é fundamental a identificação das competências que possam trazer diferenciação diante dos concorrentes e tam- bém os clientes potenciais. E como as cadeias são ajustadas de acordo com seu foco no mercado, os for- necedores devem também ser selecionados observando-se a contribuição de seu core business a esse foco. Core business significa basicamente o negócio central ou principal da organização e que é muito bem dominado por ela. O core business também são importantes para uma determinada decisão, que como já havíamos comentado antes, deve ser estratégico e não apenas baseada em custos, sabendo-se que a seleção de fornecedores pode envolver a escolha por terceirização de atividades ou processos. Desta forma, quanto maior for a diferenciação do seu produto ou serviço, mais elevada é a centralidade do fornecedor, somando desta forma, maior valor agregado percebido e valorizado pelo cliente. Equilibrando este aspecto, con- sideramos ainda o custo de substituição, que é aquele que ocorre em caso de necessidade de troca de fornecedor. Para termos uma noção melhor sobre estas estratégias de suprimentos, vamos verificar a Figura 4 onde Correa (2005) retrata bem as diferentes posições segundo os tipos de relacionamento com os fornecedores a partir da centrali- dade da atividade e os possíveis custos de substituição. É bom lembrar que o custo de substituição deve considerar na estratégia que será maior ou menor de acordo com a especificidade dos recursos, grau de monopólio do fornecedor e custos voltados à transação. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 34 - 35I Figura 4: Principais tipos de relacionamento com fornecedores Fonte: Adaptado de Correa, 2005 Quando observado o nível de relacionamento de Mercado Puro (Quadrante 2), a troca de informações é visivelmente limitada e isto resulta em uma nego- ciação restrita, baseada apenas em cotaçõese preços. Tal situação é tipicamente observada em casos em que existem muitos fornecedores para um único item. É comum, quando em caso de produto commodity, ou seja, oferecidos por muitos fornecedores com preço e características muito próximas entre si, o não esta- belecimento de parcerias, formando relacionamentos baseados unicamente nas oportunidades de compra em si. Já em casos onde o fornecimento é centralizado ou ocorre uma elevação desta característica, é possível que maiores riscos para os parceiros ocorram quando o custo de substituição é reduzido (Quadrante 1) e, não se estabelecem ações conjuntas entre os componentes da cadeia de suprimentos para que as relações futuras entre os mesmos sejam fortalecidas. Já em casos de elevado custo de substituição com baixa centralidade (Quadrante 4), o que evidencia que há menos fornecedores para um determinado item, exigindo, desta forma, que se estabeleçam contratos com prazos maiores, evitando custos de troca. Esta situação pode gerar uma relação de dependên- cia indesejável em casos em que a parceria não é administrada adequadamente. Em um aspecto final demonstrado no Quadrante 3, ocorre uma situação de alta centralidade com altos custos de troca, situação que requer alto grau de Risco Mercado Q1 Q2 Q3 Q4 Dependência Contrato longo prazoMercado puro Contrato médio prazo Estratégico Joint Venture Integração vertical Parceria Estratégia Alta Centralidade Baixa Centralidade Baixa Custo de Troca Alto Custo de Troca Contrato médio prazo Parceria para desenvolvimento Estratégias das Cadeias Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 34 - 35 envolvimento de todas as partes, com confiança mútua e uma troca de informa- ções intensa que ocorra de forma padronizada. Esta relação exige uma parceria mais estratégica, o que está mais fortemente voltado ao que se espera de uma boa Gestão da Cadeia de Suprimentos. Vale ressaltarmos que uma fonte única de suprimentos não é necessariamente sinônimo de exclusividade, pois é comum haver mais do que um fornecedor qua- lificado sendo que o gestor optou pelo suprimento por apenas um deles devido a questões como o volume negociado ou mesmo o atendimento a aspectos con- tratuais estabelecidos em contratos para o suprimento no mercado a nível global. Slack (2007) nos mostra que tanto a estratégia de fornecedor único (também conhecida como single-sourcing) como a de múltiplos fornecedores (ou multi- sourcing) apresenta suas vantagens e desvantagens. Podemos ver estas estratégias descritas nano quadro 1. SINGLE-SoURCING MULtI-SoURCING VA N TA G EN S • Qualidade potencialmente melhor devido a maiores possibilidades de sistemas de garantia de qualidade. • relações mais forte e mais duráveis. • Maior dependência favorece maior comprometi- mento e esforço. • Melhor comunicação. • Cooperação mais fácil no desenvolvimento de • produtos e serviços. • Mais economias de escala. • Maior confidencialidade. • Comprador pode forçar preço para baixo por meio da competição dos fornece- dores. • Possibilidade de mudar de fornecedor caso ocorram falhas no fornecimento. • Várias fontes de conhecimento e especialização disponíveis. D ES VA N TA G EN S • Maior vulnerabilidade a problemas, caso ocorram falhas do fornecimento. • Fornecedor individual mais afetado por flutuações no volume de demanda. • Fornecedor pode forçar preços para cima caso não haja alternativas de fornecimento. • dificuldade de encorajar o comprometimento do fornecedor. • Mais difícil desenvolver siste- mas de garantia da qualidade eficazes. • Maior esforço requerido para comunicação. • Fornecedores tendem a investir menos em novos processos. • Maior dificuldade de obter economias de escala. Quadro 1: Vantagens e Desvantagens Entre Estratégias de Fornecedores Fonte: Adaptado de SLACK, 2007 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 36 - 37I COMPONENTES DOS PROCESSOS NAS CADEIAS DE SUPRIMENTOS Em alguns casos, a forma como a estrutura de uma Cadeia de Suprimentos pre- cisa compreender os diversos tipos de demanda, nível de serviço solicitado pelo mercado consumidor, a distância em que se encontram os destinos dos produ- tos, a abrangência de atendimento do mercado, custos de uma forma geral e os demais aspectos que se mostrem relevantes para sua Cadeia. Muitos autores descrevem seis componen- tes básicos da gestão de processos para uma cadeia de suprimentos. São eles: PRODUÇÃO O componente estratégico relacio- nado à produção tem como foco o que o cliente e o mercado em geral Para uma seleção adequada de fornecedores e posterior desenvolvimento, é preciso considerar o quão crítico é a matéria-prima ou o insumo a ser ad- quirido para o processo produtivo, o volume de aquisições e a existência de materiais substitutos. Para os materiais estratégicos, a seleção do fornece- dor precisa de relacionamentos e parcerias claras e transparentes, estáveis e mensuráveis, que garantam o famoso “ganha-ganha” nos negócios condu- zidos pelas partes. ©shutterstock Componentes dos Processos nas Cadeias de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 36 - 37 está demandando. Podemos então dizer que o primeiro passo é considerar o que e qual volume de produtos deve ser fabricado e, caso seja necessário, quais devem ser produzidos ou terceirizados. O correto é ter em mente que a demanda, satisfação do cliente e, principal- mente o nível de serviço, esses são os principais elementos do processo. FORNECEDOR Na etapa seguinte e com a definição das estratégias de localização, a empresa deve definir o quê, como e onde serão produzidos os produtos, desta forma determi- nando a fábrica ou fábricas que possuem capacidade produtiva suficiente para atender a demanda de forma eficiente e econômica. As estratégias de decisão dos processos de fornecimento precisam determinar as principais competências de uma empresa, por exemplo, escolher os parceiros certos, quando necessário. Por isso, é válido observar a velocidade na entrega, qualidade do produto fornecido, comprometimento e a flexibilidade de produção. ESTOqUE É fácil de compreender que o fato da empresa manter um alto volume de produtos estocados gera um custo considerável para as empresas. Em contrapartida, não um dos requisitos da gestão de processos na cadeia de suprimentos é ter em mente que a terceirização pode ser uma alternativa quando a empresa não possui know how (conhecimento técnico) para fabricação de determi- nados componentes ou quando o trade off entre custos de aquisição e cus- tos fixos for pendente para os custos fixos. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 38 - 39I possuir nenhum estoque pode causar sérios riscos de ruptura no atendimento à demanda do mercado. O importante é que o controle do estoque seja tratado de forma profissional e equilibrada e o adequado controle dos níveis de estoque é uma das ferramentas mais importantes para a manutenção da competitividade de qualquer cadeia de suprimentos, afinal, é em forma de estoques que grande parte do capital de uma organização se encontra, e gerenciar seus volumes passa a ser estrategicamente fundamental para sua sobrevivência e capacidade de res- posta às variações de demanda. LOCALIZAÇÃOComo falado anteriormente, a decisão de onde localizar a planta produtiva, comercial ou logística depende não somente da demanda de mercado, mas em muito da satisfação dos clientes e custos atrelados à localização. Vale lembrar aqui que as decisões estratégicas devem considerar além dos pontos já levanta- dos, os incentivos fiscais oferecidos em determinadas localidades. TRANSPORTE Outro ponto já comentado, mas que vale ressaltar é a questão da disponibilidade de modais e infraestrutura, pois segundo Ballou (2006), algo entre 25 e 35% do custo de um produto é ocasionado devido ao processo de transportar e movi- mentar este produto. Fica evidente então que é crucial a consideração dos custos de transportar como um componente crítico de análise para tornar os proces- sos da cadeia de suprimentos competitivos. INFORMAÇÃO Esclarecendo o aspecto das informações, é importante deixar clara a importân- cia de obtê-las internamente, dos fornecedores, clientes, outras empresas e até Componentes dos Processos nas Cadeias de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 38 - 39 da concorrência, tudo isso para melhorar o seu processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos continuamente, reconhecendo e adotando as melhores práticas operacionais atuais. Outro autor que ressalta este aspecto é Donier (2000), ele afirma que a coe- rência que se deseja para um adequado monitoramento do sistema logístico só pode ser conseguida através de informações confiáveis, dados relevantes e atu- alizados de forma adequada. Há uma grande importância na distinção entre dados e informações. Os da- dos são os componentes elementares, sendo que processo de entrada deve ser confiável e, a informação vem da estruturação e o processamento desses dados, tornando-se desta forma inestimáveis para uma adequada tomada de decisão. “a linha entre a desordem e a ordem está na logística”. (Sun Tzu). “No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas: dinheiro e experiência. agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois.” (Harold Geneen) 40 - 41 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 40 - 41I CONSIDERAÇõES FINAIS Caro(a) aluno(a), nesta unidade procurei passar um pouco do conhecimento que adquiri ao longo dos anos, com estudos e experiências profissionais acerca da Gestão de Cadeia de Suprimentos. Desde os tempos mais antigos até a atua- lidade, demonstrando que com o passar dos anos essa cadeia foi adaptando-se para atender de forma competitiva as exigências dos consumidores. Além de discorrer sobre os principais elos dessa relação, que só conseguirá uma fatia con- siderável do mercado se estiver totalmente integrada e flexível às mudanças que ocorrem interna e externamente. Espero ter contribuído significativamente para seu aprendizado sobre as prin- cipais estratégias de vantagem competitiva dentro da Cadeia de Suprimentos e despertado o interesse de aplicar tais conhecimentos no seu dia a dia. 40 - 4140 - 41 1. Verifique, na sua cidade ou região uma indústria de porte médio ou grande. In- dependente do segmento econômico, os gestores dessa indústria devem ter avaliado com critério que a localização atual atenderia suas necessidades de suprimentos e logística. Pensando nessa indústria específica, que fatores você acredita que tenham sido considerados para a instalação estar no atual ende- reço? 2. a logística e o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos foram testados em am- bientes de conflitos. a guerra, na verdade, é o grande impulsionador de avanços tecnológicos e de gerenciamento. Pesquise na Internet sobre o desembarque das tropas aliadas na Normandia que ficou conhecido como o dia d. Que papel teve a logística no sucesso da operação? E quais foram as dificuldades logísticas encontradas para que a invasão pudesse acontecer? MATERIAL COMPLEMENTAR GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A Arte da Guerra Sun Tzu Editora: Jardim dos Livros, 2006 Sinopse: a arte da Guerra é um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu. O tratado é composto por treze capítulos, onde em cada capítulo é abordado um aspecto da estratégia de guerra, de modo a compor um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional. acredita-se que o livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares ao longo da história como Napoleão, adolf Hitler e Mao Tse Tung. Hoje, a arte da Guerra parece destinado a secundar outra guerra: a das empresas no mundo dos negócios. assim, o livro migrou das estantes dos estrategistas para as dos economistas e do administradores. Compreender a Aplicar Sun Tzu Pierre Fayard Editora: Escolar Editora, 2006 Sinopse: a obra “Compreender e aplicar Sun Tzu” veio ajudar qualquer interessado a perceber melhor a noção de estratégia para a cultura chinesa. O livro leva o leitor a compreender, primeiramente, a cultura chinesa, sempre fornecendo exemplos e contrastando com a cultura japonesa, alemã e outras. depois disso, aborda os principais estratagemas. a estratégia ocidental sempre se pautou por certo princípio de ataque a toda a força. Porém, o ocidente tem muito a aprender com o oriente. a sutileza é a palavra essencial para compreender a arte da estratégia chinesa. Para Sun Tzu, “a qualidade dos vínculos entre general e suas tropas é a melhor garantia de invencibilidade” e com este exemplo é fácil concluir que este é um livro essencial para qualquer Líder dos tempos modernos. a lição principal é que não é com a força que se conquista absolutamente nada. É sabendo aproveitar os momentos de fraqueza do outro. O Líder é como a água, adapta-se. Não tem forma determinada. “Num vaso, é vaso. Numa superfície plana, espalha-se. No calor é vapor. No frio é gelo, geada ou neve. Num relevo ou declive é arisca e leva tudo à sua frente. Como a água, o líder usa o que pode…”. Para qualquer pessoa interessada no fascinante tema da estratégia, esta é uma obra que nos leva a refl etir sobre as nossas próprias ações, seja como pessoas na sua vida individual ou como Líderes ou colaboradores do competitivo mundo organizacional. Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Tempos Modernos Diretor: Charles Chaplin Ano: 1936 Sinopse: Nesse fi lme não há meio termo, Chaplin realmente quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a criminalidade, a escravização. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua. um trabalhador de uma fábrica (Chaplin) tem um colapso nervoso por trabalhar de forma quase escrava. É levado para um hospital e, quando retorna para a “vida normal”, para o barulho da cidade, encontra a fábrica já fechada. Busca outro destino, mas acaba se envolvendo numa confusão: ao ver uma jovem... (Paulette) roubar um pão para comer, decide se entregar em seu lugar. Não dá certo, pois uma grã-fi na tinha visto o que houve e entrega tudo. a prisão para ele parece ser o melhor local para se viver: tranquilo, seguro e entre amigos. Mesmo assim, os dois acabam escapando e vão tentar a vida de outra maneira. a amizade que surge entre os dois é bela, porém não os alimenta. Ele tem de arrumar um emprego rapidamente. Maravilhas Modernas – Transporte de Cargas produzido por: History Channel produtor: robert Ziel Sinopse: documentário que retrata a evolução logística ao longo dos anos com todos os componentes determinantes para uma gestão da cadeiade suprimentos com excelência assistirá um exemplo de cadeia de suprimentos integrada, neste caso demonstrando a cadeia nacional e internacional da empresa O BOTICÁrIO de uma forma objetiva e clara em relação à importância da comunicação e informação integrada entre todos os componentes da cadeia de suprimentos. <http://www.youtube.com/watch?v=G1Ce2ZI8ji8> GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS I U N ID A D E II Professor Me. Fernando Guiraud de Brito GEStão DA CADEIA DE SUpRIMENtoS Objetivos de Aprendizagem ■ Compreender os fatores externos ao negócio que afetam a cadeia de suprimentos. ■ Perceber a importância dos sistemas de informação como ferramentas de vantagem competitiva. ■ Entender como a logística reversa influencia a cadeia de suprimentos. Plano de Estudo a seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Fatores alheios influenciam a Cadeia de Suprimentos ■ Os sistemas de gestão da Cadeia de Suprimentos ■ Como o e-commerce afeta a integração ■ Logística reversa 46 - 47 INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), ao longo dessa unidade você conseguirá compreender que a cadeia de suprimentos não deve ser vista apenas no circuito interno das empre- sas. Afinal, diversos fatores afetam essa rede de relações que ao passar de um estágio a outro são influenciadas pelo ambiente que estão inseridas. Você poderá se aprofundar em questões como globalização, cultura e regras governamentais, alterando esse envolvimento dos componentes da cadeia de suprimentos. Busco ao longo desta unidade, definir cada um desses fatores da forma mais didática, para um profundo conhecimento. Assim como a descrição da impor- tância dos diversos sistemas de informação para gerenciamento eficiente e efetivo de toda cadeia. Após essa leitura da unidade, você entenderá o significado de cada sigla que você normalmente lê em algum texto sobre logística e seus siste- mas e, terá autonomia para dizer, “agora eu sei o que quer dizer o termo RFID”, por exemplo. Ao longo da sua carreira profissional ou estudantil, deve ter ouvido alguém mencionar que os avanços tecnológicos são ótimas ferramentas para aumento de produtividade e rentabilidade e, ao término desse estudo compreenderá perfeita- mente como estas citações agora fazem sentidos e ainda mais, poderá aplicá-las no seu dia a dia. Muitas vezes a forma como recebemos as informações podem afetar signi- ficativamente uma tomada de decisão, se não chegarem de forma clara, objetiva e acima de tudo, rápida. Você observará no decorrer dessa unidade que busquei explanar minhas observações, conhecimentos e demonstrar alguns exemplos para completa identificação dos conceitos, como no exemplo da logística reversa, onde apresento conceitos, citações de diversos autores para maior amplitude do seu raciocínio. Tentei passar minha própria definição de logística reversa que é a área que irá preocupar-se com o retorno dos produtos, seja na área de pós-venda, com as questões de garantias, consertos, assistência técnica ou na área de pós-consumo com a destinação final de um produto já utilizado, do retorno das embalagens dos itens já consumidos. A partir desse estudo você mesmo poderá tirar suas Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 46 - 47 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 48 - 49II conclusões se será vantajoso ou não para organização optar por esse canal reverso. Muitas vezes não há alternativa senão a adoção desse processo, tendo em vista a legislação ambiental cada vez mais rigorosa. A partir de agora fica por sua conta explorar o texto, pesquisar mais sobre o assunto e, acima de tudo, assimilar e adaptar conforme sua a necessidade pro- fissional ou estudantil. FORÇAS ExTERNAS qUE AFETAM A CADEIA DE SUPRIMENTOS Como já citado anteriormente, a integração da cadeia de suprimento é um fator estratégico para as organizações, pois envolve desde a fábrica, fornecedores, cen- tros de distribuição até o cliente final e é claro que todo esse envolvimento sofre influências internas (colaboradores e acionistas) e externas (mercado em que está inserido). Estas forças podem ser visualmente verificadas na figura 5 a seguir. Cultura e Regras Governamentais Informação e Comunicação Meio Ambiente Competição Intensa Globalização Mercado e Demanda Cadeia de Suprimento Figura 5: Fatores de influência sobre a Cadeia de Suprimentos Fonte: Adaptado Bertaglia (2009) Forças Externas que afetam a Cadeia de Suprimentos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 48 - 49 Conforme você pôde perceber na Figura 6, várias forças afetam a Cadeia de Suprimentos. Vamos conhecer cada uma delas? Competição intensa As organizações travam uma batalha por novos clientes, essa disputa não acon- tece mais entre empresas rivais e sim entre cadeias, com isso buscam formas de manter-se no mercado desenvolvendo estratégias ousadas através de parcerias bem-sucedidas para conseguir um diferencial competitivo diante da concorrência. Essas parcerias devem explorar todas as vantagens que uma companhia pode oferecer a outra, gerando benefícios concretos e em longo prazo. Para que haja resultados representativos, muitas vezes as empresas precisam mudar suas estratégias e táticas para adequação a relação que chamamos de “ganha-ganha”, pois todos os envolvidos necessitam de alguma vantagem no negócio. E é essa dinâmica e flexibilidade que faz a competição ainda mais acirrada. De acordo com Ballou (2006), as empresas desperdiçam um tempo consi- derável buscando formas de diferenciar suas ofertas de produtos e serviços em relação à sua concorrência. Esta busca pela conquista interfere de forma con- tundente na cadeia de suprimentos, como: ■ Conquistar o cliente com novas tecnologias; ■ Lançamento de uma variedade cada vez maior de produtos; ■ Serviço diferenciado, agregando valor ao produto; ■ Agilidade e redução no tempo de entrega. ©shutterstock GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 50 - 51II GLOBALIZAÇÃO A globalização é, sem dúvida, um dos maiores fatores motivadores para as altera- ções e questionamentos sobre a atual estrutura da cadeia de suprimentos aplicada pelas empresas contemporâneas. Ballou (2006) afirma em sua obra que a gestão da cadeia de suprimento tem importância estratégica para as empresas. O autor ainda evidencia que sem essa abertura de mercado, os produtos não poderiam ser disponibilizados e encon- trados em diferentes partes do mundo, pois cada vez mais as empresas estão vendendo além de suas fronteiras; surge, a partir disso, uma nova classe à econo- mia mundial, a dos países emergentes, interligando culturas antes desconhecidas com o restante do mundo. As organizações precisam ser mais eficientes em todos os processos para atender essa demanda, buscando quebra de barreiras entre nações antes inimigas com novos acordos, como é o caso do MERCOSUL e ainda o índice econômico com novas aquisições e fusões entre grandes empresas. Até mesmo Bertaglia (2009) comenta ainda o quanto as fusões podem tornar as empresas cada vez mais competitivas. DEMANDA E MERCADO Ballou (2006) evidencia que os consumidores identificam e tomam decisões em relação às
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